09 fevereiro, 2012

Acampamento nas Antas

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Este último fim-de-semana fez-me lembrar os muitos Sábados e Domingos que passei na companhia do meu pai, nas Antas. Dias preenchidos para ver jogar o mágico Porto seja em que modalidade for, seja em que escalão for. Do campo de treinos ao mítico estádio, passando pelo pavilhão Américo de Sá, eram sempre dias emotivos quando via o FC Porto, mesmo ainda em criança. A demolição do antigo pavilhão no início deste século, fez com que durante alguns anos as modalidades do nosso clube jogassem em sítios diferentes e todas afastadas umas das outras. Acredito que isso tenha dispersado muita gente, para além do apoio que foi difícil manter-se constante. Só tenho de saudar o recente Dragão Caixa, que me faz viver momentos que me trazem à memória recordações fantásticas.

Sexta-feira futebol indoor com as nossas velhas glórias, Sábado andebol e Domingo hóquei em patins, futebol e basquetebol… que querem mais?

Acaba a semana, janta-se e ruma-se ao Dragão Caixa. Lá se disputa o primeiro jogo de uma competição em que o FC Porto participa pela primeira vez, contra os Sp. Gijón. As estrelas que durante anos vimos jogar com a nossa camisola, voltaram a entrar em campo para gáudio dos portistas. Mais de 1300 adeptos nas bancadas vibraram com a vitória por 11-10. Vários elementos das nossas claques, Super Dragões e Colectivo, marcaram presença a fim de demonstrar gratidão a quem deu tudo por nós. Um dos momentos da noite foi o cântico ao Lucho González, que se estendeu ao pavilhão todo, quando foi avistado na bancada central.

No Sábado recepção ao Sporting, clássico em andebol. Mais uma vez uma excelente casa, cerca de 1600 pessoas. Ao contrário da época passada, este ano nenhum grupo ultra sportinguista marcou presença. Os nossos ultras estiveram em bom plano na bancada sul, com faixas e bandeiras e avistarem-se. FC Porto venceu fácil (30-21) e segue convictamente rumo ao Tetra! Mais uma excelente exibição de Hugo Laurentino, que por várias vezes foi brindado com cânticos vindos da bancada, merecidamente. Como é hábito, os jogadores retribuíram o apoio, cumprimentando os adeptos pessoalmente.

No Domingo, o dia mais aguardado. Clássico em hóquei em patins com os lampiões, logo depois de almoço. Como é costume neste tipo de jogos (infelizmente só nestes!!), a procura excede largamente a oferta. Pavilhão a rebentar pelas costuras (2115 Dragões), apoio constante à equipa de Tó Neves e hostilidade máxima ao rival de sempre. Excelente jogo de hóquei em patins e no final a nossa equipa ganha 6-5 e alarga para cinco pontos a vantagem sobre o segundo classificado: “Venceremos venceremos, venceremos outra vez, o Porto vai ser campeão, pela décima primeira vez…”, ouvia-se a plenos pulmões. SD e C95 com fortíssima presença, muito material e um poder vocal de invejar qualquer claque. Tivéssemos um terço daquele apoio todos os jogos e aqui vos garanto que o FC Porto não estava perto de perder um jogo, sequer.

Acaba o hóquei, tudo em êxtase e entra-se em estágio para o futebol. Cerca de uma hora de conversa, e pouco depois das 18h estava tudo a entrar no estádio. Dentro dos maus horários que se praticam em Portugal, é sem dúvida o melhor possível. Sabendo de antemão que não põem mais cedo, quem me dera jogar sempre aquela hora.

O VIII Exército marcou presença no estádio do Dragão, não interessa a quantidade, interessa sim é que lá estiveram. Em nossa casa estiveram 27.303 espectadores, é com certeza das melhores casas para a taça da Liga, aí está uma prova de que o horário também influencia. Nenhum dos sectores ultra encheu, mas ambas as claques estiveram em bom nível, diga-se. Rola a bola e no primeiro segundo de jogo a Curva Sul canta bem alto a musica de “El Comandante”, como que a dar-lhe as boas vindas. Ainda no primeiro quarta de hora o Colectivo levanta a frase “Para alguns, ser Dragão toda a vida tem um preço! Para ti, não! Bienvenido El Comandante… Lucho González! C95” e pouco depois os SD reforçam “Bem-vindo El Comandante, um digno Dragão, não joga pela $ifrão”, sempre com o cântico a acompanhar. Melhor ainda foi o golo que marcou, pode-se dizer que foi um momento indescritível na bancada…

Outro grande momento do jogo foi o lançamento de uma nova música por parte do Grupo 21 (sempre em grande: orgulho, raça e mentalidade!). Juntamente com os Casuals iniciaram o cântico que rapidamente se alastrou à bancada toda, embora ainda não tenha pegado totalmente. Aguardem as próximas tentativas. O ritmo é bom e fica no ouvido (tem origem em Itália… como não poderia deixar de ser!), a letra é curta mas expressa bem o que estamos ali a fazer e o que sentimos:

“Allez allez ohoh, allez allez ohoho… Sempre a cantar por ti, CONTIGO ATÉ AO FIM, tu és o nosso amooooor…!”

O vídeo que vos mostra de onde surgiu a inspiração para o mais recente cântico!


Termina o futebol e 650 adeptos ainda marcaram presença no basquetebol, que cilindrou o Terceira Basket, dos Açores. Em plena hora de jantar ainda havia tempo para mais um jogo, que fez com que o fim-de-semana terminasse em beleza: cinco jogos, cinco vitórias.

Segunda-feira de manhã começa a vida de estudos/trabalho… e já todos esperamos pela próxima “saga”!

Um abraço ultra.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo post.
    O Dragão Caixa fez renascer o espírito do Pavilhão Américo de Sá. E julgo que a afluência vai aumentar... Venham melhores dias neste país depauperado.
    Abraço muito Tripeiro.
    Bibó Porto!

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  2. Bravo, Tripeiro!
    Como me lembro bem desses dias inteiros nas Antas, formação, almoço no bar da piscina, modalidades e futebol.
    Agora já dou o lugar aos mais jovens e aí, tu levas a bandeira.

    Abraço

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  3. Grande Fim de semana!

    A mística do dragão caixa faz recordar as Antas (pavilhão e estádio), esperemos q no estádio do dragão se consiga tb esse ambiente na maior parte dos jogos.

    abraço

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