13 março, 2009

O Fogo do Dragão

Quarta-feira, o Estádio do Dragão engalanou-se para assistir a mais uma grande noite europeia do FC Porto. O empate não traduziu a superioridade portista sobre o Atlético Madrid, tal como já acontecera na capital espanhola, mas foi o bastante para se alcançar a qualificação para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, cinco temporadas depois da última vez. O FC Porto volta a estar entre as oito equipas mais poderosas da Europa, demonstrando ser um clube de elite e afirmando-se cada vez mais como o único clube português capaz de competir com as principais potências internacionais. Basta ver que é a única equipa presente que não pertence aos quatro principais campeonatos europeus. Nem a França lá conseguiu colocar uma equipa. Nem sequer a Itália!

Enquanto este país de gente mesquinha, invejosa e acéfala tenta denegrir a imagem e o bom nome do Futebol Clube do Porto, com jogadas baixas de bastidores de uma falta de carácter absolutamente imunda, a resposta é dada, como quase sempre, dentro do campo, com qualidade futebolística e resultados que não mentem. Será que esta gentalha não deixa de ser burra e não percebe que quanto mais nos tentarem derrubar, mais força nos estarão a transmitir? Quanto mais tentarem sujar a nossa grandiosa história, mais nós uniremos esforços na busca de triunfos? Quanto mais campanhas orquestrarem contra nós, mais vontade teremos de vencer e vencer e vencer?

Sentiu-se o fogo do Dragão a queimar durante aquele jogo. Sentiu-se uma fúria de vencer inesgotável, uma união à volta da equipa que nem sempre existe. Os portistas perceberam que aquele desafio era muito, muito importante. Não significava apenas a luta pela passagem aos 'quartos' da Champions, frente a uma formação de espanhóis arrogantes e com a mania da superioridade. Vivemos tempos muito difíceis. Os ataques surgem de todos os quadrantes, desde a imprensa centralista, algo que vem sendo habitual ao longo destes anos, ao Presidente da UEFA, homem que devia revelar mais responsabilidade e pensar duas vezes antes de proferir imbecilidades. Atingir uma performance tão meritória na Champions é uma grande bofetada de luva branca em todos os que tentam arrastar o nome do FC Porto pela lama.

Quando o jogo terminou senti uma felicidade que não trocava por nada. E exteriorizei-a! São estes resultados europeus que dão estatuto e prestígio a um clube. Nada se compara aos êxitos que se conseguem numa competição com este envolvimento e com esta exposição mediática. Depois de termos estado tão perto nas duas edições anteriores, desta vez conseguimos ultrapassar mesmo a barreira dos oitavos-de-final. Foi feita justiça, ela que, por vezes, pode tardar mas não falha.

Convém que não nos esqueçamos do significado que tem estar entre os oito melhores do Velho Continente. Bem sei que nós somos dos adeptos mais exigentes do mundo, mas tenho bem presente as diferenças que há, a todos os níveis, entre as grandes ligas e a nossa. Não há nenhum clube que não pertença às grandes potências que tenha um desempenho tão constante como o FC Porto. Isto deve querer dizer alguma coisa. Atendendo à realidade portuguesa, muito tem feito o FC Porto pelo futebol nacional. Portugal acaba de cair para um preocupante décimo lugar no ranking da UEFA, atrás de países como a Rússia, a Holanda, a Roménia e a Ucrânia. A culpa não é decerto do FC Porto. Enquanto outros clubes envergonham o futebol tuga além-fronteiras, o FC Porto é dos únicos que tentam lavar a face e repôr alguma honra. Mesmo assim, há palhaços que, em vez de nos agradecerem por ainda terem vagas nas provas europeias - especialmente na Liga dos Campeões -, entretêm-se a menosprezar aquilo que vamos alcançando.

A maturidade dos jogadores azuis e brancos durante os 180 minutos de confronto com o Atlético foi fantástica. Muita classe, muita frieza, muito controlo emocional denotou esta equipa. Aqui, é impossível não falar de Jesualdo Ferreira como o grande obreiro deste comportamento colectivo. O técnico portista, tantas vezes subestimado nas suas enormíssimas competências, conhece como ninguém as potencialidades da equipa que concebeu e a forma como as pode maximizar em cada momento. Por outro lado, notou-se que estudou a equipa 'colchonera' ao pormenor. Em Madrid, deu ordem para atacar e procurar ganhar e, dadas as inúmeras ocasiões de golo desperdiçadas, só por milagre se verificou uma igualdade. Na quarta-feira, foi mais calculista, mais matreiro, aquela atitude que muitos teimam em apelidar de medo, falta de ambição e cobardia. Percebeu claramente que o ataque era o ponto mais forte do adversário e que, em virtude do 'score' favorável, não era inteligente balancear-se em demasia no ataque. Havia que especular, chamar o adversário, convidá-lo a subir no terreno e a abrir brechas nas suas costas. Mas Abel Resino veio com medo das transições atacantes rápidas dos portistas e especulou também, ao contrário do que havia dito antes do jogo. Resolveu povoar mais o sector intermediário, deixando Forlán no banco e apresentando-se em 4-2-3-1. Jesualdo terá pensado: "O tempo não corre a nosso favor? Então eles que façam alguma coisa". Foi assim durante toda a primeira parte. E a verdade é que quando Resino viu o tempo a começar a esgotar-se e decidiu arriscar mais, o FC Porto acedeu ao convite e tornou-se progressivamente mais ameaçador, controlando o jogo mais longe da área de Helton e não chegando à vantagem por culpa do azar e de Léo Franco. Quando o Atlético deixou de especular e jogou tudo, o FC Porto jogou ainda mais e mostrou que é mais forte, não tendo chegado à vitória por mero acaso.

