http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Adoro histórias. Não sou daqueles tipos que vão ao cinema, ao teatro ou lêem um livro à procura de grandes pormenores estilísticos, dum detalhe qualquer especial que os deixe a pensar durante horas na genialidade do autor.
Gosto do clássico “era uma vez”, do “casaram e viveram felizes para sempre”, do personagem que se sacrifica para que um bem maior prevaleça, do cowboy bom que mata o mau no final.
Também não me perturbo quando os factos estragam uma boa narrativa. Como é evidente: quem gosta duma boa história não se incomoda com essa maçada dos factos.
Deve ser por isso que ando divertidíssimo com a fantástica história do super Benfica. É uma coisa de fazer chorar as pedras da calçada, ou melhor, uma narrativa capaz de dar origem à elaboração de hinos gloriosos, de filmes épicos, digna de poemas que fazem dos Lusíadas uma historieta de vulgares plebeus.
Que interessam os factos? Que importa lembrar que estes heróis dos tempos modernos foram humilhados por uma equipa de terceira categoria israelita? A quem serve recordar que estes herdeiros de Ulisses foram humilhados em pleno Estádio do Dragão? Quem será que está interessado no detalhe de estarem a onze pontos de distância do primeiro classificado do campeonato português? Mas, há cidadão que esteja particularmente preocupado em saber que o todo poderoso Benfica não tem o melhor ataque, nem a melhor defesa do campeonato, nem o melhor marcador, nem tem mais ataques, nem mais remates à baliza, nem que em todas as casas de apostas o Porto apareça como muito mais provável vencedor da Taça Europa que o extraordinário Benfica?
E já que estamos no campo do puro delírio, será que ainda ninguém percebeu que a rapaziada vizinha do Colombo ainda não percebeu que não ganha dois campeonatos seguidos vai para 27 anos? Que a última vez que ganhou uma taça europeia foi há 49 anos?
Detalhes, caros consócios dragões, detalhes.
Mas querem mais um exemplo de belíssimas histórias? Ok, só mais uma.
O inefável Sobral, citado a semana passada pelo Antas, declara com a devida solenidade que “o F.C. Porto é um formidável exemplo de clube que falhou o crescimento”. A afirmação é tão extraordinária que, estou convencido, por este caminho o Sobral ainda vai ganhar muito dinheiro a escrever fábulas com ursos que se transformam em ovelhas ou vitórias do Maria da Fonte na Liga dos Campeões.
Claro está que vitórias na Liga dos Campeões, Taça UEFA, Supertaças Europeias, Taças do Mundo, pentacampeonatos, tetras não demonstram nada mais que uma terrível falha de crescimento. Bom, bom era se não tivesse ganho nada ou então não fosse bicampeão há muitos, muitos anos. Aí sim, isso mostrava uma enorme pujança.
Pois, pois, adeptos... Terá o sr. Sobral algum estudo que suporte o que afirma? Estará o bom do Sobral informado que esses poucochinhos adeptos, acreditando no que ele diz – não vale rir - , levaram o Porto a meia duziazita de vitórias? Será que ele nos pode demonstrar o que diabo esses adeptos todos dos outros clubes fizeram pelo clube que apoiam? No mínimo, o argumento do cavalheiro é um insulto a esses adeptos. Se são tantos e nem assim os levam às vitórias, quer dizer que não prestam. É assim, não é?
Aqui na minha muito amada cidade de adopção, com um sozinho simpático a bater por cima da ponte sobre o Tejo, vou abrir um livrito sobre fadas ou lobisomens e ler uma historieta divertida. Não é que não ache piada às que ouço sobre o clube de outro bairro que não o meu – eu é mais Madragoa -, mas confesso prefiro outras menos fantasiosas. Assim, enquanto leio, também me vou rindo com a falta de imaginação do autor. Este tipo tinha muito a aprender com Sobrais, Delgados, Vieiras, Silvas e afins.
Vivam as histórias da carochinha. Que os factos não estraguem uma boa narrativa. Isso nunca.
Gosto do clássico “era uma vez”, do “casaram e viveram felizes para sempre”, do personagem que se sacrifica para que um bem maior prevaleça, do cowboy bom que mata o mau no final.
Também não me perturbo quando os factos estragam uma boa narrativa. Como é evidente: quem gosta duma boa história não se incomoda com essa maçada dos factos.
Deve ser por isso que ando divertidíssimo com a fantástica história do super Benfica. É uma coisa de fazer chorar as pedras da calçada, ou melhor, uma narrativa capaz de dar origem à elaboração de hinos gloriosos, de filmes épicos, digna de poemas que fazem dos Lusíadas uma historieta de vulgares plebeus.
