09 janeiro, 2009

4 comentários:

  1. RUI MOREIRA (BOLA DE 9-1-2009)

    A exigência e o exagero

    JESUALDO desabafou sobre a crítica. Já percebeu que muita dela estranha a hegemonia de um clube da província. E não são só os saudosistas dos tempos da velha senhora, em que se vencia por um decreto que não abrangia o FC Porto. Há gente moderna e bem pensante que não aceita este domínio que, por ocorrer fora de portas, desmente as mais inverosímeis suspeitas, e que se fia nestas para adiar o diagnóstico sobre o que desequilibra os pratos da balança.
    Ora, um dos segredos do FC Porto é a cultura interna de exigência, que impede a desculpa fácil de que os adversários abusam, como Miguel Sousa Tavares apontou, a semana passada, a propósito das exageradas críticas dos benfiquistas às arbitragens, uma desculpabilização que também explica a falta de atitude que o insuspeito Fernando Seara reconheceu, depois da Trofa.

    Por isso, Jesualdo sofre com a aparente injustiça, mas usufrui dessa exigência e da vigilância dos adeptos que, como eu, o admiram.

    A esse propósito, recordo da sua participação no Trio d'Ataque — estava ele a caminho do Bessa —, em que lhe perguntei com pouca inocência quando iria treinar o FC Porto, uma premonição do que sucederia poucas semanas depois. E, é justo que diga (até porque há quem desconfie da sua conversão) que já então, nessa noite e em conversa após o programa, lhe ouvi os maiores elogios ao clube. Pena é que esta pressão lhe cause insegurança, depois de tantos anos e sucessos. É que, ainda que a lealdade nunca seja exagerada, razão pela qual se justifica a sua total adesão às políticas do clube, vai longe de mais quando afirma que o FC Porto é formador, só porque tenta valorizar, como qualquer outro clube, os atletas que compra.

    Ser mais anterista do que Antero —o responsável pela discutível formação — é imaginativo mas escusado.

    Não lhe fica bem.

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  2. A parte da exigência está muito boa.

    A parte do exagero começa com um elogio mas não termina sem uma crítica e qt à referência ao Antero, enfim, Rui Moreira.

    Haverá alguém capaz de promover as pazes entre estes 2 Portistas? :)

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  3. Lucho:
    Mais uma vez estou em total acordo com Rui Moreira.
    A exigência do clube para com os seus atletas é um factor importantíssimo nos resultados alcançados e muita dessa exigência advém de, no Porto, as desculpas das derrotas não convencerem ninguém. Aliás Jesualdo sentiu (e tem sentido) essa situação quando os resultados mesmo não sendo maus são sustentados em exibições fraquinhas e sem chama. Quando o Porto teve as 3 derrotas seguidas e Jesualdo disse que jogámos bem tendo faltado sorte, caiu-lhe toda a gente em cima porque os adeptos do Porto acham que se não temos sorte temos que ter ainda mais qualidade de jogo. Nos outros, quando não se ganha, desculpam-se com os árbitros e com o azar e os adeptos engolem e falam em apitos e Papas, etc. menos em qualidade. Por isso perderam na Trofa sem apresentarem o mínimo de qualidade.

    Em relação à formação também tem razão porque, infelizmente, temos cada vez menos portugueses a jogar e ainda menos formados no clube (e o jogo da taça da Liga não conta). É verdade que temos ido buscar jogadores novos e os temos valorizado mas isso não é formação. Além disso, ainda acrescento que se formos ver hoje as equipas de formação encontramos lá diversos estrangeiros e alguns com muito pouca qualidade. Ainda no outro dia fui ver o jogo da intercalar com o Boavista (estava de férias e fui ver o Olival pela 1ª vez) e a ponta de lança estava um checo (Alexander) muito fraquinho e 1 ou 2 brasileiros que não mostraram nada. Onde estão os olheiros em Portugal? Será que não existem jogadores em condições no país?

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  4. Diogo? quem é o Diogo? vá, deixem-se de palermices e deixem o rapaz crescer para dar gente, senão, com tamanho colinho, daqui a nada, é mais um que se perdeu no labirinto da fama...

    Outros querem estar em primeiro... mas já não estão?... no primeiro lugar dos últimos? afinal, de que se queixa esse patareco com fronha de morto-enterrado?

    Nos calimeros, pois, eles lá sabem do que falam... é vira o disco e toca o mesmo... bláblábláblá

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