http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Apesar de ter nascido na Freguesia de Santo Ildefonso na mui nobre e invicta cidade e de não ter um único ascendente, que eu saiba, que tenha nascido a sul do Rio Douro, considero-me um alfacinha.
Aqui faço uma pausa para que os mais sensíveis possam ir à casa de banho vomitar. Aos outros digo que os computadores estão caros e que atirá-los contra a parede mais próxima não será a decisão mais racional. Aos mais calmos chamo à atenção que a minha mãezinha é uma mulher honrada e, como boa minhota, é bem capaz de os exceder em vernáculo.
É pior malta, adoro Lisboa. Isto, confesso, obrigou-me a várias horas de explicações aos meus filhos. Passo a explicar.
Jogo do Porto num campo de batatas ali entre o Campo Grande e Sete Rios – não imaginam as voltas que dou para não passar sequer próximo desse batatal. A dada altura, eu e os meus filhos – adeptos fanáticos do nosso muito amado clube – desatamos a cantar “Nós só queremos ver Lisboa a arder” seguido do lindíssimo cântico “Se merda fosse ouro, Lisboa era um tesouro”. A coisa correu bem e quando já estávamos em frente dumas cervejas e duns tremoços, a gozar como uns doidos com as carinhas dos galináceos, diz-me um dos meus filhos: “Ó pai, ainda não percebi bem aquilo de Lisboa a arder, então e a nossa casa”?
Não é fácil, caros consócios, não é fácil. A explicação foi longa mas o que conta é que não há jogo em que nós os três não sejamos os que gritam mais alto estes cânticos. Temos até um só nosso, que exalta o facto de todos os adeptos rivais andarem à procura do respectivo paizinho.
Cheguei àquela que considero a minha cidade – calma malta – com quatro anos de idade. Lá fui para a escola e, como é normal, a primeira pergunta foi: “eh pá, és do Sporting ou do Benfica?” Respondi meio a medo, já prevendo os sopapos – porra, os gajos eram muitos e maiores que eu: “eu sou do Futebol Clube do Porto”. Então não é que os grandes filhos de uma grande profissional do Elefante Branco (é a versão do Paganini cá do sitio) em vez de me darem as palmadas esperadas, que fariam de mim um heróico mártir portista, se riram da minha cara e me humilharam dizendo que o meu amado Porto não contava?
Este belíssimo dialogo teve duas consequências: a primeira é que a partir desse dia fiquei para sempre conhecido como o Tripeiro – para os meus amigos do Porto sou o alfacinha. Ainda hoje quando alguém quer falar de mim e dado que a minha fisionomia se alterou bastante, nomeadamente no que diz respeito aos meus dotes capilares e músculo abdominal, os meus velhos conhecidos e amigos dizem: o Tripeiro, pá.
A segunda foi que se o meu vírus tripeiro já era à prova de antibiótico, a partir desse momento virou doença terminal.
Ainda guardo uma marca (um dente incisivo a menos) dum dos dias mais felizes da minha vida. 11 de Junho de 1978. No dia seguinte, vesti a camisa 3 do bigodudo Simões, uns calções azuis e um cachecol – que o meu padrinho me tinha mandado nesse dia do Porto – e lá fui, feliz como um cuco, para a escola. Nunca uma carga de porrada me soube tão bem.
A partir desse dia nunca mais ninguém se riu do meu clube, carago.
Lá fui crescendo e celebrando as nossas gloriosas vitórias. Agora sou eu que não lhes passo cartão mas divirto-me trinta mil vezes mais que todos os portistas do Porto. Nenhum de vós imagina o gozo que dá ir ao café, dar um golinho no café e dizer meio para o enfadado: mais um campeonatozito ou, pronto, lá ganhamos mais uma liga dos campeões. Mesmo na trombinha deles. Sofremos mais com as derrotas (poucas, porém), mas com as vitórias até inchamos.
Vivi grandes dias com o nosso Porto. Estava em Manchester quando o Costinha marcou o golo, estava no campo de batatas quando o Porto espetou 5 aos milhafres sem bico, estava em Bremen quando o nosso eterno Rui Filipe marcou um dos golos, acho que estava em Sevilha (juro que depois de 35 vodkas, vi o Cubillas a dar um nó ao Humberto Coelho) quando o Derlei cuspiu metade do pulmão e foi buscar aquela bola, estava nas Antas quando o André marcou o penalti contra o Kiev, estava ao pé dum bingo que há ali para os lados do Campo Grande quando o Torres defendeu o penalti mais gamado da história do futebol e, é o que conta, estive em todas as vitórias e derrotas daquele que é o meu primeiro amor e será o último, o meu, o nosso Porto.
