23 novembro, 2011

Capítulo 5: 1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte X)

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FCPorto – Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto


Capítulo 5: 1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte X)

Época 1948-1949

HISTORIAL Ciclismo – Esta modalidade teve no FC Porto o início da actividade desportiva em 1945 e suspensão em 1984. Mas já em 1927 uma equipa do FC Porto havia participado na 1.ª Volta a Portugal em bicicleta tendo o portista Nunes de Abreu obtido o 2.º lugar numa prova ganha por António Augusto de Carvalho, do Carcavelos.
Em 1945 constituiu-se a secção de Ciclismo que muitos triunfos havia de dar ao Clube e que faria vibrar de euforia os adeptos espalhados por essas estradas fora. João Rodrigues, zeloso dirigente, formou uma equipa em que, no ano de 1946, ingressaram Fernando Moreira, Onofre Tavares, Fernando Moreira de Sá e Dias dos Santos. Um fabuloso grupo de ciclistas!
O ciclismo foi uma das modalidades que mais prestigiou o clube sendo, ainda hoje, muito querido entre os adeptos portistas. Em 1948 Fernando Moreira venceu a 1.ª Volta a Portugal para o FC Porto e, em 1982, Marco Chagas ganhou a 12.ª e última.
No ano de 1984, tendo o ciclismo em Portugal voltado ao pleno profissionalismo, o FC Porto, em desacordo com a decisão, extinguiu a modalidade.

A equipa do FC Porto que em 1948 venceu individual e colectivamente a Volta a Portugal em bicicleta.
Da esquerda para a direita: Fernando Moreira, Moreira de Sá, Dias dos Santos, Aniceto Bruno, Joaquim Costa, Joaquim Sá, Amândio Cardoso, Grausse e Berrendero.

1.ª vitória na Volta a Portugal em bicicleta
Fernando Moreira, ciclista do FC Porto, ganhou com brilhantismo a XIII Volta a Portugal, em 1948. O clube azul-e-branco também venceu a classificação colectiva. Milhares e milhares de pessoas acompanharam a prova e, nas bermas da estrada ou no contra-relógio em pista (no estádio do Lima, por exemplo), vibravam com os seus ídolos e apoiavam o pelotão com a mesma euforia com que o faziam no futebol. No Norte, o público maioritariamente portista gritava “Porto, Porto, Porto” e, quando a vitória sorria às suas cores, atingia-se um clima de verdadeira euforia.
Em 1982, Marco Chagas, em representação do FC Porto, ganhou a sua primeira Volta a Portugal e a última para o clube portista.
O FC Porto ganhou, individualmente, por 12 vezes a mais importante prova velocipédica nacional. Também venceu, pelo mesmo número de vezes, a classificação por equipas.
Na "clássica" Porto – Lisboa, representantes do FC Porto conquistaram a vitória em 14 edições da prova.
A foto: Dragões – Fernando Moreira (1948) e Dias dos Santos (1949 e 1950), vencedores de três edições consecutivas da Volta a Portugal, os primeiros triunfos do FC Porto na prova.

Fernando Moreira – Fernando Jorge Moreira, filho de agricultores, nasceu nas margens do Rio Ferreira, em Sobrado, Valongo.
• Ingressou no FC Porto em 1946 e afirmou-se como um dos maiores ciclistas de sempre do Clube. Fernando Moreira venceu a XIII Volta a Portugal em bicicleta que se disputou em 1948. Foi o primeiro ciclista a fazê-lo com a camisola azul-e-branca.
• Alguém disse que, num tempo de despotismo exacerbado, Moreira ganhou a Volta e “correu contra tudo e contra todos – imprensa fascista, pides, legionários e fanfarrões de Lisboa”. No final da prova, da varanda dos Paços do Concelho da Invicta Cidade, Fernando Moreira declarou: "Limpámos o sarampo à gajada de Lisboa", sendo ovacionado por mais de uma centena de milhar de portuenses e portistas na Avenida dos Aliados.
• O FC Porto, que tinha uma grande equipa, também ganhou a classificação colectiva. Moreira de Sá, Dias dos Santos, Aniceto Bruno, Joaquim Costa, Joaquim Sá, Amândio Cardoso, Grausse, Berrendero e, claro, o lendário Fernando Moreira, foram os magníficos triunfadores.
• Em 1949, Fernando Moreira triunfou no Porto-Lisboa, a corrida clássica mais longa do mundo. Também ganhou algumas provas fora de portas, nomeadamente no Brasil e no norte de África.
• Fernando Moreira foi extraordinariamente famoso em todo o país e um ídolo dos adeptos portistas. Muitas gerações depois, o seu nome era recordado por aficionados do ciclismo e seguidores do FC Porto.

