João Domingos Silva Pinto nasceu em Vilar de Andorinho (Vila Nova de Gaia) em 21 de Novembro de 1961. Ficou conhecido como o “Grande Capitão” pelos muitos anos que em que capitaneou a equipa principal do Futebol Clube do Porto.
Começou a jogar futebol nos iniciados do Oliveira do Douro mudando-se para as Antas com 14 anos, ainda iniciado, fazendo todo o trajecto nos escalões de formação do Porto. Era um jogador polivalente sendo utilizado nas mais variadas posições do campo, excepto a guarda-redes.
O seu primeiro jogo na equipa principal do Porto aconteceu a 1 de Dezembro de 1981, pela mão de Hermann Stessl que o fez entrar aos 70 minutos para o lugar de Teixeira, na primeira mão da Supertaça contra o Benfica na Luz (derrota 0-2 mas o Porto viria a vencer a Supertaça depois de uma vitória nas Antas por 4-1 com 3 golos de Jacques). O seu primeiro jogo no Campeonato acontece a 6 de Dezembro frente ao Estoril (vitória 1-0). Na época de 1982/83, já com Pedroto como treinador, conquista definitivamente a titularidade como defesa direito e durante 16 anos realiza 407 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão até à sua despedida que acontece a 15 de Junho de 1997 num Porto-Gil Vicente.
João Pinto era um jogador que nunca virava a cara à luta e era essencialmente um jogador prático. Com o seu empenho e valentia, levava muitas vezes a equipa para a frente. Jogador duro quando era preciso formou com Jaime Magalhães uma temível asa direita – a melhor asa direita do Porto que eu me lembro de ver jogar. Não era particularmente dotado tecnicamente mas compensava com uma entrega ao jogo notável e como defesa era muito forte. Os seus cruzamentos para trás da baliza eram muitas vezes gozados mas também nesse aspecto conseguiu melhorar bastante.
Conquistou o seu primeiro título em 1984 ao vencer a Taça de Portugal e passados poucos dias esteve presente na primeira final europeia do Porto, em Basileia, contra a Juventus. E se a final da Taça das taças não correu bem (derrota 1-2), três anos depois regressou a uma final europeia só que, agora, na mais importante prova da UEFA: a Taça dos Campeões. O Porto, comandado por Artur Jorge, defrontou o poderoso Bayern e, na ausência do capitão (Fernando Gomes, o capitão, tinha fracturado uma perna) foi João Pinto quem envergou a braçadeira e foi ele quem recebeu a primeira Taça dos Campeões conquistada pelo Futebol Clube do Porto depois de uma vitória épica contra os poderosos e fanfarrões alemães que achavam que ia ser muito fácil para eles. Está bem presente na memória de todos os que assistiram, quer ao vivo quer pela televisão, à cena protagonizada por João Pinto de agarrar a Taça e não mais a querer largar. Era ver toda a gente atrás dele para pegar na Taça mas, o melhor que conseguiram, foi pegar na Taça juntamente com ele.
A seguir a esta brilhante conquista europeia seguiram-se a final internacional mais incrível em que o Porto participou que foi a Taça Intercontinental contra o Peñarol disputada em Tóquio sob um nevão intenso e a Supertaça Europeia contra o Ajax. Estas conquistas foram um feito inédito no futebol português. Para além dos títulos internacionais, conquistou ainda 9 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 8 Supertaças. Foi o jogador que mais jogos disputou no Estádio das Antas e quando encerrou a sua fantástica carreira entregou a camisola número 2 a Jorge Costa número esse que é, ainda hoje, o do Capitão Bruno Alves.
João Pinto passou por um momento particularmente difícil quando em Fevereiro de 1986 foi internado de urgência para lhe ser retirado líquido da pleura. Chegou-se a temer que nunca mais pudesse voltar a jogar futebol e, um dia, correu mesmo o boato de que teria morrido. A Verdade é que 2 meses e meio depois estava de regresso aos relvados ainda a tempo de ser convocado para a selecção Nacional que disputaria o Campeonato do Mundo do México não tendo sido utilizado. Na época seguinte voltou às grandes exibições e nunca mais se ouviu falar da doença.
Bobby Robson uma vez definiu-o assim: «Possui um carácter invulgar, uma grande vontade de vencer e uma atitude irrepreensível. Até parece que tem dois corações e quatro pernas. É extraordinariamente difícil encontrar um jogador como João Pinto, com tanto entusiasmo, motivação e tamanha ambição. Mesmo quando se lesiona, não há dores, não há problema nenhum.».
