Aberto o Champanhe, e já depois de ter utilizado as tradicionais passas como reforço dos sonhos e pretensões de um 2009 repleto de vitórias pessoais dentro e fora de campo.
Ainda mal refeito das últimas emoções de 2008 em pleno palco do Dragão, vejo-me obrigado a deglutir nova dose gastronómica de uvas mirradas, até porque a tabela da Liga Sagres teima em não demonstrar a habitual e evidente supremacia do Dragão.
Arranca 2009, um voraz Janeiro, que coloca muito do futebol aquém dos azuis e brancos em rota de colisão com o futebol além Mar da Pérola do Atlântico. Tal como para alguns portugueses, a Madeira, será também ela palco da entrada dos Dragões no novo Ano, sendo a Choupana anfiteatro privilegiado para o assalto a liderança. Cientes dos 2 pontos de herança transitada de 2008, os Dragões colocam o ênfase deste teste de fogo, logo no abrir do ano, na recuperação do primeiro lugar.
De permeio a todos estes factores que se entrelaçam, para além da possível liderança joga-se também em boa parte uma Revange sobre os Alvi-Negros, é que para os menos dados ao exercício da memória, os opositores são tão somente, a mais recente besta negra dos Portistas, ostentando a medalha de único emblema que não conheceu o sabor da derrota nos confrontos com os Azuis e brancos em toda a pretérita Liga, ousando mesmo repetir a gracinha de nos golear em pleno Dragão, (0-3), já depois da magra, mas vitória, por 1-0 na Choupana.
As experiencias Madeirenses, têm sempre o seu quê de traumáticas, depois do nulo frente ao Marítimo, espera-se um Dragão escaldado não obstante o historial positivo no terreno do Nacional, (6 vitórias, 2 empates e o já falado desaire).
Centrando atenções no nosso contendor, Jesualdo fala de uma equipa de bom valor técnico e individual. De facto, os alvi-negros têm feito um percurso sem grandes sobressaltos, fazem do factor casa ancoradouro maior do seu bornal de pontos e sem descurar méritos maiores, sob o meu ponto de vista a sua maior força reside no banco.
Não, não é nenhuma arma secreta lançada nas 2ªs partes dos jogos, falo mesmo de Manuel Machado, confesso que não sou admirador da pessoa em si, mas reconheço-lhe grande capacidade de organização e trabalho. Exímio na conjugação dos elementos, qualidade de equipa, astúcia e motivação inerentes a estas partidas, não admira que sem ser bajulador dos galões que equipas como o FC Porto ostentam, acredite sempre que as suas equipas têm uma palavra a dizer e mesmo sabendo que não pode ombrear com o estatuto do campeão nacional, não enjeite conseguir um resultado positivo.
Não se espera este Domingo grande diferença entre o discurso e a capacidade futebolística patenteada por exemplo na Luz, o técnico dos madeirenses tradicionalmente adepto do 4x4x2, com grande empatia entre o labor, a capacidade organizacional e a coesão defensiva , onde todos os seus jogadores sabem de antemão as funções e as competências técnicas a desenvolver, pondera, face às ausências de vulto na sua equipa, o planeamento de novas estratégias alternativas.
Por entre o treino e a melhoria do modelo de jogo habitual, os da Choupana experienciaram a utilização de um sistema com recurso a três unidades mais fixas na zona central do último reduto, potenciando maior numero de unidades na zona nevrálgica do terreno, bem interligados por dois homens mais livres que percorrem toda a linha de ataque, o que sempre causa incomodo às defesas que sempre se vêem em palpos de aranha por não saberem bem quem marcar.
Importa referenciar, que quer seja este sistema 3x5x2 , ou o mais clássico 4x4x2, existem nomes comuns que não são alheios a boa campanha nacionalista.
