28 janeiro, 2010

Tal como em Barrancos… é ilegal, mas (já) é tradição!

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

    Acordo com a Câmara de Lisboa valeu ao Benfica 65 milhões de euros
    PJ termina investigação sobre o financiamento do novo Estádio da Luz


    O Benfica encaixou 65 milhões de euros à custa do contrato-programa firmado com a Câmara de Lisboa, no âmbito do Euro 2004. Santana Lopes não é arguido, apesar de a PJ ter concluído que município, a que ele presidia, instrumentalizou a EPUL para financiar o Benfica.

    Já Carmona Rodrigues, à data dos factos vice-presidente da autarquia, é um dos cinco arguidos constituídos durante a investigação que a PJ acaba de concluir, sob a direcção da unidade especial do Ministério Público criada para investigar o Apito Dourado. Os restantes arguidos são ex-administradores da EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa.

    O inquérito centrou-se no contrato-programa assinado, em Julho de 2002, pela Câmara de Lisboa, EPUL, Benfica e Sociedade Benfica Estádio SA. O acordo fixava os moldes da participação da EPUL na construção do novo Estádio da Luz, para o Euro 2004.

    Um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF), que suportou o trabalho da PJ, apontou défices de transparência ao contrato-programa, referindo que as formas de apoio acordadas e atribuídas ao Benfica "consubstanciam verdadeiras comparticipações financeiras, concedidas por instâncias municipais". "O contrato contrariou os normativos legais vigentes", acrescentou a IGF, por não terem sido quantificados devidamente os encargos das entidades públicas envolvidas, em desrespeito pelos princípios da boa gestão dos dinheiros públicos. A investigação conclui que, ao aprovarem o referido contrato-programa, a Câmara e a Assembleia Municipal de Lisboa "instrumentalizaram a EPUL", fazendo-a assumir encargos directos de 18 milhões de euros na prossecução de fins estranhos ao seu objecto social. Mas, além dos 18 milhões, o Benfica encaixou mais 47, pois o contrato-programa ainda lhe permitiu vender um terreno à EPUL e receber outro da Câmara de Lisboa.

    Os 18 milhões referidos decorrem de dois negócios. Num deles, a câmara decidiu que a EPUL construiria 200 fogos, em terrenos seus, no Vale de Santo António, e entregaria um terço dos lucros da sua venda. O Benfica recebeu 9,9 milhões de euros, apesar de a EPUL nunca ter construído as 200 habitações. Segundo o então presidente da EPUL, Sequeira Braga, foi Santana Lopes quem definiu que seriam dados 10 milhões de euros ao Benfica, através de um projecto imobiliário da EPUL.

    A outra parcela dos 18 milhões resulta do compromisso da Câmara de pagar, através da EPUL, os ramais de ligações às infra-estruturas de subsolo para o estádio. Isto valeu ao Benfica oito milhões de euros, sendo que 80% das facturas que cobrou à EPUL respeitavam a serviços de consultoria: só 20% tinham a ver com os ramais. De resto, parte das facturas tinha data anterior ao contrato-programa.

    A IGF detectou ainda outra irregularidade naqueles oito milhões. Mais de um milhão era IVA, sendo que a operação em causa não estava sujeita a incidência deste imposto, por se tratar da comparticipação financeira, de uma entidade pública (EPUL), na construção de um equipamento desportivo.

    Nenhuma irregularidade detectada nas facturas do Benfica foi valorizada, para efeitos de responsabilização criminal dos dirigentes do clube.

    Inquirido, como testemunha, Santana Lopes assumiu que as negociações com o Benfica que conduziram à elaboração do contrato-programa foram feitas por si e pelo vice-presidente. Carmona Rodrigues, arguido, disse que o dossiê Benfica era tratado directamente por Santana Lopes. E, de resto, várias testemunhas e arguidos coincidiram na versão de que a execução do contrato-programa foi tratada ao mais alto nível, na EPUL, na Câmara e no Benfica.
fonte: jornal de noticias, 28.01.2010

9 comentários:

  1. O Manuel Machado é que tem razão quando diz:

    "Um vintém é um vintém e um benfiquista é um cretino."

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  2. Isto não dá em nada. Eles controlam tudo. Governo incluído.