Representou a Selecção Nacional por 70 vezes sendo a primeira contra a França (derrota 0-3) em 1983. A sua despedida da Selecção aconteceu precisamente no Estádio da Antas, em 1996, contra a Ucrânia (vitória por 1-0). Foi titular indiscutível durante 13 anos e em 1994 torna-se o jogador português com mais internacionalizações. Nesse ano, é titular em todos os jogos da Selecção Nacional que se classifica em 3º lugar no Europeu. Capitaneou a equipa das quinas em 42 ocasiões e ainda hoje é um dos jogadores portugueses com mais internacionalizações ocupando o 10º lugar na lista dos mais internacionais.
Depois de abandonar a carreira como jogador esteve 7 anos como treinador dos Juniores do Porto onde conquistou 2 títulos nacionais e a partir de 2006/07 passou a integrar a equipa técnica principal.
Para além de um grande jogador, João Pinto ficou conhecido pelas suas tiradas monumentais tais como:
O seu primeiro jogo na equipa principal do Porto aconteceu a 1 de Dezembro de 1981, pela mão de Hermann Stessl que o fez entrar aos 70 minutos para o lugar de Teixeira, na primeira mão da Supertaça contra o Benfica na Luz (derrota 0-2 mas o Porto viria a vencer a Supertaça depois de uma vitória nas Antas por 4-1 com 3 golos de Jacques). O seu primeiro jogo no Campeonato acontece a 6 de Dezembro frente ao Estoril (vitória 1-0). Na época de 1982/83, já com Pedroto como treinador, conquista definitivamente a titularidade como defesa direito e durante 16 anos realiza 407 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão até à sua despedida que acontece a 15 de Junho de 1997 num Porto-Gil Vicente.
João Pinto era um jogador que nunca virava a cara à luta e era essencialmente um jogador prático. Com o seu empenho e valentia, levava muitas vezes a equipa para a frente. Jogador duro quando era preciso formou com Jaime Magalhães uma temível asa direita – a melhor asa direita do Porto que eu me lembro de ver jogar. Não era particularmente dotado tecnicamente mas compensava com uma entrega ao jogo notável e como defesa era muito forte. Os seus cruzamentos para trás da baliza eram muitas vezes gozados mas também nesse aspecto conseguiu melhorar bastante.
João Pinto passou por um momento particularmente difícil quando em Fevereiro de 1986 foi internado de urgência para lhe ser retirado líquido da pleura. Chegou-se a temer que nunca mais pudesse voltar a jogar futebol e, um dia, correu mesmo o boato de que teria morrido. A Verdade é que 2 meses e meio depois estava de regresso aos relvados ainda a tempo de ser convocado para a selecção Nacional que disputaria o Campeonato do Mundo do México não tendo sido utilizado. Na época seguinte voltou às grandes exibições e nunca mais se ouviu falar da doença.
Bobby Robson uma vez definiu-o assim: «Possui um carácter invulgar, uma grande vontade de vencer e uma atitude irrepreensível. Até parece que tem dois corações e quatro pernas. É extraordinariamente difícil encontrar um jogador como João Pinto, com tanto entusiasmo, motivação e tamanha ambição. Mesmo quando se lesiona, não há dores, não há problema nenhum.».
Depois de abandonar a carreira como jogador esteve 7 anos como treinador dos Juniores do Porto onde conquistou 2 títulos nacionais e a partir de 2006/07 passou a integrar a equipa técnica principal.
Para além de um grande jogador, João Pinto ficou conhecido pelas suas tiradas monumentais tais como:
- No fim de um jogo um reporter pergunta ao João Pinto:
– João Pinto, o que é que achou do jogo?
– Ah, eu não achei nada, mas o Aloísio achou um pente no balneário!
– Comigo ou sem-migo, o Porto vai ser campeão!
– O meu coração só tem uma cor: azul e branco.
– Prognósticos só no fim do jogo.
– Pinto da Costa, é um homem com "O" grande.
— Chutei com o pé que estava mais à mão.
Repórter: – João Pinto, felicidades para o jogo.
JP: – Obrigado, igualmente.
Faço minhas as palavras de Bobby Robson!
ResponderEliminarGRANDE,MAS MESMO GRANDE DRAGÃO!