Bracalli tem-se afirmado como um esteio mesmo depois da saída de Benaglio, Patacas é um lateral com vários anos de casa e sempre de grande regularidade, Halliche, Maicon e Filipe Lopes são por norma os homens encarregues de manietarem os aríetes adversários, sendo que no miolo apesar do toque de Manuel Machado a equipa não passa sem o ritmo sambista de Cléber, Ruben Micael e Juliano, ficando a ofensiva entregue aos ciclistas Mateus e Miguel Fidalgo.
As grandes ausências são sem dúvida Alonso, um dos melhores laterais de raiz que jogam à esquerda e Nené, que só a sua conta é responsável por sete golos, cotando-se como um dos melhores marcadores da nossa praça.
Na Invicta todos sabem da importância da vitória e de como é imperioso entrar a ganhar. O mini defeso não trouxe grandes alterações nas estruturas de grupo nem do manter do ritmo de trabalho, sendo que por entre o habitué de compras, vendas e empréstimos, a nota de maior realce vai mesmo para a entrevista do Professor que provou e ajudou a desconstruir alguns assuntos mais quentes da vida no Dragão.
Numa leitura vertical, começo mesmo pelas laterais. Jesualdo reconhece o problema à esquerda, no entanto o jogo da 13ª jornada não deve traduzir mudanças nesse sector, ficando uma vez mais o flanco esquerdo entregue a Pedro Emanuel, que apesar da enorme experiência, denota continuamente faltas de rotina sobretudo quando confrontado com a velocidade, sendo depois uma autêntica nulidade na vertente da capacidade atacante.
Dificilmente o jogo da Madeira trará alterações ao onze que findou o ano no Dragão. Os holofotes continuarão desviados para outras latitudes, ainda assim, espera-se que os Portistas sejam capazes de dar uma imagem diferente daquela que suscitou críticas frente aos verde rubros insulares.
Voltando à entrevista do Mister, que apontava à maturação dos seus comandados, anseio por ver neste jogo o disparar e o acelerar do espírito de conquista, onde não haja espaço para aquele jeito de controlo de jogo aparente, que sempre esbarra nas iminentes fragilidades defensivas e do livre arbítrio das mal cuidadas marcações à zona das bolas paradas.
Com a coluna vertebral do Dragão solidificada, Jesualdo e seus pares procuram na Choupana reescrever um guião capaz de revelar em Maio, quanto mais não seja em Maio, o Tetra.
Para tal urge perceber-se o carácter acidental ou menos conseguido de uma ou outra partida, de forma a reapareçer um FC Porto no bom sentido da exuberância, embalado por Meireles, Rodriguez, Lisandro, onde a cada lance os adversários sintam o fogo da ambiguidade entre a força explosiva ofensiva de Hulk, e a disponibilidade física e pendular de Fernando, como elo motriz de um Dragão, onde e ainda mesmo que pouco cómodo na sua nova roupagem, (um misto de 4x3x3, 4x4x2 e 4x1x3x2), se afirmem na prioridade pela revalidação do titulo.
Como última nota da antecâmara do jogo inaugural do ano para os Dragões, destaque para a mais que certa centésima presença de Lucho em jogos oficiais de Dragão ao peito, bem sem que o alvi-celeste vive encarcerado no subrendimento que a sua forma física ostenta, ainda assim é inegável que a sua presença em campo preconiza o enquadramento de outros nos princípios e filosofia enraizada no seio da equipa, sendo ponto de equilíbrio e audível voz de comando, e refúgio para as respostas que o conjunto precisa para os momentos de jogo em que ninguém sabe o que fazer à bola.
Também por isto e a simples distância de um desafio de futebol, o jogo desta ronda pode ser nuclear, sendo que o óptimo era a bomba explodir lá para os lados da Trofa…
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno.
Defesas: Fucile, Rolando, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Stepanov e Benítez.
Médios: Fernando, Guarín, Lucho, Mariano, Pelé e Raul Meireles.