Raios me partam se não sou também eu que os ajudo a correr; se não sou eu que ergo as taças; se não sou eu empurro aquela bola para dentro da baliza dos adversários; se não sou eu que me estico para ir buscar aquela bola ao ângulo; se não são também as minhas fraquezas que provocam algumas derrotas.
Caros irmãos portistas, andrades dragões, na minha actividade de fala-barato e de cronista de jornais podeis odiar o que eu falo ou o que eu escrevo, mas se algum de vós passar por Lisboa e vir um cachecol velhinho do campeonato de 1978 a esvoaçar numa janela em dia de jogo, entrai. Lá dentro está um vosso irmão de fé que ficará louco de alegria em vos dar um copo. O resto não interessa.
Aqui faço uma pausa para que os mais sensíveis possam ir à casa de banho vomitar. Aos outros digo que os computadores estão caros e que atirá-los contra a parede mais próxima não será a decisão mais racional. Aos mais calmos chamo à atenção que a minha mãezinha é uma mulher honrada e, como boa minhota, é bem capaz de os exceder em vernáculo.
É pior malta, adoro Lisboa. Isto, confesso, obrigou-me a várias horas de explicações aos meus filhos. Passo a explicar.
Jogo do Porto num campo de batatas ali entre o Campo Grande e Sete Rios – não imaginam as voltas que dou para não passar sequer próximo desse batatal. A dada altura, eu e os meus filhos – adeptos fanáticos do nosso muito amado clube – desatamos a cantar “Nós só queremos ver Lisboa a arder” seguido do lindíssimo cântico “Se merda fosse ouro, Lisboa era um tesouro”. A coisa correu bem e quando já estávamos em frente dumas cervejas e duns tremoços, a gozar como uns doidos com as carinhas dos galináceos, diz-me um dos meus filhos: “Ó pai, ainda não percebi bem aquilo de Lisboa a arder, então e a nossa casa”?
Não é fácil, caros consócios, não é fácil. A explicação foi longa mas o que conta é que não há jogo em que nós os três não sejamos os que gritam mais alto estes cânticos. Temos até um só nosso, que exalta o facto de todos os adeptos rivais andarem à procura do respectivo paizinho.
Cheguei àquela que considero a minha cidade – calma malta – com quatro anos de idade. Lá fui para a escola e, como é normal, a primeira pergunta foi: “eh pá, és do Sporting ou do Benfica?” Respondi meio a medo, já prevendo os sopapos – porra, os gajos eram muitos e maiores que eu: “eu sou do Futebol Clube do Porto”. Então não é que os grandes filhos de uma grande profissional do Elefante Branco (é a versão do Paganini cá do sitio) em vez de me darem as palmadas esperadas, que fariam de mim um heróico mártir portista, se riram da minha cara e me humilharam dizendo que o meu amado Porto não contava?
Este belíssimo dialogo teve duas consequências: a primeira é que a partir desse dia fiquei para sempre conhecido como o Tripeiro – para os meus amigos do Porto sou o alfacinha. Ainda hoje quando alguém quer falar de mim e dado que a minha fisionomia se alterou bastante, nomeadamente no que diz respeito aos meus dotes capilares e músculo abdominal, os meus velhos conhecidos e amigos dizem: o Tripeiro, pá.
A segunda foi que se o meu vírus tripeiro já era à prova de antibiótico, a partir desse momento virou doença terminal.
Ainda guardo uma marca (um dente incisivo a menos) dum dos dias mais felizes da minha vida. 11 de Junho de 1978. No dia seguinte, vesti a camisa 3 do bigodudo Simões, uns calções azuis e um cachecol – que o meu padrinho me tinha mandado nesse dia do Porto – e lá fui, feliz como um cuco, para a escola. Nunca uma carga de porrada me soube tão bem.
A partir desse dia nunca mais ninguém se riu do meu clube, carago.
