20 agosto, 2009

A tradição na capital do móvel

Primeira jornada da nova Liga Sagres, época 2009/2010, mas velhos costumes persistem. Dedico esta introdução para falar do já habitual excessivo preço que temos de pagar para assistirmos ao vivo a um jogo do nosso clube, na Mata Real. Uma curta deslocação, que depois de muitos verem o que vão desembolsar, acredito que pensem duas vezes.

O FC Porto requisitou 1150 bilhetes para os seus adeptos. 900 para o topo norte a 20 euros cada, 200 para a lateral a 25 euros cada e 50 para a central a 30 euros cada!! Olhando para este preçário, a indignação é notória.

Infelizmente já é um hábito cada vez que se joga em casa do Paços de Ferreira. Principalmente nos jogos contra os três grandes. É abusar ao máximo das pessoas que gostam de acompanhar o seu clube amado, explorando-as naquilo que conseguem. Depois, claro, quem comete estes actos, afirma que está no seu pleno direito e que isto é apenas uma forma legítima de ganhar dinheiro. Tudo bem. Mas será correcto que um simples adepto que queira ver o seu clube neste estádio, na condição de visitante, tenha de pagar no mínimo 20 euros? Num mísero estádio, bastante pequeno e com poucas condições?! Merecemos um quarto desse preço! E depois temos o Sr. da Liga a argumentar contra a falta de público nos estádios em Portugal. Não estará na altura de se fazer uma tabulação de preços, de forma a estipular o mínimo e o máximo permitido? Penso que, enquanto cada clube puder definir como bem entender, nunca vamos deixar de ter destes exageros.

Este tema do preço dos bilhetes é um dos mais lembrados quando se fala em adeptos, nomeadamente em claques. Infelizmente não é só na Mata Real que esta “inflação” se sucede, mas pondero chamar a atenção sobre o assunto, sempre que se proporcionar. É para mim, tal como disse, um abuso àqueles que fazem gosto em marcar presença. E mais, nós adeptos, é que temos de contrariar esta onda. O ano passado o Colectivo levou uma tarja, como forma de protesto, que dizia: “Os vinte euros do bilhete incluem algum tipo de mobília?”

Contra qualquer preço de bilhetes, a nossa equipa contou em peso com portistas no estádio, no passado Domingo ao final da tarde. A hora do encontro ajudou. Uma bela moldura humana atrás da baliza para onde o Porto atacou na primeira parte.

Antes do início do jogo, os ultras da casa, “Yellow Boys”, apresentaram uma “tifo”, onde se lia “Ultras Paços”. Do nosso lado, o maior destaque foi mesmo o número de presenças.

No próximo Domingo, regresso a casa, mais de um mês depois da apresentação aos sócios. Primeiro jogo no Dragão. As nossas claques não podem ter boas prestações fora de casa, se não tiverem primeiro dentro de portas.

Espero que, ao longo deste ano, no que toca a jogar no nosso belo palco das emoções, tanto a curva norte (Colectivo), como a curva sul (Super Dragões), estejam sempre ao lado dos nossos campeões durante os 90 minutos, marquem presenças constantes e em bom número independentemente de contra quem for, nunca se deixem influenciar, seja qual for o resultado do marcador e acima disso, que criem ambientes de intimidação e de medo ao adversário, no sentido positivo. Aqui no Dragão ninguém vai passar!!

11 comentários:

  1. Realmente...esses preços não dão com nada...
    São esses malditos preços que me afastam do Dragão...para quem não é sócio,é complicado :s

    Anyway,faço meu o desejo do Tripeiro,que o Colectivo e os Super(com ajuda do restante público de preferência) nunca se cansem no apoio à equipa.
    É lindo ver aquelas bandeiras enormes ao sabor do vento,as vozes gritando e cantando bem alto,as palmas!Sobe-me logo a adrenalina,imagino aos jogadores.

    E ninguém cala
    Este nosso amor
    E é por isso que eu vou cantar
    só por ti Pooortoooo!!!
    la la la la....

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  2. Para além dos preços dos bilhetes, horários e dias dos jogos, também são questões que os adeptos deviam reflectir e marcar posição, obrigando os clubes a mudarem, se não quiserem estádios vazios.


    Um abraço e força Tripeiro.

