http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
FCPorto –Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto
Capítulo 5:1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte XV)
Época 1949-50 (Continuação)
Digressão aos Açores
6 Jun.1950 – O FC Porto chegou aos Açores para uma digressão durante a qual realizou três jogos. No porto de mar e nas ruas, Ponta Delgada dispensou à caravana portista a mais simpática, calorosa e entusiástica das recepções. O fervor clubista manifestou-se nas belas ilhas açorianas.
Vitória ante o Santos
Jun.1950 – Antes do fecho da temporada,o FC Porto impôs a primeira derrota aos brasileiros do Santos FC, então em digressão por Portugal, graças a um golo de velocíssimo Carlos Vieira.
Síndrome?!
O FC Porto ganhou ao Desportivo da Corunha, venceu o Santos do Brasil… Portanto… Seria que o FC Porto sofria da “síndrome da competição”?! Por que razão ganhava quase todos, senão todos, os jogos extra-competição e não obtinha resultados semelhantes quando disputava as provas nacionais? Poder-se-ia imputar a causa do “mal” ao poder sulista que queimava tudo o que fosse do Norte?
Começava, pois, a vingar a ideia de que a equipa de futebol do FC Porto era óptima no intervalo das competições. E a vitória sobre o Arsenal provava isso. Só que os portistas queriam mais, mesmo sabendo que os árbitros continuavam a ser os seus “anjos negros”.
1950 - Bilhar
Nasceu a Secção de Bilhar, fruto do entusiasmo de Portugal da Mata. Renascida nos anos 60 pela acção de Wilson Neves, revigorou-se em 1990 com Alípio Jorge.
Instalada na antiga Sede, hoje o Bilhar é uma modalidade muito prestigiada no clube, contando com mais de uma centena de atletas, equipas masculinas e femininas e uma Escola (a primeira em Portugal). O FC Porto é considerado a maior organização europeia da modalidade.
Equipamentos da década 1941/1950
No post V, do Capítulo I, iniciei a ilustração dos equipamentos por décadas. Os meus “bonecos”, de amador, têm servido para mostrar o que foi a roupagem do nosso Clube desde os primórdios. Entretanto, e em boa hora, abracei em parceria com o amigo Rui Saraiva um projecto ambicioso: a reboque da narrativa em “FC Porto – Dragões de Azul Forte”, estudar toda a história dos equipamentos e ilustrá-los com recurso à competência e profissionalismo de um ilustrador brilhante.
E assim, desde Julho de 2011, “Manto Azul e Branco” vem reunindo todas as ilustrações enquadrando-as no passado memorável do grandioso FC Porto. Pelo que, estando já publicadas as referentes à década em análise (1941-1950), não se justificam os meus “bonecos” e serão, a partir de agora, utilizadas as ilustrações do “Manto Azul e Branco”.
Eis então as que abrangem a década 1941/1950 (clique em cada hiperligação para aceder):
020: 1939-1943 – De novo os cordões no colarinho, o primeiro Bicampeonato
021: 1943-1945 – O efémero abandono dos cordões
022: 1945-1946 – Pela última vez… os célebres cordões!
023: 1946-1947 – Colarinho em V com grande gola branca
024: 1947-1950 – Meias azuis-e-brancas, pois claro, na vitória ante o Arsenal
025: 1950-1955 – Alternância do tom azul nos calções, a mesma faixa branca
Efeméride da década 1941-1950 – Inauguração do Museu Nacional Soares dos Reis
Cerca de dois anos depois do FC Porto ter conquistado o seu 1.º Bicampeonato de futebol, o Museu Nacional Soares dos Reis, instalado no Palácio dos Carrancas, no Porto, era inaugurado. Decorria o ano de 1942.
Antes, em 1833, foi criado por D. Pedro IV o chamado Museu Portuense e instalado no edifício do Convento de Santo António da Cidade actual edifício da Biblioteca Pública Municipal do Porto, em Santo Ildefonso.
Em 1911 o museu ganha nome de Soares dos Reis em homenagem ao escultor do Porto. Grande parte do espólio do modelador faz parte da colecção, sendo talvez a obra mais emblemática a bela escultura, em mármore, de nome “O Desterrado”.
Em 1940, o estado comprou à misericórdia o Palácio dos Carrancas para o que muito contribuiu o empenho do seu director, Vasco Valente.
Depois das obras de adaptação do novo edifício, da autoria do engenheiro Fernandes Sá, o museu foi inaugurado em 1942. À época, as alterações mais notáveis consistiram na transformação das oficinas da antiga fábrica em galeria com iluminação zenital (luz natural por meio de clarabóias), destinada à pintura, assim como a criação de outra galeria, desta feita de escultura, para alojar a obra de Soares dos Reis.