A isto chama-se maturidade competitiva. Saber o que se está a fazer no relvado, o que se pretende atingir e o meio para lá chegar. Conhecer-se a si próprio e ao adversário e adoptar comportamentos adequados que possibilitem superiorizar-se. Jesualdo Ferreira pode ter defeitos, como todos os treinadores, mas no plano estratégico e táctico não recebe lições de muita gente. Não percebo como se chegou a falar por aí em Paulo Bento para seu substituto na próxima época, um treinador que sofre 12-1 do Bayern Munique, que entra para a Champions a fazer gestão de plantel e revela uma incapacidade gritante ao nível psicológico dos seus pupilos. Enfim, como é uma ideia patética, também não deve ser para eu perceber...

A partir daqui tudo é possível. Sabendo que há equipas mais fortes que outras, qualquer uma pode ganhar, ir à final, chegar às meias-finais ou ficar pelo caminho. E talvez ninguém prevesse que pudéssemos estar nesta situação, numa temporada em que o plantel sofreu uma remodelação significativa e em que atravessámos momentos de extrema adversidade. Lançando já um breve olhar sobre o sorteio a realizar de hoje a oito dias, posso dizer que gostava que nos calhasse o Bayern Munique. Por duas razões: primeiro, porque temos umas contas a ajustar desde aquela eliminação inglória com o dedo do árbitro Hugh Dallas (nunca me esquecerei deste miserável a arranjar uma falta perto da nossa área e a tentar apressar a sua marcação antes que o tempo se esgotasse) em 1999-2000; segundo, dado que certamente os bávaros pensariam em facilidades por o FC Porto ser do mesmo país do Sporting e talvez pudessem ter um dissabor dos grandes. Dos outros possíveis adversários, gostava de evitar Manchester United, Barcelona e Liverpool.

Saia quem sair, não há dúvida que podemos perder com qualquer deles, mas estou igualmente convicto que somos equipa para ombrear com qualquer um. Assim esta equipa chegue a essa altura na plenitude das suas faculdades e a sorte esteja do seu lado. Por agora, há que nos congratularmos pela temporada que o FC Porto vem realizando e continuar a apoiar como fizémos na quarta-feira. Importantes batalhas se aproximam e ainda temos muitos sapos vivos para administrar nos idiotas da praxe.

14 comentários:

  1. Bom texto.

    Esta equipa não é perfeita, tem carências. mas acho que o trabalho de Jesualdo é notável, na mesma época esteve á beira do inferno e do céu.

    Foi gozado e humilhado pela comunicação social, enquanto agora até lhe dedicam editoriais...

    Eu sou adepto de Jesualdo, não apoio tudo aquilo que faz, mas acho que chegar onde ele chegou com esta equipa é um facto notável e neste momento acho que seria talvez positivo renovar com ele, dado que não há treinador em Portugal como ele. Jesus não têm estofo, Paulo bento nem comento...

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  2. Bruno,

    Subscrevo na íntegra, toda a globalidade dos teus escritos... mais tarde, bem secundados pelos do Jack Black.

    Ainda ontem corria uma expressão que tem o seu quê de pura verdade... não pedi, nem quero qualquer tipo de solidariedade (falsa) que venha dos «outros»... quem está de parabéns por esta passagem aos quartos-de-final da CL é o FC Porto e unicamente o FC Porto; este Portugal, futebolisticamente, não nos merece nem um pouco, por isso digo e repito que dispenso qualquer tipo de solidariedade que venha d'outros quadrantes que não os de azul-e-branco e Dragão ao peito.

