14 março, 2014

PORTO VIVO

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FC Porto-Nápoles, 1-0

Liga Europa 2013/14, oitavos, 1.ª mão
13 de Março de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 25.520


Árbitro: Pavel Kralovec (República Checa).
Assistentes: Roman Slysko e Martin Wilczek; Radek Prihoda e Michal Patak.
4º Árbitro: Antonin Kordula.

FC PORTO: Helton, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson Martínez, Varela.
Substituições: Quintero por Carlos Eduardo (67m), Ghilas por Varela (72m), Herrera por Defour (87m).
Não utilizados: Fabiano, Reyes, Licá, Ricardo.
Treinador: Luis Castro.

NÁPOLES: Reina, Réveillère, Raúl Albiol, Britos, Ghoulam, Henrique, Behrami, Hamšík, Callejón, Higuaín e Insigne.
Substituições: Mertens por Hamšík (74m), Pandev por Callejón (79m), Zapata por Higuaín (83m).
Não utilizados: Colombo, Dzemail, Fernández, Inler.
Treinador: Rafael Benitez.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson Martinez (57m).
Cartões amarelos: Réveillère (58m), Alex Sandro (69m), Behrami (71m).

O FC Porto alcançou esta tarde/noite a primeira vitória em casa nas competições europeias desta época. A equipa comandada pelo agora treinador Luís Castro parece mudar como da água para o vinho. Em dois jogos sob o comando do treinador transmontano, o FC Porto obteve outras tantas vitórias.

A equipa começa a reagir, a respirar melhor e a mostrar que podem contar com ela. O onze base e o desenho tático são agora mais claros e a prova de que a escolha do treinador para esta época foi um enorme erro de casting está completamente à vista de todos. Não é essencial um grande treinador mas sim um treinador com cultura à Porto, que perceba e encarne a cultura do Porto. Paulo Fonseca nunca conseguiu assimilar a cultura Porto.

Hoje, num jogo a contar para primeira mão dos 1/8 de final da Liga Europa perante um adversário de renome e muito bem orientado por um treinador de créditos firmados, Rafa Benitez, o FC Porto entrou muito bem no jogo, obrigando a equipa napolitana a jogar com os 11 jogadores atrás da linha de bola. Durante a primeira parte, o Nápoles foi completamente vulgarizado.

Aos 11 minutos, Jackson Martínez teve a primeira grande oportunidade de jogo num remate fortíssimo à entrada da área a que o guarda-redes italiano correspondeu sacudindo a bola para canto.

O FC Porto continuou a dominar as operações, fazendo um jogo de paciência, pausado e aos 20 minutos, o FC Porto marcou mesmo por Carlos Eduardo mas o árbitro anulou o golo por um fora de jogo inexistente. Um erro clamoroso do árbitro assistente.

As equipas foram para as cabines e ficou a sensação de resultado injusto perante o que cada uma das equipas produziu. Ao intervalo, a equipa do FC Porto transmitiu confiança para as bancadas.

No recomeço, aos 46 minutos, o FC Porto teve uma grande oportunidade para abrir o marcador num remate de fora da área por Fernando. A bola levava selo de golo mas o guarda-redes italiano salvou o lance com uma sapatada para canto.

Mas o Nápoles decidiu aparecer no jogo e nesta segunda parte subiu as linhas e acercou-se da baliza portista com muito perigo. Por três vezes, o Nápoles podia ter marcado mas Hélton, Maicon e uma boa dose de sorte, a tal que tem faltado noutras alturas, impediram que a bola entrasse na baliza dos dragões. Tudo isto passou-se entre o minuto 52 e o minuto 55. Higuain por duas vezes e Behrami criaram nestes minutos muito perigo junto da baliza de Helton.

