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Pelos dias de hoje, as conversas andam todas em redor do mesmo: o final de época que se aproxima com ZERO títulos, a perda de ADN Porto, a falta de atitude, etc, etc, etc. Como muito se tem falado sobre isso, tudo aquilo que nesta fase pudesse dizer, seria repetição daquilo que outros já disseram.
Sendo assim, prefiro abordar um outro tema ao qual tem sido dada menor importância dentro do contexto actual e que tem a ver com as mudanças da equipa de hóquei.
Sobre este tema, em 13-03-2015, já AQUI fiz uma detalhada análise, sobre a qual não tenho um ponto a retirar. Pode ter causado azia a alguns, mas como para mim os superiores interesses do FC Porto estão acima dos meus gostos pessoais, continuarei sempre a emitir a minha opinião.
Mas então, o que me leva 2 meses depois, a voltar ao tema?
A entrevista do nosso futuro treinador ao jornal “O Jogo” da passada 3.ª feira.
É opinião mais ou menos unânime no universo azul e branco que a renovação/revolução que vai ocorrer seria expectável. Quase todos concordam igualmente que o aspecto mais negativo é a saída do capitão Reinaldo Ventura.
Pela amostra, e tendo em conta a tal verdadeira revolução no nosso plantel, nesta entrevista, Cabestany aproveita já para se demarcar da construção deste novo grupo, ficando claro que não foi ele que o escolheu. Sim, porque dizer que espera vir um dia a treinar Reinaldo Ventura, um jogador que faz a 16 de Maio, 37 anos, e que acaba de ser dispensado do clube onde vai ser treinador, o espanhol está claramente a dizer que não foi ele quem tomou esta decisão, ou então, está a ambicionar ser o futuro treinador do Óquei de Barcelos.
Ora, este novo ciclo que todos dizem há “boca cheia” ser tão importante que se inicie, começa com um treinador que não escolhe os seus jogadores. Ok, promete!
Mas não fica por aqui!
Depois de lamentar a perda do jogador, Cabestany lamenta também a perda da referência Reinaldo Ventura. Surpreendidos?? Claro que não... está na cara de todos que Reinaldo é uma referência do clube e que seria absolutamente essencial neste período de transição.
Faça-mos um pequeno exercício: Tenhamos presente todos os jogadores de todas as modalidades do clube. Tenhamos igualmente presente o tal perfil Porto, o tal ADN Porto de que agora tanto se fala. Conjugando estas duas premissas, conseguem encontrar em todo o universo FC Porto, algum atleta que melhor corporize o que é ser Porto? Digam-me um... eu, só me lembro de Reinaldo Ventura.
Ora, perante isto, perante uma tão grande crise de valores “à Porto” que vivemos em todo o clube, ainda nos conseguimos dar ao luxo de dispensar um dos últimos baluartes mais representativos desse ADN?
Mas ainda não fica por aqui!
Cabestany lamenta a perda do jogador Reinaldo, da referência Reinaldo, e ao mesmo tempo, tece rasgadíssimos elogios aos 2 novos reforços do 5lb, nunca tendo uma palavra sobre os nossos reforços, falando de Hélder Nunes mais a “refrear” os ânimos e as expectativas em seu redor.
Recordemos que, a Adroher (ex-Breganze, actual clube de Cabestany) e Torra (ex -Barcelona), ambos internacionais espanhóis, o dito clube junta Traball, Nicolia, João Rodrigues, Valter Neves e Diogo Rafael. Portanto, lamentando as nossas perdas, elogiando as aquisições dos outros, recordando que são eles os campeões, e ainda por cima numa época nova com 4 jogadores novos e treinador novo, o que podemos esperar nós da época que aí vem? Muito pouco, digo eu!
E antes de terminar, pergunto eu: ninguém do FC Porto “validou” esta entrevista a “O Jogo”? Ninguém tomou o cuidado de a ler antes de ser publicada ou acompanhar o treinador na referida entrevista? É que isto a mim soa-me a amadorismo, e que me desculpem os responsáveis por isto!
No desporto de alta competição, num clube da nossa dimensão, não se pode simplesmente facilitar neste tipo de coisas.
Finalizo dizendo: caiu a máscara! Bonito seria saber quem decidiu (e porquê!) a saída do capitão Reinaldo Ventura. E mais ainda: não há quem realmente mande? Não há quem seja capaz e tenha autoridade para chegar e dizer: "Não, este não sai!"?
Um abraço, até domingo no sítio do costume!
Amigo Norte:
ResponderEliminarNo geral até gostei da entrevista e até te digo que o que conheço de Cabestany deixa-me algo optimista. No entanto também achei a referência a Reinaldo algo contraditória e confusa.
