http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Pelo título, muitos poderão pensar que vou estar aqui a massacrar os Portistas com o tema que anda de boca em boca desde quinta-feira passada, mas eu vou por outro lado, porque acredito que estou num clube que mesmo com a conjuntura actual, não baixará os braços e continuará a querer fazer dinheiro e trazer os sócios e futuros sócios aos jogos.
Costuma-se dizer que em tempos de crise, também são tempos de aguçar a mente e nascem ideias geniais que fazem com que em muitos casos, ainda haja quem se mantenha à superfície, em vez de mergulhado num futuro cada vez mais negro.
3 simples exemplos de como algo idêntico pode ter resultados completamente diferentes, basta a cabeça que manda e pensa as coisas ter em conta tudo o que se passa à volta. Falo de uma Supertaça António Livramento, um jogo da Taça de Portugal em Pêro Pinheiro e claro, o FC Porto Vs. Académica em basquetebol.
Começo pela supertaça em Hóquei Patins, e logo por reprovar o local da prova. A equipa de Oliveira de Azeméis ter de fazer 129 km e a equipa do Porto ter de fazer 84 km, não lembra a ninguém. Caso para se perguntar se já ouviram falar em terreno neutro?! Eu dava logo um exemplo. Porque não Espinho? Que tem de especial o Pavilhão de Ponte de Lima que não tem o Pavilhão da Académica de Espinho?
Mas esta gente da Federação é uma cambada de atrasados mentais que vivem noutro planeta e obrigam os apaixonados a percorrer o triplo dos km e a pagar o triplo das portagens para apoiar o seu clube, quando chegados ao Pavilhão, são brindados com 7,50 EUR de bilhete para assistir a um jogo de hóquei em patins.
Quão burras são estas pessoas que organizam a prova! O resultado é simples, pavilhão amorfo, que esteve longe de estar cheio com dois clubes que costumam arrastar muita gente no hóquei , e que se calhar pensaram duas vezes antes de ir... e ainda tinham a concorrência da televisão.
Passemos agora ao jogo no Cú do Judas, como quem diz, perto de Sintra, que tinha como cartaz o chamado “jogo de Taça”, onde havia a possibilidade de o clube da casa fazer a festa da Taça.
Havia várias soluções para se fazer dinheiro, que seria jogar no Restelo, onde quase de certeza, fariam o triplo da receita que fizeram no seu próprio terreno. Para os adeptos do FC Porto, pouco interessava se era em Sintra ou em Belém, visto que era a mesma deslocação, quer para Sintra, quer para Belém.
O seu pequeno recinto desportivo tinha de ser adaptado para receber o evento. Isto significa obras, desde acessibilidades até casas de banho e zonas de bares, bem como colocação de bancadas.
Optaram por atalhar caminho e chular aqueles que foram ver o futebol, e quanto a obras, pelo que me relataram, foi umas pinceladas ali, outras acolá, mas o preço dos bilhetes esse não baixou, bem como o valor a entregar à Federação, e ainda têm a distinta lata de vir pedir ao FC Porto para abdicar da sua percentagem. Haja Vergonha...
Os bilhetes rondavam os 6 EUR para um bancada imaginária, onde se podia estar pendurado no muro e sem casas de banho, e 20 EUR na bancada central onde se podia estar sentado, mas onde não tinha casas de banho também.
Caso para se perguntar: Porque razão acontece isto?
É simples. Um jogo disputado a um Domingo à tarde, acabar antes do jantar, bem publicitado, mesmo dando na Sporttv (este canal custa a módica quantia de 25 EUR mensais, logo, não é para todos), como cartaz era um jogo normal e colocou-se os preços a 1 EUR e 2 EUR.
Numa altura em que ir ao cinema começa a ser proibitivo, onde sair à noite se gasta cada vez menos, quer pelo preço das bebidas, quer pelas operações stop, jantar fora está limitado, aparece um boa solução, que é ir de metro e ver um jogo no pavilhão a 1 EUR ou 2 EUR.
Assim se arruma com a concorrência, porque se virmos bem, poucos são os espectáculos que custam tão pouco e podemos estar com os amigos e família ao mesmo tempo.
Isto terá de continuar. Temos de continuar a fazer o esforço de trazer sócios ao pavilhão. É inadmissível termos 90 e muitos mil sócios pagantes, e muitos nunca entraram no pavilhão, quer por desconhecimento, falta de informação, e até por comodismo.
Estas medidas já foram aplicadas no futebol, e o resultado foi um FC Porto Vs. Limianos, com casa cheia!
Numa altura destas, ainda vejo luz ao fundo túnel, por incrível que possa parecer, mas para isso, todos por este País fora, têm de começar a pensar melhor na forma como gerem as coisas, porque quem paga a factura, são sempre aqueles que andam atrás do seu clube.
Um abraço Tripeiro e muito... Muito Portista!
