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FC PORTO-paços ferreira, 5-0
Primeira Liga, 19ª jornada
Domingo, 1 Fevereiro 2015 - 20:15
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 24.309
Árbitro: Marco Ferreira (Madeira).
Assistentes: Nélson Moniz e Sérgio Serrão.
4º Árbitro: José Rodrigues.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martínez, Tello.
Suplentes: Helton, Quintero (69' Quaresma), Reyes, Evandro (82' Herrera), Ricardo, Rúben Neves (65' Casemiro), Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.
PAÇOS FERREIRA: Rafael Defendi, Rodrigo Galo, Ricardo, Romeu, Hélder Lopes, Minhoca, Seri, Sérgio Oliveira, Vasco Rocha, Edson Farias, Cícero.
Suplentes: António Filipe, Bruno Moreira, Jaílson, Nélson Pedroso, Hurtado (67' Cícero), Fábio Cardoso (83' Edson Farias), Rúben Pinto (63' Minhoca).
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Jackson Martínez (29'), Quaresma (40'), Quaresma (44' pen), Herrera (46'), Tello (83').
Disciplina: cartão amarelo a Jackson Martínez (28'), Hélder Lopes (39'), Casemiro (61'), Romeu (79').Segundo amarelo e vermelho a Romeu (81').
O FC Porto, com a entrada de rompante no jogo desta noite, prometia dança. Acabaram por ser os ritmos ciganos a dominar o encontro. Foram dois golos de Quaresma, um deles do outro mundo, e mais três golos com sotaque castelhano. O P. Ferreira saiu vergado ao peso do 5-0 depois de ter vencido o benfica na passada semana.
O perfume do bom futebol não teve apenas perfume de Quaresma: foi toda uma orquestra de bom futebol, que encantou o Dragão. A diferença de intensidade e velocidade entre as duas equipas foi por demais evidente, não parecendo sequer que estavam em campo duas formações da mesma Liga. O P. Ferreira não terá estado nos seus melhores dias mas certamente que qualquer equipa que entrasse hoje no Dragão arriscar-se-ia a sair de lá derrotada. Até o Basileia de Paulo Sousa que esteve no camarote a assistir ao jogo e saiu de lá com o bloco cheio. Há que sublinhar a pressão que envolveu o adversário, num verdadeiro colete-de-forças, e a capacidade de circulação de bola e qualidade técnica dos azuis e brancos, sobretudo no primeiro tempo.
Vários números marcantes ajudam-nos ainda a contar a história do encontro. Com quinze golos, Jackson já é o destacado melhor marcador da Liga e marca o ponto a cada jornada que passa. O colombiano ainda ficou a dever um ou dois golos mas, por vezes, perante as facilidades há também deslumbramentos.
O primeiro golo surgiu ao minuto 29, mas nem sequer foi surpreendente, tal a intensidade que o FC Porto colocou em campo desde o primeiro instante. O activo poderia ter sido aberto bem mais cedo nos primeiros minutos mas já se adivinhava o golo. Após um cruzamento de Alex Sandro, Jackson aproveitou uma saída falso do guarda-redes contrário e só teve que encostar. Estava concretizado o primeiro, mas os Dragões não tiraram o pé do acelerador. Nos minutos a seguir houve algumas perdas para ampliar o resultado por Jackson e por Tello.
Aos 40 minutos, Jackson isola-se e é agarrado por um defesa contrário fora da área que não o larga até o colombiano entrar na área. Jackson acaba por cair e sofre grande penalidade. Quaresma na conversão marca, com toda a tranquilidade com toda a naturalidade, o castigo máximo e amplia para 2-0.
Adivinhavam-se mais golos e cinco minutos depois, Quaresma, novamente, fica ligado ao grande momento da noite. Sobre a direita perto da grande área tira um adversário do caminho e ensaia uma trivela. A bola bate na trave e aninha-se nas redes. Soberbo, fantástico, único e mágico! O Estádio levantou-se para aplaudir o golaço. O intervalo chegava com um resultado escasso.
A segunda parte começou com o 4º golo. Herrera corresponde a um centro de Jackson e só tem que desviar para a baliza. Havia ainda 44 minutos para jogar e adivinhava-se uma goleada histórica. Mas não! O jogo foi mais fraco em termos exibicionais e as oportunidades não foram tão evidentes. O FC Porto entrou em descompressão, o que deixou Lopetegui deveras irritado. O P. Ferreira aproveitou para subir no terreno e ainda deu um ar da sua graça enviando uma boa à trave da baliza de Fabiano. Os castores pareceram querer mudar a imagem, tentando estender mais o seu jogo. No entanto não conseguiram mais do que isto.