Dias dos Santos - António Dias dos Santos (n. Fânzeres, 23 Jun.1922 – m. S. Paulo, Brasil, 13 Jun.1986), iniciou a carreira de ciclista no Sporting enquanto, em Lisboa, prestava o serviço militar na Marinha. Acabado este regressou a Fânzeres e, em 1946, ingressou no FC Porto que formava uma grande equipa.
• Sagrou-se vencedor da Volta a Portugal em bicicleta em dois anos consecutivos: 1949 e 1950. Foi o único ciclista que ao serviço do FC Porto venceu mais que uma Volta. Sucedeu ao colega de equipa Fernando Moreira que triunfou na competição em 1948. Concretizou-se, assim, o primeiro “Tri” do FC Porto na prova rainha do ciclismo português.
• Depois de marcar uma época, Dias dos Santos, convidado para correr em competições e para orientar equipas brasileiras, emigrou para o “país irmão” do outro lado do Atlântico. Ali terminou a sua carreira de ciclista, retomando a profissão de joalheiro, mas mantendo-se como treinador. Em S. Paulo, onde tinha aberto uma oficina de bicicletas, faleceu a 10 dias de perfazer 64 anos de idade.
• Em homenagem póstuma, a Junta de Freguesia de Fânzeres, sua terra natal, baptizou a rua onde viveu de Rua Ciclista Dias dos Santos e colocou uma placa na casa com a indicação “Aqui viveu o ciclista Dias dos Santos”.
[Dias dos Santos - Fontes: “Paixão pelo Porto” e “História do Ciclismo em Portugal”, CTT 2001]

Marco Chagas - Marco António Martins Chagas (n. Pontével, Cartaxo, 19 Nov.1956), movido por uma “grande paixão pelas bicicletas”, começou a pedalar como amador na Casa do Povo de Pontével, em 1972. Dois anos mais tarde envereda pela vertente semi-profissional, vestindo a camisola do Sporting Clube de Portugal, tendo-se sagrado Campeão de Portugal logo na época de 1974-75.
• Depois, ao longo da sua brilhante carreira, representou o Costa do Sol, Águias-Clock, Lousa Trinaranjus, Puch-Sem-Campagnolo, F C Porto-UBP (1981 e 1982), Mako Jeans, Sporting Raposeira, Louletano Vale do Lobo e Orima. Foi ao serviço do “Costa do Sol” que participou pela primeira vez na Volta a Portugal, ganhando três etapas e obtido o 6.º lugar final.
• É o ciclista com mais vitórias na Volta a Portugal (dados de Fev.2011). Triunfou na competição nos anos de 1982 (FC Porto), 1983 (Mako Jeans), 1985 e 1986 (Sporting). Venceu 22 etapas.
Para além das vitórias na Volta a Portugal, foi Campeão Nacional de Perseguição (1977), Equipas (1982 e 1983), Individual-Elites (1985) e venceu o Porto-Lisboa (1983), o Grande Prémio do Minho (1983 e 1986), a Volta à Madeira (1983) e os circuitos da Malveira (1985), Cartaxo (1985) e Marinha Grande (1990).
Ganhou também a Volta à África do Sul e a Volta da Independência do Brasil. Ao serviço da Puck-Sem-Campagnolo e do Sporting Raposeira, tendo como colega de equipa o consagrado Joaquim Agostinho, participou no “Tour de France” 1980 (41.º) e 1984 (77.º).
• Marco Chagas decidiu abandonar as corridas em 1990, com 33 anos. Foi director desportivo de algumas equipas profissionais, passando depois a comentador de ciclismo na televisão.
Na foto – Da equipa de 1981: Fernando Fernandes (envergando a camisola de Campeão Nacional), António Fernandes e Marco Chagas.

