15 março, 2009

Naval... mais 3 pontos, menos uma final!!!

Hum… que sabor!!! O doce sabor da fase seguinte, um empate com sabor a vitória. O açucarado sabor do algodão, não o em rama, não aquele que não engana, e que tal como este FC Porto espelha a razão dos números.

Imbuídos da mentalidade e da seriedade competitiva comum aos que são dignos da mais elitista prova do futebol europeu, não abrindo mão da matriz de jogo que ostenta a real maturidade de uma exibição equilibrada e bem gerida, capaz de passear classe, só os números da eliminatória não foram reflexo da superioridade patenteada.

Contudo isso é passado, efémero, no futebol moderno o calendário aperta e a cada derrota, vitória ou empate surgem novos desafios, onde é preciso demonstrar novamente ritmos elevados e capacidade mental para controlar e vencer os adversários.

Da Champions à Liga Sagres é um saltinho e na rota do Dragão a equipa da Naval promete vender caro os três pontos. Este é um dos desafios que desenterra alguns dos momentos de maior agrura desta época. Os navalistas colhem os louros meritórios de terem sido a última equipa a derrotar os azuis e brancos a contar para a principal prova do futebol Português.

Quando na 1ª volta a equipa da Figueira da Foz nos fez mergulhar numa das sequências mais horribilis de derrotas de que tenho memória, muitos foram os profetas da desgraça, meses volvidos o Dragão ganhou forma, tornou-se corpulento, ameaçador e explosivo capaz de soltar um futebol positivo mas que não colhe eficácia corrosiva nas defesas contrárias, sobretudo a jogar no seu palco.

Mais que qualquer tónica vigente sobre o jogo deste Domingo o que interessa aos aficionados azuis e brancos é saber a que minuto se corrompe o nulo que tantas defesas concentradas, competitivas e corporativas nos impõem, pondo o Dragão a fervilhar de nervos e a causticar nos defeitos ofensivos.

Para hoje tão certo como a incerteza do fim da malapata ofensiva, a certeza do figurino Figueirense, equipa adulta, moldada as mãos de Ulisses, vincada de personalidade onde se evidencia o trabalho pelos mecanismos exaustivos de obviar ao jogo contrario. Especial enfoque na concentração defensiva, na organização de jogo e no pormenor inteligente de obstar ao jogo exterior azul e branco e largura dos seus movimentos.

O habitual 4x3x3, navalista tem algumas pedras cujo valor individual merece destaque, mesmo que apostados num futebol de linhas recuadas, onde a dupla de centrais Paulão e Diego Ângelo são duas torres e constituem uma parelha afinada, as figuras da equipa, que joga encolhidinha, mas venenosa na hora de desferir golpes contundentes, são Marinho, Davide e Marcelinho, para além da velocidade como base de todas as investidas ofensivas, a zona intermédia veste com rigor um fato de fibra que filtra todo o futebol, rasgando depois diagonais para as faixas laterais expondo o adversário aos naturais sobressaltos do contra pé.

O miolo do futebol Figueirense não é mero figurante das acções de jogo nem deixa que o jogo caia para momentos expectantes, Baradji, Godemeche, Lazaronni Simplicio ou Alex Hauw, entopem os caminhos centrais para a sua baliza sem desvalorizarem o apoio incondicional a criação de espaços para visarem o último reduto do opositor.

Avizinha-se tarefa árdua para os comandados de Jesualdo, é o pós champions, é o desgaste emocional bipolar, confrontando-se não só o regozijo pelo apuramento, mas também os fantasmas da seca de golos adstritos aos jogos caseiros, a que nem o empate milionário fugiu a regra.

E porque as dificuldades e o cariz da partida não alvitram diferenças para como outros desafios vividos, para complicar e baralhar ainda mais as contas, há que não esquecer as ausências de vulto nos portistas.