Costuma-se dizer que em tempos de crise, também são tempos de aguçar a mente e nascem ideias geniais que fazem com que em muitos casos, ainda haja quem se mantenha à superfície, em vez de mergulhado num futuro cada vez mais negro.
3 simples exemplos de como algo idêntico pode ter resultados completamente diferentes, basta a cabeça que manda e pensa as coisas ter em conta tudo o que se passa à volta. Falo de uma Supertaça António Livramento, um jogo da Taça de Portugal em Pêro Pinheiro e claro, o FC Porto Vs. Académica em basquetebol.
Começo pela supertaça em Hóquei Patins, e logo por reprovar o local da prova. A equipa de Oliveira de Azeméis ter de fazer 129 km e a equipa do Porto ter de fazer 84 km, não lembra a ninguém. Caso para se perguntar se já ouviram falar em terreno neutro?! Eu dava logo um exemplo. Porque não Espinho? Que tem de especial o Pavilhão de Ponte de Lima que não tem o Pavilhão da Académica de Espinho?
Mas esta gente da Federação é uma cambada de atrasados mentais que vivem noutro planeta e obrigam os apaixonados a percorrer o triplo dos km e a pagar o triplo das portagens para apoiar o seu clube, quando chegados ao Pavilhão, são brindados com 7,50 EUR de bilhete para assistir a um jogo de hóquei em patins.
Quão burras são estas pessoas que organizam a prova! O resultado é simples, pavilhão amorfo, que esteve longe de estar cheio com dois clubes que costumam arrastar muita gente no hóquei , e que se calhar pensaram duas vezes antes de ir... e ainda tinham a concorrência da televisão.
RECAPITULAR ESCOLHAS DA FEDERAÇÃOAcreditem que teriam um pavilhão cheio de pessoas de ambos os lados a assistir ao jogo, e a receita se calhar era bem maior, ajudando aos custos dos clubes e adeptos nas deslocações, quer da própria federação que envia árbitros de Lisboa para um jogo destes.
local: longe para as duas equipas, recheado de portagens, pavilhão igual a tantos outros com as condições mínimas aceitáveis.
preço dos bilhetes: 7,50 EUR é um assalto, depois de uma fortuna em portagens. Imagino as gentes de Oliveira de Azeméis.
SOLUÇÃO
local: Espinho. Menos lotação sentada, mas também se pode ver o jogo de pé, e pouco mais de 34 km para cada equipa, com 1/3 das portagens.
preço dos bilhetes: colocaria, máximo dos máximos, 4 EUR
Passemos agora ao jogo no Cú do Judas, como quem diz, perto de Sintra, que tinha como cartaz o chamado “jogo de Taça”, onde havia a possibilidade de o clube da casa fazer a festa da Taça.
Havia várias soluções para se fazer dinheiro, que seria jogar no Restelo, onde quase de certeza, fariam o triplo da receita que fizeram no seu próprio terreno. Para os adeptos do FC Porto, pouco interessava se era em Sintra ou em Belém, visto que era a mesma deslocação, quer para Sintra, quer para Belém.
O seu pequeno recinto desportivo tinha de ser adaptado para receber o evento. Isto significa obras, desde acessibilidades até casas de banho e zonas de bares, bem como colocação de bancadas.
Optaram por atalhar caminho e chular aqueles que foram ver o futebol, e quanto a obras, pelo que me relataram, foi umas pinceladas ali, outras acolá, mas o preço dos bilhetes esse não baixou, bem como o valor a entregar à Federação, e ainda têm a distinta lata de vir pedir ao FC Porto para abdicar da sua percentagem. Haja Vergonha...
Os bilhetes rondavam os 6 EUR para um bancada imaginária, onde se podia estar pendurado no muro e sem casas de banho, e 20 EUR na bancada central onde se podia estar sentado, mas onde não tinha casas de banho também.
RECAPITULANDO AS ESCOLHAS DO PÊRO PINHEIROAgora, olhar para o jogo de basquetebol do passado Domingo que colocou frente a frente o FC Porto e a Académica. Não era um jogo que decidisse o que quer que seja, não é uma modalidade que arraste multidões, e para ajudar à festa, vivemos em tempos complicados, mas tivemos o resultado de 1.027 espectadores num total de 2.000 lugares de lotação máxima.
local: recinto a precisar de muitas adaptações para receber o FC Porto, obras de fundo como balneários, bancadas, acessibilidades e WC´s, ou seja, para um clube como o Pêro Pinheiro, uma fortuna.
preço dos bilhetes: 6 EUR a 20 EUR para o clube que provavelmente encheria um pequeno estádio, que mesmo assim esteve muito aquém do esperado, mas estas decisões do clube da casa, só são igualadas no resultado, 0-8.
SOLUÇÕES
local: porque não o Restelo, onde a deslocação de adeptos do Pêro Pinheiro era quase mínima e onde poderia atrair alguns curiosos, um local que não precisaria de obras e mesmo a ter de pagar a utilização do estádio, sobraria muito mais para mais tarde fazer obras no seu próprio recinto, bem como não obrigar o adversário a jogar num sintético ranhoso.
preço dos bilhetes: aqui sim, neste estádio, já compreendia o preço dos bilhetes, dadas as condições que proporcionam.
