Num clube avesso a derrotas, mesmo aquelas coleccionadas em jogos de preparação, não foi com surpresa que o embate com os ingleses do Aston Villa, penalizador a nível de resultado e exibição, provocou as primeiras notas de desagrado na blogosfera portista, com epicentro no novo artigo de Miguel Sousa Tavares, profetizando um horizonte repleto de nuvens negras. Confesso que, neste assunto, tenho uma postura terrivelmente pragmática.
Detesto os inícios de temporada. Os jogos sensaborões. As experiências tácticas. O enfadonho dejá-vu. E não lhes dou grande importância…
Por isso, a despreocupação, perante o cenário da eliminação na Peace Cup, foi a atitude que resolvi tomar. O Porto não jogou bem? Não. Pior, aliou erros de palmatória a uma exibição cinzenta, sem chama, paupérrima a nível exibicional. Mas, convenhamos, existem alguns factores atenuantes para justificar a pobreza franciscana visível no relvado espanhol. O cansaço acumulado, num estágio realizado sob temperaturas tórridas, a realização de jogos em dias quase consecutivos e a necessária gestão de jogadores em patamares diferentes de preparação, ajudam a justificar o travo amargo da frustração pela não presença no jogo final da prova.
Numa análise global, por sectores, eis algumas ilações tiradas desta pré-temporada portista:
Baliza – Helton tem, até ver, a titularidade assegurada.
Mantendo a bitola exibicional, o brasileiro continua a demonstrar aptidões para a defesa das redes, pese os lapsos momentâneos que o afectam. Aliando segurança, elasticidade, concentração com alguns disparates incompreensíveis, tem conseguido corresponder à confiança do treinador.
Mas a sombra de Nuno e, sobretudo, de Beto mantê-lo-ão condensado no objectivo primário: a manutenção do posto. Erros como aquele cometido frente ao Lyon, que quase custou o empate é que terão, obrigatoriamente, de desaparecer.
Laterais – Do lado direito, um verdadeiro “case study”. Fucile, internacional uruguaio, parece possuir uma dupla personalidade. Capaz de aliar momentos de enorme concentração competitiva com outros de disparate em estado bruto, tem sido de uma enorme permeabilidade, não efectuando uma pré-temporada consentânea com o valor que se lhe atribui. Para já, face às mazelas físicas de Sapunaru e ao deficit físico de Miguel Lopes, também ele a recuperar de um longo período de paragem, Fucile continuara a constar nos boletins de jogo, com um dos elementos a subir ao relvado. No entanto, exige-se mais. Muito mais.
Na ala esquerda, a sucessão de Cissokho tem-se feito de forma paulatina, sem grandes riscos associados. Alvaro Pereira é um dos jogadores com mais minutos nas pernas, tendo conseguido aliar, para já, as necessárias e profícuas subidas no ataque, com uma maturidade defensiva assinalável. Em termos globais, apenas vê a sua ascensão na equipa chamuscada pelo inevitável encontro frente aos ingleses da cidade de Birmingham, denotando inúmeras dificuldades perante o ritmo frenéticos do seu opositor, um tal de Albrigthon. Com a presença de Fucile, na ala oposta, será o mais que provável titular, ao longo da temporada.
Centrais – O que é nacional é bom. A dupla intransponível da temporada passada continua, de pedra e cal, mantendo a solidez defensiva. Bruno Alves, qual bloco de gelo polar, consegue usar de uma frieza que o coloca, incólume, às noticias diárias quanto ao seu futuro. Neste inicio de época, mostra que o carácter indómito é um factor decisivo na sua personalidade. Foi mesmo perante os súbditos de Sua Majestade que assinou a pior exibição, até à data, permitindo que Heskey, o adversário sob a sua alçada, finalizasse, e contribuindo de forma inadvertida para a sentença da partida, no lance do segundo golo. Com o fiel escudeiro da temporada passada ao seu lado, qual dupla gémea insuperável, mostram de forma contundente que Maicon e Nuno André Coelho terão que aguardar, com uma paciência enorme, a sua oportunidade.