Lá fui crescendo e celebrando as nossas gloriosas vitórias. Agora sou eu que não lhes passo cartão mas divirto-me trinta mil vezes mais que todos os portistas do Porto. Nenhum de vós imagina o gozo que dá ir ao café, dar um golinho no café e dizer meio para o enfadado: mais um campeonatozito ou, pronto, lá ganhamos mais uma liga dos campeões. Mesmo na trombinha deles. Sofremos mais com as derrotas (poucas, porém), mas com as vitórias até inchamos.
Vivi grandes dias com o nosso Porto. Estava em Manchester quando o Costinha marcou o golo, estava no campo de batatas quando o Porto espetou 5 aos milhafres sem bico, estava em Bremen quando o nosso eterno Rui Filipe marcou um dos golos, acho que estava em Sevilha (juro que depois de 35 vodkas, vi o Cubillas a dar um nó ao Humberto Coelho) quando o Derlei cuspiu metade do pulmão e foi buscar aquela bola, estava nas Antas quando o André marcou o penalti contra o Kiev, estava ao pé dum bingo que há ali para os lados do Campo Grande quando o Torres defendeu o penalti mais gamado da história do futebol e, é o que conta, estive em todas as vitórias e derrotas daquele que é o meu primeiro amor e será o último, o meu, o nosso Porto.
Raios me partam se não sou também eu que os ajudo a correr; se não sou eu que ergo as taças; se não sou eu empurro aquela bola para dentro da baliza dos adversários; se não sou eu que me estico para ir buscar aquela bola ao ângulo; se não são também as minhas fraquezas que provocam algumas derrotas.
Caros irmãos portistas, andrades dragões, na minha actividade de fala-barato e de cronista de jornais podeis odiar o que eu falo ou o que eu escrevo, mas se algum de vós passar por Lisboa e vir um cachecol velhinho do campeonato de 1978 a esvoaçar numa janela em dia de jogo, entrai. Lá dentro está um vosso irmão de fé que ficará louco de alegria em vos dar um copo. O resto não interessa.
Este é dos que mais gozo me dá ouvir... e faz sentir bem por ter gente assim a ter a mesma paixão!
ResponderEliminarE bibó Porto...!!!
Armando Pinto
http://www.longara.blogspot.com/
Eu não sei o que é ser-se um dragão em Lisboa mas não deve ser fácil especialmente depois de uma derrota como a de ontem. Mas também deve dar um gozo enorme dizer bem alto que é portista em terras da mouraria.
ResponderEliminarReconheço em Lisboa uma cidade cosmopolita com zona bonitas e monumentos muito interessantes mas não gosto de Lisboa por ser uma cidade centralista e que cada vez mais pretende ser ainda mais centralizadora. Não gosto de Lisboa por ter demasiados gayvotas e lagartos mas hoje também já tem muitos dragões e o Pedro Marques Lopes é um dos que gosta de mostrar orgulhosamente todo o seu amor pelo F.C.Porto.
Bem-vindo a este blog tão importante onde se vive e pensa o Porto!
Então que dizer de mim.
ResponderEliminarAlfacinha de gema, familia toda lagartos e lampioes, e eu PORTISTA DOENTE.
Tenho 36 anos, sou de uma geração que aprendeu a admirar e amar o FCP.
Acreditem que não sou caso unico, existem muitos Lisboetas Portistas.
E de facto dá muito mais gozo ser adepto do FC PORTO aqui (exceptuando um dia como o de ontem).
Ser Portista é sinonimo de inteligencia, por isso a unica coisa que digo aos meus familiares, é que lamento pela tristeza crónica deles. Eu ando feliz á 24 anos.
FCPORTO SEMPRE
Bem esgalhado ó Pedro e estás perdoado...mas essa do alfacinha...aiiiiii!, vou vomitar.
ResponderEliminarUm abraço
Pois, eu tb sei bem o que é ser um alfacinha Portista em Lisboa. Tb me lembro qaundo andava na escola e era gozado e tb chamado tripeiro.
ResponderEliminarUltimamente pessoas com memória curta que não hesitam em melgar-nos cada vez que perdemos. Infelizmente este ano está a ser uma constante mas nada me demove da minha alma tripeira!
Abraços
São testemunhos como este que nos fazem ultrapassar os momentos menos bons do nosso Porto.
ResponderEliminarSeja então, muito bem vindo e que o carinho demonstrado pelo FCP esteja sempre presente no seu discurso :)
Gostei, gostei muito, aliás... adorei :)
Bem-vindo a este blog composto por gente q vive o FC Porto 24 horas por dia.
