A mesma receita de Gelsenkirchen...

assistência: 38.211 espectadores.

árbitros: João Lamares, Ângelo Carneiro e Paulo Nogueira; Pedro Meireles.

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Álvaro Pereira; Belluschi, Fernando e Raul Meireles; Mariano, Hulk e Varela.
Jogaram ainda: Nuno, Maicon, Guarin, Tomás Costa, Benítez e Nuno André Coelho.
Treinador: Jesualdo Ferreira

AS MÓNACO: Ruffier; Adriano Pereira, Mongongu, Puygrenier e Traore; N’Koulou, Pino e Haruna; Mollo, Sagbo e Nené.
Jogaram ainda: Thuram, Modesto, Perez, Gakpe, Bakar, Pokrivac, Mangani, Leko, Sambou e Diaz.
Treinador: Guy Lacombe.

disciplina: cartão amarelo a Nené (14m).

golos: Haruna (30m, auto-golo), Mariano (40m), Guarin (68m).

Mais do que apresentação, a noite foi de clara evocação. Se o nome do adversário tornava fácil a associação a Gelsenkirchen, o desfecho igualou a vitória na final da UEFA Champions League, em Maio de 2004, reacendendo memórias de uma noite inesquecível. No Dragão jogou-se, contudo, para o futuro e o exemplo presente promete brilho renovado. E intenso.

Não foi preciso esperar muito para perceber que os traços fundamentais do Dragão permanecem imutáveis, indiferentes ao registo de alterações. Determinado e rápido, o FC Porto gastou apenas 20 segundos para desenhar o primeiro esboço de golo, que só não foi mais do que um anteprojecto porque Mariano se adiantou no gesto de cabeceamento uma fracção de segundo antes de encontrar a bola.

Refeito do susto e já a salvo do factor surpresa, o Mónaco reorganizou-se, transmitindo a sensação de poder equilibrar a partida, ilusão que o campeão português quebrou ao fim de dez minutos de ensaios. Hulk deu por concluído o «aquecimento» e formulou ameaças sucessivas, muitas delas interrompidas para lá dos limites da legalidade, algumas com a complacência da equipa de arbitragem, o que já não é de todo novidade.

O golo que o poste negara a Belluschi, depois de um disparo cruzado a que o guarda-redes Ruffier jamais chegaria, haveria de ser confirmado alguns minutos depois por Haruna, decidido a evitar que o cruzamento de Álvaro Pereira chegasse a Varela. O médio da equipa monegasca afastava, de facto, o perigo, mas do risco da sua intervenção surgiu a vantagem portista, então já merecida.

E bastou aguardar mais uma dezena de minutos para assistir ao segundo golo dos Dragões. Aos 40, Mariano acertou em cheio nas redes do Mónaco, numa emenda tão simples quanto delicada a cruzamento de Varela, pouco depois de os dois extremos terem trocado momentaneamente de flanco.

Hulk, quase omnipresente, não se cansava de agitar a defesa adversária, entre dribles e arranques, quando Guarin assinou o terceiro e último golo da noite. Na transformação de um livre directo e bem antes de uma quantidade assinalável de lances que prometem ainda mais fulgor.

fonte: fcporto.pt