Avançados: Lisandro, Hulk, Rodriguez, Farias e Rabiola.
# post publicado em simultaneo no fórum fcporto.planetaportugal
Ainda mal refeito das últimas emoções de 2008 em pleno palco do Dragão, vejo-me obrigado a deglutir nova dose gastronómica de uvas mirradas, até porque a tabela da Liga Sagres teima em não demonstrar a habitual e evidente supremacia do Dragão.
Arranca 2009, um voraz Janeiro, que coloca muito do futebol aquém dos azuis e brancos em rota de colisão com o futebol além Mar da Pérola do Atlântico. Tal como para alguns portugueses, a Madeira, será também ela palco da entrada dos Dragões no novo Ano, sendo a Choupana anfiteatro privilegiado para o assalto a liderança. Cientes dos 2 pontos de herança transitada de 2008, os Dragões colocam o ênfase deste teste de fogo, logo no abrir do ano, na recuperação do primeiro lugar.
De permeio a todos estes factores que se entrelaçam, para além da possível liderança joga-se também em boa parte uma Revange sobre os Alvi-Negros, é que para os menos dados ao exercício da memória, os opositores são tão somente, a mais recente besta negra dos Portistas, ostentando a medalha de único emblema que não conheceu o sabor da derrota nos confrontos com os Azuis e brancos em toda a pretérita Liga, ousando mesmo repetir a gracinha de nos golear em pleno Dragão, (0-3), já depois da magra, mas vitória, por 1-0 na Choupana.
As experiencias Madeirenses, têm sempre o seu quê de traumáticas, depois do nulo frente ao Marítimo, espera-se um Dragão escaldado não obstante o historial positivo no terreno do Nacional, (6 vitórias, 2 empates e o já falado desaire).
Centrando atenções no nosso contendor, Jesualdo fala de uma equipa de bom valor técnico e individual. De facto, os alvi-negros têm feito um percurso sem grandes sobressaltos, fazem do factor casa ancoradouro maior do seu bornal de pontos e sem descurar méritos maiores, sob o meu ponto de vista a sua maior força reside no banco.
Não, não é nenhuma arma secreta lançada nas 2ªs partes dos jogos, falo mesmo de Manuel Machado, confesso que não sou admirador da pessoa em si, mas reconheço-lhe grande capacidade de organização e trabalho. Exímio na conjugação dos elementos, qualidade de equipa, astúcia e motivação inerentes a estas partidas, não admira que sem ser bajulador dos galões que equipas como o FC Porto ostentam, acredite sempre que as suas equipas têm uma palavra a dizer e mesmo sabendo que não pode ombrear com o estatuto do campeão nacional, não enjeite conseguir um resultado positivo.
Não se espera este Domingo grande diferença entre o discurso e a capacidade futebolística patenteada por exemplo na Luz, o técnico dos madeirenses tradicionalmente adepto do 4x4x2, com grande empatia entre o labor, a capacidade organizacional e a coesão defensiva , onde todos os seus jogadores sabem de antemão as funções e as competências técnicas a desenvolver, pondera, face às ausências de vulto na sua equipa, o planeamento de novas estratégias alternativas.
Por entre o treino e a melhoria do modelo de jogo habitual, os da Choupana experienciaram a utilização de um sistema com recurso a três unidades mais fixas na zona central do último reduto, potenciando maior numero de unidades na zona nevrálgica do terreno, bem interligados por dois homens mais livres que percorrem toda a linha de ataque, o que sempre causa incomodo às defesas que sempre se vêem em palpos de aranha por não saberem bem quem marcar.
Importa referenciar, que quer seja este sistema 3x5x2 , ou o mais clássico 4x4x2, existem nomes comuns que não são alheios a boa campanha nacionalista.
