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FC Porto 1-0 Málaga CF
UEFA Champions League, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 42.209 espectadores.
Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra).
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt.
Quarto árbitro: Simon Long.
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov.
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1).
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá.
Treinador: Vítor Pereira.
MÁLAGA CF: Willy; Sergio Sánchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquín, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz.
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazón (78m) e Iturra por Camacho (78m).
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda.
Treinador: Manuel Pellegrini.
Ao intervalo: 0-0.
Marcador: João Moutinho (56m).
Cartão amarelo: Iturra (75m).
Há coisas muito rápidas na vida. Mas poucas são tão rápidas como um jogo de Champions. Vem-se do trabalho a correr, entra-se no estádio mesmo a tempo de ouvir aquele hino que nos orgulha, sentamo-nos entusiasmados e nervosos, antevendo mais uma grande noite europeia e, num ápice, já nos estamos a levantar e a ir embora, que amanhã é dia de trabalho.
Mas felizmente que nos despedimos do Dragão de sorriso nos lábios e ansiosos pela segunda mão. Confesso, no entanto, que temi que assim não fosse. Estava lá há uns anos, na mesma cadeira de sonho - num jogo muito semelhante a este, aliás - frente aos alemães do Schalke 04. Nessa noite, também éramos favoritos, também dominamos o jogo, também tivemos as melhores oportunidades, mas acabamos por perder a eliminatória. Lembro-me das defesas impossíveis do Neuer e do festival de golos falhados, com Tarik e Quaresma à cabeça. Foi como que um soco no estômago, pois a era do Prof. Jesualdo Ferreira estava no seu auge.
Peço desculpa por estas lembranças, mas por vezes, nas vitórias, é importante puxarmos atrás a fita e reviver os dias maus, as derrotas, as injustiças, as eliminações, o morrer na praia. Tudo ganha mais sabor assim, mais significado.
Nessa noite, dizia, saímos do Dragão cabisbaixos, de olhar vazio, tristonhos, com o cachecol adormecido no pescoço. Mas hoje não. Pelo contrário. A ida ao La Rosaleda era já amanhã.
Não nos enganemos. Esta foi das melhores noites de Champions do Dragão. Não terá sido a mais profícua, é um facto. Mas como diria alguém, o futebol prima pela injustiça. Mais a mais, somos uma equipa portuguesa e não alemã. E, como bons portugueses, tendemos não só para o desperdício de dinheiro dos contribuintes (como agora está na moda), mas também para o desperdício de golos. Somos perdulários, no fundo. Sem killer instinct, na feliz expressão de Sir Robson.
E o mais surpreendente de tudo é que, mesmo assim, somos grandes, muito grandes na Europa do futebol. Vítor Pereira havia prometido uma equipa fiel ao seu ADN, de posse, de controlo do jogo. Os jogadores fizeram-lhe a vontade. Lucho e Moutinho exibiram-se ao nível a que já nos acostumaram neste tipo de jogos, sendo de destacar o jogo de Fernando, exímio na progressão com bola e na pressão sobre os malaguenhos .Aliás, a atitude do FC Porto sem bola é qualquer coisa de impressionante. O pressing efectuado é de tal ordem que foi raro ver um atleta do Málaga sem estar rodeado por dois ou três homens de azul e branco. Neste aspecto reside, a meu ver, a grande melhoria do modelo de Vítor Pereira face ao de Villas Boas, além do aprimorar do jogo de posse.
Dá gosto ver jogar este FC Porto, especialmente quando a bola entra nos pés de Jackson. O colombiano consegue sempre acelerar o jogo, ora com uma finta desconcertante, ora com um passe a esventrar por completo a organização defensiva dos andaluzes. A sua visão de jogo é incrível e permite alavancar o futebol da equipa, actuando quase como um distribuidor de jogo. Não me espantaria que, já no fim da temporada, comecem a chover propostas por ele na Torre das Antas. Desta feita, Jackson só não fez o gosto ao pé porque esteve sempre muito desacompanhado na frente e porque Demichelis fez uma excelente exibição.