A entroncar na pecha da finalização intra muros adicionamos ao jogo frente a Naval a ausência de Hulk, habitual fera indomável, herói dos movimentos libertinos e explosivos do tridente, será carta fora do baralho para o desafio aumentando as dores de cabeça dos apaniguados adeptos em mais um confronto caseiro.

Como um mal nunca vem só, Fernando, esse pêndulo, que ganha peso na estrutura do futebol portista a cada jogo que passa, é também subtraído a fórmula resolvente para a partida de mais logo, aumentando exponencialmente o grau de mobilidade conferido aos adversários na zona nevrálgica do terreno.

Ao futebol mais ou menos condimentado azul tem faltado o sal dos golos pelo que assim de repente a falta de Hulk parece mais difícil de preencher. Eu ao contrário e até pela constatação da assimilação de princípios e processos vejo na posição 6, o ponto fulcral das dinâmicas precisas para o manter da liderança.

Invocadas as baixas que determinam parte dos assuntos congruentes no enquadramento da partida, fica patente a necessidade de suprir as ausências. Muito se tem falado da qualidade do banco azul e branco, são em grande número os que acham que pecam por escassas e parcas as soluções, algo que a exibição em Matosinhos de algumas segundas linhas ajudou a desmistificar.

Aliás tal contenda ajudou em parte a perceber com que linhas se ia coser o técnico portista, restando poucas dúvidas sobre as soluções preconizadas para o onze titular. Farías e Andrés Madrid, aparecem aos olhos dos entendidos na pole position, sendo que no meu entendimento Mariano e Tommy tem uma palavra a dizer.

Assolados por uma invulgar ineficácia quando em condição de visitados, parece-me que “el tecla” pode ser uma solução eficaz e capaz, convive bem com a escassez de espaços no interior da área e o seu faro de golo é perceptível até aos mais distraídos, conta ainda com uma notável eficiência no jogo de cabeça podendo ser o farol de algumas jogadas de bola parada, lances cada vez mais decisivos no futebol de hoje.

Sem a expressividade e frisson que Hulk provoca, confesso que não vislumbro uma estratégia de jogo próxima da estrutura habitual onde caibam Lisandro, Rodriguez e Farías, dentro desse conceito Mariano seria uma escolha que daria ênfase e largura aos momentos ofensivos azuis.

Se a ideia passa por juntar a dupla argentina, será cada vez mais o realçar das naturais características de “cebola” como quarto médio, aproximando o cariz de jogo de um 4x4x2, sistema que há muito o tribunal do Dragão advoga como o mais ideal desta natureza.

Uns metros atrás no terreno, Madrid é a pedra mais similar com as características de Fernando, tem por isso lugar garantido e já o soube antecipadamente, resta-lhe provar que tem futebol para envergar a camisola dos campeões nacionais

Diluída parte da pressão que os rivais podiam colocar no líder da tabela, não é de esperar que esse handicap motivacional provoque deslumbramento nos Dragões, cada jornada que passa assume contornos de especial e apreciável importância, onde só os três pontos contam como resultado final.

LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno.
Defesas: Sapunaru, Bruno Alves, Rolando, Stepanov, Cissokho e Ivo Pinto.
Médios: Lucho González, Raul Meireles, Tomás Costa e Andrés Madrid.
Avançados: Lisandro López, Cristian Rodríguez, Farías, Mariano González, Tarik Sektioui e Rabiola.

12 comentários:

  1. Na baliza contra a Naval o Contratado Beto que assinou pelo porto já vai estar na baliza???????--assim se vê a verdade desportiva..comprar jogadores adversários antes dos jogos difiçeis dá bom resultado.VIGARISSE

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  2. Há malta que acorda aziada log de manhã, não é anónimo? Gostei essencialmente do "vigarisse".
    Culto, o tipo!

    Descontando a proverbial estupidez congénita de quem, contratando Makukula e Jorge Ribeiro, antes de defrontar os seus clubes, e vendo-os a falhar penaltys, ainda consegue apontar o dedo acusador a outros, o que importa hoje é falar do FCP.

