http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Costumo dizer que sou portista em terceiro grau e de forma dupla. Na verdade, filho e neto de portistas pelo lado paterno e materno, o Dragão foi-me gravado no peito à nascença.
Recordo com saudade e orgulho a minha “educação” azul e branca, marcada pelas míticas tardes das Antas: os almoços com os avós no restaurante Vitória (tripas, para não variar) seguido de um café - na altura carioca de limão - no Bom Dia ou no Velasquez e depois a procissão até ao estádio em ritmo de passeio, com o Avô a indicar a casa do Mestre Pedroto e o meu inevitável pedinchar de bandeiras e cachecóis. Depois aparecia o cheiro viciante da gasolineira e as senhoras despediam-se dos maridos e iam para os carros ouvir o relato e fazer crochet. A partir daí era a romaria: o barulho áspero e maquinal dos torniquetes, a atmosfera escura e húmida do interior da bancada, o bar com lanches de aspecto duvidoso, as filas intermináveis nas escadas, com aquele relvado inigualável lá em baixo e aquela pala que (mal) nos abrigava do sol ou da chuva.
E, depois, lá saíam os nossos heróis do túnel, ao som do hino e da corneta, os foguetes e fumo no relvado, os rolos de papel higiénico desenrolados, no tempo em que não nos era proibido empunhar uma bandeira. E, no meio desta ingénua confusão, os sempre presentes vendedores de gelados, chocolates e da Dragões.
Hoje em dia o ambiente já não é o mesmo, é certo. Mas o emblema, a camisola e o hino permanecem, iguaizinhos. É por isso que não abdico de ir às Antas (ir ao Dragão é ir às Antas e ponto final!).
Nos próximos tempos, após convite do Paulo Jorge – que agradeço - vou ter a oportunidade de opinar para a comunidade do BiBó PoRtO as partidas fora de casa do nosso clube, que normalmente vejo no conforto do sofá.
Espero acompanhar a par e passo, junto convosco, a caminhada do nosso Porto rumo ao TRI!
Um abraço a todos,
Rodrigo de Almada Martins
Recordo com saudade e orgulho a minha “educação” azul e branca, marcada pelas míticas tardes das Antas: os almoços com os avós no restaurante Vitória (tripas, para não variar) seguido de um café - na altura carioca de limão - no Bom Dia ou no Velasquez e depois a procissão até ao estádio em ritmo de passeio, com o Avô a indicar a casa do Mestre Pedroto e o meu inevitável pedinchar de bandeiras e cachecóis. Depois aparecia o cheiro viciante da gasolineira e as senhoras despediam-se dos maridos e iam para os carros ouvir o relato e fazer crochet. A partir daí era a romaria: o barulho áspero e maquinal dos torniquetes, a atmosfera escura e húmida do interior da bancada, o bar com lanches de aspecto duvidoso, as filas intermináveis nas escadas, com aquele relvado inigualável lá em baixo e aquela pala que (mal) nos abrigava do sol ou da chuva.
E, depois, lá saíam os nossos heróis do túnel, ao som do hino e da corneta, os foguetes e fumo no relvado, os rolos de papel higiénico desenrolados, no tempo em que não nos era proibido empunhar uma bandeira. E, no meio desta ingénua confusão, os sempre presentes vendedores de gelados, chocolates e da Dragões.
Hoje em dia o ambiente já não é o mesmo, é certo. Mas o emblema, a camisola e o hino permanecem, iguaizinhos. É por isso que não abdico de ir às Antas (ir ao Dragão é ir às Antas e ponto final!).
Nos próximos tempos, após convite do Paulo Jorge – que agradeço - vou ter a oportunidade de opinar para a comunidade do BiBó PoRtO as partidas fora de casa do nosso clube, que normalmente vejo no conforto do sofá.
Espero acompanhar a par e passo, junto convosco, a caminhada do nosso Porto rumo ao TRI!
Um abraço a todos,
Rodrigo de Almada Martins
Bem-vindo, caro Rodrigo.
ResponderEliminarAbraço.
A minha "iniciação" á mistica portista começou logo que pude andar o suficiente para acompanhar o meu pai. Assim aos 4 anos ele já me levava á Constituição ver o andebol de onze (!!!) aos sabados, e aos domingos era dia sagrado nas Antas. Camadas jovens de manhã, ir comer o frango assado a casa e depois rumar ás Antas ver os seniores. Era o tempo dos homens com as maquinas de café ao peito, do drop ó chiclete, do tempo onde os garrafões de 5 litros tinham livre acesso (!!!)e o farnel farto substituia as pipocas e o nome Coca-Cola nem 4 letras tinha para nós!!!! Mas na minha infância o que eu mais adorava era quando acabava os jogos e lá ia eu e outros ganapos e não só... mandar as almofadas que serviam para resguardar o traseiro de gente com mais dinheiro do cimento frio, mandá-las dizia eu para o relvado, mas no fundo o que gente gostava era quando acertavam em cheio na mona de um distraído...
ResponderEliminarFelisberto Costa
Bem-vindo Rodrigo
ResponderEliminar