http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
A lengalenga nós já conhecemos de trás para a frente, de cor e salteado. De vez em quando, de cinco em cinco anos, lá dão um ar da sua (des)graça e voltam a berrar, como se nós não tivéssemos cansados de ouvir, que agora é que ninguém os vai parar, que um novo ciclo vai começar. O mais difícil parecia estar feito, depois de o campeonato se ter jogado não no campo, mas nos túneis de Braga e da Luz, com o alto patrocínio das leis do intratável senhor que outrora dirigia a Comissão Disciplinar da Liga.
Mas tinha que ser naquele ano, porque, como disse um infeliz qualquer de quem já não me lembro o nome, o país precisava daquele campeão. Dizem que eleva a auto-estima do povo e por isso estimula a economia do país. Mas olhamos para os números do desemprego, da dívida pública, da inflação ou do preço da gasolina, dos transportes, do pão, e parece que não há volta dar: a coisa piora de dia para dia.
Ainda na ressaca daquela masturbação colectiva provocada por aquele título que, pelos vistos, tinha que mesmo que ser deles, a pré-época foi ainda mais diabólica. Cada jogo era um hino ao futebol, havia um Jesus na terra e outro no céu e uma equipa que já o campeonato estava a festejar mesmo antes de começar - eles são assim, ganham uma vez e vivem na ilusão de que aquilo é eterno e depois surge naturalmente.
Com o campeonato já ganho, disseram, pasme-se, que até a “Champions” podiam ganhar. Ao nível deles, disse um dia o endeusado, só estava mesmo o Barcelona. Ora bolas, afinal o Lyon e o Schalke, que naquela altura perdia com tudo e todos na Bundesliga, pelos vistos, também estão – e o todo-poderoso Hapoel Telavive não ficou longe. Resultado: duas vitórias, quatro derrotas e a mais vergonhosa participação portuguesa na história de uma competição. A “Champions”, como o próprio nome indica, não é para eles. Porque jogar ali não é para quem quer, só mesmo para quem pode e quem tem o estofo europeu, que se a nós sobra, a eles tanto lhes falta.
E se lá fora foi o que foi, cá dentro foi ainda pior. Em Agosto, extasiados pela tal pré-época demolidora, o jogo era uma mera formalidade - a Supertaça já era deles. Aquela altivez, aquela sobranceria - que paradoxalmente o longo da história tanto os tem feito sofrer – prenunciava um suicídio colectivo… “Et voilá”, a história e a lógica retomaram o seu caminho normal e tudo se voltou a desmoronar. Eles desceram à terra com estrondo, muito estrondo, abrindo um buraco - tão profundo quanto a ilusão que os contamina - de onde não mais conseguiram sair. Porque depois, apareceu Roberto, o “flop” dos oito milhões. O terceiro guarda-redes do Atlético de Madrid - que a esta hora ainda festeja um negócio das arábias – abriu a época da caça com a mesma habilidade com que sai dos postes, e transformou a baliza em capoeira. E assim Jesus virou diabo e só ainda continua na Luz a mascar chiclete graças a um tal de Lacazette.
Porque aquela lição no Dragão, no inolvidável 7 de Novembro de 2010, onde foram vulgarizados, humilhados e ridicularizados pelo maior clube do Portugal democrático foi apenas uma consequência do traumatismo craniano provocado pela queda brutal na terra, em Aveiro. Aí sim, se anunciou o que em Braga se confirmou. Não foi o Xistra, não foi o Hugo Viana ou o Mossoró nem mesmo o meu querido Roberto que os fez brutalmente acordar daquilo que não era mais do que um sonho. Foi o peso e a força da história e o fantasma que pairou no Minho daquele que é por tradição o campeão.
Agora, atirem-se aos árbitros, atirem-se ao Roberto e a quem o escolheu. Façam queixa à Polícia e à Procuradoria-Geral da República, peçam audiências ao Governo. Estrebuchem por aí. Festejem a pré-época diabólica e a Taça da Liga, lamentem o título que já era vosso antes de o campeonato começar e lamentem a vitória na “Champions” que insanamente ousaram sonhar. Acordem para a dura realidade e comecem a chorar, porque este ano, meus caros, até de Sevilha vos vamos fazer lembrar.
Mas tinha que ser naquele ano, porque, como disse um infeliz qualquer de quem já não me lembro o nome, o país precisava daquele campeão. Dizem que eleva a auto-estima do povo e por isso estimula a economia do país. Mas olhamos para os números do desemprego, da dívida pública, da inflação ou do preço da gasolina, dos transportes, do pão, e parece que não há volta dar: a coisa piora de dia para dia.
Ainda na ressaca daquela masturbação colectiva provocada por aquele título que, pelos vistos, tinha que mesmo que ser deles, a pré-época foi ainda mais diabólica. Cada jogo era um hino ao futebol, havia um Jesus na terra e outro no céu e uma equipa que já o campeonato estava a festejar mesmo antes de começar - eles são assim, ganham uma vez e vivem na ilusão de que aquilo é eterno e depois surge naturalmente.
Com o campeonato já ganho, disseram, pasme-se, que até a “Champions” podiam ganhar. Ao nível deles, disse um dia o endeusado, só estava mesmo o Barcelona. Ora bolas, afinal o Lyon e o Schalke, que naquela altura perdia com tudo e todos na Bundesliga, pelos vistos, também estão – e o todo-poderoso Hapoel Telavive não ficou longe. Resultado: duas vitórias, quatro derrotas e a mais vergonhosa participação portuguesa na história de uma competição. A “Champions”, como o próprio nome indica, não é para eles. Porque jogar ali não é para quem quer, só mesmo para quem pode e quem tem o estofo europeu, que se a nós sobra, a eles tanto lhes falta.