Uma palavra especial para Alex Sandro, a meu ver o melhor homem em campo. Os familiares de Joaquin devem ter-se questionado se o extremo chegou mesmo a entrar em campo. É que ninguém o viu por lá. Alex defende e ataca com a mesma intensidade, fazendo todo o corredor durante os 90 minutos sem aparentar qualquer perda de fulgor. Dono de uma técnica abusiva, com passos de sambista, mostra-se possante no corpo a corpo, o que faz dele um jogador completíssimo e com certeza alvo apetecível dos colossos europeus detentores de poder financeiro.
Danilo, pelo contrário, passado um ano de Porto, continua sem convencer. Se é verdade que não deu um palmo ao perigoso Isco, temos que lhe apontar a falta de pujança física no momento ofensivo. Não se mostra à vontade para receber a bola em corrida e fica a ideia que o esférico morre nos seus pés, rodando a uma velocidade menor que o resto da equipa. Foi incapaz de se superiorizar a Antunes e nunca acertou os cruzamentos. O seu companheiro de ala, Varela, também não esteve muito melhor, pelo que a substituição operada, fazendo entrar um James algo perro, não causou surpresa.
A viagem à Andaluzia será certamente diferente. Otamendi e Mangala terão bastante mais trabalho. Importa não esquecer que este Málaga é o quarto classificado espanhol, o que não é tarefa pequena atendendo a quem costumam ser os dois da frente. O público malaguenho também será feroz, mas parece-me que só algo de muito estranho poderá afastar os portistas dos quartos-de-final desta edição da Liga dos Campeões. Os espanhóis terão forçosamente que jogar mais abertos, de olhos nos olhos, pelo que vão abrir fendas na sua muralha. E já se sabe que Jackson Martínez, com espaço, não costuma perdoar.
Para concluir, o resultado soa injusto e enganador. Mas os objectivos passavam por marcar golos em casa e não sofrer. Isso foi conseguido, pelo que o FC Porto terá todas as possibilidades de ser feliz em Coimbra e seguir em frente na competição. Coimbra?! Desculpem o engano. É que foi tamanha a propaganda durante a semana que, por momentos, ao ver uma equipa a defender o 0x0 pensei que fosse a Académica. Mas depois lá me disseram que não e que até era comum ver outras equipas à defesa, a jogar para o empate. Fiquei confuso. Pelo que andava a ler, julguei que o Pedro Emanuel fosse o único treinador no Mundo a fazer dessas coisas.
Uma boa semana para todos e até Málaga, sem esquecer o Campeonato pelo meio!
Rodrigo de Almada Martins
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
No rescaldo da vitória sobre o Málaga CF (1-0), Vítor Pereira mostrou-se satisfeito com o comportamento da equipa, frisando porém que o resultado foi escasso para tanto domínio. Em Espanha, na segunda mão, o treinador espera que o adversário arrisque mais, mas o FC Porto tem capacidade para fazer golos em "qualquer estádio do mundo".
"Estamos a meio de uma eliminatória, em vantagem por 1-0. Ganhar era o objectivo, se possível sem sofrer golos, mas depois do jogo jogado julgo que justificámos pelo menos mais um golo e isso seria mais verdadeiro, do meu ponto de vista. Trabalhámos muito para conseguir o 2-0, mas não foi possível. Estou muito satisfeito com o esforço da equipa", afirmou o técnico.
Vítor Pereira considerou que a tímida prestação do Málaga (que fez apenas um remate à baliza portista) "teve muito a ver com o que o FC Porto permitiu". "A nossa identidade é esta e é assim que jogamos em Portugal, para ter iniciativa, bola e dominar o jogo. Reagimos de forma agressiva nos momentos de perda e não permitimos que o jogo se partisse e entrasse em transições. Não ter bola contra o Málaga é um problema e julgo que hoje limitámos muito o seu jogo", declarou.
O treinador dos Dragões admitiu que os andaluzes defenderem "bem", mas pouco mostraram do habitual futebol de ataque, porque o FC Porto "foi consistente do primeiro ao último minuto". O segundo golo não surgiu por alguma falta de "critério e definição" no último terço, mas também por mérito do Málaga. Em Espanha, a história não deverá ser a mesma: "Claro que esperamos dificuldades em Málaga. Hoje tivemos o apoio da nossa massa associativa, que foi extraordinária do primeiro ao último minuto. Em Espanha, terão eles esse apoio, mas somos uma equipa capaz de chegar a Málaga ou a qualquer estádio do mundo e fazer golos".
