03 abril, 2009

Falta de Público nos Estádios: Porquê?

Uma das componentes vitais para a existência do espectáculo-futebol e para a importância que ele adquiriu na sociedade mundial são os seus adeptos, as pessoas que vão ao estádio, que consomem o produto e alimentam aquilo que hoje já se pode chamar de indústria. Sem adeptos não há futebol! Foi nesse sentido que promovemos uma sondagem na semana que passou acerca desta temática incontornável. No passado dia 22 de Março, realizou-se a 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, pelas 20h45, no Estádio do Dragão, entre FC Porto e E.Amadora. Assistiram ao vivo a esta partida apenas 19 108 espectadores. Quisemos saber, neste como noutros casos, que factores estão na base desta pouca afluência aos estádios portugueses e quem são os principais culpados. Responderam ao repto 156 visitantes e os resultados foram os seguintes: 45 pessoas (29%) disseram que a culpa é das TV's, pois são elas que têm o poder nas mãos; outras 45 (29%) são da opinião que a Liga de Clubes é o principal responsável, porque não reduz o preço dos bilhetes; 40 votantes (26%) acham que a maior responsabilidade pertence aos clubes, já que aceitam este estado de coisas e calam; 15 (10%) responderam que a culpa é dos adeptos, porque não fazem greve ao futebol como forma de protesto; e 11 (7%) afirmaram que é das arbitragens, pois são incompetentes.

Enquanto problemática estrutural de um desporto tão mediatizado e, simultaneamente, um negócio que movimenta milhões e milhões de euros, ela reveste-se de grande complexidade e explicá-la com absoluta certeza será sempre uma tarefa quase impossível. Há uma diversidade enorme de razões para que o número médio de espectadores no futebol português seja reduzido quando comparado com outros países. Nunca será consensual discutir porquê e seriam necessários estudos aprofundados, que englobassem várias vertentes, para que chegássemos a conclusões minimamente credíveis. No entanto, como se pode inferir da nossa votação, há factores que saltam imediatamente à vista.

Concentremo-nos, para já, no exemplo concreto escolhido pelo blog. À partida, um jogo importante como uma meia-final da Taça de Portugal, realizado na casa de um clube como o FC Porto, onde a média de espectadores é muito superior aos cerca de 19 000 que estiveram presentes, era susceptível de despertar bastante mais interesse que aquele que se verificou. Se atentarmos bem nas opções de voto, podemos dizer, sem grande margem de erro, que todas contribuem para que os adeptos fiquem em casa em vez de se deslocarem aos estádios. Mas neste caso concreto, aquilo que penso mais ter pesado na fraca assistência foi o horário do jogo, razão pela qual votei em "TV's, porque têm o poder nas mãos". Não tenhamos dúvidas: com um domingo totalmente livre, marcar o jogo para as 20h45, sabendo que segunda-feira é dia de trabalho, é reduzir a assistência para cerca de metade daquela que poderia acontecer. Mesmo com espectáculos de fraca qualidade, bilhetes caros para a carteira dos portugueses, arbitragens incompetentes ou as constantes trapalhadas que se multiplicam cá no burgo, é inegável que se o encontro se tivesse realizado às 16, 17 ou mesmo 18 horas, os adeptos teriam afluído ao Dragão em número significativamente superior. Quem resolveu agendar o jogo para aquela hora, está literalmente a borrifar-se para os adeptos e não se preocupa nem em vender o seu produto, nem sequer em promovê-lo devidamente; está antes refém do poder económico das televisões e sujeita-se às suas directrizes, em nome da receita televisiva. Como é que um portista de Aveiro ou Braga, por exemplo, vai ter vontade de se deslocar ao Porto, sabendo que chegará a casa por volta da meia-noite e que no dia a seguir terá de se levantar cedo para trabalhar? E se houver alguns que estejam dispostos ao sacrifício, conseguirá convencer a mulher, a namorada, o pai, a mãe, os tios, os amigos? Dos filhos já nem falo, pois ao intervalo já é hora de estar a dormir...