Que interessam os factos? Que importa lembrar que estes heróis dos tempos modernos foram humilhados por uma equipa de terceira categoria israelita? A quem serve recordar que estes herdeiros de Ulisses foram humilhados em pleno Estádio do Dragão? Quem será que está interessado no detalhe de estarem a onze pontos de distância do primeiro classificado do campeonato português? Mas, há cidadão que esteja particularmente preocupado em saber que o todo poderoso Benfica não tem o melhor ataque, nem a melhor defesa do campeonato, nem o melhor marcador, nem tem mais ataques, nem mais remates à baliza, nem que em todas as casas de apostas o Porto apareça como muito mais provável vencedor da Taça Europa que o extraordinário Benfica?
E já que estamos no campo do puro delírio, será que ainda ninguém percebeu que a rapaziada vizinha do Colombo ainda não percebeu que não ganha dois campeonatos seguidos vai para 27 anos? Que a última vez que ganhou uma taça europeia foi há 49 anos?
Detalhes, caros consócios dragões, detalhes.
Mas querem mais um exemplo de belíssimas histórias? Ok, só mais uma.
O inefável Sobral, citado a semana passada pelo Antas, declara com a devida solenidade que “o F.C. Porto é um formidável exemplo de clube que falhou o crescimento”. A afirmação é tão extraordinária que, estou convencido, por este caminho o Sobral ainda vai ganhar muito dinheiro a escrever fábulas com ursos que se transformam em ovelhas ou vitórias do Maria da Fonte na Liga dos Campeões.
Claro está que vitórias na Liga dos Campeões, Taça UEFA, Supertaças Europeias, Taças do Mundo, pentacampeonatos, tetras não demonstram nada mais que uma terrível falha de crescimento. Bom, bom era se não tivesse ganho nada ou então não fosse bicampeão há muitos, muitos anos. Aí sim, isso mostrava uma enorme pujança.
Pois, pois, adeptos... Terá o sr. Sobral algum estudo que suporte o que afirma? Estará o bom do Sobral informado que esses poucochinhos adeptos, acreditando no que ele diz – não vale rir - , levaram o Porto a meia duziazita de vitórias? Será que ele nos pode demonstrar o que diabo esses adeptos todos dos outros clubes fizeram pelo clube que apoiam? No mínimo, o argumento do cavalheiro é um insulto a esses adeptos. Se são tantos e nem assim os levam às vitórias, quer dizer que não prestam. É assim, não é?
Aqui na minha muito amada cidade de adopção, com um sozinho simpático a bater por cima da ponte sobre o Tejo, vou abrir um livrito sobre fadas ou lobisomens e ler uma historieta divertida. Não é que não ache piada às que ouço sobre o clube de outro bairro que não o meu – eu é mais Madragoa -, mas confesso prefiro outras menos fantasiosas. Assim, enquanto leio, também me vou rindo com a falta de imaginação do autor. Este tipo tinha muito a aprender com Sobrais, Delgados, Vieiras, Silvas e afins.
Vivam as histórias da carochinha. Que os factos não estraguem uma boa narrativa. Isso nunca.
Falam falam e não dizem nada!
ResponderEliminar"E já que estamos no campo do puro delírio, será que ainda ninguém percebeu que a rapaziada vizinha do Colombo ainda não percebeu que não ganha dois campeonatos seguidos vai para 27 anos?"
Isso doi-lhes e muito. Um clube que diz ser isto e aquilo, e na verdade a última vez que foi BI campeão eu ainda não era nascido... está tudo dito. E olhem que já estou a tirar um curso!! ;)
Um abraço PML
Pedro, eles ganham e muito...primeiras páginas de jornais, aberturas de telejornais ou de noticiarios radiofónicos.
ResponderEliminarNós ficamos com o resto.
Um abraço
É bem, PML. É bem. Estás acompanhado por milhares de portistas em Lisboa. E são todos os anos mais, pelas razões boas e pelas razões menos boas. Mas são cada vez mais.
ResponderEliminarEm última análise, estas histórias da carochinha prejudicam muito mais a eles do que a nós, pois é um permanente atirar de areia para os seus olhos. Mas não tenho dúvidas de que o objectivo é precisamente o contrário, e a realidade é que, não fosse esta postura forte e combativa que aprendemos com o nosso grande timoneiro que dá o peito a todas as balas, esta desvalorização constante e omnipresente do nosso clube e de todos os nossos feitos já nos podia ter feito mossa.
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