Bracalli tem-se afirmado como um esteio mesmo depois da saída de Benaglio, Patacas é um lateral com vários anos de casa e sempre de grande regularidade, Halliche, Maicon e Filipe Lopes são por norma os homens encarregues de manietarem os aríetes adversários, sendo que no miolo apesar do toque de Manuel Machado a equipa não passa sem o ritmo sambista de Cléber, Ruben Micael e Juliano, ficando a ofensiva entregue aos ciclistas Mateus e Miguel Fidalgo.
As grandes ausências são sem dúvida Alonso, um dos melhores laterais de raiz que jogam à esquerda e Nené, que só a sua conta é responsável por sete golos, cotando-se como um dos melhores marcadores da nossa praça.
Na Invicta todos sabem da importância da vitória e de como é imperioso entrar a ganhar. O mini defeso não trouxe grandes alterações nas estruturas de grupo nem do manter do ritmo de trabalho, sendo que por entre o habitué de compras, vendas e empréstimos, a nota de maior realce vai mesmo para a entrevista do Professor que provou e ajudou a desconstruir alguns assuntos mais quentes da vida no Dragão.
Numa leitura vertical, começo mesmo pelas laterais. Jesualdo reconhece o problema à esquerda, no entanto o jogo da 13ª jornada não deve traduzir mudanças nesse sector, ficando uma vez mais o flanco esquerdo entregue a Pedro Emanuel, que apesar da enorme experiência, denota continuamente faltas de rotina sobretudo quando confrontado com a velocidade, sendo depois uma autêntica nulidade na vertente da capacidade atacante.
Dificilmente o jogo da Madeira trará alterações ao onze que findou o ano no Dragão. Os holofotes continuarão desviados para outras latitudes, ainda assim, espera-se que os Portistas sejam capazes de dar uma imagem diferente daquela que suscitou críticas frente aos verde rubros insulares.
Voltando à entrevista do Mister, que apontava à maturação dos seus comandados, anseio por ver neste jogo o disparar e o acelerar do espírito de conquista, onde não haja espaço para aquele jeito de controlo de jogo aparente, que sempre esbarra nas iminentes fragilidades defensivas e do livre arbítrio das mal cuidadas marcações à zona das bolas paradas.
Com a coluna vertebral do Dragão solidificada, Jesualdo e seus pares procuram na Choupana reescrever um guião capaz de revelar em Maio, quanto mais não seja em Maio, o Tetra.
Para tal urge perceber-se o carácter acidental ou menos conseguido de uma ou outra partida, de forma a reapareçer um FC Porto no bom sentido da exuberância, embalado por Meireles, Rodriguez, Lisandro, onde a cada lance os adversários sintam o fogo da ambiguidade entre a força explosiva ofensiva de Hulk, e a disponibilidade física e pendular de Fernando, como elo motriz de um Dragão, onde e ainda mesmo que pouco cómodo na sua nova roupagem, (um misto de 4x3x3, 4x4x2 e 4x1x3x2), se afirmem na prioridade pela revalidação do titulo.
Como última nota da antecâmara do jogo inaugural do ano para os Dragões, destaque para a mais que certa centésima presença de Lucho em jogos oficiais de Dragão ao peito, bem sem que o alvi-celeste vive encarcerado no subrendimento que a sua forma física ostenta, ainda assim é inegável que a sua presença em campo preconiza o enquadramento de outros nos princípios e filosofia enraizada no seio da equipa, sendo ponto de equilíbrio e audível voz de comando, e refúgio para as respostas que o conjunto precisa para os momentos de jogo em que ninguém sabe o que fazer à bola.
Também por isto e a simples distância de um desafio de futebol, o jogo desta ronda pode ser nuclear, sendo que o óptimo era a bomba explodir lá para os lados da Trofa…
LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno.
Defesas: Fucile, Rolando, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Stepanov e Benítez.
Médios: Fernando, Guarín, Lucho, Mariano, Pelé e Raul Meireles.
Avançados: Lisandro, Hulk, Rodriguez, Farias e Rabiola.
