FC Porto 2-1 Penãrol
Taça Intercontinental 1987
13 de Dezembro de 1987
National Stadium, Tóquio
árbitro: Franz Wöhrer (Aústria)
FC Porto: Mlynarczyck; João Pinto, Inácio, Lima Pereira, Geraldão; André, Rui Barros, Jaime Magalhães, Sousa; Gomes e Madjer.
jogaram ainda: aos 65m, Rui Barros por Quim.
treinador: Tomislav Ivic.Taça Intercontinental 1987
13 de Dezembro de 1987
National Stadium, Tóquio
árbitro: Franz Wöhrer (Aústria)
FC Porto: Mlynarczyck; João Pinto, Inácio, Lima Pereira, Geraldão; André, Rui Barros, Jaime Magalhães, Sousa; Gomes e Madjer.
jogaram ainda: aos 65m, Rui Barros por Quim.
Penãrol: Pereira; Rotti, Trasante, Herrera, Dominguez; Perdomo, Da Silva, Aguirre; Vidal, Cabrera e Viera.
jogaram ainda: 46m Cabrera por Matosas; 95 m Herrera por Gonzalves.
treinador: Oscar Tabarez.
marcadores: 1-0, Gomes (42m); 1-1, Viera (80m); 2-1, Madjer (110m).
Depois de conquistar brilhantemente a Taça dos Clubes Campeões Europeus, apresentou-se novo desafio ao FC Porto: derrotar o Campeão Sul-Americano e tornar-se Campeão Mundial. Este encontro disputou-se em Tóquio, em condições verdadeiramente surrealistas, tal foi o nevão que inesperadamente caíu sobre a capital Nipónica.
Foi um verdadeiro encontro de titãs, onde o FC Porto mostrou que, para além de brilhante, era também uma equipa capaz dos maiores sacrifícios. Foi o que provaram os valentes Dragões frente ao Penarol de Montevideo, do Uruguai. O domínio inicial do FC Porto materializou-se com o 1º golo do encontro, apontado por Fernando Gomes. Aos poucos, os Uruguaios foram equilibrando o jogo, e quando já ninguém esperava que pudessem empatar, Viera fez o golo.
Tudo seria decidido num prolongamento... de repente, numa jogada a meio-campo, Sousa tira um adversário do caminho, e passa a Madjer, este consegue esquivar-se ao defesa adversário e, vendo o guarda-redes Pereira adiantado, fez-lhe um "chapéu" fabuloso! Uma vez mais, Madjer foi decisivo, marcando um golo só ao alcançe de um verdadeiro predestinado. Era já alta madrugada quando o país pode finalmente festejar um título mundial de clubes. O FC Porto inscrevia o nome de Portugal na lista de clubes campeões do mundo.
Foi um verdadeiro encontro de titãs, onde o FC Porto mostrou que, para além de brilhante, era também uma equipa capaz dos maiores sacrifícios. Foi o que provaram os valentes Dragões frente ao Penarol de Montevideo, do Uruguai. O domínio inicial do FC Porto materializou-se com o 1º golo do encontro, apontado por Fernando Gomes. Aos poucos, os Uruguaios foram equilibrando o jogo, e quando já ninguém esperava que pudessem empatar, Viera fez o golo.
Tudo seria decidido num prolongamento... de repente, numa jogada a meio-campo, Sousa tira um adversário do caminho, e passa a Madjer, este consegue esquivar-se ao defesa adversário e, vendo o guarda-redes Pereira adiantado, fez-lhe um "chapéu" fabuloso! Uma vez mais, Madjer foi decisivo, marcando um golo só ao alcançe de um verdadeiro predestinado. Era já alta madrugada quando o país pode finalmente festejar um título mundial de clubes. O FC Porto inscrevia o nome de Portugal na lista de clubes campeões do mundo.
# textos simpaticamente raptados no Portal dos Dragões
TINHA 13 anos e já era um louco pelo Porto! De madrugada despertador a tocar e tv juntamente com o pai. Golo do Gomes o ídolo de todos lá em casa. Frustração com o empate. Campo cheio de neve, gelo e grandes heróis aqueles. Madjer significa magia, brilhantismo, glória. E um chapéu soberbo, gritos de euforia em plena madrugada. Já está! Já está! Lima Pereira e Gomes levantam as Taças. Naquela altura o futebol até tinha mais magia, não tinha?
