Dia de Natal (a seguir ao conto de Natal do Paulo Pereira).
A manhã acordou gelada.
Um manto de fino gelo branco cobria os campos em redor. O céu mantinha-se teimosamente encoberto, impedindo que o sol espreita-se por entre as nuvens acinzentadas.
Pinto da Costa que, após a rábula do acidente da véspera com o trenó do Pai Natal, tinha adormecido a sorrir, acordou ainda mais sorridente e decidiu levantar-se de imediato para dar uma acelaradela no seu novo Ferrari Azul.
A manhã acordou gelada.
Um manto de fino gelo branco cobria os campos em redor. O céu mantinha-se teimosamente encoberto, impedindo que o sol espreita-se por entre as nuvens acinzentadas.
Pinto da Costa que, após a rábula do acidente da véspera com o trenó do Pai Natal, tinha adormecido a sorrir, acordou ainda mais sorridente e decidiu levantar-se de imediato para dar uma acelaradela no seu novo Ferrari Azul.
Aproveitando a ausência de trânsito e engarrafamentos habituais fez-se à estrada cavalgando o seu puro-sangue, o supra-sumo do fenómeno automobilístico, quando ao abrandar na aproximação de um cruzamento sente um choque na traseira do seu veículo.
"Cum carago, outra bez...", exclama surpreendido. Olha pelo retrovisor e nota que o veículo que lhe bateu é uma cópia perfeita da sua própria viatura. Sai do carro e, espanto dos espantos, nota que o condutor da outra era o Luís Filipe Vieira. Em vez de começar a discutir Pinto da Costa diz, amigavelmente, a Vieira: "Hoje é dia de Natal carago. Num bamos discutire mais. Já basta no futebole. Bamos é fazer as pazes", diz Pinto da Costa estendendo a mão ao Vieira.
Este, rendido à época Natalícia e ao presente que o seu rival do Norte lhe tinha oferecido, na noite anterior, devolve-lhe o aperto de mão.
"Tenho na mala do carro um Puorto que me ofereceram ontem carago. É um bintage de 62, ano em que o seu clube foi Campeão Europeu carago. Num tenho copos mas podíamos celebrare já as nossas pazes cum este binhinho!", afirma Pinto da Costa, retirando a rolha da garrafa, que tinha aparecido da mala da sua viatura, contendo tal néctar dos Deuses.
Vieira não se faz rogado, empunha a garrafa, faz desaparecer metade do seu conteúdo garganta abaixo e passa-a a Pinto da Costa. Mas este não pega nela. "Então? Você não bebe?", questiona Vieira intrigado.
"Eu nom carago! Estou à espera que chegue a Polícia pra bocê assuprare no balonzinho!"
Se bater, não beba...
Estilhaço,
ResponderEliminarSó tu para me fazeres rir num dia em que parece k toda a gente está de férias, menos eu...
É uma brilhante continuação, demonstrativa também de que, mesmo no plano ficcional, o nosso GRANDE PRESIDENTE não tem rival à altura...
Abraço,
Ahah, o nosso presidente anda com um excelente espírito natalício, cada vez mais mordaz e irónico.
ResponderEliminarExcelente conto de Natal. :P
Um abraço.
Viva !
ResponderEliminarMuito rapidamente :
Durante três semanas, aproximadamente, não terei acesso directo à banda larga. Poderei ler mas será difícil comentar !
Eis-me na pré-história !
E Viva o Porto !
Estilhaço, completando a menção honrosa à 1ª parte do Paulo Pereira, esta tua sequência está ao mesmo nível, sem dúvida!
ResponderEliminarS-O-B-E-R-B-O!!!
aKeLe aBrAçO,
GRande Estilhaço:) Abraço.
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