Sobre as saídas, tal como já aqui escrevi concordo com todas (técnicos e jogadores) menos com a de Reinaldo que deveria sem dúvida ficar.
Sobre quem o decidiu e se sabes ou suspeitas poderias aqui colocar o nome até porque tenho muita curiosidade em perceber este dossier.
Até sábado no andebol.
estás a tecer muitas considerações sem bases sólidas.
ResponderEliminar@ norte,
ResponderEliminar3 notinhas apenas:
1- assino por baixo todo o teor do teu post;
2- com particular relevância no tema "REInaldo Ventura", que só pode estrangar/surpreender a quem ainda anda MUITO distraído (que não é o teu caso!), pois é tão só e apenas, a consequência natural deste PORTO moderno dos tempos de hoje, que não são já de hoje, mas de há mais que uma mão cheia de anos;
3- por fim, em relação ao hóquei do PORTO, já dei o meu vaticínio há um bom par de meses... uma equipazinha simpática, aguerrida, esforçada, em linha com uma espécie de "valongo B", mas que na hora da verdade, não vai cheirar nada... minha opinião, que espero, naturalmente, estar enganado.
aQuele aBraço... e até ao fds, no(s) sitio(s) do costume.
Lucho
ResponderEliminarPessoalmente não gostei da entrevista.
Nenhuma referência elogiosa á nossa equipa (nem que fosse sublinhar a sua juventude) por oposição ao elogio do adversário, não foi firme a mostrar confiança no futuro, e depois mostrou o seu distanciamento em relação á construção do novo plantel. Mesmo podendo ser verdade, não o devia ter demonstrado.
No entanto isto não significa que esteja contra o seu ingresso no FC Porto. Precisavamos de alguém jovem, diferente, com outra abordagem, e nesse sentido, tudo bem...apesar de não termos experiências propriamente muito positivas com treinadores estrangeiros.
Quanto aos nomes sobre a escolha da saída de Reinaldo, aqui não se coloca quem foi mas sim quem o influenciou\induziu a tomar a decisão.
Quem decidiu foi Eurico Pinto!
Quais as razões, influenciado por quem, aí é que já é diferente porque Cabestany não foi....então quem terá sido? É que Eurico Pinto, um homem da casa e muito conhecedor da mesma, para ter tomado esta decisão....hum, não me cheira que não tenha sido fortemente influenciado por alguém.
Podes perguntar: então cheira-te a quê? É pá, aí já não sei nem consigo especular tão alto, mas como diria Dias Ferreira "São caracóis, são caracoletas"....um dia logo se saberá!
ANÓNIMO
O que sabes tu das minhas bases para poderes dizer se são sólidas ou não??
NOTA FINAL
Ira para a guerra com meninos quando do outro lado estão homens, não é garantia que não se ganhe....agora, que se torna muito mais difícil, lá isso torna.
Agora, se a equipa se mantiver junta mais 3 anos, aí poderemos pensar em algo!
Norte, não sei se as suas bases são sólidas ou não - acredito que sejam - mas porque não diz no texto porque o Reinaldo vai embora, só restam especulações, e isso sempre é mau...
ResponderEliminaro hóquei tinha de mudar de treinador, isso todos sabíamos... e, claro que esta entrevista não deveria ter acontecido... é óbvio que o homem não conhece a equipe, e como tal fala de quem conhece...
depreender daí que ele não montou a equipe, pode ser acertado, mas pode ter sido a condição... "vens e treinas quem aqui estiver"... isso é mau?
veremos!
também lhe digo sem ter confirmação nenhuma , mas pelo que se vê, que não temos dinheiro para andar a fazer contratações sonantes !
e, não me importo nada se os lá de baixo, se espatifarem financeiramente...
REINE MARGOT
ResponderEliminarO Reinaldo vai embora porque foi dispensado...porque lhe disseram que não contavam com ele como jogador. O que levou a essa decisão, isso não posso responder porque só quem decidiu o saberá.
Afirmar que ele não montou a equipa, não é uma uma depreensão, mas sim uma constatação.
Se isso é bom ou mau, eu acho mau, mas como é evidente, outra qualquer pessoa pode entender que é bom!
Acho mau porque quando se muda 40% de uma equipa, quando se muda de treinador, quando se perdem as referências e o treinador não opina...que responsabilização se pode depois atribuir ao mesmo no desenrolar da época?? Por alguma razão o homem já disse que precisa pelo menos de mais um jogador...
Não temos dinheiro para contratações sonantes? É caso para dizer que não estamos a discutir contratações...estamos a discutir não dispensas!
Esta confusão toda na secção, será que não é intencional? Será, que a intenção, mais não seja aquilo que eu temo: O fim do hoquei?
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