Mais: fazer um sacrifício grande para quê? Para chegar ao estádio e ver um espectáculo, na sua grande maioria, de fraca qualidade, pago, muitas vezes, a preços exorbitantes, pouco condizentes com o nível de vida existente em Portugal? Pagar um balúrdio para sair do estádio defraudado com o que foi oferecido, alimentando um negócio cada vez menos credível, onde as arbitragens falseiam frequentemente os desfechos dos jogos? Onde as palhaçadas de bastidores acontecem todas as semanas? Onde se discute tudo e mais alguma coisa durante dias e dias, menos o futebol jogado pelos artistas? Onde a imprensa não desempenha o seu papel com isenção, fazendo as suas análises consoante as cores das camisolas e o desejo irresistível de vender a qualquer custo?

Olhemos para este nosso mundo da blogosfera, algo em que todos nós temos responsabilidade e capacidade para mudar e evoluir. São escritos mais posts sobre o CD da Liga ou sobre o Lisandro? São gastas mais linhas a falar do CA da Liga ou do Hulk? Pronuncia-se mais vezes o nome do Lucílio Baptista ou do Lucho González? Dá-se mais importância a um golo marcado com a mão ou a um marcado de pontapé de bicicleta? Discute-se mais tempo um erro de arbitragem ou um lance de génio? Isto vai desembarcar noutro problema estrutural do nosso futebol que, parecendo que não, afasta muito público dos recintos: há falta de cultura desportiva em Portugal! Aqui, gosta-se muito mais dos clubes do que de futebol. Não quer dizer que não devemos ser fiéis seguidores do nosso clube do coração. Devemos! E defendê-lo com unhas e dentes! No entanto, gostar mais de futebol faria bem a muitos adeptos. E entendê-lo melhor também.

O facto de se gostar mais dos clubes que de futebol é um problema cultural que explica muita da ausência de público nos estádios. Só se vai ver o nosso clube quando ele está na mó de cima e a obter bons resultados, caso contrário, não interessa. Ir ver futebol pelo simples facto de se gostar do jogo, é mentira (claro que se os espectáculos fossem de melhor qualidade, também ajudava...)! Em Espanha, o Real Madrid, o Barcelona ou o Atlético Madrid, mesmo quando estão longe do primeiro lugar, continuam com lotações esgotadas. Aqui, isso não acontece. Se FC Porto, Benfica ou Sporting estão mal, nota-se um decréscimo de público nos respectivos jogos. Em Inglaterra ou na Alemanha, equipas que estão para descer continuam a ter o estádio repleto. Aqui, nem vale a pena lembrar as assistências de clubes como o Belenenses ou o Paços de Ferreira. Não deixa de ser injusto comparar realidades tão díspares, países muito diferentes economicamente e com uma população completamente distinta. No entanto, estas diferenças não podem explicar tudo. Portugal sempre foi um país atrasado relativamente às potências europeias e há 20 anos atrás, os estádios nacionais estavam invariavelmente a rebentar. É urgente reflectir porque é que isso actualmente está muito longe de acontecer. Falta cultura desportiva, mas também qualidade no futebol praticado, credibilidade, profissionalismo a todos os níveis.