    Já quanto a uma suposta renovação do contrato com o Prof. Jesualdo Ferreira, não direi que concorde com ela a 100%, porque estaria a mentir, mas, atendendo às mais diversas circunstâncias, não posso deixar de pactuar e apoiar esta situação caso ela se venha de facto a confirmar... o Prof. Jesualdo Ferreira, talvez, mais do que ninguém, mereceria este prémio de (nova) renovação do contrato. Mas, quanto a este aspecto, ainda é cedo, mto cedo para se definirem cenários. Aguardemos, tranquilamente.

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  3. Quanto à renovação de Jesualdo Ferreira, e à parte da campanha vergonhosa da nossa (?!!) comunicação social, eu sou a favor da mesma, já o disse e volto a repeir, que em Portugal não há melhor do que ele.
    Carvalhal e Jesus andam acima da média dos restantes. Este último está muito bem no Braga e por mim cá continua.

    Hohe, até para o adepto mais exigente é fácil estarmos todos a favor da continuidade de Jesualdo. E quando houver um deslize ? Daqueles mesmo por culpa dele, da sua meticulosidade táctica ? Como vai ser? Vamos cair todos em cima ? Ou vamos recordar o jogo de quarta feira ?
    Complicado, não é ?

    Admito ver o futebol de outra forma...
    Para mim, quem veste a nossa camisola e a honra (como Jesualdo já o fez por diversas vezes) é para sempre*. Por esse mesmo motivo, detestei (é verdade) a monumental assobiadela ao Paulo Assunção :(

    *metafóricamente falando...

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  4. Heliantia,

    "Quem semeia ventos, colhe tempestades"... concerteza que já ouviste este provérbio popular, certo?

    Ahhh, pelos vistos, ainda bem que candidamente a tua tv não conseguiu traduzir em legendas tudo aquilo que acompanhou a(s) tal(is) assobiadela(s) monumental(is)... ainda bem, digo seu!

    Foi respeitado e aplaudido de pé, repito, de pé (!!!), quem fez por merecer o nosso carinho e agradecimento por tudo aquilo que nos deu... por acaso, leste os vários comentários do próprio que sairam na imprensa no antes/pós jogo de Madrid e no antes/pós jogo do Dragão?

    Agora, compara com o que o esse rato d'esgoto do pesetero disse no antes/pós jogo de Madrid... e no antes/pós jogo do Dragão.

    Chegaste a alguma conclusão?

    Misturar isso com termos que bajular só porque jogou de azul-e-branco, vai uma diferença muito grande.

    E tu, nós, todos bem sabemos que somos um clube diferente de todos os outros nesse aspecto... a nossa memória não é curta, nem tão pouco selectiva.

    Agora, sermos gozados, espicaçados e provocados, desculpa lá... vou ali e já venho.

    Se tivesse escolhido sair d'outra forma... ou se nos tivesse respeitado nos comentários prá imprensa, talvez, talvez, tivesse tido uma recepção diferente, mais próxima do desprezo do que da vaia e do insulto, quase que até nós nos esquecendo da forma como saiu... agora, não bastando isso, ainda se colocou a jeito na imprensa pra provocar, só teve o que mereceu.

    Deixa lá o pesetero, pq pró ano, há mais...
    ele que se vá #@&%# ;D

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  5. «Importantes batalhas se aproximam e ainda temos muitos sapos vivos para administrar nos idiotas da praxe.»

    Boa, boa, Bruno! :-DDDDDD

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  6. O Porto vive num país demasiado pequeno para a sua grandeza, num país de gente invejosa e que, por ser incompetente, não suporta a excelência e não é capaz de aprender com ela. Então o caminho é mal-dizer. Somos o único clube que puxa pelo país, agora também o Braga o faz, e mesmo assim continuam a atacar-nos em vez de nos glorificarem. Imagino se fosse o Benfica ou o Sporting a ter carreiras destas, a festa que não se faria nessa comunicação social.

    Quanto ao tema Jesualdo, não sou da opinião que ele deva renovar. Obviamente que não quero o Paulo Bento, mas acho que chegou a hora de mudar. Reconheço mérito a Jesualdo, ele sabe de futebol e é sério e trabalhador, mas penso que um ciclo se vai fechar e outro se abrirá.

    Mas antes disso ainda há, como disse o Bruno Pinto, que fazer a corja de ridículos engolir sapos bem grandes. O título nacional é a prioridade.

    Para o sorteio, gostava que calhasse o Villarreal, sobretudo. Ou então o Arsenal, com esses é que temos umas contas a ajustar...

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  7. em relação ao Paulinho (fp) ele só mereceu o tratamento que teve... ao contrario esteve o Maniche, foi humilde nas declarações... eu gostava mais do Paulo que do maniche como jogadores mas depois das declarações acho que não restam duvidas...

    já passaram muitos grandes nomes pelo nosso club e nomes que ficaram na história, mas quando algum desses nomes não reconhecer o club por onde passou então a partir daí não merece mais o nosso reconhecimento... porque primeiro que os jogados esta o nosso club... e todos aqueles que não o respeitarem serão nossos inimigos...

    mais respeito teve o simulão que o Paulo Assunção...
    é vergonhoso, depois de estar num club que lhe deu nome dizer o que disse...

