18 fevereiro, 2012

And now? See you in Manchester!

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Fez ontem precisamente um ano que cumpria um objectivo enquanto adepto do FC Porto: ver o meu clube no estrangeiro, ao vivo. Ano após ano os jogos vão sendo cada vez mais, a experiência aumenta, vai-se ficando mais maduro nestas andanças e o próximo passo era atravessar a fronteira de cachecol ao peito. Para muitos isso pode ser considerado absolutamente fútil, perfeitamente dispensável até, mas para mim não, como levo isto muito a sério, foi com enorme alegria que naquele dia me levantei às cinco horas da manhã e me desloquei a Sevilha de autocarro. Melhor estreia era impossível, vencemos 1-2 e abrimos caminho à grande conquista europeia que se seguiu, relembro aqui a crónica que na altura publiquei.

Passado um ano estou a poucas horas… do quarto episódio internacional! Em Maio levantei o caneco em Dublin e em Agosto fui espoliado no Mónaco pelo senhor do apito. Na próxima quarta-feira, dia 22 de Fevereiro, o nosso grupo (com mais de duas dezenas de elementos!!) parte às 6h30 da manhã rumo a Inglaterra! “Completamente loucos!”, dizem vocês, apaixonados pelo clube, dizemos nós. Não há resultado nenhum que nos faça recuar na decisão… às 17h, quando a bola começar a rolar, estaremos no City of Manchester a defender o nosso clube.

No último fim-de-semana os nossos ultras marcaram presença no jogo de andebol para a taça EHF que vencemos por dois golos de diferença. Super Dragões com excelente postura, muitos elementos e também alguns do Colectivo. Vário material presente e um bom apoio ao longo de todo o jogo garantiram a nossa vitória. Destaque para o mais recente cântico que foi entoado durante praticamente toda a segunda parte. Destaque, ainda mais evidente, merecem os meus quatro amigos que se deslocaram aos Açores para apoiar o hóquei em patins! Uma vénia ao Fernando, ao Daniel, ao Vítor e à Carla!! Obrigado pela vossa dedicação!

No Domingo à noite recepção ao Leiria. Depois do meu elogio à marcação do jogo contra o Vitória de Guimarães, voltaram os horários impróprios. Três pontos garantidos com “chapa 4”, este ano não será favas contadas, mas enquanto for possível vou acreditar sempre. 28 829 na noite gélida do Dragão. Sectores ultra não encheram mas apoiaram grande parte do encontro, com os picos a serem atingidos na última meia hora.

Regresso das competições europeias depois da habitual pausa entre Dezembro e Fevereiro, e logo uma recepção ao Manchester City, primeiro classificado inglês! Basta serem ingleses para se prometerem grandes invasões a nossa casa, mas para vos dizer a verdade deixaram-me a desejar e arrisco-me a dizer que foram os piores ingleses que por cá passaram. No estádio do Dragão já vi o Liverpool, o United duas vezes, o Arsenal e o Chelsea, três vezes cada!!! Os citizens, pelas minhas contas de cabeça, devem ter trazido entre 1500 a 2 mil adeptos. Não sei se chegaria a 2 mil, sinceramente.

Jogo grande, não é importante o preço dos bilhetes nem o dia, nem a hora, muito menos se o Porto está a jogar bem ou mal… vai tudo!! Pensassem sempre assim ao longo da época, isso é que era! 47 417, segunda melhor casa do ano, logo atrás da recepção ao regime. Ambiente extraordinário à entrada das equipas! Estádio cheio, e uma coreografia na bancada sul. A faixa gigante na parte de cima da bancada “Armada azul e branca” e três panos gigantes que cobriram por completo a Curva. Dois Dragões nas pontas e o emblema do FC Porto ao centro. A toda a volta do estádio tiras de plástico em diferentes tons de azul! Na Norte o Colectivo com sector a abarrotar e muito material presente. No sector visitante os ingleses lançam foguetes que chegam a embater na cobertura do estádio! Tudo muito giro… mas eu nem quero imaginar a reacção da polícia se isso acontecesse nos SD ou no C95. Porque não entraram no sector dos ingleses? Medo?! Oh, não me acredito!

Quanto ao apoio propriamente dito, Colectivo em muito bom plano, como já é hábito. O problema dos Super neste tipo de jogos é exactamente o número de elementos presentes. O que deveria ajudar, só complica, vejo melhores actuações contra clubes pequenos do que nos jogos grandes quando temos uma Superior Sul a rebentar pelas costuras. Talvez porque haja lá gente sem a mínima noção de que postura adoptar, vejo muito pára-quedista nestes jogos. Uma Curva onde não há espaço para mais uma mosca, mas em contrapartida durante os 90 minutos cantam um quarto dos presentes, dando a ideia (errada!) a quem está de fora, que está tudo calado.

Para azedar ainda mais a prestação, volta a haver problemas no meio da claque… com o jogo a decorrer. Problemas pode haver, mas devem ser resolvidos no local próprio e não durante o jogo com claro prejuízo para o FC Porto. Se se preocupassem em apoiar…

Os britânicos estiveram iguaizinhos… a si próprios. Um povo que quando abre a boca cala qualquer um, mas o problema é mesmo esse, só abrem a boca três ou quatro vezes por jogo. Na quinta-feira ouvi-os dois ou três minutos depois do empate, e no máximo cinco minutos depois do 1-2. Destaco o “Poznan” copiado aos polacos do Lech Poznan. Gostei de ver ao vivo, embora tenha mais impacto feito em maior escala. De qualquer forma, fica o registo.

Não posso também deixar passar em claro, a forma como os citizens adoptaram este cântico, depois de gozarem com ele. Aqui fica para que comprovem:


Um bom fim-de-semana a todos os portistas, eu cá vou aproveitar o Domingo para dar uma voltinha pelo Sado.

Um abraço ultra.

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