Lopetegui operou então as substituições. Quintero no lugar de Quaresma, Rúben Neves substituiu o amarelado Casemiro (muito faltoso) e Evandro entrou para a vaga de Herrera. O 5º golo surgiu aos 83 minutos de jogo na conversão de um livre. Tello fez passar a bola por cima da barreira e obteve um golo de belo efeito. A falta que originou o livre castigou Romeu com o 2º amarelo no jogo, dois minutos depois de ter sido admoestado com o primeiro cartão. No lance, Jackson escapava-se para a baliza.
O FC Porto mantém-se na perseguição ao líder. Na próxima jornada, desloca-se a Moreira de Cónegos para ganhar os três pontos e espera também por boas novas de Alvalade.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Jogadores estão de parabéns”
Julen Lopetegui tinha avisado, na antevisão do encontro, que só o melhor FC Porto poderia vencer o Paços de Ferreira, no jogo da 19.ª jornada da Liga portuguesa. A equipa portista respondeu com uma mão cheia de golos coroada com uma boa exibição, que só poderia merecer os aplausos por parte do técnico espanhol.
“A equipa foi eficaz, esteve muito bem, fez uma grande primeira parte e deu a resposta adequada às necessidades do adversário e do próprio jogo. Os jogadores cumpriram bem a sua missão, estão de parabéns pela concentração, agressividade, intensidade e pelo futebol que praticaram. Jogámos frente a um adversário bem orientado, que vinha moralizado e que enriquece a futebol. Se houvesse mais equipas com a identidade do Paços de Ferreira, o campeonato português seria melhor e haveria mais gente nos estádios”, afirmou Lopetegui, em declarações no final da partida.
Na segunda parte, prosseguiu, a equipa continuou “a pressionar alto e a jogar bem”, ainda que nos minutos finais lhe tenha faltado “alguma tranquilidade para manter a bola”. “Mas no futebol não há perfeição e a verdade é que hoje tivemos acerto na finalização, os jogadores fizeram um grande jogo, com personalidade e contundência, mesmo jogando depois dos nossos adversários jogarem, o que não é um contexto fácil”, acrescentou.
Com o triunfo gordo sobre os pacenses, o FC Porto mantém a distância pontual para o primeiro e terceiro classificados, Benfica e Sporting, respectivamente, que na próxima jornada se defrontam, em Alvalade. O treinador espanhol garante que só está concentrado na sua equipa. “O importante é ganharmos os nossos jogos, porque não temos controlo sobre os nossos rivais e não podemos perder muitas energias com os outros. Temos que nos focar no nosso trabalho para continuar a crescer individual e colectivamente”.
Lopetegui admite que a missão na Liga portuguesa não é fácil, mas garante que os Dragões vão lutar com todas as forças para alcançar o sucesso. “Nós vamos à guerra e vamos lutar por todos os nossos objectivos, no campeonato, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League e na meia-final da Taça da Liga. Os outros, por muito que queiram abrir os olhos, não conseguem ver a Europa”, disse.
Apesar de não ter sido convocado para a partida desta noite, Gonçalo Paciência foi também tema na conferência de imprensa. Lopetegui deixou um outro recado. “Estamos encantados com ele e, para que todos fiquem tranquilos, quero dizer que fui eu que o coloquei a jogar e fui eu que não o deixei de sair, quer no início da temporada quer na reabertura do mercado. Só quero dizer isso para aqueles que falam de ouvido e com má intenção”, finalizou o treinador basco.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
Primeira Liga, 19ª jornada
Domingo, 1 Fevereiro 2015 - 20:15
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 24.309
Árbitro: Marco Ferreira (Madeira).
Assistentes: Nélson Moniz e Sérgio Serrão.
4º Árbitro: José Rodrigues.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martínez, Tello.
Suplentes: Helton, Quintero (69' Quaresma), Reyes, Evandro (82' Herrera), Ricardo, Rúben Neves (65' Casemiro), Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.
PAÇOS FERREIRA: Rafael Defendi, Rodrigo Galo, Ricardo, Romeu, Hélder Lopes, Minhoca, Seri, Sérgio Oliveira, Vasco Rocha, Edson Farias, Cícero.