# post publicado em simultaneo no fórum fcporto.planetaportugal
Acabou a brincadeira, agora é a sério e temos de ganhar.
ResponderEliminarQue os profissionais do F.C.Porto estejam preparados para tudo e contra tudo, pois a campanha para levar os vermelhos ao título já começou.
Um abraço
Vámos a isto!
ResponderEliminarEntrevista de PdC a um jornal Madeirense:
ResponderEliminarJÁ TENTEI QUE CARLOS PEREIRA E RUI ALVES FIZESSEM AS PAZES"
Falar de futebol português sem mencionar o nome de Pinto da Costa seria uma profunda aberração, heresia ou injustiça. A 17 de Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu a presidência do FC Porto e nestes quase 27 anos de história os portistas conquistaram 16 campeonatos nacionais, 9 Taças de Portugal, 14 Supertaças, 2 Ligas dos Campeões, 1 Taça UEFA, 2 Taças Intercontinentais e 1 Supertaça europeia. Isto só para falar no futebol ao mais alto nível. Para além das conquistas desportivas, que muito se estendem para além do futebol, Pinto da Costa, hoje com 71 anos, continua a não se refutar a um confronto de ideias e a lutar por princípios que defende, principalmente o FC Porto.
Amigo da Madeira, Pinto da Costa antecipou a viagem à Região, onde o FC Porto joga amanhã com o Nacional, para comemorar a entrada no novo ano. E ontem esteve a almoçar com "alguns amigos importantes", como fez questão de salientar, no restaurante Dom Pepe, entre os quais António Henriques, Avelino Farinha, Carlos Pereira, Luís Miguel de Sousa, João Alexandre, Paulo Fontes e Luís Camacho.
Depois de uma disputada 'milhada' para ver quem pagava o almoço - desta feita Pinto da Costa não entrou em 'jogo' - e de alguns discursos, Pinto da Costa acedeu deixar a roda de amigos para 'dois dedos de conversa' com a reportagem do DIÁRIO.
Ponto prévio: "Veja lá o que me vai perguntar, não posso responder a tudo", deixou bem vincado, mas de forma educada, aludindo às questões a que está impedido de pronunciar-se.
DN Madeira : Há dias voltou a dizer que no FC Porto a doutrina é sempre ganhar. Como é possível continuar a alimentar essa filosofia, depois de tudo o que aconteceu a si e ao clube, no âmbito do processo 'Apito Dourado'?
PC: O objectivo que tracei para o meu clube foi esse e vocês madeirenses têm um bom exemplo do que é querer vencer e vencer. Conheci esta terra há trinta anos e hoje é aquilo que é apenas porque houve grande determinação e enorme vontade de vencer. É uma questão de princípio. Quando se quer as coisas consegue-se mas é natural que nesse processo se ganhe inimigos, se sofra muita inveja e calúnia, no entanto, se estivermos determinados não recuamos, vamos em frente e conseguimos alcançar os nossos objectivos.
DN Madeira : Anda com uma postura mais reservada. Consequência do processo 'Apito Dourado' ou é tão somente uma estratégia pessoal?
PC: Tem a ver com o 'Apito Final', que quanto a mim não é final, mas como deve compreender tenho de me precaver até que as coisas estejam resolvidas definitivamente, como espero, nem que seja no Tribunal Constitucional.
DN Madeira : Continua disposto a provar a sua inocência?
PC: Sim, sim. Para mim nada me afecta, porque tenho a minha consciência tranquila, agora tenho de unicamente esperar pelo tempo certo para falar de determinadas coisas.
DN Madeira :Sente-se um homem perseguido?
PC: Eu nunca disse que era perseguido e de certeza que quando entrevista alguém nunca faz essa pergunta, portanto começo a desconfiar que sou, porque toda a gente me faz essa pergunta. Se calhar ando distraído e se calhar ando mesmo a ser perseguido.
