08 dezembro, 2013

Lado B servido com dois "martinez" fresquinhos

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

FC Porto-Braga, 2-0

Liga 2013/14, 12.ª jornada
07 de Dezembro de 2013
Estádio do Dragão, Porto
Assistência: 31.129


Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre).
Assistentes: José Braga e Valter Rufo.
4º Árbitro: Carlos Espadinha.

FC PORTO: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Defour, Herrera, Lucho, Josué, Jackson Martínez, Varela.
Substituições: Carlos Eduardo por Lucho (46m), Licá por Josué (72m), Kelvin por Varela (90m).
Não utilizados: Fabiano, Quintero, Ghilas, Otamendi.
Treinador: Paulo Fonseca.

BRAGA: Eduardo, Baiano, Nuno André Coelho, Aderlan Santos, Elderson, Mauro, Luiz Carlos, Rafa, Alan, Éder, Felipe Pardo.
Substituições: Hugo Vieira por Rafa (70m), Custódio por Luiz Carlos (70m), Salvador Agra por Alan (81m).
Não utilizados: Cristiano, Sasso, Vukcevic, Tomás Dábo.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson Martínez (48m e 79m).
Cartões amarelos: Alex Sandro (22m), Mangala (41m), Elderson (50m) e Herrera (82m).

Numa noite gelada na Invicta, os adeptos portistas voltaram a brindar uma vitória com "dois Martínez". O colombiano bisou na partida e carimbou os três pontos para os tricampeões nacionais.

Sem Fernando, Paulo Fonseca colocou em campo Defour ao lado de Lucho e Héctor Herrera. Na frente, os dragões continuaram com Josué e Varela no apoio a Jackson Martínez.

A entrada em campo deu-se com sinal mais para os minhotos que tentaram ameaçar, desde cedo, as redes de Helton. A primeira ocasião de perigo pertenceu a Pardo. O colombiano rematou à entrada da área, mas valeu um corte de um defesa do FC Porto.

Uma 1ª parte que se desenrolou com equilíbrio de parte a parte, não foram muitas as ocasiões de golo.

O FC Porto foi mostrando muito pouco do que pode (e deve) dar e foram, por isso, vários os passes falhados por parte dos tricampeões nacionais. Por sua vez, o SC Braga alinhou com a defesa muito subida no terreno e isso foi provocando imensas dificuldades nos dragões.

Ainda assim, a melhor ocasião de golo no primeiro tempo pertenceu aos homens da casa. Aos 34 minutos, Josué, com um remate à entrada da área, obrigou Eduardo a defesa apertada.

No regresso para o segundo tempo, Paulo Fonseca trocou Lucho e fez entrar Carlos Eduardo no FC Porto.

A verdade é que os dragões entraram com uma atitude mais ofensiva e criaram mais problemas aos defesas do SC Braga. Danilo, por exemplo, aos 47 minutos, deixou uma ameaça. O brasileiro rematou forte mas por cima.

No entanto, os 31.129 espectadores que marcaram presença na fria noite da Invicta só tiveram que esperar mais um minuto para verem um golo.

Aos 48', Jackson Martínez abriu o marcador. Cha Cha Cha, após cruzamento de Alex Sandro, disparou para o fundo das redes bracarenses; ainda assim, a bola quando saiu dos pés do colombiano bateu em Nuno André Coelho e acabou por trair Eduardo.

O golo animou o FC Porto e a equipa transformou-se para melhor. Os dragões viviam, por esta altura, uma boa fase no jogo, por oposição ao adversário.

A equipa de Jesualdo Ferreira parecia perdida na partida mas tentava a todo o custo não sofrer um segundo golo e, desse modo, continuar "agarrada" ao jogo. Mas Josué, Herrera, Jackson e companhia bem tentaram de várias formas e feitios para chegar ao segundo golo.

E, efetivamente, ele acabou por acontecer. Jackson Martínez, ao minuto 79, selou a vitória azul e branca. O colombiano, ao segundo poste, após cruzamento de Varela, carimbou o triunfo dos tricampeões nacionais. Destaque, ainda assim, para o começo da jogada que teve muito de Carlos Eduardo; o ex-Estoril só jogou na segunda parte mas mostrou a Paulo Fonseca que está aí para "as curvas".



DECLARAÇÕES

PAULO FONSECA

Paulo Fonseca destacou a qualidade exibida pelo FC Porto nos segundos 45 minutos do triunfo sobre o Sporting de Braga e defende que o resultado poderia até ter sido mais avolumado. Depois de uma entrada em jogo algo nervosa, o técnico sublinha o facto de a equipa ter sabido manter uma grande estabilidade emocional.

“Fazendo uma análise daquilo que foi a nossa entrada em jogo, estivemos ansiosos e precipitados. Defrontámos uma equipa compacta defensivamente, que apostou em transições rápidas. A realidade é que estivemos sempre seguros defensivamente e não consentimos oportunidades flagrantes de golo ao Sporting de Braga. Marcámos cedo na segunda parte e partimos para uma grande exibição. Marcámos dois golos e ainda poderíamos ter feito mais”, começou por afirmar o treinador portista, reservando ainda elogios à capacidade emocional da equipa.