Suplentes: António Filipe, Bruno Moreira, Jaílson, Nélson Pedroso, Hurtado (67' Cícero), Fábio Cardoso (83' Edson Farias), Rúben Pinto (63' Minhoca).
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Jackson Martínez (29'), Quaresma (40'), Quaresma (44' pen), Herrera (46'), Tello (83').
Disciplina: cartão amarelo a Jackson Martínez (28'), Hélder Lopes (39'), Casemiro (61'), Romeu (79').Segundo amarelo e vermelho a Romeu (81').
O FC Porto, com a entrada de rompante no jogo desta noite, prometia dança. Acabaram por ser os ritmos ciganos a dominar o encontro. Foram dois golos de Quaresma, um deles do outro mundo, e mais três golos com sotaque castelhano. O P. Ferreira saiu vergado ao peso do 5-0 depois de ter vencido o benfica na passada semana.O perfume do bom futebol não teve apenas perfume de Quaresma: foi toda uma orquestra de bom futebol, que encantou o Dragão. A diferença de intensidade e velocidade entre as duas equipas foi por demais evidente, não parecendo sequer que estavam em campo duas formações da mesma Liga. O P. Ferreira não terá estado nos seus melhores dias mas certamente que qualquer equipa que entrasse hoje no Dragão arriscar-se-ia a sair de lá derrotada. Até o Basileia de Paulo Sousa que esteve no camarote a assistir ao jogo e saiu de lá com o bloco cheio. Há que sublinhar a pressão que envolveu o adversário, num verdadeiro colete-de-forças, e a capacidade de circulação de bola e qualidade técnica dos azuis e brancos, sobretudo no primeiro tempo.
Vários números marcantes ajudam-nos ainda a contar a história do encontro. Com quinze golos, Jackson já é o destacado melhor marcador da Liga e marca o ponto a cada jornada que passa. O colombiano ainda ficou a dever um ou dois golos mas, por vezes, perante as facilidades há também deslumbramentos.
O primeiro golo surgiu ao minuto 29, mas nem sequer foi surpreendente, tal a intensidade que o FC Porto colocou em campo desde o primeiro instante. O activo poderia ter sido aberto bem mais cedo nos primeiros minutos mas já se adivinhava o golo. Após um cruzamento de Alex Sandro, Jackson aproveitou uma saída falso do guarda-redes contrário e só teve que encostar. Estava concretizado o primeiro, mas os Dragões não tiraram o pé do acelerador. Nos minutos a seguir houve algumas perdas para ampliar o resultado por Jackson e por Tello.
Aos 40 minutos, Jackson isola-se e é agarrado por um defesa contrário fora da área que não o larga até o colombiano entrar na área. Jackson acaba por cair e sofre grande penalidade. Quaresma na conversão marca, com toda a tranquilidade com toda a naturalidade, o castigo máximo e amplia para 2-0.Adivinhavam-se mais golos e cinco minutos depois, Quaresma, novamente, fica ligado ao grande momento da noite. Sobre a direita perto da grande área tira um adversário do caminho e ensaia uma trivela. A bola bate na trave e aninha-se nas redes. Soberbo, fantástico, único e mágico! O Estádio levantou-se para aplaudir o golaço. O intervalo chegava com um resultado escasso.
A segunda parte começou com o 4º golo. Herrera corresponde a um centro de Jackson e só tem que desviar para a baliza. Havia ainda 44 minutos para jogar e adivinhava-se uma goleada histórica. Mas não! O jogo foi mais fraco em termos exibicionais e as oportunidades não foram tão evidentes. O FC Porto entrou em descompressão, o que deixou Lopetegui deveras irritado. O P. Ferreira aproveitou para subir no terreno e ainda deu um ar da sua graça enviando uma boa à trave da baliza de Fabiano. Os castores pareceram querer mudar a imagem, tentando estender mais o seu jogo. No entanto não conseguiram mais do que isto.
Lopetegui operou então as substituições. Quintero no lugar de Quaresma, Rúben Neves substituiu o amarelado Casemiro (muito faltoso) e Evandro entrou para a vaga de Herrera. O 5º golo surgiu aos 83 minutos de jogo na conversão de um livre. Tello fez passar a bola por cima da barreira e obteve um golo de belo efeito. A falta que originou o livre castigou Romeu com o 2º amarelo no jogo, dois minutos depois de ter sido admoestado com o primeiro cartão. No lance, Jackson escapava-se para a baliza.