"Tentaremos ser aquilo que sempre tentamos ser. O Málaga vai procura virar o resultado, arriscando mais no jogo ofensivo, mas lá estaremos para discutir o encontro com os nossos argumentos. Temos argumentos individuais e colectivos para discutir a eliminatória até ao último minuto", observou Vítor Pereira, que apelou ainda aos adeptos para que venham ao Estádio do Dragão no sábado (20h15), para a recepção ao Rio Ave, da Liga portuguesa. "Estamos orgulhosos e acreditamos que eles também estão orgulhosos da equipa. É importante que os jogadores sintam o mesmo entusiasmo de hoje no encontro do campeonato", concluiu.
RESUMO DO JOGO
UEFA Champions League, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 42.209 espectadores.
Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra).
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt.
Quarto árbitro: Simon Long.
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov.
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1).
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá.
Treinador: Vítor Pereira.
MÁLAGA CF: Willy; Sergio Sánchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquín, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz.
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazón (78m) e Iturra por Camacho (78m).
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda.
Treinador: Manuel Pellegrini.
Ao intervalo: 0-0.
Marcador: João Moutinho (56m).
Cartão amarelo: Iturra (75m).
Há coisas muito rápidas na vida. Mas poucas são tão rápidas como um jogo de Champions. Vem-se do trabalho a correr, entra-se no estádio mesmo a tempo de ouvir aquele hino que nos orgulha, sentamo-nos entusiasmados e nervosos, antevendo mais uma grande noite europeia e, num ápice, já nos estamos a levantar e a ir embora, que amanhã é dia de trabalho.
Mas felizmente que nos despedimos do Dragão de sorriso nos lábios e ansiosos pela segunda mão. Confesso, no entanto, que temi que assim não fosse. Estava lá há uns anos, na mesma cadeira de sonho - num jogo muito semelhante a este, aliás - frente aos alemães do Schalke 04. Nessa noite, também éramos favoritos, também dominamos o jogo, também tivemos as melhores oportunidades, mas acabamos por perder a eliminatória. Lembro-me das defesas impossíveis do Neuer e do festival de golos falhados, com Tarik e Quaresma à cabeça. Foi como que um soco no estômago, pois a era do Prof. Jesualdo Ferreira estava no seu auge.
Peço desculpa por estas lembranças, mas por vezes, nas vitórias, é importante puxarmos atrás a fita e reviver os dias maus, as derrotas, as injustiças, as eliminações, o morrer na praia. Tudo ganha mais sabor assim, mais significado.
Nessa noite, dizia, saímos do Dragão cabisbaixos, de olhar vazio, tristonhos, com o cachecol adormecido no pescoço. Mas hoje não. Pelo contrário. A ida ao La Rosaleda era já amanhã.
Não nos enganemos. Esta foi das melhores noites de Champions do Dragão. Não terá sido a mais profícua, é um facto. Mas como diria alguém, o futebol prima pela injustiça. Mais a mais, somos uma equipa portuguesa e não alemã. E, como bons portugueses, tendemos não só para o desperdício de dinheiro dos contribuintes (como agora está na moda), mas também para o desperdício de golos. Somos perdulários, no fundo. Sem killer instinct, na feliz expressão de Sir Robson.
E o mais surpreendente de tudo é que, mesmo assim, somos grandes, muito grandes na Europa do futebol. Vítor Pereira havia prometido uma equipa fiel ao seu ADN, de posse, de controlo do jogo. Os jogadores fizeram-lhe a vontade. Lucho e Moutinho exibiram-se ao nível a que já nos acostumaram neste tipo de jogos, sendo de destacar o jogo de Fernando, exímio na progressão com bola e na pressão sobre os malaguenhos .Aliás, a atitude do FC Porto sem bola é qualquer coisa de impressionante. O pressing efectuado é de tal ordem que foi raro ver um atleta do Málaga sem estar rodeado por dois ou três homens de azul e branco. Neste aspecto reside, a meu ver, a grande melhoria do modelo de Vítor Pereira face ao de Villas Boas, além do aprimorar do jogo de posse.