Meio-campo - Belluschi poderá ser um caso sério, neste Porto versão 09/10. Ou, em alternativa, uma enorme dor de cabeça. Pequeno, algo franzino, mas possuindo uma dose industrial de malabarismos, o argentino parece um potro selvagem, indomável. Onde antes imperava a lucidez e argúcia de Lucho, agora existe o nervo e o génio criativo, ao estilo do bom vagabundo. Se El Comandante funcionava como uma espécie de maestro, gerindo temporizações e os tempos de jogo, qual jogador de xadrez, optando quase sempre pelo melhor momento de lançar uma investida, ou de precaver um ataque do opositor, Belluschi confere largura ao ataque, imprevisibilidade às acções ofensivas, capacidade de finalização extra. Pouco dado às tarefas defensivas, rompe claramente com o status quo vigente, concedendo criatividade suplementar ao meio-campo.
Fernando, ainda longe da forma que o notabilizou, continua a apresentar como principal cartão-de-visita uma capacidade hercúlea de trabalho. A perseverança, característica que pelos vistos serve de apresentação ao seu rival, apropriadamente alcunhado de “El Perro”, continua a não ter o devido acompanhamento na certeza do passe, com inúmeros lançamentos a perderem-se nos pés dos adversários. Meireles, parceiro habitual nas lides do meio-campo, continua a demonstrar os atributos que o alcandoraram ao topo do balneário. Voz de comando, presença serena no relvado, capacidade de galvanização, empurrando a equipa para o ataque.
Quanto aos restantes, pouco a assinalar. Prediger é, para já, uma carta fora do baralho, com treino específico que visa recuperar etapas na aproximação aos índices necessários à alta competição. Tomas Costa vem decrescendo, jogo após jogo, na hierarquia dos potenciais titulares, sendo cada vez mais olhado como um mero tarefeiro, usado apenas e só em casos de emergência, não aportando nada de novo à equipa. Guarin continua, neste seu segundo ano de Dragão ao peito, a ser uma incógnita. Podendo ocupar quase todas as posições no meio-campo, o colombiano ora parece totalmente alheado das exigências de uma equipa de alta competição, ou realiza exibições meritórias, numa espécie de namoro com o risco. Não parece ser, no entanto, uma alternativa séria à titularidade.
Ataque - O ataque foi uma nulidade, não fosse a presença imponente de Hulk, o novo abono de família do Porto. Capaz de, sozinho, revolucionar por completo o cariz de qualquer partida, o avançado portista é, sem qualquer surpresa, o elemento decisivo do plantel. 6 golos marcados atestam bem do grau de importância (e dependência) da equipa em relação a este brasileiro. Apto a jogar em qualquer uma das posições do ataque, tem sempre a procura do espaço para a finalização como objectivo prioritário. Poderoso fisicamente, quase sempre travado em falta, perante a habitual complacência arbitral, tornou-se uma mais-valia que faz salivar, por essa Europa fora, os clubes mais endinheirados.
Nota positiva apenas para mais dois jogadores, habitualmente utilizados no esquema táctico predilecto do professor: o 4x3x3, onde os extremos desempenham (ou deveriam, pelo menos) um papel crucial. Varela e Mariano Gonzalez foram capazes, nos largos minutos que utilização, de demonstrar aptidão para as funções, se bem que o reforço vindo da Amadora resolva ligar o “complicador” bastas vezes. A tentativa de individualização dos lances será, por certo, uma das chamadas de atenção de Jesualdo ao seu pupilo. O futebol de Varela quer-se rectilíneo, veloz, procurando a linha de fundo para servir com perfeição o avançado ou, em alternativa, procurando a finalização, como forma de fugir à rigidez dos esquemas tácticos.
Falcao tem uma árdua tarefa pela frente. Será, por muito tempo, comparado a um nome que faz suspirar os adeptos de saudade. Lisandro Lopes. E, pelo que se viu, o colombiano não possui as mesmas características do argentino agora acarinhado em Lyon. Menos móvel, não possuindo a capacidade de trabalho e luta do argentino, Falcao apresenta qualidades distintas, comparativamente próximas de Farías. A seu favor, para já, alguns bons apontamentos, frente ao Lyon, participando activamente em jogadas de perigo. Mas o embate frente aos britânicos provocou uma desagradável sensação de frustração, ao vê-lo perdido em campo, incapaz de desenhar qualquer jogada merecedora de encómios. A rever nos próximos jogos, mas fica a ideia de que poderá não ser o avançado de que o Porto necessita.