Acredito que a concentração exagerada de adeptos nos três grandes é outro dos factores que mais contribui para que o nosso campeonato seja, no seu todo, desinteressante e haja um afastamento cada vez maior do público. Clubes com uma massa adepta assinalável e que gostam apenas do seu clube, como o Guimarães ou o Leixões, são raros no nosso país. Emblemas da estirpe, por exemplo, do Rio Ave, da Naval ou do Trofense, têm pouquíssima implantação popular. E mesmo os adeptos desses clubes, normalmente também torcem por um dos grandes. Isto retira força à generalidade dos clubes, fazendo com que as suas possibilidades de crescimento e afirmação esteja muito limitada. Que receitas é que um clube pequeno destes pode gerar nestas condições? Não admira, portanto, que haja clubes com vários meses de ordenados em atraso, como o E.Amadora (a própósito, os estrelistas já não recebem há vários meses, mas só agora, antes do jogo com o Benfica, decidiram fazer greve aos treinos, é curioso!) ou o Setúbal. Vivem muito tempo acima das próprias possibilidades, algum dia o balão tem de rebentar. E o problema é que, sem ajudas exteriores, não parece ser possível muitos destes clubes sobreviverem. Esta imagem de amadorismo e dificuldades financeiras na maioria dos clubes também empobrece e muito o futebol português. Descredibiliza. Faz perder adeptos, pessoas com vontade de seguir o fenómeno. Totalmente compreensível.

Resumindo: muito se pode fazer para que o futebol se torne mais apelativo e tenhamos mais público nas bancadas. Desde horários mais condizentes, preços mais acessíveis, marketing mais positivo, virado para o futebol jogado, menos confusões de bastidores, mais credibilidade, etc, etc, etc. No entanto, há condições estruturais de natureza económica, social e cultural que dificilmente se conseguirão mudar, tenderão até a agravar-se. Podemos fazer a nossa parte aqui na blogosfera, tentando discutir o futebol pelo lado positivo. De resto, quem tem o poder de mudar alguma coisa, que o faça.

13 comentários:

  1. sinceramente acho que é uma mistura de muitas variantes..mas nao me venham com a celebre "o futebol é fraco" ou "o futebol esta podre"..etc etc..pk se eu tiver dinheiro(bilhetes caros) e o jogo for a uma hora decente(imposiçao das tv´s/clubes concordam) eu ate vou..nao penso que vai ser um mau jogo etc etc..jogos a partir das 20 horas deveriam apenas ser permitidos quando as equipas em confronto fossem relativamente perto..para permitir aos adeptos visitantes mais possibilidade de ir(basta imaginar um benfica-porto a um domingo as 21h30 como as vezes acontece,quem faz a viagem de camioneta a que horas xega a casa)..obvio que o preço dos bilhetes tb ajuda..mas alguns querem ganhar tudo de uma vez..e depois só perdem..

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  2. Bruno Pinto:

    «Olhemos para este nosso mundo da blogosfera, algo em que todos nós temos responsabilidade e capacidade para mudar e evoluir. São escritos mais posts sobre o CD da Liga ou sobre o Lisandro? São gastas mais linhas a falar do CA da Liga ou do Hulk? Pronuncia-se mais vezes o nome do Lucílio Baptista ou do Lucho González? Dá-se mais importância a um golo marcado com a mão ou a um marcado de pontapé de bicicleta? Discute-se mais tempo um erro de arbitragem ou um lance de génio? Isto vai desembarcar noutro problema estrutural do nosso futebol que, parecendo que não, afasta muito público dos recintos: há falta de cultura desportiva em Portugal! Aqui, gosta-se muito mais dos clubes do que de futebol. Não quer dizer que não devemos ser fiéis seguidores do nosso clube do coração. Devemos! E defendê-lo com unhas e dentes! No entanto, gostar mais de futebol faria bem a muitos adeptos. E entendê-lo melhor também».

    Meu caro, nos tempos actuais este discurso é utópico. Quando as estratégias para derrubar o FC Porto recuam aos manuais do fascismo e centralismo exacerbado, não temos outro remédio. É combatê-los, denunciá-los sob pena de sermos degolados sem apelo nem agravo. Os Andrades já foram. Agora somos DRAGÕES. FaLAMOS de futebol e romancismo depois do tetra estar ganho.

