SOMOS (QUASE) TODOS PORTO

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1. À hora que este post será publicado, já terá finalmente terminado o período passível de transferências... uffa, que isto era quase ininterrupto até ao Natal. Estive até ao final da tarde para elaborar este texto, precisamente na expectativa de perceber o que aconteceria, e até agora, nada...
Significa isto portanto que alguns amuados devem em princípio ficar connosco. Amuados esses que protagonizaram nos últimos dias algumas cenas lamentáveis e que não me esquecerei ao longo da época.
Palito teve um comportamento nada dignificante no Mónaco, mostrando uma “tromba” de dimensões consideráveis, tanto dentro do estádio como no aeroporto. Pareceu contrariado e sem vontade para ali estar. Os dias seguintes mostraram o seu empresário em declarações constantes, algumas delas a roçar o ridículo, como que a querer forçar o nosso clube a vender ao desbarato.
Guarin ainda fez pior, e dentro de campo mostrou o seu despudor e total displicência. Ninguém falha de propósito, mas quando a atitude competitiva e concentração não são as melhores, a propensão ao erro aumenta exponencialmente. Foi o que aconteceu ao colombiano que pareceu sempre desligado do jogo, acumulando erros, tendo apenas um remate que mostrou um ar da sua graça. Maus jogos acontecem a todos, mas se houvessem dúvidas sobre a predisposição para o jogo deste individuo, bastou ver a sua entrada ao minuto 89 e consequente sprint até ao balneário após o cartão mostrado.
Estes dois já não são Porto, disso não tenho dúvidas. De qualquer forma, e mais do que nunca, obviamente só temos que os deixar sair se as clausulas foram liquidadas. Ponto!

2. As vitórias morais são do tempo da outra senhora. No futebol há ganhar ou perder títulos, e é deles que se faz o palmarés de um clube. Não me agradam portanto discursos positivos depois das derrotas, mesmo que essa seja contra a melhor equipa do Mundo.
No entanto, é óbvio que perder de forma honrada, com claro prejuízo na arbitragem, com golos oferecidos, com oportunidades criadas, é totalmente diferente de ser goleado e humilhado como tem acontecido a muito boa gente.
Tivemos uma atitude correcta, abnegada, determinada e de bons profissionais, onde destaco Christian Rodriguez, que já me tinha constado que tinha vindo a treinar muito bem. Isto é ser Porto, é usar e traduzir em campo os valores do FC Porto.
Temos que levantar a cabeça, aprender com os erros, mas não pensarmos que o jogo do Mónaco foi um bom sinal para o resto da época. E isto porque apenas numa percentagem muito diminuta das partidas que vamos disputar é que daremos a iniciativa de jogo ao adversário, assumindo a sua natural superioridade e favoritismo. Na maior parte dos jogos, teremos que assumir as despesas do jogo, procurar o resultado e ter a iniciativa, ou seja, precisamente o oposto daquilo que ocorreu na passada sexta-feira.
Assim sendo, vamos esquecer esse embate e vamos partir já para ganhar em Leiria.

3. Por falar em Leiria, alguém já explicou a data caricata da realização do jogo, com inúmeros jogadores ausentes ao serviço das selecções? Quem são os responsáveis? Quem propôs esta data e em que circunstâncias o acordo foi selado? Não teria a nossa estrutura que dar o seu parecer positivo? E será que o fez?
Estas são as questões que deixo ficar, pois honestamente não tenho respostas para elas.
Assim sendo não vou tecer grandes considerações sobre a situação, pois como não conheço os culpados, poderia ser injusto.
No entanto ficarei alerta a esta aberração, pois julgo que é de tal forma grave que não a podemos deixar passar em claro e sem saber objectivamente a quem se ficou a dever esta pérola.

4. Kléber é neste momento um dos dois pontas de lança que temos no nosso plantel a par de Walter. Á hora que escrevo não concretizamos a aquisição de outro jogador, situação que muito me preocupa, e neste particular não nos podemos queixar de falta de tempo de reacção, pois a saída de Falcao já se verificou há vários dias.
Mas sobre Kléber gostava de dizer o seguinte: tenho lido muitas críticas ao brasileiro contratado ao Marítimo, situação com a qual discordo. Considero-o um jovem com enorme potencial, boa capacidade técnica, bem dotado fisicamente, mas que naturalmente não estava preparado para “ser lançado às feras” nesta altura. O natural seria que ele fosse 2ª opção, entrando a substituir o titular, jogando mais tempo na taça de Portugal e taça da liga, e desta forma evoluindo e ganhando experiência.
Perante isto, julgo que devemos ser pacientes com ele, percebendo o timing em que está a ser utilizado, e não “queimando” tão rapidamente um atleta que tem tudo para dentro em breve ser uma referência do nosso clube.

CARREGA PORTO!!!!