Ciclismo – Palmarés do FC Porto

Volta a Portugal
• Classificação Individual: 12
Fernando Moreira (1948); Dias dos Santos (1949 e 1950); Moreira de Sá (1952); Carlos Carvalho (1959); Sousa Cardoso (1960); Mário Silva (1961); José Pacheco (1962); Joaquim Leão (1964); Joaquim Sousa Santos (1979); Manuel Zeferino (1981); Marco Chagas (1982).
• Classificação Colectiva: 12
1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1960, 1964, 1969, 1979, 1980 e 1981.

"Clássica" Porto – Lisboa
• Classificação Individual: 14
Fernando Moreira (1949); Amândio Cardoso (1951); Luciano Moreira de Sá (1952 e 1953); Sousa Santos (1957); Carlos Carvalho (1958); Mário Sá (1959); Azevedo Maia (1961); José Pacheco (1965); Joaquim Leão (1966); Joaquim Leite (1970); José Amaro (1981); Alexandre Ruas (1982 e 1984).

● O FC Porto é o clube com mais títulos de vencedor da maior prova do ciclismo português, a Volta a Portugal (24 Títulos - 12 vitórias individuais, 12 vitórias por equipas).
● O FC Porto conseguiu um feito inédito na história da Volta a Portugal. Em 1949, os cinco primeiros classificados defendiam as cores azuis-e-brancas (António Dias dos Santos, Attíllio Lambertini, Joaquim Sá, Fernando Moreira de Sá e Fernando Jorge Moreira), conquistando ainda o primeiro lugar por equipas.
● Em quatro anos consecutivos (1959 a 1962) ciclistas do clube das Antas conquistaram o 1.º lugar da classificação individual, sendo o único “Tetra” de uma equipa na história da Volta (dados de Fev.2011).
● O FC Porto contou com o maior vencedor da história da Volta a Portugal, Marco Chagas (4 triunfos em 3 equipas diferentes).

Por ser homónimo…
Quem gosta do FC Porto, quem o ama, exerce a paixão no estádio, na pista, no pavilhão, no ringue, na piscina, na estrada, à frente da televisão…
O ciclismo foi, de facto, uma das modalidades que mais adeptos conquistou para o Clube desde o lendário Fernando Moreira. E a que mais adeptos arrastava para vitoriarem as camisolas azuis-e-brancas. Era uma loucura! Ainda me lembro das bermas das estradas pejadas de gente, em Trás-os-Montes, no fim da década de 50 e durante a de 60. Ainda me lembro das surtidas que, com o meu Pai, fazia ao Marão e à Torre para ver os ciclistas (os do Porto…). Ainda me lembro da competição nocturna na pista das Antas e das chegadas em etapa.
Momento inesquecível é, aquando da minha primeira ida a Lisboa, a chegada ao Estádio de Alvalade na última etapa da Volta de 1962: José Pacheco entrou na pista com outro ciclista, isolados, e eis que eu, um garoto de 10 anos, desatei aos saltos, aos gritos, e mais gritei e saltei quando o ciclista do FC Porto cortou a meta em primeiro lugar! A alegria que José Pacheco me deu com a vitória naquela etapa, foi tão grande como a que me proporcionou por ter sido o vencedor da Volta a Portugal. Inesquecível! Naquela bancada do antigo Estádio de Alvalade, eu também fui… vedeta, tal a euforia que chamou a atenção de toda a gente. E nos olhos do meu saudoso Pai vi lágrimas de alegria e orgulho.
Sobre o meu homónimo Fernando Moreira (o Campeão), para se fazer uma ideia do prestígio e da áurea que cobria o ídolo portista, basta dizer que, ainda nos anos 80, havia pessoas que ao saberem do meu nome perguntavam gracejando: “Não é o Fernando Moreira da Volta a Portugal, pois não?” Que vaidade sentia! Estava em causa um nome GRANDE do FC Porto!
Fernando Moreira – V. Real

