12 janeiro, 2015

ROUBOS DE IGREJA, DE CATEDRAL OU DE CAPELA.

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No atual contexto classificativo, é óbvio que nada mais resta ao FC Porto do que vencer os seus jogos “sem espinhas”, resolvendo os problemas o mais cedo possível e esperar que o nosso rival direto perca algum ponto.

Ainda assim, para além da forma rápida como resolvemos o jogo, praticamente em 45 minutos resolvemos a questão de forma evidente e poderíamos até ter marcado mais golos, a nota mais positiva do jogo do Dragão foi mesmo a tarja exibida no início do jogo: “Se roubo de igreja era habitual, agora são roubos de catedral”.

Infelizmente tudo aquilo que sucedeu até à atual jornada já não tem ponto de retorno. Já não há retorno no golo limpo do Brahimi em Guimarães escandalosamente mal anulado a alguns minutos do fim ou o golo escandalosamente mal anulado a Marco Matias que daria o empate ao Nacional frente a determinado clube. Esqueçamos todos os outros erros (e foram tantos!), bastaria apenas que esses dois lances que acima mencionei fossem corretamente ajuizados pelos senhores árbitros, e nem eram lances de grande dificuldade bastaria uma visão minimamente acertada, para que neste momento a nossa diferença para a liderança fosse de apenas 2 pontos, muito diferente dos atuais 6 pontos. Realmente dá que pensar.

É difícil não relacionar aquela pertinente tarja exibida no Dragão à data que vivemos na passada semana: aniversário da morte de José Maria Pedroto, um Grande Homem a quem todos nós Portistas devemos também a construção do grande FC Porto dos últimos 30 anos. Ainda assim, não posso deixar de refletir sobre um fenómeno que tem ocorrido nas últimas semanas. Parece-me que nas últimas semanas têm sido mais claros os alertas quer dos adeptos, quer de Pinto da Costa em relação à pouca-vergonha que tem sido a atuação dos senhores de preto. Curiosamente, ou talvez não, nas últimas 2 jornadas os erros de arbitragem têm abrandado. É nota digna de registo que nas últimas 2 jornadas, não tenha havido golos em fora-de-jogo, penalties por marcar ou golos mal anulados aos adversários. Posto isto pergunto: e se tivéssemos começados a fazer barulho, denunciar alto e bom som, com tarjas, frases fortes e convincentes de altos responsáveis muito mais cedo que aquilo que realmente aconteceu? Ninguém sabe o que aconteceria, se haveria um pouco mais de vergonha dos homens do apito em relação a certas coisas que aconteceram. Infelizmente, não podemos estar calados, porque o ditado “mama, mas não abuses” não se aplica quando se trata de beneficiar o clube do regime em prol de um desígnio que não ocorre há mais de 30 anos: o bicampeonato.

Independentemente dos roubos de igreja, de catedral ou de capela, aquilo que o FC Porto tem de fazer é o que tem feito nos últimos jogos, vence-los facilmente, resolvendo as coisas cedo. É muito mais responsável entrar forte no jogo, marcar 2 ou 3 golos, resolver a contenda e depois tirar o pé do acelerador na 2ª parte do que entrar em jogo a dormir e andar atrás do resultado desesperadamente na 2ª parte. Neste particular, tenho gostado do FC Porto nos últimos jogos porque resolve cedo e depois descansa. O contrário seria muito pior.

Até ao final do mês, temos que ter seriedade em jogar na competição menos relevante em termos oficiais, mas que enquanto existir terá de ser encarada com o mínimo de seriedade e depois esperar uma aproximação no campeonato. Creio que pode ser muito importante na disputa pelo título as viagens à Madeira durante este mês quer do FC Porto, quer dos outros. Na próxima jornada eles visitam o Marítimo, na seguinte somos nós a fazê-lo, sendo que quem perder pontos nesta deslocação pode dar uma importante vitamina psicológica ao adversário. Não podemos tirar o pé do acelerador, temos que pressioná-los ao máximo na medida do que nos é possível, que é vencer os nossos jogos.

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