ResponderEliminarMeu caro Pedro,
ResponderEliminarObrigado por passar a privar aqui também, o seu portismo. Bem hajas, bem vindo!
PS: Foram os votos de um Portista do extremo sul do PORTUS CALE original: Porto de Mós! Abaixo disto era só Mouraria, até que entrou Dom Afonso Henriques, um dia...
ResponderEliminarAntes de mais, bem-vindo!
ResponderEliminarDepois, parabéns pelo magnífico post de entrada! Tal como a Heliantia, adorei! :)
Seja muito bem vindo!
ResponderEliminarO post está uma delicia, defender o nosso PORTO em Lisboa não deve ser nada fácil, por esse motivo considero os Portistas do Sul com muito valor!
"milhafres sem bico", esta gostei muito!;)
BIBÓ PORTO
Numa semana triste, em vários sectores, é sempre importante ver a pujança e dinamismo deste blogue. Uns dias passados após o fecho, triste, de um dos emblemáticos defensores portistas na blogosfera - o portistas de bancada - sabe sempre bem ao ego ver que o Bibó Porto se vai assumindo, cada vez mais, como um representante da causa azul e branca, de enorme qualidade, na internet.
ResponderEliminarPara isso, logicamente, contam os que cá estão. E que cada vez são mais. Bem vindo, Pedro, sobretudo pela forma fantástica como escreves e falas de uma causa e amor comum a todos nós.
Deliciosa prosa. Até me passou a vontade de falar mal do Jesualdo:)
Grande... grande Pedro! Sou daqueles que vê religiosamente os teus bídeos semanais acerca do nosso FC Porto, e porquê?! Porque pensa e falas sempre como um adepto, um verdadeiro adepto, daqueles com o coração ao pé da boca, mas sem perder totalmente o discernimento, e isso não é bom, é óptimo! Parabéns! És grande contratação cá para a tasca!
ResponderEliminarQuanto à prosa... bom, do melhor que há, fizeste-me realmente reflectir acerca dessa difícil realidade de ser tripeiro vivendo em terra de mouros, não é fácil, mais ou menos como um judeu a viver na faixa de Gaza! :)
Não gosto de Lx ao contrário de ti, não me sinto bem por lá, aprecio mais o lado bucólico do Porto, mas como alguns aí já disseram, o FC Porto é hoje um clube nacional, com adeptos em cada canto, e isso conquistou-se com suor e vitórias! A juventude então, ui parece que nasce quase toda azul.
Psd - O Pina no último bídeo dele lá destilou aquele odiozinho de calimero ao gozar com a nossa derrota no Arsenal, pode ser que para a semana lhe possas falar do Atlético, clube que nós eliminamos, e peço-te, não te esqueças de lhe recordar o Bayern de Munique, ou será que o Pina anda com alzeimer?! Fica aqui o pedido.
Aquele abraço e continua, aqui ou no saponcio estou lá para te ouvir!
Nos anos 80 - épocas do Artur Jorge e da final da Taça das Taças - vivi dois fantásticos anos, por razões profissionais, em Castelo de Vide e senti bem o que era estar num meio clubistico adverso ( de resto só tenho a dizer bem daquela gente, um local que adoro e que sugiro vivamente para uma visita).
ResponderEliminarA maioria eram lampiões e lagartos, poucos MAS BONS portistas, e foi um gozo pegado nas vitórias do nosso Clube.
Por isso sei bem o que se sente quando se está mais longe e rodeado de adversários.
Aquelas idas ao café de peito
cheio, as transmissões na TV,a bandeira na janela na rua principal, onde morava, etc, foi lindo e inesquecível.
Já lá vai mais de um ano que iniciei os meus comentários neste espaço, e como primeiro parágrafo escrevia:
ResponderEliminar“O Futebol Clube do Porto é a minha paixão. Por essa razão agradeço ao Pedro Marques Lopes, do (A Lei da Bola), ter indicado este blogue…
E foi assim que passei a conviver (virtualmente) com este grupo de saudáveis e empedernidos Dragões. Bem-vindo e se possível, visite sempre este espaço para nele incluir a sua calorosa e inspirada prosa de Portista emigrado na capital do império.
PS. Quem nos dera que este ano tivéssemos mais (Derleis a cuspir metade do pulmão quando fossem buscar as bolas ao fundo das balizas adversarias). Não haveria túneis que lhes valessem.
