Sai uma mista!

Todos os anos, por esta altura, o Tône fica assim com uma sensação mista.

Triste.
Triste pois geralmente entramos a perder e quase sempre de goleada.
Foi assim o ano passado com o puto traquina de sorriso fácil e tranças, como tinha já sido com o Deco ou mesmo com o Madjer.
E, crendo nas notícias, será assim este ano com a partida do Lucho, El Comandante.
Desta, e na vez do calcanhar vagabundo ou dos passes milimétricos, ficará na retina a revolta no frio da Ucrânia e a infeliz e imerecida despedida da noite do Dragão contra o Manchester.
A ser verdade, um bem-haja El Comandante. Foi um privilégio poder ver-te jogar de Dragão no peito.

Prático.
Não existem insubstituíveis. Fazem falta os que cá estão.
Lucho chegou, por pouco mais de 10 milhões de Euros, ao FC Porto há 4 anos. Curiosamente, ou talvez não, os mesmos que levantou o troféu de Campeão Nacional.
Fará 29 anos já na próxima época e fala-se num possível encaixe de dúzia e meia de milhões mais uns possíveis trocos pelo desempenho.
Poderá não parecer nada de especial, mas em tempos em que se vai para a bicha do gasóleo para poupar uns cêntimos, soa a um negócio pelo menos... razoável.
Isto sem mencionar o retorno... financeiro.

Indiferente.
Indiferente para com o (des)oportunismo do pessoal dos contentores, os insultadores das sad´s, os gestores profissionais.
Aqueles que estão sempre preocupados com um tal de passivo, seja este nacional ou europeu.
Aqueles que, outra vez curiosamente ou não, foram, e serão, os primeiros a chegarem ao Dragão quando as coisas teimam em correr bem.

Dever cumprido e a cumprir.
A história assim o confirma.
Muitos chegaram. Destes, alguns partem hoje e todos, mais cedo ou mais tarde, sairão.
Nós vencíamos. Vencemos hoje e continuaremos a vencer.
Sem apelo e nem sequer agravo.

Confiante.
O verdadeiro Comandante fica.
Com Lucho ou sem ele, o trilho para o PENTA está ai.
E todos juntos não somos demais.