Dá gosto ver jogar este FC Porto, especialmente quando a bola entra nos pés de Jackson. O colombiano consegue sempre acelerar o jogo, ora com uma finta desconcertante, ora com um passe a esventrar por completo a organização defensiva dos andaluzes. A sua visão de jogo é incrível e permite alavancar o futebol da equipa, actuando quase como um distribuidor de jogo. Não me espantaria que, já no fim da temporada, comecem a chover propostas por ele na Torre das Antas. Desta feita, Jackson só não fez o gosto ao pé porque esteve sempre muito desacompanhado na frente e porque Demichelis fez uma excelente exibição.
Uma palavra especial para Alex Sandro, a meu ver o melhor homem em campo. Os familiares de Joaquin devem ter-se questionado se o extremo chegou mesmo a entrar em campo. É que ninguém o viu por lá. Alex defende e ataca com a mesma intensidade, fazendo todo o corredor durante os 90 minutos sem aparentar qualquer perda de fulgor. Dono de uma técnica abusiva, com passos de sambista, mostra-se possante no corpo a corpo, o que faz dele um jogador completíssimo e com certeza alvo apetecível dos colossos europeus detentores de poder financeiro.
Danilo, pelo contrário, passado um ano de Porto, continua sem convencer. Se é verdade que não deu um palmo ao perigoso Isco, temos que lhe apontar a falta de pujança física no momento ofensivo. Não se mostra à vontade para receber a bola em corrida e fica a ideia que o esférico morre nos seus pés, rodando a uma velocidade menor que o resto da equipa. Foi incapaz de se superiorizar a Antunes e nunca acertou os cruzamentos. O seu companheiro de ala, Varela, também não esteve muito melhor, pelo que a substituição operada, fazendo entrar um James algo perro, não causou surpresa.
A viagem à Andaluzia será certamente diferente. Otamendi e Mangala terão bastante mais trabalho. Importa não esquecer que este Málaga é o quarto classificado espanhol, o que não é tarefa pequena atendendo a quem costumam ser os dois da frente. O público malaguenho também será feroz, mas parece-me que só algo de muito estranho poderá afastar os portistas dos quartos-de-final desta edição da Liga dos Campeões. Os espanhóis terão forçosamente que jogar mais abertos, de olhos nos olhos, pelo que vão abrir fendas na sua muralha. E já se sabe que Jackson Martínez, com espaço, não costuma perdoar.
Para concluir, o resultado soa injusto e enganador. Mas os objectivos passavam por marcar golos em casa e não sofrer. Isso foi conseguido, pelo que o FC Porto terá todas as possibilidades de ser feliz em Coimbra e seguir em frente na competição. Coimbra?! Desculpem o engano. É que foi tamanha a propaganda durante a semana que, por momentos, ao ver uma equipa a defender o 0x0 pensei que fosse a Académica. Mas depois lá me disseram que não e que até era comum ver outras equipas à defesa, a jogar para o empate. Fiquei confuso. Pelo que andava a ler, julguei que o Pedro Emanuel fosse o único treinador no Mundo a fazer dessas coisas.
Uma boa semana para todos e até Málaga, sem esquecer o Campeonato pelo meio!
Rodrigo de Almada Martins
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
No rescaldo da vitória sobre o Málaga CF (1-0), Vítor Pereira mostrou-se satisfeito com o comportamento da equipa, frisando porém que o resultado foi escasso para tanto domínio. Em Espanha, na segunda mão, o treinador espera que o adversário arrisque mais, mas o FC Porto tem capacidade para fazer golos em "qualquer estádio do mundo".
"Estamos a meio de uma eliminatória, em vantagem por 1-0. Ganhar era o objectivo, se possível sem sofrer golos, mas depois do jogo jogado julgo que justificámos pelo menos mais um golo e isso seria mais verdadeiro, do meu ponto de vista. Trabalhámos muito para conseguir o 2-0, mas não foi possível. Estou muito satisfeito com o esforço da equipa", afirmou o técnico.
Vítor Pereira considerou que a tímida prestação do Málaga (que fez apenas um remate à baliza portista) "teve muito a ver com o que o FC Porto permitiu". "A nossa identidade é esta e é assim que jogamos em Portugal, para ter iniciativa, bola e dominar o jogo. Reagimos de forma agressiva nos momentos de perda e não permitimos que o jogo se partisse e entrasse em transições. Não ter bola contra o Málaga é um problema e julgo que hoje limitámos muito o seu jogo", declarou.