DN Madeira : Numa entrevista a um jornal desportivo nacional, o presidente do Benfica, Luís Felipe Vieira, disse que espera que deixem o Benfica ganhar a Liga dentro de campo. Merece-lhe algum comentário esta declaração?
PC: Primeiro, nem leio o que esse senhor diz nem leio esse jornal. Se calhar quererá dizer que como nunca ganhou dentro do campo, porque alguém escreveu há dias que o último campeonato ganho pelo Benfica foi uma vergonha, que agora pretende ganhá-lo lá dentro. Mas como não li não posso fazer interpretações.
DN Madeira : O FC Porto voltará a ser campeão?
PC: Se tiver mais pontos no final do campeonato que aquele que ficar segundo lugar será de certeza. Agora uma coisa é certa, lutamos sempre para tentar vencer.
DN Madeira : Mantém uma boa relação institucional com os dois principais clubes da Madeira?
PC: Não só institucionais, como também de amizade com muita gente dos dois clubes.
DN Madeira : Como sabe os presidentes do Marítimo e Nacional andam de costas voltadas...
PC: Tenho muita pena disso. Já tentei ajudar a resolver o problema entre o Carlos Pereira e o Rui Alves mas como as coisas saíram do âmbito desportivo e disseram-se coisas de parte a parte que não deveriam ter sido ditas é difícil resolver a questão. Tenho pena.
DN Madeira : Considera que esse facto é negativo para o futebol da Madeira, por estar dividido?
PC: Se calhar até há um lado positivo, pois havendo competição entre os dois cada um procura fazer melhor do que outro e assim podem progredir. Agora é uma pena esta situação para a imagem da Madeira. Custa a compreender que dois indivíduos que estão à frente dos principais clubes da Madeira não tenham um bom relacionamento, numa terra que tem um povo tão simpático e cordial como são os madeirenses. Ainda hoje [ontem] fui dar uma volta pela cidade e disseram-me que estava em casa. E não sou só eu que me posso considerar estar em casa, qualquer indivíduo que venha de fora sente-se em casa, por isso custa a entender que os presidentes do Marítimo e Nacional não se relacionam.
DN Madeira : Que desejos tem para este novo ano?
PC: Desejo ter saúde para continuar nas minhas lutas e desejo que haja paz e harmonia, sobretudo no nosso país. Gostava também que em 2009 Deus castigasse a sério todos aqueles que possam ir mentir aos tribunais e que lá já mentiram. A mim também se eu for mentir.
DN Madeira : Acredita que a selecção de Portugal vai qualificar-se para o Mundial'2010?
PC: Acredito, apesar de reconhecer que vai ser difícil. Agora acho que o Carlos Queiroz deve reaparecer a falar com sotaque brasileiro...
"MARÍTIMO PODE NEGOCIAR COM ADRIANO"
DN Madeira : Aproveitou a viagem à Madeira para fazer negócios desportivos?
PC: Não, nada disso. Por aqui fala-se muito das saídas de Djalma (Marítimo) e Alonso (Nacional) para o FC Porto. Não é verdade. Aliás, estou num almoço onde está presente o presidente do Marítimo e não falamos em nada de negócios.
DN Madeira : O Marítimo quer contratar um avançado. O empréstimo de Adriano é uma hipótese?
PC: Em tempos o Carlos Pereira falou-me no Adriano e eu autorizei-o a negociar com o jogador. Disse-lhe que se chegassem a um entendimento que o FC Porto deixava-o sair, inclusive completava o ordenado que ele aufere no FC Porto, dado que o Marítimo não podia pagar aquilo que tem no contrato. Contudo, o negócio não foi possível, porque o jogador disse que queria receber tudo do FC Porto e depois negociar com outros clubes. Quer dizer, o jogador neste momento não joga e ganha uma verba 'X' e para jogar quer 'X' mais 'Y'. Quando se tem este procedimento é impossível chegar-se a acordo.
