25 janeiro, 2016

OBJECTIVOS MÍNIMOS ALCANÇADOS.

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FC PORTO-MARITIMO, 1-0

Primeira Liga, 19ª jornada
dom, 24 Janeiro 2016 • 20:30
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 32.120 espectadores


Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e Inácio Pereira
4.º Árbitro: Duarte Oliveira

FC PORTO: Casillas, Maxi, Indi, Marcano, Layún, Danilo, André André, Herrera (c), Corona, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Maicon, Rúben Neves (73' Herrera), Varela (82' André André), Sérgio Oliveira, Imbula, Suk (69' Aboubakar).
Treinador: José Peseiro.

MARITIMO: Salin, João Diogo (c), Fransérgio, Romário, Patrick, Fernando Ferreira, Alex Soares, Éber Bessa, Edgar Costa, Dyego Sousa, Marega.
Suplentes: José Sá, Briguel (32' Marega), Diallo, Plessis, Xavier, Baba (75' Éber Bessa), Lynneeker (86' Alex Soares).
Treinador: Nelo Vingada.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Salin (22' ag).
Disciplina: cartão amarelo a Maxi (38'), Edgar Costa (45').

O FC Porto regressou ao Dragão depois de alguns jogos fora de casa. Este regresso coincidiu com a estreia de José Peseiro no comando da equipa. Os objectivos para este jogo eram muito claros. Arrecadar os 3 pontos. Nada mais interessaria.

Depois dos adversários directos terem vencido no dia anterior, ao FC Porto não restava senão vencer o jogo perante um adversário difícil e que tem sido a besta negra dos Dragões nos últimos tempos. O FC Porto fez mais do que o suficiente para merecer a vitória só que há iluminados que estão todo o tempo a criticar e a exigir aquilo que não é exigível de momento. Quando é hora de elogiar, fogem como ratos do porão.

A hora é de lutar pelos 3 pontos jogo a jogo, mesmo a jogar mal, a falhar passes e a tentar jogar mas não conseguir praticar o futebol pretendido. Apesar de tudo, já se vê algum corte com o passado recente.

O jogo praticado tende a fugir bastante ao jogo praticado na era Lopetegui. Ainda se vêem vícios e rotinas do basco mas também vê-se já passes de ruptura, desmarcações em profundidade para os alas e tentativa de chegar à baliza de uma forma mais directa. Só que as coisas não saem no imediato. José Peseiro tem muito trabalho pela frente e iremos, com certeza, ver semana a semana a evolução no jogo praticado e os apaniguados mais satisfeitos.

Os insultos fáceis e baratos vão desaparecer, dando lugar ao silêncio porque elogiar é difícil. Insultar e criticar é fácil. Os jogadores deixarão de ser insultados e passarão a exibir todas as suas qualidades.

O onze foi o mesmo em relação a Guimarães. Mas com uma alteração no esquema tático. Do 4x3x3, o FC Porto passou para 4x2x3x1, lembrando um pouco o sistema de Paulo Fonseca, com André André a encostar ao ponta-de-lança e Danilo e Herrera a formar o duplo pivôt. José Peseiro irá com certeza melhorar a dinâmica deste sistema até porque parece ficar uma distância muito grande entre os elementos mais recuados do meio-campo e o médio mais ofensivo.

Por outro lado, a escolha das melhores opções para o meio-campo ainda não está definida. Peseiro sabe que tem lacunas por preencher, principalmente no sector recuado. Urge encontrar um patrão na defesa, bem como um médio ofensivo de grade qualidade que faça a ligação entre o meio-campo e o ataque.

Além disso, acrescentar que há muito trabalho a fazer a nível psicológico e anímico, visto que há jogadores que estão numa péssima forma mas que a qualidade está toda à vista. José Peseiro terá a missão de fazer sobressair e potenciar toda a qualidade para mostrar a um bando de mentecaptos que as coisas não são tão más como pintam.

No meu ponto de vista de treinador de bancada, ou seja, de leigo, não compreendo a titularidade de Herrera no meio-campo portista. O mexicano defende, faz intercepções mas depois falha passes infantis e tem perdas de bola em zonas proibidas. Depois com uma defesa composta por 2 centrais que não estão na melhor das suas faculdades, esta situação pode ser fatal em muitos jogos.

Rúben Neves e Sérgio Oliveira, neste momento, são duas opções bem mais credíveis do que Herrera para a zona do miolo, principalmente o primeiro, uma vez que pode alternar na posição 6 com Danilo.

Nos primeiros minutos de jogo, ambas as equipas tentaram chegar à baliza contrária, com o Marítimo a ter alguma supremacia. Mas depois os dragões foram crescendo e só deu FC Porto, apesar das carências e deficiências na construção do jogo ofensivo.

Aos 22 minutos, o FC Porto fez o golo que ditaria o resultado do jogo. Maxi cruzou na direita para a área, Salin saiu da baliza e sacudiu a bola que sobrou para Layún. Este entrou na área, cruzou para André André que de primeira rematou com estrondo à barra. A bola bateu nas costas de Salin e entrou na baliza. A sorte apareceu, ao contrário dos últimos jogos, em que o azar e alguma aselhice de alguns jogadores ditaram os desfechos menos desejáveis.

Seguiu-se então uma fase de maior intensidade portista. Maxi Pereira foi derrubado na área no minuto seguinte mas o árbitro mandou jogar. Na sequência, Corona rematou ao lado com todas as condições para aumentar o score. Contra a maré, o Marítimo chegou à área portista num cabeceamento de Dyego Sousa à trave.