    Tou como Jesualdo. O jogo frente à Naval é bem mais difícil do que o do Atlético. Enquanto o dos colchoneros já é passado, o dos figueirenses é futuro. Desses 90 minutos poderá depender o campeonato.

    Somos mais fortes. Mas, não sendo uma crítica, temo especialmente a finalização pouco afinada, as habituais dificuldades caseiras frete a qualquer adversário.

    Seria bom um golo madrugagor, afastando a ansiedade. Logo mais o coração baterá com mais força. Queria soltar um grito de júbilo, ao comemorar a vitória e o aumento pontual. Vamos a eles, carago!

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  3. Ó meninos , aqui a malta toda nâo deveria ter um nome , cognome , apelido ou alcunha , fóra do fdp do vil anonimato?
    E porque nâo tem? Ou estamos entre portistas ou nâo se vê a côr dos infiltrados que nâo o sâo ?

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  4. Obrigado benfiquistas por terem escolhido o Vieira.
    Obrigado Vieira por teres escolhido o R.Costa.
    Obrigado R.Costa por teres escolhido o Q.Flores.
    Obrigado Q.Flores pelas tuas escolhas.

    Força Porto.

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  5. caro anónimo,

    só para te recordar da compra camuflada do lateral direito rui Duarte ao Estoril na época em que foram campeões, e o seu empréstimo a Boavista e amadora...

    e já agora é VIGARICE e não VIGARRISE. mas não te preocupes que o não falar/escrever bem Português é comum entre gente da tua comunidade desportiva...

    de um portista de Lisboa

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  6. Hoje temos que ganhar! ´r mais uam final...
    Estamos sem o Fernando e o Hulk, isso preocupa-me bastante, mas tinhamos que limpar estes 2 jogadores dos amarelos mais tarde ou mais cedo e ainda falta o Licha.
    Espero que o Dragão queime a Naval com a sua chama.

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  7. "Vozes de burro não chegam ao céu", já dizia o ditado popular. Adiante...

    Quanto ao jogo de mais logo, não há volta a dar, senão jogar pra vencer... e porque não até, convencer.

    Não joga o Fernando, não joga o Hulk... mas jogaremos com 11 concerteza. Como tal, sejam eles quais sejam, ganhar, ganhar e ganhar.

    (B)amos a eles, carago!!

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  8. Então quem vão comprar da Naval?continua a (Vigarise)ou Vigarice como quizerem,mas entendem ou não?

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  9. Aí vou eu rumo ao dragão, ao palco dos sonhos!

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  10. Oh "Anónimo": de certeza que não leste as declarações do teu treinador feitas ontem após a brilhante derrota no vosso próprio galinheiro???
    Podes le-las na V/bíblia, embora não venham na 1a. página como é óbvio. Mas aqui vão elas. Se não perceberes alguma coisa diz que a gente explica melhor:

    "A memória por vezes é fraca. Há 24 pontos em jogo e estamos a apenas a dois. Era duro no início pensar que o Benfica tinha de disputar um título ou uma final e vamos ter uma", considerou, acrescentando: "O FC Porto estava noutra estratosfera, as equipas não estavam ao mesmo nível. E, por isso, para mim é um milagre, depois de muito trabalho, estarmos a dois pontos e, pelo menos, com a hipótese sermos campeões nacionais."

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  11. Bastavam 10 :)

    É para ganhar, é para convencer, dá para jogar o Tarik ?

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  12. Viva !

    Espero poder ver o jogo.

    Quanto à composição do onze nada a dizer, excepto que nunca vi jogar totalmente Madrid. Por isso, para mim, é uma incógnita este jogador.

    Vamos esperar. Estou confiante. Mas também sei que para as equipas Portuguesas ( do Benfica até aos escalões distritais) jogar contra o Porto, um dos melhores clubes do mundo (factos são factos !) é um estímulo muito grande.

    Estou confiante !

    E Viva o Porto !

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