Existe ainda alguma curiosidade suplementar quanto ao esquema táctico que Jesualdo optará, para esta temporada. O 4x3x3, vestido a rigor durante a época anterior, ou um 4x2x2, de roupagem nova? Confesso que me agrada mais a segunda opção. Os azuis e brancos tiveram, na temporada passada, o seu momento mais débil no ataque, pela tendência de Rodriguez em explorar os espaços interiores, aliada à ausência de um lateral que conferisse largura e profundidade no corredor lateral esquerdo. A situação, que prejudicou imenso o caudal ofensivo dos Dragões, só foi colmatada com a contratação de Cissokho e com o momento de transição defesa-ataque, onde o Porto fazia claramente a diferença. Mas, aí, existiam Lucho, dono de uma enorme inteligência e Lisandro, capaz de executar os movimentos colectivos com uma velocidade enorme.
Com a ausência destes dois e não se sabendo ainda o que vale Alvaro Pereira, será que não se assistirá de novo à repetição do filme? E tu, qual achas que deveria ser o esquema engendrado pelo treinador, nesta novo ano?
Detesto os inícios de temporada. Os jogos sensaborões. As experiências tácticas. O enfadonho dejá-vu. E não lhes dou grande importância…
Por isso, a despreocupação, perante o cenário da eliminação na Peace Cup, foi a atitude que resolvi tomar. O Porto não jogou bem? Não. Pior, aliou erros de palmatória a uma exibição cinzenta, sem chama, paupérrima a nível exibicional. Mas, convenhamos, existem alguns factores atenuantes para justificar a pobreza franciscana visível no relvado espanhol. O cansaço acumulado, num estágio realizado sob temperaturas tórridas, a realização de jogos em dias quase consecutivos e a necessária gestão de jogadores em patamares diferentes de preparação, ajudam a justificar o travo amargo da frustração pela não presença no jogo final da prova.
Numa análise global, por sectores, eis algumas ilações tiradas desta pré-temporada portista:
Baliza – Helton tem, até ver, a titularidade assegurada.
Mantendo a bitola exibicional, o brasileiro continua a demonstrar aptidões para a defesa das redes, pese os lapsos momentâneos que o afectam. Aliando segurança, elasticidade, concentração com alguns disparates incompreensíveis, tem conseguido corresponder à confiança do treinador.
Mas a sombra de Nuno e, sobretudo, de Beto mantê-lo-ão condensado no objectivo primário: a manutenção do posto. Erros como aquele cometido frente ao Lyon, que quase custou o empate é que terão, obrigatoriamente, de desaparecer.
Laterais – Do lado direito, um verdadeiro “case study”. Fucile, internacional uruguaio, parece possuir uma dupla personalidade. Capaz de aliar momentos de enorme concentração competitiva com outros de disparate em estado bruto, tem sido de uma enorme permeabilidade, não efectuando uma pré-temporada consentânea com o valor que se lhe atribui. Para já, face às mazelas físicas de Sapunaru e ao deficit físico de Miguel Lopes, também ele a recuperar de um longo período de paragem, Fucile continuara a constar nos boletins de jogo, com um dos elementos a subir ao relvado. No entanto, exige-se mais. Muito mais.
Na ala esquerda, a sucessão de Cissokho tem-se feito de forma paulatina, sem grandes riscos associados. Alvaro Pereira é um dos jogadores com mais minutos nas pernas, tendo conseguido aliar, para já, as necessárias e profícuas subidas no ataque, com uma maturidade defensiva assinalável. Em termos globais, apenas vê a sua ascensão na equipa chamuscada pelo inevitável encontro frente aos ingleses da cidade de Birmingham, denotando inúmeras dificuldades perante o ritmo frenéticos do seu opositor, um tal de Albrigthon. Com a presença de Fucile, na ala oposta, será o mais que provável titular, ao longo da temporada.