Durante a década de 1940, o museu é enriquecido com as colecções do Museu Municipal. De museu clássico, de Belas-Artes, passa a museu misto, incorporando as chamadas artes decorativas que assentam bem a um Porto industrial.
Sob a direcção do escultor Salvador Barata Feyo, na década de 50, o museu adquire obras de Pintura e Escultura a jovens artistas.
Em 1992, na sequência da criação do Instituto Português de Museus, o Museu Nacional Soares dos Reis iniciou um projecto de remodelação e expansão, da autoria do arquitecto Fernando Távora, concluído em 2001.
O Museu Soares dos Reis honra o Porto e os portuenses.
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto
Capítulo 5:1941 a 1950 – O centralismo da capital e o jejum (Parte XV)
Época 1949-50 (Continuação)
Digressão aos Açores
6 Jun.1950 – O FC Porto chegou aos Açores para uma digressão durante a qual realizou três jogos. No porto de mar e nas ruas, Ponta Delgada dispensou à caravana portista a mais simpática, calorosa e entusiástica das recepções. O fervor clubista manifestou-se nas belas ilhas açorianas.
Vitória ante o Santos
Jun.1950 – Antes do fecho da temporada,o FC Porto impôs a primeira derrota aos brasileiros do Santos FC, então em digressão por Portugal, graças a um golo de velocíssimo Carlos Vieira.
Síndrome?!
O FC Porto ganhou ao Desportivo da Corunha, venceu o Santos do Brasil… Portanto… Seria que o FC Porto sofria da “síndrome da competição”?! Por que razão ganhava quase todos, senão todos, os jogos extra-competição e não obtinha resultados semelhantes quando disputava as provas nacionais? Poder-se-ia imputar a causa do “mal” ao poder sulista que queimava tudo o que fosse do Norte?
Começava, pois, a vingar a ideia de que a equipa de futebol do FC Porto era óptima no intervalo das competições. E a vitória sobre o Arsenal provava isso. Só que os portistas queriam mais, mesmo sabendo que os árbitros continuavam a ser os seus “anjos negros”.
1950 - Bilhar
Nasceu a Secção de Bilhar, fruto do entusiasmo de Portugal da Mata. Renascida nos anos 60 pela acção de Wilson Neves, revigorou-se em 1990 com Alípio Jorge.
Instalada na antiga Sede, hoje o Bilhar é uma modalidade muito prestigiada no clube, contando com mais de uma centena de atletas, equipas masculinas e femininas e uma Escola (a primeira em Portugal). O FC Porto é considerado a maior organização europeia da modalidade.
Equipamentos da década 1941/1950
No post V, do Capítulo I, iniciei a ilustração dos equipamentos por décadas. Os meus “bonecos”, de amador, têm servido para mostrar o que foi a roupagem do nosso Clube desde os primórdios. Entretanto, e em boa hora, abracei em parceria com o amigo Rui Saraiva um projecto ambicioso: a reboque da narrativa em “FC Porto – Dragões de Azul Forte”, estudar toda a história dos equipamentos e ilustrá-los com recurso à competência e profissionalismo de um ilustrador brilhante.
E assim, desde Julho de 2011, “Manto Azul e Branco” vem reunindo todas as ilustrações enquadrando-as no passado memorável do grandioso FC Porto. Pelo que, estando já publicadas as referentes à década em análise (1941-1950), não se justificam os meus “bonecos” e serão, a partir de agora, utilizadas as ilustrações do “Manto Azul e Branco”.
Eis então as que abrangem a década 1941/1950 (clique em cada hiperligação para aceder):
020: 1939-1943 – De novo os cordões no colarinho, o primeiro Bicampeonato
021: 1943-1945 – O efémero abandono dos cordões
022: 1945-1946 – Pela última vez… os célebres cordões!
023: 1946-1947 – Colarinho em V com grande gola branca
024: 1947-1950 – Meias azuis-e-brancas, pois claro, na vitória ante o Arsenal
025: 1950-1955 – Alternância do tom azul nos calções, a mesma faixa branca
Efeméride da década 1941-1950 – Inauguração do Museu Nacional Soares dos Reis
Cerca de dois anos depois do FC Porto ter conquistado o seu 1.º Bicampeonato de futebol, o Museu Nacional Soares dos Reis, instalado no Palácio dos Carrancas, no Porto, era inaugurado. Decorria o ano de 1942.
Antes, em 1833, foi criado por D. Pedro IV o chamado Museu Portuense e instalado no edifício do Convento de Santo António da Cidade actual edifício da Biblioteca Pública Municipal do Porto, em Santo Ildefonso.
