19 dezembro, 2013

Os Mais e Menos do Museu

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

Uma das grandes ambições do nosso enorme presidente era a abertura de um museu de acordo com a grandiosidade do clube, e finalmente esse sonho tornou-se realidade.
Não sei se saiu ou não tal e qual o sonho que este transportava, mas o que é facto é que se trata de uma obra de uma beleza ímpar, onde é impossível marcar presença e ficar indiferente ao que se vê e se sente.

Não vou traçar aqui qualquer paralelismo com museus que conheço de outros clubes, pelo simples facto de me ser impossível comparar entre algo que mexe comigo do primeiro ao último metro de percurso, com algo que apenas retrata um conjunto de factos sobre clubes dos quais apenas sei o nome e pouco mais. Não consigo ter uma visão sobre o que ficaria melhor ou pior, o que falta para retratar a sua história, etc.
Já sobre o nosso museu consigo ter uma visão mais abrangente, mais detalhada, mais positivamente e construtivamente crítica.

Assim sendo, passo a destacar aqueles que senti como os pontos mais fortes e distintivos:
  • Desde logo o facto de se tratar de um verdadeiro museu e não uma mera sala de troféus. Estavamos habituados a entrar por baixo da antiga arquibancada e ver os troféus que havíamos conquistados e não termos retalhos da nossa história e do nosso percurso. Neste museu, há conteúdo, há história e “estórias” em todo o lado. A componente das taças propriamente ditas são apenas um dos pontos da obra;
  • A zona dedicada ao presidente é fantástica, distintiva e única. Para além de peças com grande simbolismo e intervenções inesquecíveis, o espaço interactivo protagonizado por este, é de um realismo impressionante.
  • O jogo de sons, luzes e cor, criam uma envolvência e atmosfera que absorve e nos transporta para uma viagem ao passado saudoso e nos dá vontade de querer ver mais e mais vitórias. As imagens das vitórias europeias conjugada com a imponência da sala, faz de nós pequeninos perante tão grande clube.
  • Uma nota muito positiva para a simpatia e afabilidade dos funcionários. Pode parecer estranho e não ser mais do que a sua obrigação, mas a verdade é que os nossos serviços de relacionamento com o sócio nem sempre tiveram gente simpática e disponível como estes jovens colaboradores demonstram ter. Há sempre espaço para mais uma questão, mais uma sugestão, mais uma dúvida. Do outro lado há sempre disponibilidade para ajudar e responde, e sempre com um sorriso!
No entanto, não há obras perfeitas e sem possibilidade de melhorias.
Assim sendo, passo a identificar alguns dos pontos que gostaria de ver melhorados\alterados neste fantástico espaço:
  • O espaço dedicado ás modalidades é curto e nada demonstrador do nosso ecletismo que sempre cultivamos. Temos modalidades com conquistas europeias que justificavam outro destaque. Um mero corredor para tantas conquistas que tão alto levaram o nome do nosso clube aos 4 cantos do Mundo, é claramente pouco.
  • O destaque dado a José Maria Pedroto é reduzido. Julgo que o Mestre merecia mais, e merecia um “cantinho” dedicado só a si. Ter o mesmo destaque dos treinadores que conquistaram competições internacionais, é insuficiente para quem esteve na génese do nosso “renascimento” e mística. É um facto que é ele que marca presença na simulação de balneário... mas não chega!
  • Foi criado um local onde se podem ouvir alguns relatos históricos... ideia original e que aplaudo. Mas se criamos algo deste género, temos que depois corresponder com “material” de alto nível. Não existir o relato de Gomes Amaro em Viena, é uma enorme mancha, ainda por cima nos dias de hoje onde tudo se consegue (se não conseguirem, eu tenho!).
  • A baliza de Dublin. Esta talvez a maior aberração do museu! Não vou discutir o facto de ter sido cortada... apesar de discordar, vou dar de borla pois de outra forma não entraria (se não entrava, faziam como o carro do Madjer que está na loja azul!). Agora, com a baliza de Dublin estarem as imagens do golo de Madjer em Viena, bem como uma réplica deste a dar o toque de calcanhar... desculpem, mas não faz qualquer sentido. Eu acho bem que esse momento esteja eternizado no nosso museu... mas não á custa de uma baliza marcante num outro golo que nos valeu uma conquista europeia. Quem não souber, pensa que aquele a era uma baliza de Viena. A mesma só poderia, em meu entendimento, estar rodeada de fotografias do golo de Falcao.
Meus caros, está dada a minha opinião, sempre e apenas com um único intuíto: o FC Porto!

A todos e respectivas famílias, um santo e Feliz Natal.

Antes disso, até 6.ª no sítio do costume!

3 comentários:

  1. mais valia nem haver museu

    ResponderEliminar
  2. ..."(se não conseguirem,
    eu tenho!)."...


    Também eu cheguei a ter mas , infelizmente ,
    a cassete deteriorou-se.
    Perdi o relato !

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Os relatos do Gomes Amaro desse jogo, podem todos ser ouvidos aqui:

    http://paulobizarro.blogspot.pt/2011/10/epoca-19861987.html

    Abraço.

    ResponderEliminar