Centrais – O que é nacional é bom. A dupla intransponível da temporada passada continua, de pedra e cal, mantendo a solidez defensiva. Bruno Alves, qual bloco de gelo polar, consegue usar de uma frieza que o coloca, incólume, às noticias diárias quanto ao seu futuro. Neste inicio de época, mostra que o carácter indómito é um factor decisivo na sua personalidade. Foi mesmo perante os súbditos de Sua Majestade que assinou a pior exibição, até à data, permitindo que Heskey, o adversário sob a sua alçada, finalizasse, e contribuindo de forma inadvertida para a sentença da partida, no lance do segundo golo. Com o fiel escudeiro da temporada passada ao seu lado, qual dupla gémea insuperável, mostram de forma contundente que Maicon e Nuno André Coelho terão que aguardar, com uma paciência enorme, a sua oportunidade.
Meio-campo - Belluschi poderá ser um caso sério, neste Porto versão 09/10. Ou, em alternativa, uma enorme dor de cabeça. Pequeno, algo franzino, mas possuindo uma dose industrial de malabarismos, o argentino parece um potro selvagem, indomável. Onde antes imperava a lucidez e argúcia de Lucho, agora existe o nervo e o génio criativo, ao estilo do bom vagabundo. Se El Comandante funcionava como uma espécie de maestro, gerindo temporizações e os tempos de jogo, qual jogador de xadrez, optando quase sempre pelo melhor momento de lançar uma investida, ou de precaver um ataque do opositor, Belluschi confere largura ao ataque, imprevisibilidade às acções ofensivas, capacidade de finalização extra. Pouco dado às tarefas defensivas, rompe claramente com o status quo vigente, concedendo criatividade suplementar ao meio-campo.
Fernando, ainda longe da forma que o notabilizou, continua a apresentar como principal cartão-de-visita uma capacidade hercúlea de trabalho. A perseverança, característica que pelos vistos serve de apresentação ao seu rival, apropriadamente alcunhado de “El Perro”, continua a não ter o devido acompanhamento na certeza do passe, com inúmeros lançamentos a perderem-se nos pés dos adversários. Meireles, parceiro habitual nas lides do meio-campo, continua a demonstrar os atributos que o alcandoraram ao topo do balneário. Voz de comando, presença serena no relvado, capacidade de galvanização, empurrando a equipa para o ataque.
Quanto aos restantes, pouco a assinalar. Prediger é, para já, uma carta fora do baralho, com treino específico que visa recuperar etapas na aproximação aos índices necessários à alta competição. Tomas Costa vem decrescendo, jogo após jogo, na hierarquia dos potenciais titulares, sendo cada vez mais olhado como um mero tarefeiro, usado apenas e só em casos de emergência, não aportando nada de novo à equipa. Guarin continua, neste seu segundo ano de Dragão ao peito, a ser uma incógnita. Podendo ocupar quase todas as posições no meio-campo, o colombiano ora parece totalmente alheado das exigências de uma equipa de alta competição, ou realiza exibições meritórias, numa espécie de namoro com o risco. Não parece ser, no entanto, uma alternativa séria à titularidade.
Ataque - O ataque foi uma nulidade, não fosse a presença imponente de Hulk, o novo abono de família do Porto. Capaz de, sozinho, revolucionar por completo o cariz de qualquer partida, o avançado portista é, sem qualquer surpresa, o elemento decisivo do plantel. 6 golos marcados atestam bem do grau de importância (e dependência) da equipa em relação a este brasileiro. Apto a jogar em qualquer uma das posições do ataque, tem sempre a procura do espaço para a finalização como objectivo prioritário. Poderoso fisicamente, quase sempre travado em falta, perante a habitual complacência arbitral, tornou-se uma mais-valia que faz salivar, por essa Europa fora, os clubes mais endinheirados.
Nota positiva apenas para mais dois jogadores, habitualmente utilizados no esquema táctico predilecto do professor: o 4x3x3, onde os extremos desempenham (ou deveriam, pelo menos) um papel crucial. Varela e Mariano Gonzalez foram capazes, nos largos minutos que utilização, de demonstrar aptidão para as funções, se bem que o reforço vindo da Amadora resolva ligar o “complicador” bastas vezes. A tentativa de individualização dos lances será, por certo, uma das chamadas de atenção de Jesualdo ao seu pupilo. O futebol de Varela quer-se rectilíneo, veloz, procurando a linha de fundo para servir com perfeição o avançado ou, em alternativa, procurando a finalização, como forma de fugir à rigidez dos esquemas tácticos.
