20 março, 2009

1 comentário:

  1. Outra semana normal

    NO sábado, o Benfica perdeu em casa, onde de nada lhe valeu a aliança com os vimaranenses e a devoção de Manuel Cajuda. Como Rui Costa tem estatuto de vaca sagrada, aponta-se o dedo acusador a Quique Flores. O que verdadeiramente escandaliza o establishment não é a inépcia da equipa, é o facto de o espanhol confessar a evidência, ao reconhecer que apenas conseguiu encurtar a enorme distância que separa o Benfica do FC Porto. Imune a tudo isto, o presidente Vieira reclama por tempo, pela justiça dos homens e até pela divina, esquecendo-se do décimo mandamento…
    Em Alvalade, continua a tragicomédia que envolve a Direcção, Paulo Bento e os jogadores. As tarjas que falavam de vergonha foram arrancadas, com o auxílio censório da polícia. Como o Sporting conseguiu derrotar o último do campeonato, a honra já está recauchutada e parece que Munique nunca ocorreu.

    A Taça da Liga foi elevada a tábua de salvação dos clubes da Segunda Circular. Como só serve para um deles, ainda hão-de invocar a relevância da Liga Intercalar. O Leixões foi cilindrado pelo Paços de Ferreira, que nem é presidido por Pinto da Costa nem tem poder para comprar resultados. Por isso, ninguém acusou José Mota, que tem ligações à casa, de comportamento atípico.

    Quanto ao pobre Beto, é preso por ter cão e por não ter. Agora que a sua contratação foi desmentida, diz-se que esse fracasso negocial se deveu à tal exibição atípica. Só falta dizer que foi vítima de uma cilada.

    No domingo, no Dragão, desfalcado de Hulk e Fernando, o FC Porto fez uma das boas exibições da época. Ficaram por marcar três ou quatro penalties e Lisandro recebeu um cartão amarelo injusto, que o impede de estar em Guimarães. Ninguém falou de escândalo ou de viciação de resultado. Ainda bem que esta foi mais uma semana como as outras.

    Rui Moreira n' A Bola.



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    Papel de parede volta a estar na moda

    Jesualdo Ferreira pode começar a recortar os jornais e a forrar as paredes do balneário: metade do trabalho para os quartos-de-final está feito. Se os jogos psicológicos ainda funcionarem - e, carregando nas teclas certas, funcionam sempre - os adversários fazem-lhe o favor do costume. Ao dizer que preferia o FC Porto ou o Villarreal, Gerrard abriu as hostilidades, ignorando diplomacias aconselhadas nos manuais do politicamente correcto. O JOGO espreitou sondagens por essa Europa fora e a perspectiva é mais ou menos a mesma: o FC Porto corre sempre por fora. E arrisco a dizer que o FC Porto agradece, como agradeceu as declarações de Paulo Assunção e de Enrique Cerezo. Ou, puxando a fita atrás, como agradeceu, em 2004, quando Alex Ferguson, numa tirada de humor que lhe saiu pela culatra, sugeriu que os portistas compravam títulos no supermercado. Levou o troco, como se sabe.

    Hugo Sousa n' O Jogo.

    fonte:

    http://portistaforever.blogspot.com/

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