Maxi Pereira logo a seguir é carregado pelas costas na grande área insular e o árbitro exibe o cartão amarelo ao uruguaio. O que é preciso aos árbitros para marcar uma grande penalidade a favor do FC Porto? Arrancar uma perna, partir um braço? É que os lances claros e evidentes já não chegam.

A vantagem mínima era curta ao intervalo. O resultado certo seria 3-1. Na etapa complementar, o FC Porto não tirou o pé do acelerador e isso foi um ponto positivo do jogo. Os jogadores tentaram manter a bitola, mesmo com as deficientes construções ofensivas. O Marítimo rematou algumas vezes mas na direcção do Dolce Vita, excepto uma vez à figura de Casillas.

Salin disse não a um possível golo de André André e Jesus Corona surgiu, por duas vezes, isolado frente ao guardião maritimista.

Vitória mais que justa do FC Porto que ficou a dever a si próprio e ao árbitro (mais outro artista) dois pares de golos. Aliás o homem do apito e os seus pares estiveram também muito mal na lei do fora-de-jogo, cortando dois lances de golo iminente à equipa portista.

O FC Porto joga na próxima 4ª feira frente ao Feirense para a Taça da Liga, jogo que servirá apenas para cumprir calendário. José Peseiro deverá poupar grande parte dos titulares para o próximo fim-de-semana quando o FC Porto se deslocar à Amoreira para defrontar o sempre difícil Estoril-Praia.



DECLARAÇÕES

José Peseiro: “A equipa vai render mais”

José Peseiro deu os parabéns aos jogadores e ao público em declarações logo após a vitória do FC Porto frente ao Marítimo (1-0), mas garantiu também que a equipa irá jogar melhor no futuro. Garantido o objetivo de somar os três pontos, num jogo que “não foi fácil”, o treinador olha com otimismo para uma semana de trabalho “mais completa”, em que o plantel poderá conhecer melhor “as ideias de jogo” da nova equipa técnica, sendo que há matéria prima e “humildade” para uma evolução rápida.

“Hoje jogámos em 4-2-3-1 e não em 4-3-3, mas o que importa é a vitória. Na terça voltamos ao trabalho e isso é muito importante para melhorar individual e coletivamente a nossa performance. A equipa vai render mais, não tenho dúvida. Há uma grande exigência e responsabilidade, porque não e fácil jogar no FC Porto”, afirmou Peseiro, na flash interview. O técnico sublinhou depois o apoio do público, determinante para uma equipa com “muita gente nova” e que por vezes pode “sentir um pouco a responsabilidade”: “Esses momentos limitam a capacidade coletiva e individual, mas hoje tivemos aqui portistas com vontade de nos ajudar e que deixaram os assobios, apesar de sabermos que eles têm de ser exigentes. A equipa tem de jogar com essa exigência, mas os jogadores também precisam agora de um pouco de carinho”.

Em relação ao encontro propiamente dito, o ribatejano viu uma “entrada tensa” dos Dragões, que depois conseguiram reagir e “mudar essa tensão para mais liberdade e dinâmica”. “O mais importante era vencer, vencemos e agora temos de nos focar no trabalho e não interessa falar muito. Claro que temos de jogar mais do que hoje, mas foram três pontos muito bons”, declarou. O tempo de treino não será muito na próxima semana, até porque há jogo da Taça da Liga na quarta-feira, frente ao Feirense, mas já será possível evoluir: “Não se pode pedir muito sem treinar. Temos de colocar as ideias que queremos em campo, sendo que temos jogadores com potencial, humildade e vontade, que vão seguir as nossas ideias de jogo”.

Já na sala de imprensa, José Peseiro voltou a abordar a questão exibicional. “Há aqui jogadores com muito potencial e capacidade para jogar melhor. Foi um jogo especial, com um contexto especial e perante a necessidade premente de vencer. Gostaríamos de ter feito melhor em termos exibicionais, mas temos noção do contexto”, afirmou, destacando a “entrega e determinação” do grupo, mesmo quando “as coisas não correram bem”.



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO

3 comentários:


  1. Arbitro horrível como tem sido habito , sempre a ver se nos prejudicava, Herrera horrível como sempre , brahimi e corona inconsequentes como de costume, defesa permeável......outros desaparecem .....e muito trabalho pela frente....
    Acreditar ? Acredito porque é o principio básico da humanidade e os outros (benfica e sporting ) também não são lá grande coisa.

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  2. para quem faz por ser ingénuo, e que ainda o ano passado dava o benefício da dúvida ao carteiro de Fafe, parece que ontem ficou demonstrada a fibra de que ele é feito! E é isto que se continua a ignorar? Um Bruno de Carvalho aqui não chega! Eles continuam a fazer as coisas por outro lado. Não ficou um escandaloso penalty por marcar lá no albergue do regime?. Pois, continuem a bater nos Herreras...

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  3. Crónica idêntica aos assobios e aos pipoqueiros de Lopetegui.

    Herrera é sempre um alvo a abater, trocam-lhe de posição jogo a jogo e ainda assim querem o quê? Herrera procura clube porque estás como o Lopetegui, mal amado no FCPorto. Os elogios do PC transformam-se depois em assobios e criticas do mesmo.

    Apoio incondicional ao texto do anónimo que bem fala das arbitragens.

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