Os limites da minha paciência…

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Depois do empate com o Feirense num jogo fraco e displicente, pensei que apenas seriam 2 pontos perdidos pontualmente sem grandes consequências para o resto do campeonato. Mas mantive a paciência…

No jogo a seguir, até fizemos uma boa 1ª parte com o slb, conseguindo uma vantagem justa. A 2ª parte daquele jogo marcou fortemente o início do declínio psicológico, físico e técnico dos jogadores, bem como o desvario e desorientação da equipa técnica. Nessa 2ª parte lembro-me que jogamos a medo, receosos de um adversário a quem habitualmente ganhamos tranquilamente, e acabamos por consentir, muito mal, um empate que soube a derrota. Confesso que aí tive uma esquisita sensação: então o ano passado, praticamente com os mesmos jogadores humilhámos por 4 vezes estes gajos, e agora borrámos-nos de medo deles no nosso próprio estádio! Mas, ingénuo como sou, mantive a paciência…

Seguiu-se a viagem à Rússia, e lá acreditei num bom resultado e consequente pontapé na já propalada crise do FC Porto. O que levei foi um valente pontapé no estômago. Desde a falta de profissionalismo do sr. Fucile que acabou expulso num momento importante, até à azelhice de VP no banco de suplentes a ler e mexer no jogo da equipa, tudo correu mal. No fundo, tem sido assim a época do FC Porto, repleta de falta de profissionalismo e azelhice de jogadores e treinador, tudo com a complacência da SAD, que assobia para o ar, como se nada se passasse. No entanto, mantive ainda a paciência…

Semanas depois, lá recebemos o Apoel do Chipre. Uma vitória colocar-nos-ia no rumo do apuramento, poderia acalmar a crítica já elevada ao desempenho da equipa e quem sabe, motivar os jogadores para melhores exibições. Nada disto interessou srs. jogadores. Mais um jogo horrível, com um empate frente a uma equipa com jogadores que nem no Paços de Ferreira teriam lugar. Imaginem só que eu ainda mantive a minha paciência…

Duas semanas depois, e já depois do sinal de alarme dado, seguiu-se a viagem ao Chipre. No íntimo do meu portismo exacerbado, lá pensei eu: “caramba, estes gajos devem ter ainda vergonha na cara, miseráveis jogos com equipas fraquíssimas como Feirenses e Apoeis, agora é a oportunidade de ouro para dar realmente um pontapé nisto tudo, vencer e convencer na Champions mantendo todas as hipóteses de seguir em frente na competição, motivar-nos para o campeonato e manter a tranquilidade possível junto da massa adepta”. Não poderia estar mais enganado, de facto falta muita vergonha àqueles meninos que ganham milhares e milhares de € por mês e têm todos os luxos e mimos que o comum dos cidadãos nunca sonha vir a ter. Um jogo péssimo (mais um), erros infantis, passes falhados, falta de esforço, falta de concentração e 1 golo sofrido aos 92m imagine-se, em contra-ataque. Para cúmulo, VP vem no final do jogo dizer que “jogamos à Porto”. Mais um sinal da desorientação do técnico portista. O abismo está perto. A minha paciência reduz-se mas, lá no fundo, ainda acredito numa réstia de vergonha de jogadores, treinador e SAD…

Antes da paragem para a brincadeira das selecções, lá fomos jogar a Olhão contra o fantástico Olhanense, equipa fraca, que apenas joga para o pontinho, não tendo o mínimo de classe nem categoria. Mas os jogadores do FC Porto ainda não aprenderam que jogar contra essas miseráveis equipas que apenas pensam em destruir jogo e enervar o adversário, apenas exige algo muito simples: velocidade e ritmo de jogo, mais cedo ou mais tarde a mediocridade vem ao de cima e a equipa mais forte acaba por vencer. Mas não, jogo lento, previsível, penaltie falhado, outros por marcar, enfim, mais um jogo mau do FC Porto. A liderança ficava presa por um fio e a minha paciência também. Acreditem que há poucas coisas na vida com que eu tenho tanta paciência como para o FC Porto…

Depois disso, foram 1, 2, 3, 4, 15 dias passados, de reflexão, trabalho, análise cuidada e esperança para o futuro próximo. Pensei eu. Mais uma vez fui um autêntico banana ingénuo porque pensei que algo poderia melhorar. Foi com alguma esperança que me sentei à frente do televisor para ver então o jogo de Coimbra que, pensava eu, seria um bálsamo para a recuperação portista e finalmente um pontapé na crise de resultados. Fui novamente um idiota, um ingénuo, um verdadeiro banana. 50 minutos para fazer um remate à baliza adversária, 90 minutos e nem uma jogada com cabeça tronco e membros, e a cereja no topo do bolo: 3 golos sofridos da poderosa Académica que havia sido eliminada da taça da liga pelo fortíssimo Penafiel no fim-de-semana anterior. Nem um passe de jeito, um remate, uma jogada, nada, ZERO, uma pobreza franciscana, um nível de mediocridade tremendo e uma grande vergonha…

E pronto, lá acabaram com a minha paciência. Mediocridade, mediocridade e mais mediocridade. Tanta mediocridade junta. Os jogadores, o treinador, o preparador físico, o adjunto, a SAD. Não perdoo ninguém. Não retiro culpas a ninguém. Muito sinceramente, o futuro de curto prazo é simples de prever. Não estamos a jogar a ponta de um corno, se sairmos da Ucrânia com 2 ou 3 no saco alguém se admirará? Não pensem que o Shaktar é uma daquelas pobres equipas portuguesas que apenas jogam para o pontinho, acomodadas à sua mediocridade natural. O Shaktar é uma boa equipa e a jogar assim, o FC Porto não se safa de uma valente derrota em Donetsk. Depois jogo com o Braga no Dragão. Se nós a jogar com Olhanenses e Feirenses não jogamos nada, vamos ganhar a um Braga organizado, com talento e bom treinador? Duvido muito. O futuro é negro, muito negro. Os jogadores, o treinador e o resto da trupe conseguiram o feito de fazer com que eu não acredite em nada do que o actual FC Porto possa fazer até final da época. Senti isso na mítica época do Octávio e na época pós-Mourinho. Nunca pensei vir a sentir isso nesta época. É tudo tão miserável, tão miserável, que nem me apetece fazer alguma consideração sobre que soluções ter neste momento. Porque não ganho milhares de € por mês, nem prémios de gestão, nem comissões chorudas de transferências. Os milionários que pensem numa solução, que joguem à bola, que corram, que lutam e que tenham alguma vergonha na PUTA da cara. Isto é o FC Porto PORRA! TENHAM ALGUMA VERGONHA!!!!!!!!

PS - Se para os jogadores, correrem, esforçarem-se e lutarem é preciso que VP saia, então que mandem o treinador para o olho da rua. E que vão buscar um porra qualquer, que coloque então os meninos a correr e lutar. Mas depois se continuar a mesma merda de sempre, aí já não podemos mudar de treinador novamente. Isto é uma tragédia que parece inevitável, com VP, com Pedro Emanuel, com Jorge Costa ou com o Guus Hidink vestido de cor-de-rosa, os mimos, as manias, as vontades de sair para ganhar os milhões de € que o outro porra foi ganhar para o Chelsea, e os amuos vão continuar. O FC Porto precisa é de uma limpeza de alto a baixo naquele balneário. Enquanto não se perceber isso, vamos estar alegremente entretidos a discutir nomes para o lugar de treinador, e o barco a afundar-se!