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A Coimbra faltaram muitas caras. Não vi o António, o Joaquim, o Manel nem o Francisco. Não estiveram lá por causa do mau tempo e a chuva até meteu folga naquele dia depois de uma semana em que não nos deixou em paz. Também não foi, certamente, pelo facto de o jogo ter calhado a um sábado de Páscoa num fim-de-semana prolongado. E atrevo-me a dizer que nem foi por causa preço dos bilhetes apesar de tão exorbitante quanto ridículo. Nada disso explica por que razão tanta gente não esteve lá.
Se tivéssemos ganho em Alvalade, se não tivéssemos empatado na Madeira, se estivéssemos em primeiro, eles estavam lá de certeza. Mas como a maré anda baixa, como os tempos não correm de feição, preferiram ficar em casa, sentados no sofá a ver o jogo em frente à televisão, a ouvir as bacoradas dos “comentadeiros” da SportTV, a insultar o árbitro, a rogar pragas ao treinador, a lamentar-se com os quase 18 milhões pagos por um jogador que chega cá a dizer que gosta é de jogar a médio, mas que foi contratado para jogar a lateral direito. Ou a lamentar-se com os penáltis falhados pelo Jackson que, afinal, nem é assim tão bom, apesar da catrefada de golos que já marcou e das vitórias que nos deu.
O António, o Joaquim, o Manel e o Francisco estiveram em Sevilha, em Gelsenkirchen e em Dublin e até foram ao Mónaco. Viram no Dragão os soberbos 5-0 e foram ao galinheiro quando há dois anos e três dias apagámos a luz naquele dia de felicidade suprema. Este ano, foram aos jogos todos no Dragão, não falharam nenhum, mas quando as coisas começaram a dar para o torto, cruzaram os braços, puseram-se n’alheta e fizeram daquelas promessas tristes e estúpidas de não ir à bola mais única vez esta época. Porque o Vítor Pereira não percebe nada de futebol e tem é que ir embora no final da época. Porque a equipa não joga nada. Porque o Danilo veio para aqui já com a cabeça e os bolsos noutro lado. Porque o James depois da lesão parece que desaprendeu de jogar, porque o Varela se eclipsou, porque a contratação do Liedson foi um fiasco. E porque este ano está-se mesmo a ver que o campeonato é para os mouros.
O António, o Joaquim, o Manel e o Francisco não sabem o que é dedicação, devoção, não sabem o que é paixão. Não sabem que o Porto é muito mais do que aqueles que vestem as nossas cores. São adeptos do Domingos, do Jardel, do Deco, do Hulk, do Falcao, do Lucho, do Moutinho ou do Jackson. São adeptos da equipa, não são adeptos do clube. Não são os verdadeiros. É esta a merda - perdoem-me o termo - da mentalidade dominante em Portugal, seja neste ou noutro clube qualquer. Para muitos, ser adepto de um clube é quando a equipa ganha e, no fim da época, se faz a festa e se vem para a rua dizer que somos os maiores.
Hoje, a fé até pode nem ser muita, mas depois do que vi no ano passado aprendi, de vez, a acreditar que nada é impossível até o ser de facto. E é por isso que lá para meados Maio, ainda espero voltar a ver o António, o Joaquim, o Manel e o Francisco. É sinal de que há festa, é sinal de que somos campeões.
Se tivéssemos ganho em Alvalade, se não tivéssemos empatado na Madeira, se estivéssemos em primeiro, eles estavam lá de certeza. Mas como a maré anda baixa, como os tempos não correm de feição, preferiram ficar em casa, sentados no sofá a ver o jogo em frente à televisão, a ouvir as bacoradas dos “comentadeiros” da SportTV, a insultar o árbitro, a rogar pragas ao treinador, a lamentar-se com os quase 18 milhões pagos por um jogador que chega cá a dizer que gosta é de jogar a médio, mas que foi contratado para jogar a lateral direito. Ou a lamentar-se com os penáltis falhados pelo Jackson que, afinal, nem é assim tão bom, apesar da catrefada de golos que já marcou e das vitórias que nos deu.
O António, o Joaquim, o Manel e o Francisco estiveram em Sevilha, em Gelsenkirchen e em Dublin e até foram ao Mónaco. Viram no Dragão os soberbos 5-0 e foram ao galinheiro quando há dois anos e três dias apagámos a luz naquele dia de felicidade suprema. Este ano, foram aos jogos todos no Dragão, não falharam nenhum, mas quando as coisas começaram a dar para o torto, cruzaram os braços, puseram-se n’alheta e fizeram daquelas promessas tristes e estúpidas de não ir à bola mais única vez esta época. Porque o Vítor Pereira não percebe nada de futebol e tem é que ir embora no final da época. Porque a equipa não joga nada. Porque o Danilo veio para aqui já com a cabeça e os bolsos noutro lado. Porque o James depois da lesão parece que desaprendeu de jogar, porque o Varela se eclipsou, porque a contratação do Liedson foi um fiasco. E porque este ano está-se mesmo a ver que o campeonato é para os mouros.
O António, o Joaquim, o Manel e o Francisco não sabem o que é dedicação, devoção, não sabem o que é paixão. Não sabem que o Porto é muito mais do que aqueles que vestem as nossas cores. São adeptos do Domingos, do Jardel, do Deco, do Hulk, do Falcao, do Lucho, do Moutinho ou do Jackson. São adeptos da equipa, não são adeptos do clube. Não são os verdadeiros. É esta a merda - perdoem-me o termo - da mentalidade dominante em Portugal, seja neste ou noutro clube qualquer. Para muitos, ser adepto de um clube é quando a equipa ganha e, no fim da época, se faz a festa e se vem para a rua dizer que somos os maiores.
Hoje, a fé até pode nem ser muita, mas depois do que vi no ano passado aprendi, de vez, a acreditar que nada é impossível até o ser de facto. E é por isso que lá para meados Maio, ainda espero voltar a ver o António, o Joaquim, o Manel e o Francisco. É sinal de que há festa, é sinal de que somos campeões.
Pois, nas vitórias nunca faltam os Joaquins, Maneis, Franciscos, Marias e Joaquinas. O mesmo acontece quando o churrasco e a pinga são por conta do ZéRoto que "ganhou na loteria"...
ResponderEliminarMas, que raio! Também não é fácil apostar num cavalo que anda sucessivamente a tropeçar em qualquer monte de estrume que aparece na pista...
Segunda-feira, se verá...
Remígio Costa.
Oh Farpas, e tu ficas admirado?
ResponderEliminarPara não puxar dos galões, apenas digo: manda foder essa tropa, e quando te telefonarem muito preocupados a pedir um bilhetinho porque são muito portistas, volta a mandá-los foder!
Um abraço
Farpas faço minhas as palavras do Norte.
ResponderEliminarUm grande abraço.