BIBÓ PORTO
Felizmente ainda tive a oportunidade de ver este símbolo do nosso FCP a jogar. É verdade que apenas acompanhei a fase terminal da sua carreira, já na fase menos exuberante da mesma, mas mesmo assim foi um privilégio poder assistir a este jogador em campo. Ainda hoje é idolatrado por muitos, e é o verdadeiro significado da expressão: "jogador à Porto".
ResponderEliminarEsses recortes únicos de quando falava à imprensa não são mais do que a expressão máxima de todo o seu carácter, acima de tudo era um jogador de uma simplicidade única.
Obrigado pela referência ao nosso grande capitão.
Abraço.
O Eterno capitão! João Pinto era mesmo um homem de "O" bem grande! :) Saudades! O rosto da mística portista!
ResponderEliminarEssa do "chutei com o pé que estava mais à mão" pensava que era uma tirada do filósofo Gabriel Alves
O Capitão do FCP pós Fernando Gomes e antes de Jorge Costa. UM enormíssimo jogador, com uma fibra e uma raça que entusiasmava toda a gente. A mística do FC Porto tem em João Pinto uma eterna referência. Eu cresci a ver João Pinto jogar. Era o meu capitão.
ResponderEliminarJogadores como ele já não existem!
Desconhecia essa do pente :P
ResponderEliminarMas com "argoladas" fora de campo, o que interessa é que em campo era um SENHOR!
Pena serem raros, jogadores à Porto como tu foste...
Do já muito que levo disto, de facto, este sim, foi, e continua a ser ainda hoje, o nosso «Capitão», do antes quebrar que torcer, nunca virando a cara à luta, vendendo cara, muito cara, até com juros, cada derrota, que era a voz de comanda e fazia estremecer qualquer um dos seus colegas com a possibilidade de terem que lhe prestar contas por não cumprirem o seu papel.
ResponderEliminarBobby Robson, tal como outros tb, aposto, definiu-o na perfeição: "carácter invulgar, uma grande vontade de vencer e uma atitude irrepreensível. Até parece que tem dois corações e quatro pernas. É extraordinariamente difícil encontrar um jogador como João Pinto, com tanto entusiasmo, motivação e tamanha ambição".
O Juôm, com toda a sua humildade, pontapés (mais que mtos) na gramática, mas dono d'um profissionalismo irrepreensivel, para mim, será sempre o verdadeiro e único, «Grande Capitão»!!!
ps - que saudades de vê-lo no velhinho Estádio das Antas, a fazer aquelas tão famosas diagonais, avançando no terreno... carago, que saudades, que gigantesco lateral direito nós tínhamos!!!!
Lembro-me bem do choque que foi quando se soube que tinha sido internado de urgência. Falou-se muito mas quase toda a gente dizia que dificilmente seria capaz de voltar a jogar quanto mais voltar a atingir a qualidade anterior. E ele, 2 meses depois voltou ainda a tempo de festejar mais um título, ir à Selecção e, no ano seguinte, lá estava ele a levantar a Taça dos Campeões no Prater. INESQUECÍVEL!
ResponderEliminarJoão Pinto foi sem a mínima dúvida um senhor capitão. É e continuara a ser um daqueles jogadores que nos marca a alma de Portistas.
ResponderEliminarO verdadeiro Dragão!
ResponderEliminarComo este,já não se fazem por aí...
João Pinto foi o 1º jogador que vi envergar a braçadeira de capitão do nosso clube. Uma verdadeira referência do que é ser um ”jogador à Porto”. Um vontade de vencer e garra em doses industriais, que fizeram dele a “marca” da mística do FC Porto.
ResponderEliminarSem dúvida, o grande e eterno CAPITÃO!
O VERDADEIRO!
ResponderEliminarObrigado Grande João!!
Um grande jogador, Um grande, grande capitão, um Sr. FCPorto.
ResponderEliminarPor falar em tiradas fez-me lembrar uma do Pinto da Costa sobre ele...
Num jogo da selecção, nas Antas, João Pinto fez um alívio de bola que bateu na trave e por pouco não foi auto-golo.
Entrevistado o Presidente sobre esse lance, PC respondeu magistralmente à provocação: " mandou à trave para não mandar para canto". Fantástico!!!
quanto a mim todos estão a esquecer de referir que nunca ter mostrado interece em deixar o FCP,apesar de ter sido considerado melhor LD Europeu!é isto que é AMOR ao Clube GRANDE João Pinto!
ResponderEliminarO verdadeiro n.º 2... GRANDE
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