“Não foi um início de jogo fácil, mas a equipa soube equilibrar-se e manter-se estável do ponto de vista emocional, partindo para uma segunda parte de grande nível”, prosseguiu Paulo Fonseca, que revelou ainda a razão pela qual Lucho González foi substituído ao intervalo. “O Lucho passou a noite com febre e fez um esforço muito grande para jogar, mas sofreu um toque durante a primeira parte e achámos melhor retirá-lo do jogo. O Carlos Eduardo esteve muito bem, tal como todos os outros”.

No regresso ao Estádio do Dragão e às vitórias, Paulo Fonseca destacou o papel dos adeptos, sublinhando a harmonia existente entre as partes. “Tivemos uma grande resposta por parte dos adeptos, que nos apoiaram sempre e foram importantíssimos para esta vitória. Existe exigência mas também união e toda a nação portista está unida”, concluiu o técnico do tricampeão nacional.



RESUMO DO JOGO

4 comentários:

  1. Boa noite
    Não me vou alongar muito, dizer apenas que tivemos uma 1ª parte miseravel ao nivel do mês de Novembro , e 2ª grande parte de excelente nivel!!
    Não vou estar mais a bater o ceguinho e nas suas teimosias, quero apenas dizer que espero que o duplo pivot tenha sido enterrado hoje no dragão ao intervalo, e quero destacar as excelentes exibiçoes de Herrera e sobretudo Carlos Eduardo na 2ª parte, mostrando que a qualidade está lá, tem é que existir alguem que saiba aproveitar os seus recursos e qualidades.
    Forte abraço a todos,e esperamos que o nivel patenteado na 2ª parte, tenha continuidade nos proximos capitulos;)

    P.S.- acabo de ouvir o ceguinho na flash interview dizer que nao alterou nada para a 2ª parte, e que a estrutura se vai manter...enfim, o Homem é 0 no que diz respeito a futebol, e nem o jogo sabe ler...

    Eduardo
    Rio Tinto

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  2. FC Porto 2 – SC Braga 0
    Na primeira parte um Porto sem ideias deixou o Braga jogar melhor e os adeptos sem ideia de qual seria o resultado final. Foi-se para intervalo com receios de que se repetisse uma noite “coimbrã”…
    A equipa portista transfigurou-se no segundo tempo. Paulo Fonseca deixou-se de teimosias e abdicou do estapafúrdico duplo pivot; Carlos Eduardo (substituiu Lucho) tramou Eduardo que foi impotente para evitar dois golos bem conseguidos por Jackson. O conjunto azul-e-branco, com as linhas mais subidas, com o trio de meio-campo reforçado pelo Carlos e pressionando intensamente os jogadores adversários, não deu hipóteses à equipa bracarense. A eficácia consegue-se com produção de jogo; nem sempre com os resultados pretendidos, mas quase sempre com algum resultado. O FC Porto ganhou e ganhou bem a um antagonista com um bom mentor. Ganhou porque fez por isso na segunda parte, abandonando a postura (errada) da primeira metade e dos últimos jogos.
    Este jogo demonstrou o que eu já disse há tempos: o categoria de alguns jogadores portistas não pode ser posta em causa com a leviandade com que o fazem os detractores. Herrera não é o Moutinho, pois não, mas está longe de ser a nulidade tão apregoada nos últimos tempos; Maicon é bem melhor em campo do que Otamendi; Josué, se jogar no lugar certo, rende; Jackson não é Falcao, mas também é “matador” – necessita é de bolas colocadas à mercê para golo; Licá nem é tão bom como se concluía após os primeiros jogos nem tão mau como se mostrou nos últimos; Carlos Eduardo é um valor a não desperdiçar; os defesas Danilo e Alex Sandro não desaprenderam e até aprenderam. Em suma, temos equipa para consumo interno e para ganhar. Não se aceita outra coisa que não seja VENCER!
    Os melhores em campo, na minha modesta opinião: Carlos Eduardo, Herrera e Varela.

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  3. A 2ªParte foi a PORTO!

    VAMOS CARAGO!

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  4. Este foi mais um jogo em que a confiança da equipa variou entre o mau e o bom. Sim, está claro tratar-se mais de instabilidade emocional do que técnica, só que a falta de confiança é inibidora das qualidades técnicas que os atletas efectivamente possuem.

    Daí resultou duas partes bem distintas. A primeira, com evidente nervosismo e ansiedade a tolherem a capacidade de pensar e executar, resultando num futebol desligado e num mau espectáculo.

    No segundo tempo tudo foi diferente. A entrada de Carlos Eduardo, ajudou a esclarecer o jogo que passou a sair fluido, ligado, consistente e perigoso, muito mais próximo daquele que estes atletas são capazes.

    Esta mudança substancial acabou evidentemente por influir no resultado, que no final, acaba por ser escasso, em função das oportunidades perdidas.

    Sinceramente, não creio que a característica volúvel desta equipa tenha terminado. Vamos certamente continuar a ver mais exibições com as duas faces, como a deste jogo. Até quando é a pergunta que se impõe.

    Um abraço

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