DN Madeira : Mas o Adriano é ainda uma hipótese para o Marítimo?
PC: Estive num almoço no dia 31 de Dezembro com o presidente do Marítimo, no qual me manifestou novamente interesse no Adriano. Por nós, mantêm-se a autorização de tentarem convencê-lo a voltar. O jogador conhece a ilha, não seria prejudicado e poderia jogar. Mas pelos vistos não quer, é pena, mas não posso fazer nada.
"JARDIM É O ÚNICO CAPAZ DE DISCUTIR AS ELEIÇÕES COM SÓCRATES"
Pinto da Costa é um confesso admirador da Madeira, do progresso que registou e não se coíbe de elogiar o trabalho de Alberto João Jardim, que afirma ser o único capaz de liderar o PSD nas eleições legislativas nacionais. O único que pode derrotar José Sócrates. Mas vamos por partes.
DN Madeira : Antecipou a sua vinda à Madeira para festejar a entrada no novo ano. Valeu a pena?
PC: Valeu e muito. Foi um espectáculo extraordinário, deslumbrante. Eu já cá tinha estado por esta altura e adorei. Aliás, gosto imenso desta terra, desta Região, sobretudo porque entusiasma-me o seu progresso e porque aqui tenho muitos amigos.
DN Madeira : Entre os quais Alberto João Jardim, pessoa que lhe merece muito respeito, como já fez questão de o afirmar várias vezes.
PC: Se eu fosse madeirense não teria somente respeito por ele, teria, não digo adoração porque adorar só a Deus mas sim um reconhecimento eterno pela forma como transformou esta terra, que sempre foi bela mas que hoje revela um progresso fantástico. Ainda me lembro de vir do aeroporto até ao Funchal e demorar uma hora e vinte minutos, hoje demoramos vinte minutos. Só quem não tem memória é que não considera Alberto João Jardim um homem fantástico. Aproveito mesmo esta oportunidade para dizer que, se calhar, é a altura do PSD dar um murro na mesa e se quer mesmo lutar para vencer as eleições no próximo ano que deveria pedir emprestado aos madeirenses Alberto João Jardim.
DN Madeira : Mas acredita mesmo que o presidente do Governo Regional da Madeira teria hipóteses?
PC: Se o PSD já está conformado com a derrota nas eleições acho que deve estar quieto mas se quiser ter hipóteses de disputar as eleições contra José Sócrates só tem um líder: Alberto João Jardim.
Eu acredito !
ResponderEliminarEstou com muita fé !
Em primeiro lugar e porque estive ausente, espero que toda a gente tenha tido um fantástico Natal e quero desejar um óptimo 2009 cheio de êxitos pessoais e profissionais e completado por inúmeras vitórias azuis e brancas.
ResponderEliminarEste jogo com o Nacional é fundamental para se verificar o estado da equipa se se aprendeu alguma coisa com o desaire (semi) como Marítimo. É verdade que as viagens à Madeira para defrontar o Nacional até costumam correr bem (o ano passado é a excepção que confirma a regra) mas para isso vai ser preciso correr muito e jogar com qualidade.
Quanto á entrevista do treinador mais uma vez me pergunto que tipo de observações são feitas aos jogadores pois agora diz que na América do Sul não sabem defender mas já contrataram vários defesas de lá e ainda por cima fala como se não conhecesse as suas características. Afinal ele dá o aval ou não?
Sinceramente, acho muito dificil o nosso porto ganhar o jogo de hoje... eu vi o jogo deles contra os rosinhas e eles faziam cada jogada que eu ficava parvo. Não só não adaptam a "técnica do autocarro em frente à baliza" como saem rápido e bem a jogar em contra-ataque! A ver vamos...
ResponderEliminarNa trofa só um milagre pois a mim parece-me que a equipa local é uma das principais equipas candidatas a descer na minha opinião.