História – Foi na Inglaterra, em meados do século XIX, quando o aperfeiçoamento da bicicleta possibilitou o alcance de maiores velocidades, que o ciclismo se iniciou como desporto. A primeira corrida documentada data de 31 Mai.1868, no Parque de Saint-Cloud, Paris, com uma extensão de 1.200 metros. Foi vencida pelo inglês Dr. James Moore que utilizou uma bicicleta com pneus maciços de borracha.
O ciclismo enquadra-se em quatro categorias: provas em estrada, provas em pista, provas de montanha (“mountain bike”) e BMX. Os ciclistas utilizam diversos tipos e modelos de bicicleta.
A Volta à França, a mais prestigiada competição por etapas, disputa-se anualmente desde 1903 e só não se realizou durante as 1.ª e 2.ª Guerras Mundiais. A Volta a Portugal teve o seu início em 1927 e é uma das competições de ciclismo mais antigas do mundo.
Para além das categorias desportivas, há ainda o cicloturismo praticado por amadores como acção lúdica e física. O ciclismo é uma actividade rítmica, ideal para desenvolvimento dos sistemas aeróbico e anaeróbico, dependendo do tipo de treino aplicado. Desenvolve o sistema cardiovascular, sendo ainda indicado como óptimo exercício para queima de gordura corporal e aumento da força muscular das pernas. Contudo, a decisão de praticar ciclismo deve ser acompanhada de uma série de cuidados, com o objectivo de preservar a saúde e aproveitar ao máximo os resultados que podem ser obtidos.
Em alguns países, como a Holanda, são oferecidas óptimas condições para esta actividade física ou para uso da bicicleta como meio de transporte. Ciclovias, porte em autocarros adaptados, estacionamento próprio, são prerrogativas de que gozam as bicicletas e seus utilizadores.
  • No próximo post.: Capítulo 5, 1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte XI) – Escritura de aquisição dos terrenos das Antas; Scopelli, novo treinador; Campeonato Nacional 1948-49; Taça de Portugal; biografia de Alejandro Scopelli; a estreia de Virgílio Mendes com a “camisola das quinas”; FC Porto vence Áustria de Viena; Dr. Miguel Pereira, presidente; jornal "O Porto".


Este post é uma homenagem ao meu saudoso Pai desaparecido há pouco mais de um ano. A ele devo a paixão pelo FC Porto e por todas as modalidades onde destaco o atletismo e o ciclismo que é o tema aqui exposto. E foi às costas do meu Pai que assisti, no Topo Norte, ao primeiro jogo no Estádio das Antas, um FC Porto 1 – Académica 0. Atleta nato, adorava o desporto que praticou e ensinou até quando pôde. Homem de carácter, afável e simpático, usava a inteligência e a cultura acima da média com intuitos nobres e altruístas. A ele devo muito do pouco de bom que tenho. Que saudades, meu querido Pai. Descansa em paz.

9 comentários:

  1. Este post é uma homenagem ao meu saudoso Pai desaparecido há pouco mais de um ano. A ele devo a paixão pelo FC Porto e por todas as modalidades onde destaco o atletismo e o ciclismo que é o tema aqui exposto. E foi às costas do meu Pai que assisti, no Topo Norte, ao primeiro jogo no Estádio das Antas, um FC Porto 1 – Académica 0.

    Atleta nato, adorava o desporto que praticou e ensinou até quando pôde. Homem de carácter, afável e simpático, usava a inteligência e a cultura acima da média com intuitos nobres e altruístas. A ele devo muito do pouco de bom que tenho. Que saudades, meu querido Pai. Descansa em paz.

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  2. como é já tradição dos posts da autoria do nosso historiador, mais um post cheio de história, de recordações, de memórias de outros tempos, onde já naquele tempo, também aqueles "amadores" eram PORTO... e quanto PORTO eram, em comparação com os de hoje, que são uns PORTO... 100% profissionais!!

    obrigado por estas memórias do nosso ciclismo, admito, uma modalidade que nunca me despertou quase nenhuma atenção, mas onde, sei-o porque já o li ene vezes, o FCPorto foi uma referência, o clube e os homens que vestiram a nossa camisola a pedalar em cima de uma bicicleta.

    que esta força de contar o nosso "passado", que todos queremos sempre bem "presente" no nosso dia-a-dia de vivência clubistica, nunca se esfume, nunca se apague, nunca baixe os níveis de excelência a que já nos habituaste.

    Amigo, bem hajas por toda esta tua paixão!!!

    ps - bonita e sentida homenagem ao teu falecido Pai!!!

