http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Um dos principais pontos de referência etários para mim, uma daquelas coisas que não me deixa mentir a mim mesma sobre os anos que já levo em cima, são os jogadores de futebol. Lembro-me bem de quando eram todos - todos, até mesmo juvenis e juniores - mais velhos do que eu. Não muito depois, tinha a idade das jovens esperanças, acabadas de chegar aos seniores. Mais tarde, estava eu na faculdade e os jogadores da minha idade a ascender ao momento alto das respectivas carreiras. E passou depressa, para eles e para mim. De repente, o Porto já não contratava jogadores da minha idade, e se contratasse dizíamos que eram velhos. Neste momento, já só há dois jogadores no plantel nascidos antes de mim: os dois capitães. Não demora nada, não haverá um único. Tenho de admitir que é um bocado deprimente.
Mas não é só a idade dos jogadores que nos recorda que o tempo passa depressa. É impressionante o quanto o futebol, como um todo, mudou entre os meus tempos de adolescência e os dias de hoje, sobretudo no Futebol Clube do Porto, que nesse período conheceu um crescimento sem precedentes e tornou-se num colosso mundial. Os dias de apresentação da equipa são um dos momentos da época em que mais se sente essa diferença. Lembro-me dos tempos com treino aberto, para a multidão ver os reforços e estes sentirem o pulsar da nação Portista desde o primeiro dia. Eram outros tempos, eu sei, não se pode exigir a mesma proximidade actualmente, eu sei. Mas tenho pena. A atenuar a diferença, hoje houve uma sessão de autógrafos do Lucho, Helton e Kelvin - o que já não é nada mau. Foi na “FC Porto Store”(acho que nunca vou conseguir deixar de colocar aspas nesta expressão) do Norteshopping, porque a vertente comercial "tem de estar" sempre no centro. Mas foi uma boa iniciativa, que aplaudo.
Tudo recomeça aqui. A felicidade de Maio já não é mais do que uma página no nosso grande (e cada vez maior) livro de alegrias passadas, e agora só interessa a próxima. A melhor é sempre a próxima. Arrancamos com um plantel aparentemente bem recheado de talento e de vontade, e estou a gostar das declarações de quem chega. Muita motivação mas também muita responsabilidade, e para já sem excitações em relação ao salto para uma liga maior, com a excepção do Herrera, embora mesmo aqui os títulos sejam sensacionalistas em relação às suas palavras.
Os jogadores têm as suas ambições e ninguém lhes pode negar isso. Sabemos inclusivamente que, a par dos títulos, é provável que as perspectivas de futuro sejam o factor de maior peso para um jogador que escolhe o FC Porto, sobretudo no caso dos estrangeiros. Mas, como tive a oportunidade de dizer no II Encontro da Bluegosfera, no ciclo que agora começa isso tem de ficar em segundo plano. Enquanto estão no Porto, têm de estar no Porto. “Que seja eterno enquanto dure”. E o que vier depois é lucro, para eles e para nós. É mais uma das grandes diferenças entre o futebol actual e o do passado, quando um jogador vestia a mesma camisola quase a carreira inteira. Os tempos mudaram, e, verdade seja dita, se há clube que soube adaptar-se, esse clube é o nosso. O que só vem enfatizar o génio de Jorge Nuno Pinto da Costa: um homem da velha escola, do “outro tempo”, que não só não tentou resistir teimosamente à transição, como foi e é capaz de navegá-la como ninguém.
E agora vamos lá então a mais uma época, com um plantel de línguas, cores e credos diversificados, mas algo maior que os une: o desejo de vencer por este símbolo sagrado. Essa parte não mudou. E, pelo menos enquanto depender de nós, não mudará nunca.
Mas não é só a idade dos jogadores que nos recorda que o tempo passa depressa. É impressionante o quanto o futebol, como um todo, mudou entre os meus tempos de adolescência e os dias de hoje, sobretudo no Futebol Clube do Porto, que nesse período conheceu um crescimento sem precedentes e tornou-se num colosso mundial. Os dias de apresentação da equipa são um dos momentos da época em que mais se sente essa diferença. Lembro-me dos tempos com treino aberto, para a multidão ver os reforços e estes sentirem o pulsar da nação Portista desde o primeiro dia. Eram outros tempos, eu sei, não se pode exigir a mesma proximidade actualmente, eu sei. Mas tenho pena. A atenuar a diferença, hoje houve uma sessão de autógrafos do Lucho, Helton e Kelvin - o que já não é nada mau. Foi na “FC Porto Store”(acho que nunca vou conseguir deixar de colocar aspas nesta expressão) do Norteshopping, porque a vertente comercial "tem de estar" sempre no centro. Mas foi uma boa iniciativa, que aplaudo.
Tudo recomeça aqui. A felicidade de Maio já não é mais do que uma página no nosso grande (e cada vez maior) livro de alegrias passadas, e agora só interessa a próxima. A melhor é sempre a próxima. Arrancamos com um plantel aparentemente bem recheado de talento e de vontade, e estou a gostar das declarações de quem chega. Muita motivação mas também muita responsabilidade, e para já sem excitações em relação ao salto para uma liga maior, com a excepção do Herrera, embora mesmo aqui os títulos sejam sensacionalistas em relação às suas palavras.
Os jogadores têm as suas ambições e ninguém lhes pode negar isso. Sabemos inclusivamente que, a par dos títulos, é provável que as perspectivas de futuro sejam o factor de maior peso para um jogador que escolhe o FC Porto, sobretudo no caso dos estrangeiros. Mas, como tive a oportunidade de dizer no II Encontro da Bluegosfera, no ciclo que agora começa isso tem de ficar em segundo plano. Enquanto estão no Porto, têm de estar no Porto. “Que seja eterno enquanto dure”. E o que vier depois é lucro, para eles e para nós. É mais uma das grandes diferenças entre o futebol actual e o do passado, quando um jogador vestia a mesma camisola quase a carreira inteira. Os tempos mudaram, e, verdade seja dita, se há clube que soube adaptar-se, esse clube é o nosso. O que só vem enfatizar o génio de Jorge Nuno Pinto da Costa: um homem da velha escola, do “outro tempo”, que não só não tentou resistir teimosamente à transição, como foi e é capaz de navegá-la como ninguém.
E agora vamos lá então a mais uma época, com um plantel de línguas, cores e credos diversificados, mas algo maior que os une: o desejo de vencer por este símbolo sagrado. Essa parte não mudou. E, pelo menos enquanto depender de nós, não mudará nunca.
Sobre a ambição dos jogadores e da utilização do FCPorto como trampolim para clubes com outra capacidade financeiro, acredito que temos de olhar para o aspeto positivo:
ResponderEliminarenquanto conseguirmos vender por fortunas um, dois ou três jogadores por ano, também vamos conseguir continuar a atrair outros grandes jogadores para nos ajudarem na conquista do campeonato