14 janeiro, 2016

SABER SOFRER PARA VENCER.

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BOAVISTA-FC PORTO, 0-1

Taça Portugal, quartos-de-final
qua, 13 Janeiro 2016 • 20:30
Estádio: Bessa, Porto
Assistência: -


Árbitro: Nuno Almeida (Algarve).
Assistentes: Paulo Ramos e Pais António.
4.º Árbitro: Sérgio Piscarreta.

BOAVISTA: Mika, Tiago Mesquita, Philipe Sampaio, Hackman, Carlos Santos (c), Idris, Reuben Gabriel, Anderson Carvalho, Rúben Ribeiro, Uche Nwofor, Renato Santos.
Suplentes: Mamadou Ba, Douglas Abner (80' Idris), Ancelmo Bessa, Samu, Zé Manuel (64' Uche Nwofor), Uchebo (74' Anderson Carvalho), Bukia.
Treinador: Erwin Sánchez.

FC PORTO: Helton (c), Maxi, Martins Indi, Marcano, Layún, Danilo, Herrera, Evandro, Varela, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Casillas, Rúben Neves (84' Brahimi), Tello, José Ángel, Corona, André Silva (90+4' Aboubakar), Imbula (37' Evandro).
Treinador: Rui Barros.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Brahimi (24').
Disciplina: cartão amarelo a Uche Nwofor (58'), Danilo (58'), Marcano (64'), Brahimi (67'), Maxi (76'), Helton (c) (77'), Martins Indi (90+5'); cartão vermelho a Imbula (68').

O FC Porto está nas meias-finais da Taça de Portugal. Mas não se pense que foi fácil o jogo desta noite no Estádio do Bessa. Três dias antes, o FC Porto tinha goleado o Boavista no mesmo estádio por cinco bolas sem resposta mas este jogo foi completamente diferente.

Os Dragões tiveram que suar as estopinhas, sofrer e passar um mau bocado para levar de vencida a equipa axadrezada. Depois de na primeira parte em que teve o ascendente na partida, com algumas boas oportunidades para decidir o jogo, os portistas foram encostados às cordas na etapa complementar e experimentaram um pouco de tudo.

Saber sofrer também é uma arte e, muitas vezes, é nestes jogos e neste tipo de jogos que se vencem jogos, campeonatos e se ganha uma equipa.

Na segunda parte, momentos houve que deixaram a decisão do jogo em suspenso. Imbula (entrou para o lugar de Evandro ainda na 1ª parte) foi expulso aos 68 minutos por entrada sobre um adversário numa decisão ridícula do árbitro Nuno Almeida.

O jogador portista entrou sobre um jogador adversário, calcando o seu pé. Motivo para amarelo mas o árbitro exibiu o vermelho. E todas as entradas anteriores a esta, da parte dos jogadores do Boavista, bem mais perigosas, não foram sancionadas com qualquer cartão.

Aos 45 minutos, Idriss teve uma entrada por trás com os pitões no calcanhar de Herrera. Siga o jogo. No período de desconto da primeira parte o mesmo jogador axadrezado entrou com os pitões levantados num lance divido com Maxi, acertando no pé do jogador e não na bola. Não se passou nada. Continua o jogo. Aos 73 minutos, mão de um jogador do Boavista na cara de Herrera, mais uma vez o artista do apito nada mostra. E, por fim, aos 75 minutos, Idriss pontapeou Maxi na cabeça como se fosse uma bola quando este estava no chão após queda do uruguaio.

Uma dualidade de critérios gritante que só teve uma intenção. Colocar o FC Porto fora da Taça de Portugal seja porque meios tivesse que ser. Mas a equipa portista revelou estar coesa e passou com muito mérito às meias-finais da competição.

Brahimi decidiu o jogo aos 24 minutos numa jogada individual. Após recepção a um passe de Layún, o argelino entrou na área com a bola controlada com dois defesas contrários em cima e com um toque em esforço desviou a bola para a baliza. Este foi o golo que ditou o resultado final mas a história do jogo foi muito para além disto.

Nesta primeira parte, o FC Porto quis decidir o jogo mas sem a intensidade do jogo de há três dias. As coisas não saíram bem, o estado do relvado estava péssimo com muita areia e o Boavista entrou de garras afiadas. No entanto, o FC Porto conseguia fazer um jogo de posse e atacava sempre que podia a baliza adversária.

Após o golo, o FC Porto manteve o ritmo e a ordem era para fazer o 2-0 que só não aconteceu, por mero acaso. Numa delas, Marcano rematou de cabeça ao poste. O melhor do jogo ainda estava para vir mas ficou para a etapa complementar.

Na segunda parte, o Boavista surpreendeu o FC Porto. Os axadrezados empurraram o FC Porto para a sua área e atacaram constantemente a baliza portista, não permitindo que os Dragões pudessem responder.
O FC Porto foi encostado às cordas, principalmente depois da expulsão de Imbula. No entanto, antes disso, Aboubakar poderia ter sentenciado o jogo com um remate com estrondo à barra da baliza boavisteira mas a sorte não quis nada com o camaronês.