O treinador dos Dragões admitiu que os andaluzes defenderem "bem", mas pouco mostraram do habitual futebol de ataque, porque o FC Porto "foi consistente do primeiro ao último minuto". O segundo golo não surgiu por alguma falta de "critério e definição" no último terço, mas também por mérito do Málaga. Em Espanha, a história não deverá ser a mesma: "Claro que esperamos dificuldades em Málaga. Hoje tivemos o apoio da nossa massa associativa, que foi extraordinária do primeiro ao último minuto. Em Espanha, terão eles esse apoio, mas somos uma equipa capaz de chegar a Málaga ou a qualquer estádio do mundo e fazer golos".
"Tentaremos ser aquilo que sempre tentamos ser. O Málaga vai procura virar o resultado, arriscando mais no jogo ofensivo, mas lá estaremos para discutir o encontro com os nossos argumentos. Temos argumentos individuais e colectivos para discutir a eliminatória até ao último minuto", observou Vítor Pereira, que apelou ainda aos adeptos para que venham ao Estádio do Dragão no sábado (20h15), para a recepção ao Rio Ave, da Liga portuguesa. "Estamos orgulhosos e acreditamos que eles também estão orgulhosos da equipa. É importante que os jogadores sintam o mesmo entusiasmo de hoje no encontro do campeonato", concluiu.
RESUMO DO JOGO
Só faltou um golo do Cha Cha Cha, que pensei que viesse acontecer. Acredito sinceramente na passagem porque eles vão ter que ir à procura do golo e por isso vão abrir espaços na defesa por isso cabe-nos a nós marcar um golo e sentenciar a eliminatória.
ResponderEliminarForça Porto
Concordo com tudo e… a de “Coimbra” também…
ResponderEliminarAbraço.
Adorei o comentário sobre Coimbra...
ResponderEliminar
ResponderEliminarcaríssimas(os),
grande jogo! bravos heróis! valente Vítor Pereira!
(resultado só peca por escasso. e a «gloriosa» azia espanhola é... a cereja no topo do bolo)
ps1:
mesmo com tal confiança, ainda faltam (espera-se que só) noventa minutos.
ps2:
«Coimbra, tem mais encanto» pintada... de azul-e-branco :D
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
Miguel | Tomo II
Faltou Cha a um Porto de honra
ResponderEliminar42.209 espectadores, grande ambiente, muito entusiasmo, muito apoio do público portista, mas também de realçar o forte apoio ao Málaga, por parte de mais de 3000 espanhóis.
Jogo grande, de Champions, intenso, disputado, daqueles que o tempo passa a correr. Porto melhor, muito melhor, numa exibição de qualidade e que justificava, pelo menos, mais um golo.
Entrando forte, concentrado, organizado e pressionante, apesar de algum nervosismo atrás, no início do jogo e por parte de Mangala, o conjunto de Vítor Pereira dominou os 45 minutos iniciais e fez o suficiente para ir em vantagem para o descanso. Não foi, porque apesar de ser dono da bola, procurar atacar bem por ambos os lados, ter jogadas de belo efeito, como disse há dias atrás, falta à equipa portista a contundência no último terço do campo, o poder de fogo que ajuda a desbloquear as situações mais complicadas. Isso e hoje, um Cha Cha Cha, complicativo, abaixo das suas possibilidades e a tentar forçar nas jogadas individuais, quando se pedia toque, desmarcação e objectividade - tem a seu favor ter de lutar contra uma dupla de centrais fortes e que nunca lhe deram tréguas.
A etapa complementar foi muito parecida com a primeira, mas com duas nuances que merecem referência: uma, obviamente, o golo de Moutinho, o melhor jogador em campo - houve outros muito próximos na qualidade exibicional, mas fica mais lá para a frente. Outra, a partir do minuto 75 começou a faltar ao F.C.Porto a frescura física que teve até a esse momento. Normal, primeiro, porque foi a equipa portista que teve toda a despesa do jogo e isso desgasta. Segundo, porque jogos com este ritmo e intensidade são raros no futebol português, isso vira-se contra a equipa azul e branca. E assim, mesmo com técnico portista a mexer bem - apesar de me parecer que Izmaylov devia ter saído primeiro que Varela -, Atsu ter cumprido e James já ter dado um cheirinho da sua qualidade - Castro entrou já no fim -, já não havia a clarividência, nem a capacidade explosiva para ir mais longe.