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  3. Desta vez a História do F. C. Porto, aqui, aborda o ciclismo que tanto entusiasmo me despertou nos meus primeiros tempos de Portismo. O ciclismo era efectivamente uma das modalidades mais populares e no tempo em que o futebol não ganhava quase nada no seio azul e branco, foi o ciclismo que captou a maioria dos adeptos Portistas, sendo os homens das camisolas azuis e brancas nas corridas de bicicletas que passavam à maioria das terras e quase à porta das casas de cada qual...
    Com isto ia-me perdendo e alongando. Mas chega por hoje, com meu apreço também à homenagem muito sentida.
    Abraço.

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  4. "Momento inesquecível é, aquando da minha primeira ida a Lisboa, a chegada ao Estádio de Alvalade na última etapa da Volta de 1962: José Pacheco entrou na pista com outro ciclista, isolados, e eis que eu, um garoto de 10 anos, desatei aos saltos, aos gritos, e mais gritei e saltei quando o ciclista do FC Porto cortou a meta em primeiro lugar! A alegria que José Pacheco me deu com a vitória naquela etapa, foi tão grande como a que me proporcionou por ter sido o vencedor da Volta a Portugal. Inesquecível! Naquela bancada do antigo Estádio de Alvalade, eu também fui… vedeta, tal a euforia que chamou a atenção de toda a gente. E nos olhos do meu saudoso Pai vi lágrimas de alegria e orgulho."

    Este parágrafo diz muito do Homem e do Portista que és.

    Continua o teu rumo sempre com motivação acrescida por toda esta mais valia que proporcionas aos Portistas de todo o Mundo.

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  5. Que grande post, ainda com 3 anos de vida fui com os meus Pais almoçar ao Pompeu para apanharmos a caravana em Águeda onde ia passar o FC Porto.

    Por incrivel que pareça ainda consegui ver os ciclistas do FC Porto em cima da bicicleta mesmo antes desta secção ser extinta e ao que parece tantos anos depois de vez.

    Vivia perto de uma terra que era famosa pelos seus Ciclistas (S. João de Ver) aliás passando pelo centro da freguesia consegue-se ver a rotunda do ciclista nomes como Manuel dos Santos, Sousa Santos, Sousa Cardoso, Mário Sá e Joaquim Pinto.

    Somos o clube que mais títulos tem na modalidade apesar do tempo em que não participamos em qualquer prova, para mim é algo do outro mundo.

    Gostei do relato do amigo Moreira a contar aquelas coisas que ficam na memória para sempre como uma ida com o pai ver o clube e os idolos. Bonita homenagem. :)

    Aqui em casa também havia o bichinho do ciclismo e com o Porto fora da competição foi mais uma coisa que morreu, infelizmente diria eu.

    Mesmo assim posso dizer que vi, nem que seja pela ultima vez, Marco Chagas com a camisola do FC Porto ao vivo a cores numa passagem bem rápida uma das modalidades Raínhas da altura.

    Como os tempos mudam.

    Moreira um grande abraço, hoje fez-me lembrar coisas muito boas.

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  6. Fui sempre um grande apaixonado pelo ciclismo, primeiro do F.C.Porto e assisti a muitas etapas na berma da estrada. Também assisti e essa ficou para a memória, a um final de etapa no Estádio das Antas, um contra-relógio, ganho, acho que pelo Cosme de Oliveira, que viria a conquistar a amarela e 5 portistas nos primeiros 10 da etapa. Azar, essa volta foi ganha por um holandês, Houbrestch - não sei se é assim que se escreve. Mais tarde, já s em o F.C.P. e com as histórias sucessivas de doping, fui perdendo interesse...

    Uma bela página para quem gosta de ciclismo, sem dúvida.

    Abraço

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  7. Em primeiro lugar: bonita homenagem ao meu querido Avô, co-responsável por eu ser Portista. Obrigado, Pai.

    Com que então puseste a bancada de Alvalade em polvorosa?! Imagino-te (como te conheço…) aos saltos e a festejar! Os “calimeros” não ficaram aborrecidos?

    Beijos.
    BIBÓ PORTO

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  8. Eu não tenho grande paixão pelo ciclismo, mas depois de ler mais este pedaço da nossa história, fiquei deliciada, já tinha ouvido que fomos fortes nesta modalidade, mas o Fernando Moreira deixou-me aqui com pena e uma pontinha de inveja por não ter vivido todas estas emoções que ele aqui descreveu...

    Fernando Moreira, aonde quer que o Sr. teu Pai esteja, estará com muito orgulho do filho...;)


    BIBÓ PORTO

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