A equipa azul e branca tremeu novamente tal como no passado recente e cometeu erros por Mangala em duas perdas de bola infantis consecutivas que poderiam ter custado caro. Não marcou o Nápoles, marcou o FC Porto à passagem dos 57 minutos por Jackson Martínez descaído sobre a esquerda na área com o pé esquerdo após um pontapé de canto, aproveitando um alívio deficiente da equipa transalpina.

O Nápoles tentou reagir mas o FC Porto redobrou a concentração, consciente de que a vantagem de 1-0 pode ser uma vantagem importante no desfecho desta eliminatória. Luís Castro refrescou o meio campo e o ataque com as entradas de Quintero e Ghilas para os lugares de Carlos Eduardo e Varela.

Aos 83 minutos, o FC Porto teve a maior perdida em toda a partida. Sobre a esquerda na grande área, Jackson servido por Quintero, cruzou para a pequena área, Ghilas fez-se ao lance embrulhando-se com um defesa contrário. Há uma tentativa de alívio que bate em Quintero. A bola bate no poste e o perigo passa.

Até ao fim, o Nápoles ainda teve uma oportunidade de golo aos 92 minutos num cruzamento da esquerda onde surgiu na área Duvan Zapata a desviar mas a bola saiu pela linha do fundo.

A vitória assenta bem ao FC Porto que revela estar bem vivo, a crescer, a renovar-se e, deste modo, poderá encarar com optimismo os próximos compromissos. As grandes decisões estão à porta e estas vitórias como a de hoje permitem olhar para o futuro com bastante esperança.

Alvalade é a próxima paragem. Espera-se uma equipa motivada, com atitude e em busca dos 3 pontos, no assalto ao segundo lugar.



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

O treinador do FC Porto considerou justo o triunfo sobre o Nápoles (1-0) na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Luís Castro sublinhou ainda que os tricampeões nacionais souberam sofrer sempre que foi necessário, guardando uma palavra especial para o apoio que os mais de 25 mil adeptos presentes no Estádio do Dragão deram à equipa.

​“A eliminatória vai ser disputada até ao último minuto de jogo. Percebemos que tudo o que pensávamos sobre o Nápoles se confirmou. É uma equipa muito complicada, que sai rapidamente para o ataque quando recupera a bola. O jogo confirmou que a eliminatória vai ser muito equilibrada, mas hoje fomos superiores e vencemos com inteira justiça”, afirmou Luís Castro na conferência de imprensa após o embate com os italianos.

O técnico portista destacou o golo mal anulado a Carlos Eduardo e realçou a importância de uma vitória sem golos sofridos. “Podíamos e deveríamos ter ganho por 2-0, porque fizemos dois golos, mas um foi invalidado. Cumprimos o objectivo de vencer e não sofrer golos, o que era importante para abordar o jogo da segunda mão. Num jogo tão equilibrado, houve períodos em que tivemos de sofrer um pouco e soubemos fazê-lo, mas a vitória assenta-nos bem”, prosseguiu Luís Castro, que terminou a análise com um agradecimento aos adeptos portistas.

“Um dos objectivos do FC Porto sempre que entra em campo é dar alegria a quem o vê, fundamentalmente aos sócios e adeptos, que são os que mais sofrem connosco. Ajudaram-nos muito, foram fundamentais para atingirmos a vitória. Se os jogadores foram fantásticos, também os adeptos o foram e a equipa sentiu isso. A equipa sente a responsabilidade de pôr em campo o que trabalha no dia-a-dia, mas também de dar alegrias a quem gosta dela. Esta vitória também é dos nossos adeptos”. Tudo dito.



RESUMO DO JOGO

6 comentários:

  1. Uma lufada de ar fresco |
    Não está tudo bem mas só pela atitude e pela raça valeu a pena| Pena o amarelo ao Alex Sandro na 2mao deverá jogar o Reyes a central e o Mangala na esquerda, esperemos que o jovem mexicano não trema em Itália !

