10 abril, 2009

1 comentário:

  1. FC Porto como Agostinho...

    TAL como Joaquim Agostinho tinha alguma dificuldade em ganhar na Serra da Estrela, face a baixo grau de dificuldade para ele, trepador de Alpes e Pirenéus, o FC Porto vai consentindo a Sporting e Benfica a ideia de serem seus rivais a sério, incluindo a quimera de lhe tirarem o título nacional — no entanto, na hora H arrancou a fundo para a meta de voltar a ser... tetracampeão! —, mas, nas provas de fogo da alta-roda europeia, sistematicamente lhes mostra como dele, de facto, se encontram a brutal distância!
    É o Princípio de Peter: pode-se camuflar deficiências/incompetências, parecendo fazer jogo idêntico, até determinado nível; a partir daí... catrapumba! Na nossa Liga, de cada vez que o FC Porto acelera... lá se vai a dita concorrência. E quando a bitola passa a ser europeia... puxa, que abismo! O Benfica conseguiu levar tareia de 5-1 na Grécia... e ser último no seu grupo... O Sporting, beneficiando do mais fácil grupo, lá ultrapassou, pela 1.ª vez, essa fase da Liga dos Campeões, mas sofrendo 8 golos do Barça...; e logo veio o apocalipse de o Bayern lhe aplicar 12-1!!! O FC Porto venceu o grupo (à frente do Arsenal... reagindo à negra noite do 4-0 em Londres), deu show de bola em casa do Atlético de Madrid e, com requintes de personalidade e qualidade, saiu de Old Trafford encostando às cordas o campeão europeu e mundial. Insisto no que logo escrevi: parabéns, mestre Jesualdo Ferreira; é uma delícia ver a (consistente) rapidez de crescimento nos meninos Fernando, Rolando, Cissokho, Hulk... a gradual evolução do tão criticado Mariano, o mais alto patamar de Rodriguez e de Meireles, a soma que dá... reconstrução de excelente equipa. É só para senhores treinadores.

    CAROLINA SALGADO. Creio ser a primeira vez que escrevo este nome; e, de certeza, nunca uma palavra escrevi sobre esta pessoa, a sua personalidade, o seu carácter, os seus comportamentos. Nem sequer uma página li do livro dito seu e bombástico (absoluta falta de interesse). Uma coisa tenho como certa: o seu perfil é exactamente o mesmo enquanto mulher de Pinto da Costa e Primeira Dama do FC Porto, ao longo de 6 anos (quando, nas bancadas da Luz, vociferou contra Filipe Vieira e o insultou) e enquanto em pública/furiosa revelação de gravíssimos pecados de Pinto da Costa (passando a ser acarinhada, no mínimo, pela cúpula benfiquista). Acontece haver um princípio ético — os fins não justificam todos os meios — que todos os protagonistas deste degradante filme violentamente atropelaram.

    A personagem Carolina Salgado, por Pinto da Costa erguida a Primeira Dama do FC Porto, também erguida foi, pelo Ministério Público, a pilar, praticamente único, do processo que levou a tribunal o presidente portista e o árbitro Augusto Duarte. Por isso sempre tive a convicção de que os dois casos acabariam como acabaram: um à estalada; o outro em cegarrega de contradições e zero de provas. Mas também sempre convictamente defendi que Justiça comum e Justiça desportiva podem — e, amiúde, devem — ser bem distintas. Nos dois processos em apreço, nenhuma provou suborno. E ambas tiveram prova de Pinto da Costa ter recebido em sua casa o árbitro que dois dias depois dirigiu jogo do FC Porto!... (superevidente: se Augusto Duarte considerou urgentíssima, inadiável, a ajuda que tinha de pedir a Pinto da Costa... deveria ter-se sentido eticamente obrigadíssimo a informar a Comissão de Arbitragem de não ter condições para arbitrar o referido jogo; como disso não viu necessidade, pode subentender-se que situações deste tipo são absolutamente normais, banalíssimas...). Não foi grave, face ao Código Penal, entendeu a Justiça comum. Só gravíssimo pode ser para códigos de ética desportiva. Por isso Pinto da Costa e Augusto Duarte foram punidos pela Disciplina da Liga e pela Justiça da Federação (mantendo as punições). Era o que faltava que não fossem!!! Lá diz o ditado: o pior cego é o que não quer ver.


    Santos Neves n' A Bola.

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    Muita classe para tanta inveja

    O FC Porto fizera, em Guimarães, um grande jogo, onde se vira o melhor Raul Meireles. Com Lisandro castigado e Rodriguez e Lucho a ajustarem os fusos horários, Mariano e Farias provaram que a equipa volta a ser forte de mais para consumo interno e começa a ter um banco à altura dos compromissos que restam até ao fim da época.
    Foi uma exibição fantástica, valorizada pela equipa da casa que teve a sorte de marcar na sua primeira oportunidade que resultou de um ressalto e que ainda contou com a tolerância disciplinar do árbitro, que fez vista grossa à pancadaria de que Hulk foi vítima.

    Resolvido um dos grandes obstáculos que faltavam, no caminho do tetracampeonato, o FC Porto foi a Old Trafford, desafiar os campeões da Inglaterra, da Europa e do Mundo.

    Dias depois de se ter resolvido o último caso que ainda sobrava no Apito Dourado, restava à equipa explicar, mais uma vez, que nunca precisou de favores nem batotas.

    O FC Porto faria, em Manchester, uma das suas melhores exibições europeias da história. E, só não digo que foi a melhor porque, por culpa dos astros e de alguma ingenuidade, ainda não foi desta que conseguiu ganhar um jogo oficial em Inglaterra. Esta equipa, que pouco difere da que há seis meses foi massacrado pelo Arsenal, é candidata à Liga dos Campeões, o que diz muito da qualidade dos seus dirigentes, técnicos e jogadores. Alguns destes, como Hulk, Fernando e Cissoko, que eram desconhecidos há poucos meses, têm hoje cotação no mercado internacional e já ninguém diz que Mariano e Sapunaru foram contratações falhadas.

    Enquanto o prestígio do nosso futebol fica a dever mais alguma coisa ao FC Porto, por cá, criticam-se os tribunais por não se ajustarem às tristes convicções dos moralistas da inveja e dos suados arautos da brilhantina.

    Rui Moreira n' A Bola.

    http://portistaforever.blogspot.com/

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