Caso para se perguntar: Porque razão acontece isto?
É simples. Um jogo disputado a um Domingo à tarde, acabar antes do jantar, bem publicitado, mesmo dando na Sporttv (este canal custa a módica quantia de 25 EUR mensais, logo, não é para todos), como cartaz era um jogo normal e colocou-se os preços a 1 EUR e 2 EUR.
Numa altura em que ir ao cinema começa a ser proibitivo, onde sair à noite se gasta cada vez menos, quer pelo preço das bebidas, quer pelas operações stop, jantar fora está limitado, aparece um boa solução, que é ir de metro e ver um jogo no pavilhão a 1 EUR ou 2 EUR.
Assim se arruma com a concorrência, porque se virmos bem, poucos são os espectáculos que custam tão pouco e podemos estar com os amigos e família ao mesmo tempo.
Isto terá de continuar. Temos de continuar a fazer o esforço de trazer sócios ao pavilhão. É inadmissível termos 90 e muitos mil sócios pagantes, e muitos nunca entraram no pavilhão, quer por desconhecimento, falta de informação, e até por comodismo.
Estas medidas já foram aplicadas no futebol, e o resultado foi um FC Porto Vs. Limianos, com casa cheia!
Numa altura destas, ainda vejo luz ao fundo túnel, por incrível que possa parecer, mas para isso, todos por este País fora, têm de começar a pensar melhor na forma como gerem as coisas, porque quem paga a factura, são sempre aqueles que andam atrás do seu clube.
Um abraço Tripeiro e muito... Muito Portista!
Grande, grande artigo. Eu, que até agora não tinha feito qualquer comentário a artigos, senti-me "forçado" a parabenizar-vos por isto. Mesmo muito bom, subscrevo todas os parágrafos.
ResponderEliminarAbraço
E... "três pontos". Oportuno post, Antas.
ResponderEliminarObrigado. Um abraço.
BIBÓ PORTO!
@ Antas
ResponderEliminarefectivamente e como já to disse por mais do que uma vez, quem escreve assim não é gago ;)
abraço forte!
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todos vós! ;)
Miguel | Tomo II
Muita crise, parece que continuamos sem pagar o Defour e o Mangala.
ResponderEliminarQue vergonha.
Quem não tem dinheiro não tem vícios.
Pedro
Este moço, Antas, quem é?, é sempre muito esclarecido... Critica, mas dá ideias e apresenta alternativas, válidas.
ResponderEliminarÉ desta gente que precisamos. Não conheço este moço, mas vou querer conhecer.
Abraço
Muito bem Antas.
ResponderEliminarDe facto, a nossa secção de basquetebol está de parabéns pela casa que conseguiu ter no domingo. Que seja para continuar e q este exemplo seja seguido por outros.
Vila Pouca nos meus 30 anos, mesmo com pouca idade sempre estive em lugares de decisão, onde se falhasse era eu quem tinha de emendar os erros, mas nunca foi isso que me meteu medo.
ResponderEliminarSe nuns sítios tive sucesso, aqui é algo relativo, porque as coisas que peguei pouco lucro ou até um total prejuízo se encontravam deixei sempre dinheiro em caixa e noutros falhei redondamente, mas até nestas aprendi com os erros.
A convite de alguns amigos que me conhecem bem já chefiei secções de alguns clubes onde por carolice deixei as contas num saldo que dava para se respirar durante algum tempo, fazendo sacrífícios, fazendo cortes mas nunca deixando de lado a parte humana do negócio,estamos a lidar com pessoas e não com números.
Não tenho vergonha que me digam "NÂO" ou "NÂO QUERO", tinha vergonha era de não tentar ou desligar-me completamente daquilo que me rodeia e pensar que sei tudo.
O problema nas federações é clara "desresponsabilização" de quem toma decisões, porque se falharem quem paga a factura é o zé povão.
Daí algumas decisões serem aquilo que vemos hoje, completamente desligadas e muitas delas chegamos mesmo a perguntar de que planeta são estas pessoas.
Há que ter Tenacidade no negócio, audácia na procura e como é claro ser humano suficiente para para perceber o que se passa à nossa volta sem descurar o negócio, se não dá para ganhar 1M num dia só podemos ganhar 20mil repartidos por 360 dias, que já é bem bom.
Isto é que digo a todos os meus colaboradores bem como aos novos mediadores à qual dou formação.
Pode parecer conversa mas eu acredito e levo isto à regra na minha vida.
Meu amigo um abraço.
Só quero aqui elogiar este artigo, que me parece de uma lucidez enorme, de alguém que se preocupa e que critica CONSTRUTIVAMENTE!
ResponderEliminarAcho este post extremamente oportuno. É por ISTO que dá gosto acompanhar este blog!
BIBÓ PORTO CARAGO!
PP