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  3. acho ridiculo só se falar de arbitragens e polémicas. concordo em absoluto consigo.


    concordo, também, que a maior parte dessas polémicas visam o FCP e a tentativa desenfreada de nos enfraquecer e atacar (veja-se esta punição ao lisandro, que é revoltante).

    concordo com o comentário do lucho: agora somos DRAGÕES. falemos de futebol quando o tetra estiver garantido. isto porque o que realmente interessa é que o FCP vença e prove em campo que os mouros ainda vão ter que pedalar muito antes de chegar ao nosso nível.

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  4. Lucho,

    Diz-me o que consegues fazer com o teu combate que, objectivamente, interfira:

    - com os destinos do futebol português;
    - com as grandes decisões;
    - com as suspensões que podem ser aplicadas a jogadores do FC Porto;
    - com os castigos que podem ser aplicados a dirigentes do FC Porto;
    - com a retirada de 6 pontos ao nosso clube;
    - com a colocação de pessoas da escória benfiquista em lugares-chave da liga;
    - com a eleição do actual presidente da liga;
    - com a manutenção do ricardo pavão como presidente da comissão de disciplina da liga;
    - com os interesses e conveniências de toda esta gente;
    - com os interesses clubísticos de conselho de justiça da federação;
    - com as nomeações do presidente do conselho de arbitragem;
    - com as arbitragens tendenciosas de determinados árbitros;
    - com todos os interesses obscuros que se desenvolvem nos bastidores do futebol português;
    - etc, etc, etc.

    A quem compete travar todos esses combates?
    Quem tem ou devia ter competência e capacidade para poder, objectivamente, interferir em todos estas situações referidas anteriormente?

    Parece-me que nos desgastamos com preocupações e lutas esteréis que não passam por nós e não estão nas nossas mãos.

    Podemos e devemos estar atentos, mas será que nós interferimos nalguma coisa? Eu não.

    Se calhar esta ideia do Bruno Pinto não é tão utópica como isso. Apreciar o futebol e deixar as grandes lutas e combates para quem tem armas para lutar de igual para igual, ou seja, os nossos dirigentes.

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  5. Queres interferir?

    Duas soluções:

    - através dos meandros (extra FC Porto) do futebol português, se tiveres capacidade para isso. Não é para todos.

    - através dos dirigentes do FC Porto, pressionando-os a lutar e a combater isto tudo, se conseguires ter acesso a eles. Também não é para todos.

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  6. De uma forma ou doutra, tens o meu total apoio.

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  7. Blue World,

    Concordo em absoluto com o teu primeiro comentário. Assino em baixo.

    Lucho,

    O que eu acho utópico é achar que com estes textos na blogosfera consegues interferir nalguma coisa ou melhorar a vida do clube. Não consegues, meu caro. Percebo a vontade, mas é inútil.

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  8. Agora algo que tem a ver com futebol jogado: ao que parece, Berbatov lesionou-se e não estará disponível pelo menos para a 1ª mão dos 1/4 final da Champions. Uma boa notícia, sem dúvida. Mas enfim, não joga ele, jogará o Tévez...

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  9. (Em actualização) - O Tribunal de Gaia absolveu Pinto da Costa no "Caso do Envelope". Não foram dados como provados os factos imputados pela acusação.

    Foram também absolvidos os outros dois arguidos, o árbitro Augusto Duarte e o empresário António Araújo.

    A Juíza Catarina Ribeiro Almeida prossegue ainda a leitura da sentença.

    O processo do "Caso do Envelope" reporta-se ao encontro Beira-Mar-FC Porto (0-0), da 31.ª jornada da Liga de 2003/04, realizado em 18 de Abril.

    O presidente do F .C. do Porto, Pinto da Costa, e António Araújo, um empresário de futebol, estavam pronunciados pelo crime de corrupção desportiva activa e ao árbitro Augusto Duarte era imputado o crime de corrupção desportiva passiva.

    O processo é um apêndice do megaprocesso "Apito Dourado" e tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.