    O Porto tem é q jogar muito mais do q tem jogado, lutar e correr mais q os outros (coisa q n tem feito) e ganhar, sempre, contra tudo e todos. E assim dá mais gosto.

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  3. Petróleo Fácil!
    é canja!
    Colo-Colo
    Outros petróleos-
    propaganda encornada:
    operação "eliminar qualquer tentativa da opinião pública se deixar influenciar pelas acusações de corrupção de que os Encornados são alvo"
    - Fazer passar a ideia que não compram árbitros, CD's xetuartes, que não mudam os ângulos das câmaras etc etc etc etc, vai daí vamos inventar que os nossos adversários estão comprados para nos ganhar! Esta é fraquinha...mas não acredito que fiquem por aqui... a máquina de guerra Ugandeza não pára . A nossa máquina é que está a demorar a arrancar ...

    A mehor istória (sic) de aliciamento para uma equipa nossa adversária nos ganhar, que me lembre,foi a feita pelo Zbordem ao PFerreira - a paga era comprarem carradas de móveis!

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  4. única coisa que me apetece comentar é mesmo o título do post... está soberbo Blue!

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  5. Comparar estes benefícios com os que a Câmara Municipal do Porto deu ao Porto e que tanta polémica levantaram aquando da eleição do palhaço Rio são pura coincidência. É fácil de ver agora porque é as gayvotas têm petróleo.

    É verdade que o Porto recebeu alguns benefícios aquando da construção do seu estádio mas o que os de Lisboa sempre receberam entre terrenos para construção de infraestruturas desportivas e ajudas para a construção dos estádios é 100 vezes mais do que nós alguma vez recebemos.

    Que eu saiba, nunca o Porto teve algum terreno doado pela Câmara Municipal e até para a construção do seu Estádio das Antas se fez uma subscrição pública sem interferência do poder local ou estatal.

    Este estado cada vez mais centralista tem de ser combatido e denunciado até à exaustão porque estamos num tempo em que a vergonha desapareceu e onde se gasta o que se tem e o que não tem em Lisboa e no resto do país põem-se portagens em Scut's sem alternativas e reduzem-se ao mínimo os investimentos.

    Não é fácil manter a calma com este estado a que chegou o país político e desportivo onde a vergonha passou a descaramento e já ninguém se preocupa em esconder. É roubar à descarada! Só não sei se o povo conseguirá manter a calma durante muito mais tempo e, nessa altura, não digam que a culpa é das gentes do Porto!

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  6. Governo, Camâra Municipal de Lisboa, imprensa, arbitragem... está tudo do lado deles!!! ISTO JÁ METE NOJO!!!

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  7. Mudam-se os tempos, mudam-se os bois, muda-se a pia, muda-se a casota e até mesmo o cadeado... mas a m**** que dali sai, daqueles gabinetes obscuros, é sempre a mesma... de cheiro nauseabundo.

    Há coisas que não mudam... e continuamos nos tempos dos 4 F's... Fado, Fátima, Futebol e FdP que se fartam de dar de comer aos mesmos suspeitos de sempre... e à vista desarmada, sem vergonha e com a maior desfaçatez!

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  8. Se foi legal ou ilegal não sei, a única coisa que sei é que é um situação normal de promiscuidade entre o clube do regime e os poderes locais e nacionais.

    De resto não sei quem investiga, mas sei o resultado, se for a PJ a fazê-lo e a procuradoria a acusar nem é preciso ir a tribunal, será tempo e dinheiro gasto.

    A nossa CS vai como de costume ligar o seu aparelhometro de lavagem cerebral para que tudo isto não passe de uma mera noticia.

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  9. Não, eu acho isto extraordinário! Acho mesmo... nem sequer pelo lado de se andarem sempre a armar aos impolutos (que infelizmente por razões de trabalho conheço de muitos lisboetas, há que dizê-lo, não é só dos benfas..) mas, é sobretudo pela incrível forma como se trafulha a todo o nível da esfera política, sempre em favor dos que já têm (sejam clubes ou não) e depois não há dinheiro para a formação (seja ela desportiva ou na educação)...
    Mais, se o Flopes que é SCP desviou este moneyzinho para o Benfica, que será que o Sbording levou para casa?...

    (Não estarão por aí a passar uns cruzados para ajudarem a tomar Lisboa aos mouros?...)

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