Falcao tem uma árdua tarefa pela frente. Será, por muito tempo, comparado a um nome que faz suspirar os adeptos de saudade. Lisandro Lopes. E, pelo que se viu, o colombiano não possui as mesmas características do argentino agora acarinhado em Lyon. Menos móvel, não possuindo a capacidade de trabalho e luta do argentino, Falcao apresenta qualidades distintas, comparativamente próximas de Farías. A seu favor, para já, alguns bons apontamentos, frente ao Lyon, participando activamente em jogadas de perigo. Mas o embate frente aos britânicos provocou uma desagradável sensação de frustração, ao vê-lo perdido em campo, incapaz de desenhar qualquer jogada merecedora de encómios. A rever nos próximos jogos, mas fica a ideia de que poderá não ser o avançado de que o Porto necessita.
Existe ainda alguma curiosidade suplementar quanto ao esquema táctico que Jesualdo optará, para esta temporada. O 4x3x3, vestido a rigor durante a época anterior, ou um 4x2x2, de roupagem nova? Confesso que me agrada mais a segunda opção. Os azuis e brancos tiveram, na temporada passada, o seu momento mais débil no ataque, pela tendência de Rodriguez em explorar os espaços interiores, aliada à ausência de um lateral que conferisse largura e profundidade no corredor lateral esquerdo. A situação, que prejudicou imenso o caudal ofensivo dos Dragões, só foi colmatada com a contratação de Cissokho e com o momento de transição defesa-ataque, onde o Porto fazia claramente a diferença. Mas, aí, existiam Lucho, dono de uma enorme inteligência e Lisandro, capaz de executar os movimentos colectivos com uma velocidade enorme.
Com a ausência destes dois e não se sabendo ainda o que vale Alvaro Pereira, será que não se assistirá de novo à repetição do filme? E tu, qual achas que deveria ser o esquema engendrado pelo treinador, nesta novo ano?
Parabéns Paulo, que grande post! Uma excelente análise ao plantel neste momento, depois de terminado os jogos amigáveis e a três dias do primeiro jogo oficial, onde está em jogo uma taça.
ResponderEliminarComeçando pela baliza, penso também que será Helton. Não digo categoricamente, pois Nuno, mas principalmente Beto, têm capacidades para o fazer aplicar-se sempre ao seu melhor nível. Não pode dar calafrios durante os jogos, como nós sabemos muito bem que ele é capaz de fazer! Estou como o Jesualdo, temos os três melhores guarda-redes no plantel!!
Laterais, Fucile à direita. Apesar de nem sempre jogar bem, para mim é um jogador que, à partida, dá garantias. Já conhece o clube, e será ele sem dúvida. Do lado esquerdo, Álvaro está a adaptar-se bem, e será ele a ocupar a posição na maioria das vezes. Um jogador muito bom.
Centrais, o grande Bruno e o Rolando. E temos dois suplentes com grande futuro!
Meio-campo, 7 jogadores, penso que se tivermos a sorte d'eles se entrosarem bem, mesmo com a saida do Lucho, puderemos vir a ter um meio-campo mais poderoso! à prtida, Fernado, Meireles, e Bellushi no onze base, mas vamos ver como se saem por exemplo Prediger e Valeri. Guarín não jogou mal esta pré-tempoarada, na minha opinião.
Ataque, poderá ser o único sector onde ainda pode haver uma entrada. Lado esquerdo, Cebola e Varela (aprovado), do lado direito Hulk e Mariano. No meio, Fárias e Falcao (Orlando Sá só volta em Outubro ou Novembro). Não via com maus olhos a entrada de mais um jogador, pelo que se fala, alto, e com presença na área, um bom cabeceador... isto desde que não fosse um tiro no escuro de preferência!
TETRAbraço
Concordo com a análise, mas acho que falta alguém para a frente, para substituir o Lisandro, alguém que possa jogar em 4x4x2 com o Hulk. Não me parece que o Falcao, mais para 4x3x3, possa ser esse jogador.