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  8. Eu entendo o que querem dizer, mas vocês sabem muito bem que a comunicação social não está isenta de culpas neste caso. São exímios a fazer notícias para nos destabilizar.
    E sabem também que a saída dele do Porto foi tudo menos pacífica :(

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  9. «Reconheço mérito a Jesualdo, ele sabe de futebol e é sério e trabalhador, mas penso que um ciclo se vai fechar e outro se abrirá»

    Concordo com este leitor.
    Um ciclo novo com um técnico mais jovem e com um pouco mais de coragem e gosto pelo risco.

    Isto, claro sem retirar qq mérito a Jesualdo pelo q tem conseguido, embora nesta altura o mais importante é ganhar à Naval e a todos os outros internamente para fazermos a dobradinha.

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  10. o Man United tem a decorrer uma sondagem semelhante à daqui do blog. Para saber quem gostariam de encontrar nos quartos da Champions os seus adeptos. O nosso PORTO vai muito à frente, com 45% dos votos... eles continuam a substimar-nos... oxalá engulam um grande sapo vivo...

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  11. Viva !

    Bruno Pinto, gostei muito de ler o teu texto. Tiraste-me a tradução do teclado, já que, "Anthony Clement", do diário l'Equipe tem a mesma análise quanto ao 4-2-3-1 que o treinador do A-Madrid apresentou e que Jesualdo Ferreira soube muito bem explorar.

    Jesualdo Ferreira, para mim, já o escrevi, aqui, é um treinador que pertence à memória do Porto. E como tal é treinador para o Porto de amanhã. Ganhou o campeonato dos campeonatos com vinte pontos de avanço.

    Como sou da velha escola, gostaria não ver nenhum clube Inglês sair agora. Penso que os clubes ingleses são mais acessíveis lá para a Primavera, devido ao desgaste. Quantos aos outros não tenho opinião.

    E Viva o Porto !

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  12. Presidente....
    Eu também na estou de acordo com os assobios e os palavrões ao Assunção!!

    Como para mim bater palmas ao Maniche é um promenor que me passa ao lado, para mim quem me preocupa é quem está a representar o meu/nosso club, depois de sairem que façam da vida deles o que quiserem!!!!

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  13. "Quando o jogo terminou senti uma felicidade que não trocava por nada. E exteriorizei-a! "

    Nem mais Bruno. Nem mais. Estes jogos têm um sentimento especial. Também eu, no final de uma partida ingrata para qualquer adepto, atendendo ao nervosismo crescente, senti um misto de alívio e orgulho a invadir-me. Aquela sensação de felicidade que ameaça transbordar. Que nos faz sorrir sem motivo aparente.

    Foi um jogo notável, tacticamente perfeito, colocando o Porto onde ele merece estar. No lote restrito dos melhores da Europa.

    Um prémio justo para um treinador competente. Um prémio merecido para um plantel com qualidade. Um prémio conquistado por uma massa adepta exigente, mas tremendamente fiel. Uma bofetada de luva branca a todos os que teimam em nos atacar, de forma soez.

    Provamos ser, claramente, o único embaixador do depauperado futebol português, além-fronteiras. Isso não impedirá os ataques, vindos dos sítios do costume. Nem os demoverá na sanha persecutória. Mas, mais uma, engoliram um sapo. Ficaram com mais um motivo para nos odiarem. E sabem, bem lá no fundo da sua miserável existência, que NÓS SOMOS MELHORES!

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  14. Na tua crónica, excelente e ponderada, como sempre, estão lá os principais ingredientes desta passagem. O Porto foi competente, sério, concentrado, cínico. Quase perfeito.

    Faltou apenas, nos 180 minutos, um aproveitamente condizente na finalização, face ao volume de jogo brutal, que empalideceu o brilho de um Atlético.

    Haverá que, procurando minimizar o êxito, diga que os colchoneros não são nada. Mero engano. Provaram ser uma belíssima equipa. Num jogo épico com o Barça. No derby da capital, vulgarizando o Real.

    E só mesmo um Porto forte, com qualidade, é que conseguiu vergá-los. Esta equipa pode chegar à final?

    É uma dúvida que ela própria se encarregará de esclarecer, num futuro próximo. Não lhe podendo exigir um título europeu, sabemos que, se cairmos, o faremos de pé. Com honra. Lutando.

    Mas, como o sonho comanda a vida, confesso que já pensei nisso. Em Roma. Na Cidade Eterna. Vendo o Porto levantar, mais uma vez, a belíssima Taça.

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