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  3. Caros Amigos PORTISTAS:
    Mais uma vez cá estou eu. Completamente de acordo com a indignação pelo preço dos bilhetes nas nossas deslocações fora do maravilhoso DRAGÃO. E ainda se queixam da falta de publico nos jogos das equipas ditas pequenas. É que como no Paços essa gente ao colocar os preços nessa ordem de grandeza com a crise que por cá se instalou a malta não tem dinheiro e forçosamente terá de fazer contas á vida antes de ir ao futebol. Por outro lado essas equipas como são de menor dimensão tambem nunca conseguem que os seus adeptos por si só componham o estadio ( os casos mais gritantes serão os de Aveiro e Leiria), essa condição agravada com o tipo de jogo destrutivo que praticam nunca jogando para ganhar em confronto directo mas sim e apenas para destruir o jogo do adeversario e daí tirar algum proveito, tornando em consequencia o jogo feio quezilento e entediante, fazem com que o espectaculo seja pouco atrativo e desmotive as pessoas de assistirem. Portanto os mentecaptos dirigentes do nosso futebol dveriam ter olhos para isto de modo a que ao não permitirem tais situações fossem criadas condições de espectaculo atrativo cativante de publico e com isoo gerador de receitas. Todos tinham de certeza a ganhar. Mas essa gentinha interessa-se é com as tricas e intrigas de apitos e afins ( caso do ultimo castigo ao Hulk e do castigo o ano passado ao Lisandro) são demonstrativos da tacanhez destes dirigentes. Mas isso é outra conversa. De registar que li que em Italia se pondera que os adeptos dos clubes visitantes não possam entrar nos estadios onde a a equipa vá jogar nessa condição. Se a moda pega então os estadios dos clubes pequenos ficarão mesmo vazios.
    A ver vamos. Para já o que interssa é que no proximo jogo no DRAGÃO os adeptos compareçam em peso para apoiar a NOSSA EQUIPA, para com ela festejarmos mais uma vitoria. Isso sim é realmente importante.
    FORÇA PORTO UNIDOS VENCEREMOS
    276mqj

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  4. Caro "Anónimo":

    É exactamente como afirma. Os adeptos dos três grandes são os mais visados pelos clubes pequenos, pois são os que movem mais gente. Se falarmos então dum jogo sem um "grande", até mete dó. Principalmente nesses estádios que referiu. Leiria chega a ter menos de um milhar de adeptos num jogo!! Este último fim-de-semana no primeiro jogo do campeonato, contra o Rio Ave, viu-se isso. Mesmo depois de subir de divisão, as bancadas continuam na mesma.

    Nós, os apaixonados e os interessados é que temos de mudar! Infelizmente esta história dos bilhetes acontece em mais alguns estádios, mas dei o exemplo da Mata Real, pois tendo em conta as condições do terreno creio que é o mais exagerado nesse aspecto. E a história repete-se ano após ano!

    Por falar nessa nova regra que vai entrar em vigor em Itália... li a notícia segunda-feira n' O JOGO. Aqui está ela:

    "Ver jogos fora de casa só com cartão de adepto

    A partir de 1 de Janeiro, em Itália, cada adepto de futebol só poderá ver a sua equipa jogar fora de casa se tiver um cartão de adepto. A novidade foi anunciada ontem pelo ministro do Interior, Roberto Maroni, e visa facilitar o policiamento dos jogos e a localização de desordeiros. Esta é mais uma medida anti-hooliganismo, a juntar a outras como a proibição de a equipa visitante levar adeptos, em jogos de alto risco."

    O que acham disto?

    TETRAbraço

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  5. Superior p'ra bola20 agosto, 2009

    Artigo 59.º - Preços dos Bilhetes
    1. Em todos os jogos da Liga Sagres e da Liga Vitalis é obrigatória a emissão de bilhetes para venda destinados a público.
    2. Os preços dos bilhetes para público serão fixados pelos Clubes visitados, ou como tal considerados, enquanto entidades organizadoras, em obediência aos seguintes critérios:
    a) A partir da época desportiva de 2007/2008, na LIGA SAGRES o preço mínimo dos bilhetes será de € 5 (cinco euros) e o preço máximo de € 65 (sessenta e cinco euros), e na Liga Vitalis o preço mínimo será de € 2 (dois euros) e o preço máximo de € 20,00 (vinte euros), com salvaguarda do regime dos bilhetes de cartão jovem;
    b) Obrigatoriamente por jogo terão de ser definidos um mínimo de três sectores com preços diferenciados, tendo estes como limite máximo de preço, respectivamente, 1/3, 2/3 e 3/3 do valor máximo estabelecido para a correspondente competição;
    c) Nenhum dos sectores definidos em vista à marcação do preço dos bilhetes, poderá corresponder a mais de 50% dos lugares disponíveis no estádio e destinados a público;
    d) Salvo se vierem a ser definidos mais de três sectores com preços diferenciados, nenhum destes poderá corresponder a menos de 20% dos lugares disponíveis no estádio e destinados a público.

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  6. Tripeiro,

    Ora aí está um tema muito importante que ninguém quer discutir no futebol português.

    Os preços em Portugal são um verdadeiro "roubo"! Se uma família de 4 pessoas quisesse ir a Paços de Ferreira, o mínimo que teria de desembolsar era 80 euros... Inacreditável!

    Ou alguém faz alguma coisa, ou qualquer dia temos os estádios cheios de ar e vento.

    Abraço!