Meus caros amigos,
ResponderEliminarMuito obrigado por me terem aceite neste espaço. Para mim é uma imensa honra poder partilhá-lo com todos vós.
Posto isto, considerem-se insultados por me terem deixado comovido com os vossos comentários.
Um grande abraço a todos e FORÇA PORTO
Pedro
Infelizmente, enquanto o FCP continuar a viver do combate ao centralismo de Lisboa (e muito se tem alimentado desse sentimento há já muitos anos) o clube não atingirá a dimensão que merece dentro de Portugal.
ResponderEliminarNão é por acaso que o mérito do Porto acaba por ser mais reconhecido lá fora (como tanto gostam de frisar os adeptos portistas, e com razão, pois esse mérito existe e é reconhecido) do que cá dentro. Porque parte dos próprios dirigentes do clube instalar esse sentimento para combater os inimigos que tanto gostam de procurar na capital, quase ignorando que existem muitos adeptos portistas espalhados por esse país fora.
O Porto não pode continuar a alimentar-se desse sentimento regionalista e anti-centralista (algo que se mistura muito com a política, não poucas vezes com toda a razão do mundo). Está mais do que na altura de se assumir como um clube verdadeiramente nacional e isso começa por assumi-lo dentro de portas! Como querem que eu, adepto portista e lisboeta de nascença, me reveja naqueles constantes discursos inflamados anti-capital?
Para mim ser portista em Lisboa não me custa nada e brinco à vontade com os meus colegas sobre os resultados das nossas equipas. Nem me sinto menos portista que qualquer adepto portuense que vai ao estádio do Dragão ver todos os jogos.
Espero não ser mal compreendido :)
Excelente... tem toda a minha admiração por ser um portista de Lisboa, e dizê-lo sem receios. Não é que haja portistas melhores ou piores, mas em Lisboa não deve ser fácil...
ResponderEliminarAh que texto delicioso!
ResponderEliminarFez-me,verdadeiramente,sorrir :)
Alfacinha e não tripeiro, aqui me curvo perante a paixão desta crónica. Muito bem! Clap, clap, clap!
ResponderEliminarContratação de peso para o blog, acompanho algum tempo os seus videos no sapo e dá-me algum gozo ouvir algumas tiradas que manda à "baliza contraria".
ResponderEliminarNuma semana pesada, embora calafetada com os 5 aplicados à agremiação da 2ª circular e a vitória do nosso Andebol esta é sem dúvida uma boa noticia para o BiboPorto.
Um grande Abraço.
Texto saboroso!
ResponderEliminarEu vejo cachecóis azuis e brancos a quilómetros de distância!
Grande aquisição!!! Somos o Real Madrid (salvo seja..cruz..credo!!!) da blogosfera...
ResponderEliminarSó contratamos galácticos:)
Bem-vindo Pedro!!!
Sobre o texto... Fantástico!!!
Viva !
ResponderEliminarMuito Bem Vindo !
Eu já há muitos anos que não vou a Lisboa. A última vez que a visitei , a feira internacional ainda não tinha ocorrido. Não conheço Lisboa após esse acontecimento.
Do que me lembro , mas talvez tivesse sido influenciado por amigas e amigos não Portugueses , é que Lisboa , exceptuando Alfama e o Bairro Alto, é uma cidade sem alma. Não se encontra o redemoinho nos cruzamentos arquitecturais que tanto caracterizam o Barroco de todas as cidades Portuguesas e de tantas Brasileiras.
Tudo em Lisboa , exceptuando os bairros acimas citados, parece imitação em pequena escala. Daí a sensação de abafamento. Talvez consequências do tsunami , certamente.
Mas como acima escrevi , não revisitei Lisboa após a feira internacional.
Querer ver Lisboa a arder ? Nunca o disse nem nunca o direi. É um absurdo !
Nasci na Rua da Constituição , ao lado e no mesmo passeio onde fica o campo da Constituição.
Com o recuo e talvez por estar fora , contrariamente a muitos Portistas, os clubes de Lisboa deixaram de ter existência palpável para mim. O Benfica, o Sporting etc. poderão existir ainda em parte dentro da imigração Portuguesa mais antiga, mas não na sociedade Francesa.
Amanhã não sei !
