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Muita coisa se tem passado por estes dias, situações que podiam merecer reflexões mais ou menos interessantes...
Começamos a semana com um inesperado e doloroso empate caseiro que entretanto já foi parcialmente compensado com uma boa e segura vitória em Aveiro. No entanto o aviso ficou dado, chegamos à fase das decisões e a concentração tem de ser total. Somos muito melhores que o nosso rival directo, mas tiros nos pés como este não podem ser repetidos sob pena de se comprometer o ambicionado Tri.
Entretanto aconteceu também mais um folhetim no background do futebol português. Desta feita, aparentemente, não conseguiram sustentar mais um dos habituais golpes de magia administrativa que normalmente atingem apenas o FC Porto. Nada de novo…
Ainda dentro do mesmo género de folclore foi publicada a incrível decisão de castigar por apenas 1 jogo um tipo que deu um biqueiro no adversário e em seguida puxou o árbitro pela camisola. Veste de vermelho, portanto está tudo tranquilo e resolvido, como é habitual…
Tudo isto é importante mas não vou por ai, neste momento já só me interessa uma coisa: terça-feira, o regresso à Champions League.
As noites europeias revestem-se de um sentimento especial e o espírito dos Portistas costuma ser outro nestes jogos, mais disponível e mais entusiasmado, uma vez que, quer queiramos ou não, as vitórias a nível nacional já são encaradas como habituais. Virando a bitola para outro nível, repetir Viena, Tóquio, Sevilha, Gelsenkirchen, Yokohama, Dublin ou mesmo Basileia e Mónaco, chegar aos grandes palcos e mostrar as nossas cores ao Mundo inteiro, que noites poderão ser mais mágicas do que estas? E será despropositado ter a ambição de sonhar com algo mais do que as conquistas nacionais, quando o nosso Clube se transformou no Gigante que ocupa actualmente a 7ª posição do Ranking da UEFA? Não, claro que não!
Não é por acaso que, tirando as sempre alegres recordações de alguns jogos míticos com o rival vermelho, as mais marcantes imagens que guardamos dos últimos anos passam pelas noites europeias, as boas e as más. Felizmente já há muitos anos que conseguimos passar a ponte com desinibição e as nossas grandes batalhas, aquelas em que nos temos mesmo de transcender e que são vividas com o coração a 200 à hora desde o 1º minuto, estão quase sempre reservadas para os palcos internacionais.
Obviamente que ganhar em Portugal foi, é e será sempre aquilo que se exige ao FC Porto, atendendo à nossa dimensão financeira e mais ainda neste contexto de bipolarização extrema do futebol português, que leva as nossas derrotas a significarem quase automaticamente vitórias para o nosso odiado rival. Mas a história também nos diz que foram momentos como Basileia e Viena que alavancaram a nossa hegemonia nacional, cujo fulgor se reactivou paralelamente a Sevilha e Gelsenkirchen, após um ciclo menos bom. É portanto na Europa que ganhamos mais força e consolidamos as bases para continuar a vencer em Portugal, actualmente mais do que nunca tendo em conta o futebol moderno e o nosso modelo de actuação profundamente dependente dos euros da UEFA e da montra que nos proporciona.
Por isso, ao contrário do que um certo catedrático da Reboleira preconiza para a sua fanfarrona agremiação, mais em jeito de desculpa para anteriores e futuros insucessos, a nossa escolha tem de ser lutar de igual modo no Campeonato Nacional e Liga dos Campeões/Liga Europa, dando-lhes a mesma importância, obviamente agindo com inteligência e de acordo com as eventuais circunstâncias que se nos deparem, num exercício de equilíbrio difícil mas absolutamente essencial.
Porque é assim que os melhores da Europa funcionam. E nós não temos medo de assumir que o Futebol Clube do Porto é, de pleno direito, um membro desse restrito grupo!
Continuação de bom fim-de-semana!
PS: Espero ver na terça-feira um Dragão muito bem composto, vibrante e disponível para “empurrar” a equipa para a vitória e a pressionar os adversários e árbitros, mesmo sabendo de antemão que nunca conseguiremos ter um “Celtic Park” azul e branco. Mas já agora, se tivermos um bocadinho de “Antas” já era perfeito…
Totalmente de acordo com o texto!
ResponderEliminar“Por isso, ao contrário do que um certo catedrático da Reboleira preconiza para a sua fanfarrona agremiação, mais em jeito de desculpa para anteriores e futuros insucessos, a nossa escolha tem de ser lutar de igual modo no Campeonato Nacional e Liga dos Campeões/Liga Europa, dando-lhes a mesma importância”
Este parágrafo resume de forma excelente o que penso… Aliás, é caso para dizer que me tiraste as palavras da boca…
Abraço
"Mas a história também nos diz que foram momentos como Basileia e Viena que alavancaram a nossa hegemonia nacional, cujo fulgor se reactivou paralelamente a Sevilha e Gelsenkirchen, após um ciclo menos bom. É portanto na Europa que ganhamos mais força e consolidamos as bases para continuar a vencer em Portugal"
ResponderEliminarÉ isto o significado de "ser PORTO".
Abraço MM.