ResponderEliminarSobre o que diz o M.Sousa Tavares, não é para levar a sério. Na época passada disse que era a pior equipa dos últimos 10 anos e se a deste ano, ainda é pior, como ele diz, já estamos feitos ao bife...até porque o Benfica já é campeão e o Sporting com a vaca holandesa, não vaõ dar hipóteses.
Um abraço
Excelente análise em total sintonia com a minha opinião. Só 2 notas: Acho q o Miguel Lopes vai ter uma palavra a dizer na ala direita e é absolutamente necessário contratar um avançado de características diferentes da dupla FF.
ResponderEliminarRaio X, ECG e ressonancia magnética ao clube, tirada ao milímitro. Bom post Paulo. Respondendo à tua questão, e como já disse anteriormente num comentário, para mim o melhor esquema para estes FCP e para estes jogadores, claramente o 4-4-2.
ResponderEliminarNão temos extremos que centrem nem pa Farías nem para Falcao, que até me provarem contrário são quase gémeos. Prova disso é que andamos à procura de um avançado, ainda nesta altura do "campeonato", segundo rezam os jornalecos do nosso país. Nem sempre falam a verdade, mas nunca há fumo sem fogo...
Dizer também que temos para já um bom onze base, mas em suplentes, para este, estamos desfalcados e pouco conhecemos do real valor dos recente contratados/emprestados.
As pré-épocas valem o que valem, mas se escolhemos um torneio desta categoria, e de tão acessível que ficou, era para trazer os 2M no saco e nao apenas 500mil. Porque desvalorizamos coisas como as pre-epocas e coisas assim?! se os outros as trazem e também já marcam a diferença, mesmo no incio, porque não pedir e exigir o mesmo!
Mas apesar de tudo, confio nos homens e na máquina FCP, que consegue, quase sempre a tempo, dar a volta à situação. E nisto marcamos e primamos pela diferença.
Abraço
Eu pessoalmente gostaria de ver um Porto mais dominador ao contrário do modelo actual assente nas transições rápidas.
ResponderEliminarO Paulo, como jogador da casa, é "vítima" das novas contratações.
ResponderEliminarUm abraço
também eu fico intrigado com as intermitências do Fucile, não dá para perceber!
ResponderEliminarDe resto Álvaro Pereira tem estampa e parece uma mais valia; o Falcao vai ter dificuldades típicas de adaptação, mais que visto; o Bruno espero que fique e mantenha a concentração; o Hulk tem sido sem dúvida um Super-herói; o Varela tem tudo para lá chegar (mas espero que não desalinhe a direcção como aconteceu com o Alan); o Belluschi não "quadra" com o nosso 4X3X3 habitual mas tem toque de bola; o Marino tem comido relva e tem sido uma boa surpresa.
A questão será: adaptar a táctica à equipa ou a equipa à táctica? Alinho pela 2ª hipótese, Jesualdo não é homem de grandes mudanças, penso eu de que!
Saudações
Caro Paulo Pereira:
ResponderEliminarApesar de já nos termos encontrado duas vezes - no 3º aniversário do nosso blog e em Aveiro, quando do Porto-Leixões - nunca tivemos oportunidade de trocar impressões sobre as nossas visões do futebol.
No entanto, eu tenho acompanhado os seus apontamentos a régua e esquadro.
Sou um amante da Língua Portuguesa, que me recuso a tratar mal, e com a qual me delicio, quando bem tratada.
Ora, deliciar-me é o que tenho vindo a fazer com os magníficos nacos de prosa com que amiúde nos presenteia.
O Paulo escreve irrepreensivelmente, do ponto de vista formal e, do ponto de vista material, quase sempre com razão.
Foi o que aconteceu com a presente crónica - evito, por exemplo, dizer "post" - que, para além de muito bem escrita, faz uma análise impecável a cada jogador e a cada sector da nossa equipa.
Quanto a tácticas, aprecio muito o 4x3x3, com alas rápidos a correr muito à frente da equipa, a ir à bandeirola, a virar-se para trás e, apanhando a sua quipa ainda a correr para a grande área, poderem endereçar a bola para o ponta de lança, ou para o centro-campista mais rápido e descoberto que dali encontrarem.
Mas reconheço que, actualmente, o Porto tem jogadores mais vocacionados para o 4x4x2 do que para o 4x3x3x.
Receba o meu reconhecimento e um abraço.