No que diz respeito ao que foi escrito , quer pelo Paulo quer pelo Estilhaço , se é certo que o Porto já não precisa do discurso lenga lenga da afirmação de clube regionalista, também não deixa de ser questionante que aquando " O Porto capital europeia da cultura " não tivesse tido qualquer apoio visível das entidades administrativas centrais de Lisboa.
É um exemplo. Mas é um exemplo forte porque hoje em dia a cultura cria mais empregos que a indústria automóvel.
Vou-me embora porque senão o Blue boy põe-me outra vez a cabeça a andar à roda.
Amanhã, em sua honra, vou almoçar tripes à la mode de Caen . Como entrada , comerei uma saladinha de alface.
E Viva o Porto !
Muito bem vindo Pedro. Ser portista no sul não deve ser fácil, mas é como diz o outro: para haver divertimento é preciso sofrimento. E como nos temos divertido nos ultimos anos..espero que o sofrimento recente seja significado de novo divertimento..
ResponderEliminarabraço e acompanharei atentamente as cronicas.
Que aquisição, ah carago! :)
ResponderEliminarPedro, seja muito bem vindo a este blog, de portistas apaixonados!
Também sou um grande fã dos seus vídeos. Estarei também obviamente atento aos seus artigos.
Um grande abraço azul e branco para o nosso alfacinha :)
@Estilhaço:
ResponderEliminarRelativamente à parte política, acredita que sei do que falas. O meu pai é da cidade do Porto (portuense, tripeiro e portista como ele gosta de dizer) e também a minha namorada é, por isso o Porto é uma cidade que adoro e onde passo bastante tempo :) E sei bem como funcionam as coisas na política no que respeita ao favorecimento de Lisboa enquanto capital. Mas o favorecimento de Lisboa não é só em prejuízo do Porto, mas de todo o resto do país.
O que não percebo é que o FCP, enquanto clube, continue e a alimentar-se desse sentimento para crescer e mesmo para se motivar. Esses tempos já lá vão (ou deviam ir) e o FCP já extravasou as fronteiras da cidade do Porto. Os adeptos no resto do país são um bocado esquecidos graças a isto, precisamente porque "não percebem" como pensaste que eu não percebia ;)
Registe-se com natural agrado, a entrada de mais um colaborador para este espaço, o Pedro Marques Lopes, colaborador esse que dispensa qualquer tipo de apresentações.
ResponderEliminarPela minha parte, fico à espera de mais «bitaites», já que este de entrada, agradou-me sobremaneira...
PML, a partir de hoje, és um dos nossos... boa sorte, carago!!!
ps - e prontos, logo vi que tinhas que ter algum defeito... gostar de Lisboa, não gosto, detesto, é mesmo essa a expressão... no entanto, que fique bem claro, satisfaz-me duplamente, sempre que agora ali me desloco para acompanhar o FCPorto, ver as bancadas do galinheiro ou do wcxxi, apinhada de Portistas... de Lisboa e arredores... quanto isso me satisfaz!
@ Paulo:
ResponderEliminartentando de certo modo compreender onde queres chegar (percebi em parte!), responder-te-ia que, como alguém disse uma vez, de facto, há muito que o FCPorto não perdeu o Norte... ganhou isso sim, o Sul!!!
Não querer compreender isso, diria que é uma discussão completamente estéril.
Já quanto ao resto, pergunto-te eu... e Barcelona, clube, conheces? já ouviste falar alguma vez? alguma vez ouviste os seus adeptos catalogarem-se como Espanhóis? eu não e aposto que tu tb não de certeza absoluta.
E achas que é por isso que eles não são um clube nacional ou até mesmo mundial? achas mesmo? eu não!
O problema aqui, é o mesmo de lá... excessivo centralismos em tudo, em tudo... aqui no Norte, e Portistas que somos, nunca nos pronunciamos contra os Portistas do Sul... reclamamos isso sim, socialmente e civicamente, contra o poder do império central, que são coisas bem diferentes, aliás, completamente opostas.
Não deves nunca misturar o sentimento regionalista das gentes "Portistas" do Norte... com outras conversas que nada têm a ver com o assunto.
Estamos a falar de alhos... e bugalhos, entendes?
ps - como só costumo ir ao sul para acompanhar o FCPorto, como já disse no comentário anterior, tempos houve em que os que lá moravam nas bancadas, eram maioritariamente Portistas "do norte"... hoje, se calhar, não estarei longe de dizer que serão 50/50, ou até se calhar, mais a cair para essas bandas. Ou tens dúvidas disso?