De toda a maneira e apesar da superioridade do F.C.Porto merecer mais um golo, foi um resultado que permite encarar a segunda mão com optimismo e sonhar com a passagem aos quartos-de-final. Não vai ser fácil, a equipa espanhola a jogar em casa e apoiada pelo seu público - hoje deu para ver como será esse apoio...-, vai ser um adversário complicado, mas acredito na capacidade, qualidade e experiência do bi-campeão português para seguir em frente. Com o Málaga a ter de correr atrás do prejuízo e para isso ser obrigado a dar mais espaços, acredito na capacidade da equipa portista para marcar, mas para isso temos ser eficazes e aproveitar as oportunidades.
Abraço
Grandioso jogo do nosso Porto, faltaram mais golos para sentenciar a eliminatória. Vulgarizamos o Málaga, uma equipa com excelente coletivo, alguns excelentes jogadores que ontem não tiveram qualquer hipótese.
ResponderEliminarO Porto sufocou, que orgulho ver os nossos, a cada bola perdida, correrem e pressionarem o adversário até a redonda ser nossa novamente. O jogo fez-me também lembrar essa maldita eliminatória contra o shalke 04, felizmente marcamos e não sofremos e embora em Espanha vá ser uma dura batalha temos tudo para passar, temos melhor equipa, melhores jogadores, podemos até sofrer algum golo, mas certamente marcamos também.
Destaque para o cabeçalho das notícias matinais "FC Porto vence Málaga por 1-0 com golo irregular" em RTP1.
Não deixa de ser engraçado só isso...
Correndo o risco de me tornar repetitivo não me canso de ver jogar Alex Sandro, Moutinho, Fernando ou Jackson...no verão adivinha-se época de caça no Dragão...
Saudações azuis e brancas!
Bela exibição num jogo de uma só via, em função da asfixia do futebol portista que obrigou o Málaga a recuar no terreno durante toda a partida.
ResponderEliminarO resultado pela diferença mínima tem a ver com a falta de eficácia no remate. Izmaylov perdeu um golo quase certo, no início da segunda parte, quando bem colocado, perto da baliza, meteu mal o pé e a bola perdeu-se escandalosamente pela linha de cabeceira.
Gostei de toda a equipa, que actuou ao seu melhor nível, banalizando um adversário que tinha dominado o seu grupo, com Milan e Zenit. Não posso porém deixar de destacar dois nomes que foram enormes: Alex Sandro e João Moutinho, curiosamente os protagonistas do golo.
Um abraço
um PORTO EUROPEU, com mta classe e personalidade, que só pecou em demasia com aquele resultado final completamente redutor da para tudo o que foi feito e construido ao longo dos 90min de jogo.
ResponderEliminarverdade que ainda estamos no intervalo da eliminatória, certo que em vantagem, mas ainda nada ganhamos.
faltam mais 90min de luta, raça e querer, para carimbar a passagem em definitivo aos quartos.
siga, Bamos a eles que nem Dragões!
Crónica espectacular.Parabéns...
ResponderEliminarExcelente texto que tem a virtude de não falar só de futebol mas sobretudo da emoção do futebol. Também gostei do jogo: clareza de objectivos, consistência defensiva, pressing sobre o adversário. Faltou dar mais cor à vitória com um segundo golo que teria sido inteiramente merecido. Vitor Pereira armou bem a equipa e o Porto exibiu-se ao melhor nível. Houve jogadores em altíssimo plano: Moutinho, Fernando, Lucho, Alex Sandro, Jackson, Mangala. Menos vistoso mas igualmente eficaz esteve Ismailov. Reduzir o Málaga à irrelevância até pareceu fácil, mas não nos deixemos enganar. Vem aí a segunda mão e tudo pode acontecer. Mas que o Málaga está ao nosso alcance - lá isso está! Força Portoooo!!!
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