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  7. já se encontram disponíveis as imagens das agressões aos jogadores do Marítimo

    http://oantilampiao.blogspot.com/

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  8. O número de sócios dos clubes 2009

    O número de sócios de um clube de futebol reflecte necessariamente a sua dimensão e o seu potencial em gerar receitas. No entanto o associativismo não é praticado em todos os países, nem por todos os clubes. Em certos países apenas alguns clubes têm sócios e noutros é considerado sócio do clube o adepto que compra o seu lugar anual no estádio. Portugal é culturalmente um país onde o associativismo está enraizado, segundo dados da Marktest de 2006 cerca de 1,3 milhões de pessoas são sócios de um clube desportivo.

    O número real e efectivo de associados de clubes depende naturalmente das actualizações. Ainda assim será difícil explicar a um adepto britânico qual a razão que leva o adepto Português a pagar uma cota mensal para ver o seu clube na televisão. Em Inglaterra um adepto sofre para conseguir comprar um lugar anual no sempre lotado estádio do seu clube, no entanto, sendo Portugal um dos países do mundo com maior número de associados, apenas consegue preencher 60% da capacidade dos seus estádios através da venda de lugares anuais, isto falando apenas de Benfica, Porto, Sporting.

    Em termos financeiros seria importante os clubes Portugueses redefinir o termo “sócio do clube” como o adepto que tem as suas cotas em dia e possuí um lugar anual/cativo no estádio, beneficiando aí sim, de todas as vantagens que o clube tem para oferecer.

    Número de Sócios dos Clubes 2009
    MUNDIAL
    1. SL Benfica Portugal 171.000
    2. FC Barcelona Espanha 163.000
    3. Manchester United Inglaterra 151.000
    4. Bayern Munique Alemanha 146.000
    5. FC Porto Portugal 115.000
    6. Internacional PA Brasil 100.000
    7. Sporting CP Portugal 96.000
    8. Real Madrid Espanha 92.000
    9. River Plate Argentina 82.000
    10. Schalke 04 Alemanha 72.000

    PORTUGAL
    1. SL Benfica 171.000
    2. FC Porto 115.000
    3. Sporting CP 96.000
    4. V.Guimarães 30.000
    5. Académica 21.000
    6. Sp.Braga 20.000
    7. V.Setúbal 19.000
    8. Belenenses 18.000
    9. Boavista 17.000
    10. Marítimo 10.000


    Notas:(1) O nº de associados é aproximado e dependente de novas actualizações. (2) O nº de associados incluí todos os adeptos registados como sócios independentemente de terem a sua situação regularizada. (3) Dados dos clubes Brasileiros: fonte “Clube dos 13″.

    Ao contrário de Portugal, o associativismo no Brasil só foi implementado em 2003. Desde então os programas de marketing “sócio-torcedor” têm vindo a generalizar-se, sensibilizando os adeptos para a importância de se associarem aos seus clubes e beneficiar de uma série de vantagens, como por exemplo a redução no preço dos bilhetes dos jogos. Hoje os número total de sócios de clubes Brasileiros já atinge os 380 mil e com uma enorme margem de expansão.

    O maior caso de sucesso em termos de associativismo na América é o do Internacional de Porto Alegre, que conseguiu atingir os 100 mil sócios, permitindo ao clube atingir a 6ª posição mundial em termos de número de associados onde o Benfica e Barcelona lideram.

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  9. Completamente de acordo, Tripeiro. O FC POrto mesmo assim conseguiu lotar o estádio da Mata Real, mas não deixa de ser verdade que os preços são um perfeito disparate. Mas os clubes (o nosso incluído) estão preocupados com isso? Infelizmente, acho q não.

    abraço e até domingo.

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  10. off topic

    excelente JORGE MAIA (ojogo)

    Sinais de nervosismo
    Uma jornada foi o suficiente para desfazer todas as considerações sobre a eficácia dos sistemas tácticos, a relevância dos treinadores ou a importância dos jogadores que preencheram o defeso e para devolver o protagonismo aos verdadeiros decisores: os árbitros. De tal forma que já há quem faça contas aos pontos que uns têm a mais e outros a menos por causa dos apitos que se ouviram ou que ficaram por se ouvir. Claro que cada um faz a soma que entende. Há os que somam os penáltis que deviam ser repetidos até entrarem aos penáltis que terão ficado por marcar, mas subtraem as cotoveladas e as entradas a pés juntos que deviam ter dado expulsões. Curiosamente são os mesmo que, mudando os protagonistas, deixam de ver os penáltis para se concentrarem nos foras-de-jogo mal assinalados no final da partida, sem se preocuparem com lances idênticos na primeira parte. Para alguns clubes, já se percebeu, esta é uma época de tudo ou nada, e a primeira jornada esteve mais perto de nada, o que explica os sinais de um evidente nervosismo perante a urgência de garantir o retorno dos investimentos de risco realizados.

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  11. É de aplaudir todos aqueles adeptos que se deslocam para ver o FC Porto com esses preços escandalosos!

    Keep the good work Tripeiro!

    Saudações

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