ResponderEliminarPois, o tempo parece passar a voar. Foi a 13 de Dezembro de 1987. Faz hoje vinte anos. O Porto preparava-se para conquistar o planeta, meses depois de vencer a sua primeira Taça dos Campeões Europeus, no Prater, vencendo o arrogante opositor germânico.
ResponderEliminarIsto de reviver êxitos passados tem algo de contraproducente. A memória desfia as pequenas histórias, as lembranças assaltam-nos, quase como se o jogo tivesse sido ontem. Duas décadas passadas, mas o amor clubista continua idêntico, aceso, pletórico de força e crença, cada vez mais imbuído na mística única do clube...
16 anos na altura, ansiedade em alta, como se ainda precisasse de me beliscar por aquilo que nos estava a acontecer. Meses de orgulho, ostentando os galões de Campeões da Europa, contando pelo calendário os dias que faltavam para arrecadarmos algo inédito em Portugal: o título, oficioso, de CAMPEÃO do MUNDO. Noite mal dormida, povoada de sonhos e pesadelos, naquela fronteira ténue entre a glória e o fracasso. O despertar estranho, noite cerrada lá fora, o frio que enregelava os ossos, o ar fantasmagórico do meu pai, sentado no cadeirão, os olhos fixos lá longe, em Tóquio...
E as nossas cores, vestidas por verdadeiros guerreiros, lutando num manto de brancura, essa neve alva, obstáculo quase intransponível, tornando difícil o mais simples gesto. E eles lutaram, com a respiração a sair em bafos visíveis da boca, os corpos entorpecidos de frio, que se entranhava, que se sentia, palpável, como se possuindo vida própria...
Lembro-me dos gritos, quando Gomes marca o 1º, numa disputa de bola surrealista, sobre a linha de golo. A euforia esmagada pelos avisos do meu pai: "olha os vizinhos. Cala-te". E eu sem querer saber. Queria gritar bem alto o nome do clube.
Depois veio o empate. Os uruguaios, homens duros, secos de carnes, tenazes na luta pelo ceptro, adiando o sonho de milhões, como eu expectantes, frente a um televisor. O prolongamento, qual suplício para eles, desgastados, à beira da exaustão, mas ainda de pé, segurando na flâmula azul e branca, mantendo viva a esperança. E as lágrimas que brotaram facilmente, quando Madjer, o mágico, recebe um passe e com aquela destreza única, quase sobrenatural, faz a bola sobrevoar o adiantado guarda-redes adversário.
E esta, pedaço de couro por momentos dotada de consciência, sadicamente deslizando para a baliza deserta. Cada vez mais devagar. Lentamente. Rindo-se dos sobressaltos que provocava. Devagarinho. Devagarinho. Até que entrou. E eu gritei. Eramos CAMPEÕES do MUNDO!
Recordo essa mítica madrugada, tal como se os tais '20 anos', tivessem sido ontem... tinha eu ainda uns 13 anitos, e porque os tempos eram outros (tv lá em casa, ainda só havia a p/b), tive que ir dormir para casa d'um primote mais abastado para poder ver o jogo na tv a cores.
ResponderEliminarA bem dizer, de cor, era um proforma quando se nos deparou aquela imensa mancha branca de neve, onde surgiam uns pontinhos azuis ou amarelos, que eram nem mais, nem menos, os tais jogadores.
Vibrei como um doido varrido ao 1º golo aos trambolhões do bi-bota d'oiro, Fernando Gomes... assustei-me com o empate de Vieira... mas no prolongamento, Rabah Madjer, o Mágico, levou-me aos píncaros do Paraíso... fomos naquela noite uns verdadeiros 'Campeões do Mundo'.
O mundo da bola, começava definitivamente a aprender a soletrar: F-C-P-O-R-T-O... e desde então, nunca mais se esqueceram!
aKeLe aBrAçO,