ARTDECO.

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“É o número dez, finta com os dois pés, é melhor que o Pelé, é o Deco allezzzz alleezzz” – Assim cantei por ele, assim cantamos todos por ele!
Mas...
“Seja de noite ou de dia, no Dragão em qualquer Estádio, 99 é o Baía, defende o Porto em todo o lado, aqui saltando estamos torcendo, aqui cantando vamos torcendo, aqui gritando sempre torcendo por tiiii... BAIAAAAAA” – Também cantei assim por outro.
Como cantei pelo Domingos, como cantei pelo Jorge Costa, como cantaria pelo Fernando Gomes e por aí fora...

Aplaudo a iniciativa, Deco foi sem dúvida dos melhores jogadores que passaram pelo relvado das Antas e do Dragão, Deco marcou uma geração e marcou um ciclo de vitórias, catapultou ainda mais o Porto para o estrelato europeu. É óbvio que o Futebol Clube do Porto terá que aproveitar o facto de Deco ser “apaixonado” pelo clube para explorar isso do ponto de vista comercial. O amigável que junta o Porto de 2004 com o Barcelona de 2006 marcando assim o jogo de “despedida” dos “seus” adeptos é de aplaudir.

No entanto, e sem criticar, mas lamentando, julgo que outros jogadores mereciam uma despedida condigna dos seus adeptos, entre todos os que elenquei o que mais me “custa” não ter tido uma despedida condigna é Vítor Baía.
O “vitor” cresceu com o nosso emblema ao peito, voltou como um filho pródigo para a sua casa, abdicou da braçadeira de capitão quando o bem estar e o equilíbrio do grupo assim o “recomendava”, fez a transição pacifica para Helton sempre apoiando o colega e demonstrando que o mais importante no Futebol Clube do Porto não é o nome que está nas costas mas o símbolo que trazia ao peito e no fim, num jogo com o Leixões na última jornada são lhe dados uns míseros minutos.
Não merecia o nosso Vítor mais?
Não merecia o nosso Vítor um Estádio cheio para o ovacionar?
Não merecia o nosso Vítor mais do que uns minutos num jogo de última jornada?
Não merecia o nosso Vítor ouvir mais uma vez a curva a cantar por ele?
Não merecia o nosso Vítor mais uns “BAIIIIIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA”?

Tenho a esperança que ele um dia tenha esse “momento”. Bem sei que foi integrado na estrutura, bem sei que foi convidado para o FC Porto Vintage, no entanto, acho (por mim falo) que me falta dizer-lhe um “obrigado por tudo” enquanto o aplaudo, não a defender num jogo de futsal ou enquanto passeia de fato e gravata com credencial por entre cocktails, mas sim enquanto ele próprio também agradece os anos de dedicação que lhe prestamos na sua, nossa, baliza!