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  10. Desculpem lá, mas não dá para evitar:

    EMBRULHEM MOUROS !!!!

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  11. Bruno, excelente análise esta tua sobre o gostar de futebol... ou muito mais dos clubes?!

    Conseguiste tocar em vários pontos fulcrais para a explicação deste fenómeno do futebol em Portugal, mais não ser do que, situações excepcionais, a estádios completamente despidos de adeptos.

    E é por aqui que continuo a bater na minha, se bem que concordo plenamente que todas as opções que estavam em cima da mesa para votação, qualquer uma delas serviria para justificar esta situação, contudo, mantenho a mesma de sempre... o sumo do futebol, são os adeptos... no dia em que esses desaparecerem, o futebol acaba, certo?

    Por isso votei nos ADEPTOS serem os maiores responsáveis desta situação, porque ninguém mais do que eles tem poder para dar a volta ao texto neste tema... se estes, no qual me incluo, mesmo a contragosto, começar a deixar as bancadas ainda mais despidas, a ver se as coisas não tomavam outro rumo... no entanto, enquanto houverem 19.000 otários, no que me inclui, para deslocar ao estádio, naquela hora, a um domingo com dia de trabalho no dia seguinte, etc etc, quero crer que nada, nem ninguém, vai mexer uma palha que seja para alterar esta situação.

    Todos mandam e desmandam... os adeptos, são os únicos que alimentando o espectáculo, menos mandam...

    Como disse, umas greves ao futebol... e a ver se as coisas não se alterariam... ai não que não!!!

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  12. Bruno,

    Soberba análise, aprofundada, do fenómeno futebolístico nacional. Está um trabalho perfeito, racional, fugindo aos facciosismos do género. Só posso acrescentar um NOTÁVEL!

    Lucho: Compreendo e apoio o teu ponto de vista, pese achar que a opinião argumentativa do Blue World é merecedora de crédito. Nós, adeptos apaixonados pelo FCP, não conseguimos, na blogosfera, ter peso suficiente para lutar contra tantos escolhos que nos colocam pela frente. Devemos, por isso, parar? NÃO. Eu, pelo menos, bradarei sempre contra este estado de coisas, mesmo tendo consciência de que é uma luta vã. Mas, se até D.Quixote, na demanda contra os moinhos de vento, ficou imortalizado na história, quem sabe um dia as nossas vozes não se ouvirão...

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  13. Viva !

    Excelente artigo.

    Francamente, não vejo qualquer contradição entre falar e defender o Futebol e defender o Porto.

    Esqueci-me de votar. Desculpa Bruno !

    Mas votaria no peso das tv's.

    É que estas já estão dentro do estádio graças aos ecrãs gigante.

    O jornal Francês com maior tiragem nacional, Le Parisien,edição papel de domingo 1 de Fevereiro do ano em curso, apresenta na sua primeira página : "Un sondage choc pour le monde du football" .

    As páginas 2 e 3 são dedicas à análise da sondagem. Desta ressalva que 43% por cento dos Franceses ( é enorme) se interessam menos pela liga 1 que pelo passado ( 7 anos ).

    As razões indicadas pela sondagem são os preços dos bilhetes. Ora, em França não é um argumento, já que os preços médios são, segundo Le Parisien, de 18,50 euros ( fora sócios) . O salário mínimo ronda os 1000 euros.

    Em contrapartida, o artigo não foca as violências que existem fora do estádio. O que dá grande margem para, pelo menos em França, ao Rugbi de proclamar, com grandes cartazes, que neste desporto existe uma terceira parte.

    Confratenização ( melhor dizendo alimentação da cirrose ) entre adeptos opostos.

    Eu adoro o futebol. E o futebol diz respeito ao Foot Ball Club do Porto.

    Por vezes, pergunto-me se a modadidade não está a morrer !

    Há que defendê-la e pensâ-la !

    E Viva o Porto !

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