A NOSSA equipa e o NOSSO treinador

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Numa tarde chuvosa deste Porto, com a vontade imensa de calçar as pantufas da ordem e aquecer os ossos junto da lareira sai devaneio.
Devaneio em forma de bitaite claro e frontal.
Sem a mão a ocultar os lábios de onde saem os impropérios pretos e próprios das bestas, prontamente salvaguardados pelos mé(r)dia do costume.

Adiante.
Apesar do lugar cimeiro (favor não ler o record) e da invencibilidade em quase meia centena de partidas a imbecilidade teima em continuar a reinar.
'Estes Portistas andam loucos', diria até o irredutível gaulês dos quadradinhos.
'Alguns andam mesmo perto de perder a cabeça', ajudaria o Bino.
Ora é os jogadores que não estão emocionalmente ou fisicamente bem ora é o treinador que é o culpado de tudo...
Em relação ao treinador o Culatra é até da opinião que o problema é de quem nos quer fazer crer que ele o é.
Mas pronto, faz todo o sentido, nas contrariedades, disparar para todos os lados.
De A a Z e de 1 a 1 milhão.
Admira até que o gajo que corta a relva não tenha cota na culpa.

Estivemos no céu e, claro, o grupo da Champions era, para muitos, canja.
Duas equipas ganhadoras de recentes Liga Europa.
Ah, e uma Apoel matreiro e cínico de evolução em curso que diga-se talvez só por acaso ganhou ao Zenit em casa e empatou na Ucrânia.
Mais um público como nós devíamos ser no Dragão, um 'ervado' seco e uma arbitragem a condizer.

O Tône diria que nós, como adeptos, temos andado assim como que alheados da nossa realidade.
E ainda deslumbrados com a nossa estadia no céu.
Dai parte-se para o assobio, para a culpa é do Vitor que devia ter metido o Guarin, o Defour, o James, o caralho...
Seja no desporto, seja na vida, existem alturas boas e outras menos boas onde até se falham grandes penalidades, recargas, alguém se lesiona no chuveiro e, ainda por cima, os pássaros nos cagam na cabeça.

Já no campo a história não será muito diferente.
Estarão assim como ainda deslumbrados e alheados da realidade.
Escasseia a solidariedade em campo onde lutam apenas contra eles mesmos.
Mas do que não precisam é de que nós nos armemos em pássaros e lhes caguemos nas cabeças.

Tacticamente, o Rato ignora a melhor solução, qual o antídoto ou mesmo se o 4-6-0 funcionaria.
Mas uma coisa vos garante.
Já passamos por situações bem piores, e nunca morremos.
Não é tempo para assobios. É tempo para apoio.
Venha o que e quem vier.
Continua a necessidade de apoiar.
De apoiar a NOSSA equipa e o NOSSO treinador.