Em 1911 o museu ganha nome de Soares dos Reis em homenagem ao escultor do Porto. Grande parte do espólio do modelador faz parte da colecção, sendo talvez a obra mais emblemática a bela escultura, em mármore, de nome “O Desterrado”.
Em 1940, o estado comprou à misericórdia o Palácio dos Carrancas para o que muito contribuiu o empenho do seu director, Vasco Valente.
Depois das obras de adaptação do novo edifício, da autoria do engenheiro Fernandes Sá, o museu foi inaugurado em 1942. À época, as alterações mais notáveis consistiram na transformação das oficinas da antiga fábrica em galeria com iluminação zenital (luz natural por meio de clarabóias), destinada à pintura, assim como a criação de outra galeria, desta feita de escultura, para alojar a obra de Soares dos Reis.
Durante a década de 1940, o museu é enriquecido com as colecções do Museu Municipal. De museu clássico, de Belas-Artes, passa a museu misto, incorporando as chamadas artes decorativas que assentam bem a um Porto industrial.
Sob a direcção do escultor Salvador Barata Feyo, na década de 50, o museu adquire obras de Pintura e Escultura a jovens artistas.
Em 1992, na sequência da criação do Instituto Português de Museus, o Museu Nacional Soares dos Reis iniciou um projecto de remodelação e expansão, da autoria do arquitecto Fernando Távora, concluído em 2001.
O Museu Soares dos Reis honra o Porto e os portuenses.
- No próximo post.: Capítulo 6,1951 a 1960 – Contestação a Lisboa; a “dobradinha” (Parte I) – Época 1950-51; Dias dos Santos (FCP) vence, pela segunda vez consecutiva, a Volta a Portugal em bicicleta; Campeonato Nacional; treinadores Anton Vogel e Dezso Gencsy; biografia de Dezso Gencsy; Taça de Portugal; regresso do treinador argentino Eladio Vaschetto; momento de grande simbolismo: lançada a semente da relva do Estádio das Antas; Dr. Urgel Horta de novo na Presidência; biografias de Urgel Horta e de Ângelo Carvalho.
Mais um grande e importante passo na descrição da História do F. C. Porto, e respectivo enquadramento cronológico. Como neste caso do Museu Nacional Soares dos Reis, do Porto (curiosamente em homenagem ao escultor desse nome, e não, mas até poderia ser, ao guarda-redes do mesmo nome, que defendeu as balizas do F. C. Porto), o que naturalmente traz à ideia outro que há-de haver... fazendo precisamente 70 anos de distância entre o histórico da cidade e o novo que vai surgir no Dragão!
ResponderEliminarMais uma bela página da nossa história. Impressionante a multidão que se registou na digressão Portista aos Açores.
ResponderEliminarE venha de lá esse Museu, já que nos presenteias aqui com parte do capítulo de hoje dedicado ao museu Soares dos Reis.
Um abraço.
Ao domingo de manhã a visita ao Museu Soares dos Reis é gratuita. E às 1100h há uma visita guiada, também gratuita. Apareçam!
ResponderEliminarBela página, mais uma e que se começa a aproximar das minhas memórias...
ResponderEliminarAbraço
Muito obrigado "Anónimo" pela informação. Se eu estivesse no Porto aproveitava, sem dúvida, embora já conheça o Museu. Aconselho a visita a todos os amigos.
ResponderEliminarAbraço.
E chegou ao fim o 5.º Capítulo. Vamos entrar na década de cinquenta e, como diz o amigo Vila Pouca, aproximam-se as nossas memórias, as dos “velhotes” de 60 e 50 anos. Ah, por falar em velhotes: aqui há dias um gajo, calimero e armado em esperto, chamou-me de “avozinho” no Facebook. Eu respondi (elegantemente…) assim: ainda não sou avô, mas não me incomoda que me chame de avozinho. Porque na verdade você é um… leãozinho bebé ou, na melhor das hipóteses, um garoto calimero.
ResponderEliminarHoje eles (calimeros) tiveram outro garoto a arrumar o Nacional da Madeira…
NB.: na próxima publicação inicia-se o 6.º Capítulo. O que mencionará a primeira DOBRADINHA. Espero continuar a contar com o V/interesse. Obrigado.
Abraço.
BibÓ POOOOORTO!
E pronto, mais uma década de história está documentada. E muito bem. Dizes que os teus “bonecos” de amador não passam disso. Eu acho que não e veja-se só a ilustração que colocas neste post! Claro que as ilustrações do Rui são extraordinárias. Mas as tuas não parecem de “amador”.
ResponderEliminarVenha lá a “dobradinha”.
Beijos.
Ah, também gostei deste desenho dos equipamentos. Aliás, quer este,quer os da rubrica "manto sagrado...", cada um no seu género gráfico, estão impecáveis!
ResponderEliminar