Depois veio o pior momento mas a que o FC Porto resistiu. Expulsão, já referida, de Imbula, jogar com 10 contra 14 e depois dois momentos antagónicos na partida e pelos mesmos protagonistas: Helton e Indi.

Aos 87 minutos, o guarda-redes brasileiro facilitou na recepção da bola na área e é surpreendido por Uchebo que lhe retirou a bola e rematou para a baliza deserta onde apareceu Indi a salvar sobre a linha de baliza. E depois aos 94 minutos, o mesmo Indi comete penalty de forma infantil sobre Douglas Abner. O mesmo jogador atirou para a defesa perfeita de Helton, salvando a honra do convento.

Um jogo difícil, exigente e que serviu de muito para motivar e fortalecer os jogadores e a equipa que têm andado longe dos bons momentos. Havia que sofrer e segurar a qualificação, num dérbi onde a intensidade, paixão e emoção estiveram sempre presentes.

O FC Porto desloca-se no próximo Domingo a Guimarães para iniciar a 2ª volta da Liga NOS. A Taça de Portugal regressa a 3 de Fevereiro com o FC Porto a deslocar-se a Barcelos para defrontar o Gil Vicente na 1ª mão das meias-finais da prova.



DECLARAÇÕES

Rui Barros: “A equipa esteve junta, com querer e vontade”

Após a suada vitória no terreno do Boavista, por 1-0, esta quarta-feira, em jogo dos quartos de final da Taça de Portugal, Rui Barros realçou que o FC Porto foi uma equipa unida, “com querer e vontade”, especialmente após o momento em que ficou reduzida a dez unidades, aos 68 minutos. O treinador garantiu ainda que está disponível para “servir o clube” de todas as formas e que irá continuar a “passar a mensagem” aos jogadores, enquanto estiver no comando técnico.

“Estes jogos são sempre difíceis, especialmente na Taça, e tratava-se de um dérbi. Sabíamos que ia ser uma partida diferente da do campeonato, com um Boavista muito mais presente, agressivo e intenso. Também levámos o jogo para esse lado, estivemos juntos, unidos e com espírito de sacrífico, e no fim valeu a pena”, declarou o treinador, em entrevista rápida. Rui Barros considerou que os seis cartões amarelos e um vermelho mostrados à equipa não foram merecidos, mas prevaleceu o espírito de grupo. “A equipa esteve junta, com querer e vontade”, lembrou.

Já na sala de imprensa, o técnico fez uma análise mais pormenorizada à partida. “Na primeira parte fomos superiores, a equipa quis ter a bola e criou algumas oportunidades. Na segunda parte houve jogo direto por parte do Boavista e nós tivemos algumas dificuldades nas segundas bolas. Os jogadores ficaram diferentes e tivemos muito mais dificuldades. Depois da expulsão ficou na cabeça dos jogadores defender o resultado, que dava a passagem às meias finais, que era o nosso objetivo”, resumiu.

O treinador foi igualmente muito questionado acerca da sua continuidade no cargo, mas a resposta foi sempre igual: o objetivo é “servir o clube”, que também “deu muito” ao antigo avançado. “O futuro, logo veremos. O importante é que possa dar o meu melhor enquanto aqui estiver. Vou tentar passar a mensagem aos jogadores e dar a minha experiência, mas, acima de tudo, os jogadores também querem honrar a camisola. O importante foi passar às meias-finais e é esta taça que queremos.”



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO

7 comentários:

  1. O Maxi parece querer assumir o papel de líder do grupo. Pelo menos é isso que me deu a entender no período de aquecimento pre-match.

    Porto sempre

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  2. Nada me move contra o Varela, mas hoje parece possuído por um espírito que não gosta mesmo é nada sabe de futebol!

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    1. Peço desculpa mas não vimos o mesmo jogo.

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    2. Rui, o meu comentário foi colocado eram decorridos 20 minutos de jogo.
      Depois disso o Varela foi melhorando, mas não muito...
      Agora o que é preocupante é a arbitragem vergonhosa contra nós e ninguém com peso se insurge contra esta situação!!!

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  3. Arbitragem vergonhosa que tudo fez para nós prejudicar.Os vermelhos e os verdes tudo fazem e nada lhes acontece e nós somos sempre prejudicados. Defesa central de categoria é urgente. Suk afinal é nosso ou não? Política de comunicação miserável sem respeito pelos sócios.A Sad perante o colinho que é dados aos outros nada diz e quando somos prejudicados como hoje também não??? Tenham vergonha na cara que esse silencio só nos envergonha.

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  4. Arbitragem vergonhosa.
    Acorda SAD.
    #FCPorto

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  5. Concordo em absoluto. Se não têm força para falar dêem lugar a outros. Reparem bem na postura do Sr. Antero Henriques. VERGONHA!!!

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