E se lá fora foi o que foi, cá dentro foi ainda pior. Em Agosto, extasiados pela tal pré-época demolidora, o jogo era uma mera formalidade - a Supertaça já era deles. Aquela altivez, aquela sobranceria - que paradoxalmente o longo da história tanto os tem feito sofrer – prenunciava um suicídio colectivo… “Et voilá”, a história e a lógica retomaram o seu caminho normal e tudo se voltou a desmoronar. Eles desceram à terra com estrondo, muito estrondo, abrindo um buraco - tão profundo quanto a ilusão que os contamina - de onde não mais conseguiram sair. Porque depois, apareceu Roberto, o “flop” dos oito milhões. O terceiro guarda-redes do Atlético de Madrid - que a esta hora ainda festeja um negócio das arábias – abriu a época da caça com a mesma habilidade com que sai dos postes, e transformou a baliza em capoeira. E assim Jesus virou diabo e só ainda continua na Luz a mascar chiclete graças a um tal de Lacazette.
Porque aquela lição no Dragão, no inolvidável 7 de Novembro de 2010, onde foram vulgarizados, humilhados e ridicularizados pelo maior clube do Portugal democrático foi apenas uma consequência do traumatismo craniano provocado pela queda brutal na terra, em Aveiro. Aí sim, se anunciou o que em Braga se confirmou. Não foi o Xistra, não foi o Hugo Viana ou o Mossoró nem mesmo o meu querido Roberto que os fez brutalmente acordar daquilo que não era mais do que um sonho. Foi o peso e a força da história e o fantasma que pairou no Minho daquele que é por tradição o campeão.
Agora, atirem-se aos árbitros, atirem-se ao Roberto e a quem o escolheu. Façam queixa à Polícia e à Procuradoria-Geral da República, peçam audiências ao Governo. Estrebuchem por aí. Festejem a pré-época diabólica e a Taça da Liga, lamentem o título que já era vosso antes de o campeonato começar e lamentem a vitória na “Champions” que insanamente ousaram sonhar. Acordem para a dura realidade e comecem a chorar, porque este ano, meus caros, até de Sevilha vos vamos fazer lembrar.
Concordo a 100% com tudo o que foi escrito. Eu acho que só temos que agradecer à BOLA, Correio da Manha, SAPO, TVI,RTP, SIC e afins. Eles branqueiam a incompetência dos vermelhos, atiram areia para os olhos dos "6milhoes", eles papam tudo. São tão crentes (taxa de analfabetismo é enorme em Portugal) que acreditam em tudo o que se diz. Isto é optimo para nós, é sinal que vão continuar a perder mais vezes, nunca vão saber onde reside o verdadeiro problema da equipazeca deles. São uma equipa que vive da CS, porque o verdadeiro valor deles vê-se quando jogam contra uma equipa estrangeira, perdem ou ganham à rasca (caso sejam equipas vulgares, Estugarda, psg etc.) Bem o que quero dizer com isto, é que enquanto a CS proteger tanto os vermelhos eles vão continuar a perder e de modo categorico. Já viram bem o ataque em todas as frentes contra o FCP?! Bem siga a marcha, Lideres em todas as competições e isso é que conta.
ResponderEliminarEstá aí tudo, portanto... texto brilhante!
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=cK67j9jxolA&feature=fvwrel
ResponderEliminar:)))))
Os encarnados empataram, e se nós ganharmos os próximos dois jogos, poderemos ser campeões na Luz!!! É dar-lhes de beber o veneno que utilizaram no ano passado.
ResponderEliminar"ESTÁDIO DA LUZ --> RESERBADO"
Eh eh eh
Não podia estar mais completo, post fantástico!;)
ResponderEliminarBIBÓ PORTO
Sem dúvida que neste perfeito guião descrito pelo FARPAS, falta o epílogo: a conquista maeamática do título em pleno galinheiro.
ResponderEliminarSeguindo a cronologia dos factos a esta distância, tudo parece simples e simultaneamente ridículo.
Ás vezes é bom reflectirmos sobre as coisas que vão ocorrendo ao longo da época, porque temos a tendência de quando as coisas se resolvem, sermos mais tolerantes para com aqueles que odiamos.
Obrigado Farpas por refrescares algumas mentes para que continuemos a ser intolerantes para com tais parasitas
Um post onde não só comungo das palavras mas também quase que me as tiras da cabeça.
ResponderEliminarQuando o cerco aperta para aqueles lados a conversa é sempre a mesma, aliás mais do mesmo.
Isto sim é para reter na memória e que que não seja para atirar para o lado, não podemos ir na lenga lenga dos jornais como o próprio post indica.
Farpas desculpa o atraso e um abraço.
Farpas,
ResponderEliminaragradeço o reparo, a lembrança, o alerta, a obrigatoriedade de manter a guarda alta perante essa corja de falsos profetas da tão em voga, "verdade desportiva", mas acredita, a mim pessoalmente, não precisavas nem um pouco.
e queres saber porquê?
simples e directo... a esses, estando lá em cima, em baixo, ou lá no fundo, o ódio será eterno, e quero mais é que vão todos pá p*** que os p****... sem tirar, nem pôr!!!
no entanto, verdade seja dita... fascina-me o bom e salutar hábito de os ouvir permanente a ganir, pois é sinal que estamos no bom caminho, que estamos lá em cima, que continuam a invejar-nos.
pois se assim é, que assim continue por todo o sempre!!!