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  2. Uma gigante lufada de ar fresco!!
    Parabéns a toda a equipa, em especial a Luis Castro!! Sabe o que é ser Porto, e pôs a equipa a jogar a PORTO, a jogar olhos nos olhos seja contra quem for!! QUEM NÃO VIR DIFERENÇAS NA EQUIPA, NÃO PERCEBE NADA DE BOLA!!

    Eduardo

    Rio Tinto

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  3. Luis Castro viu apenas o que todos viam. Sem duplo Pivot e sem Licá e Josué, o Porto é totalmente diferente.

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  4. FC Porto 1 – Nápoles 0: marcar dois e ganhar por um!
    Jogo muito disputado com oportunidades de golo para ambos os lados. Segunda parte de grande nível (europeu!) em que os contendores nunca desistiram de procurar o resultado que melhor servisse os seus interesses.
    Sem o famigerado “duplo pivô” e com um 4x3x3 bastante dinâmico, Luís Castro balanceou a equipa para o ataque sem desguarnecer as linhas recuadas. Cedo Défour começou a dar nas vistas demonstrando que, muitas vezes, o rendimento de um jogador está dependente do que o treinador quer dele.
    O FC Porto marcou um golo aos 21 minutos por intermédio de Carlos Eduardo. O árbitro assinalou, mal, fora-de-jogo ao brasileiro! Jackson, aos 57 minutos, “desbloqueou” apontando a contar…
    A defesa portista continua a cometer falhas em catadupa! Mas também erros do meio campo, de vária ordem (passes transviados, entregas de bola infantis, reposições deficientes, etc.), comprometem gravemente os resultados finais. A equipa precisa, sobretudo, de não se expor tanto ao erro. Nós sabemos que, no futebol de alta competição, na maioria das vezes ganha quem comete menos erros. O equívoco é o maior problema desta equipa. Contudo nota-se mais solidariedade, mais empenhamento, uma ânsia de lutar que há muito não se via. “Roma e Pavia não se fizeram num dia!”
    Défour (jogo enorme!), Fernando (mesmo com alguns erros foi o “polvo tentacular”!) e Quaresma (a magia com momentos altos e baixos!), são os meus destaques.
    Ao fim de cinco jogos europeus em casa, o FC Porto arrancou a primeira vitória! A tarefa não vai ser fácil, em Nápoles. Mas com o magro 1-0 tem todas as hipóteses de, marcando ao anfitrião da próxima quinta-feira, se apurar para os quartos de final da Liga Europa. FORÇA PORTO!!!
    Nota – Mágoa! A fraquíssima assistência no Estádio do Dragão faz pena! Sinais dos tempos difíceis? Consequência da atribulada época da equipa? Ou as duas coisas?!!

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  5. «Mágoa! A fraquíssima assistência no Estádio do Dragão faz pena! Sinais dos tempos difíceis? Consequência da atribulada época da equipa? Ou as duas coisas?!»

    para lá dos proibitivos preços para o público em geral, vou mais para a quarta hipótese: jogo às 18h, em dia de semana («mágoa» isso sim por estes ridículos horários impostos pela UEFA do sr. platinados...)

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  6. Nunca duvidei do empenhamento dos jogadores. Simplesmente, tal como nós, chegaram a um ponto com Paulo Fonseca em que já estavam saturados de tanta asneira e de tanta teimosia. Muitas vezes temos a mania que os jogadores não são pessoas inteligentes e não há nada mais errado. Eles andam lá dentro, são do melhor que há na sua profissão e rápidamente se apercebem se o lider é competente ou não, se tem capacidade ou é apenas um embuste promovido por empresários. Claro que desmoralizam. O contrário também acontece. Moralizarem-se por sentirem que há alguém que sabe minimamente o que está a fazer e tem uma um plano, uma estratégia para atingir o sucesso. Já parecemos uma equipa, com erros é certo, mas, ver um jogo no Dragão já dá prazer e não sofrimento.

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