O FC Porto mantém-se na perseguição ao líder. Na próxima jornada, desloca-se a Moreira de Cónegos para ganhar os três pontos e espera também por boas novas de Alvalade.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Jogadores estão de parabéns”
Julen Lopetegui tinha avisado, na antevisão do encontro, que só o melhor FC Porto poderia vencer o Paços de Ferreira, no jogo da 19.ª jornada da Liga portuguesa. A equipa portista respondeu com uma mão cheia de golos coroada com uma boa exibição, que só poderia merecer os aplausos por parte do técnico espanhol.
“A equipa foi eficaz, esteve muito bem, fez uma grande primeira parte e deu a resposta adequada às necessidades do adversário e do próprio jogo. Os jogadores cumpriram bem a sua missão, estão de parabéns pela concentração, agressividade, intensidade e pelo futebol que praticaram. Jogámos frente a um adversário bem orientado, que vinha moralizado e que enriquece a futebol. Se houvesse mais equipas com a identidade do Paços de Ferreira, o campeonato português seria melhor e haveria mais gente nos estádios”, afirmou Lopetegui, em declarações no final da partida.
Na segunda parte, prosseguiu, a equipa continuou “a pressionar alto e a jogar bem”, ainda que nos minutos finais lhe tenha faltado “alguma tranquilidade para manter a bola”. “Mas no futebol não há perfeição e a verdade é que hoje tivemos acerto na finalização, os jogadores fizeram um grande jogo, com personalidade e contundência, mesmo jogando depois dos nossos adversários jogarem, o que não é um contexto fácil”, acrescentou.
Com o triunfo gordo sobre os pacenses, o FC Porto mantém a distância pontual para o primeiro e terceiro classificados, Benfica e Sporting, respectivamente, que na próxima jornada se defrontam, em Alvalade. O treinador espanhol garante que só está concentrado na sua equipa. “O importante é ganharmos os nossos jogos, porque não temos controlo sobre os nossos rivais e não podemos perder muitas energias com os outros. Temos que nos focar no nosso trabalho para continuar a crescer individual e colectivamente”.
Lopetegui admite que a missão na Liga portuguesa não é fácil, mas garante que os Dragões vão lutar com todas as forças para alcançar o sucesso. “Nós vamos à guerra e vamos lutar por todos os nossos objectivos, no campeonato, nos oitavos-de-final da UEFA Champions League e na meia-final da Taça da Liga. Os outros, por muito que queiram abrir os olhos, não conseguem ver a Europa”, disse.
Apesar de não ter sido convocado para a partida desta noite, Gonçalo Paciência foi também tema na conferência de imprensa. Lopetegui deixou um outro recado. “Estamos encantados com ele e, para que todos fiquem tranquilos, quero dizer que fui eu que o coloquei a jogar e fui eu que não o deixei de sair, quer no início da temporada quer na reabertura do mercado. Só quero dizer isso para aqueles que falam de ouvido e com má intenção”, finalizou o treinador basco.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
Gostei da conferência de imprensa pós jogo do Mister Lopetegui: tremoços, camarões, caviar e europa....
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVitória conseguida com engenho (encontro bem jogado!), arte (trivela à maneira de Quaresma!) e goleada (5 golos). Next!!!
ResponderEliminarUma noite de boas notícias: vitória categórica sobre o Paços de Ferreira e a eliminação da Argélia com o consequente regresso de Brahimi, mais um a juntar à muita qualidade existente.
ResponderEliminarA próxima jornada é fundamental: vencer em Moreira de Cónegos e esperar que um ou os dois rivais percam pontos no derby. Mas importante é vencer em Moreira de Cónegos!
ResponderEliminarnão gosto de viver nos "ses", sequer de deitar foguetes antes da festa - e essa foi uma lição que o "minuto '92" nos ensinou, mas os 'outros' teimam em não aprender.. adiante.
a somar às expectativas do RCBC, acrescento o regresso do 'gei' artur à baliza dos lampiões. e esta é uma notícia que legitimamente nos cria (boas) expectativas.
mesmo assim, não esquecer o fundamental: temos que pensar em nós, fazer o nosso trabalho e vencer em Moreira de Cónegos.
abr@ços
Miguel | Tomo II