http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
O FC Porto, originalmente fundado em 1893, mas cuja vida regular se inicia em 1906, sempre «catalisou» poderosamente uma identidade social iminentemente local: a cidade e a região a que pertence.
Significativo, ainda, é o facto de cronicamente se apresentar como principal representante de uma identidade marcada por uma auto-imagem baseada em representações sociais que afirmam a injustiça e a discriminação de que a mesma se sente vítima, provocando uma situação de confronto regionalista de que o clube é o mais importante símbolo. A isto não será estranho, com certeza, a situação histórica do Porto como segunda cidade do país.
O caso do FC Porto, e dos seus adeptos, no qual me incluo, é particularmente feliz no que toca à relação entre a identidade local e a paixão pelo clube, motivo privilegiado para afirmar os principais valores do colectivo e a sua identidade própria.
Não deixa de ser habitual a referência, mesmo nos meios jornalísticos, ao denominado jogador «à Porto», deixa essa que aproveito naturalmente para lançar a discussão sobre algo que me tem vindo a preocupar nos últimos anos… e ainda mais, muito recentemente, num suposto caso (?!) que é já falado e comentado à boca cheia, cada vez com maior intensidade, ali para os lados do Dragão Caixa, mas que já lá chegarei.
Um jogador «à Porto», tem que obrigatoriamente personificar a luta, a garra, a determinação, a força, a vontade de vencer que foram, são e serão uma eterna bandeira do FC Porto.
Se entre os adeptos do FC Porto existe uma afeição especial pelos jogadores que se entregam corajosa e totalmente ao jogo, na defesa das cores do clube, principalmente aqueles que foram formados nas suas escolas, isto acontece provavelmente porque estes são vistos como os que melhor podem prolongar o estilo de jogo da equipa, por um lado, e assumir também para si os significados e sentidos atribuídos ao jogo e ao clube pelo adepto. Isto está possivelmente ligado à muito divulgada «mística» do FC Porto, criada nas últimas décadas, e que se reporta directamente à oposição, desportivamente conseguida, aos clubes de Lisboa.
Por tudo o que ele representa, quase que vivendo o clube de forma ímpar, que sue a camisola como mais nenhum outro, que faça correr os outros nos momentos essenciais, que dê força e moral, o tal jogador «à Porto» tem que ser preservado, quase como um “património humano” (nunca como um favor), pois é ele, e nenhum outro, não se iludam portanto, que já hoje, ensina aos outros o que é o clube, o que é o espírito de sacrifício e o que é a ambição de vitória... elevando-se então a símbolos vivos do clube.
Eis então que passo os olhos pelas 4 modalidades mais expressivas, e vejo… ou o que não vejo:
Eis então chegados ao momento cruel do post... pronuncia-se cada vez com maior insistência, que algum, poderá estar eventualmente de saída.
Não deixa de ser intrigante pensar-se que a única equipa com «quase» 9 títulos consecutivos (aproximado, só mesmo no tempo dos grandiosos Vítor Hugo, Vítor Bruno, Franklin, se não me atraiçoa a memória, com 5 títulos consecutivos), está a pouco mais de 2/3 meses do término da época e vê quase a totalidade da sua equipa:
Por tudo isso, e muito mais, tiro-lhes o chapéu... com um enorme PARABÉNS!!!
Em face de tudo aqui descrito, será «estúpido» especularmos que não poderá vir a ser uma (triste) realidade, adversários estarem já a movimentar-se no terreno, sabendo obviamente da instabilidade financeira existente, para dar a machada final, acabando de vez com a presenças de símbolos do nosso clube no hóquei Portista???
Já na época passada, a justificativa foi o "não sabia"...
desta vez, Sr. Presidente, não venha dizer que não avisamos!!!
Como nota final, digo-o com toda a sinceridade, acho muito bem que se queira o futebol de salão como nova modalidade no clube… mas NUNCA em substituição ou às custas do Hóquei em Patins, nem tão pouco da rejeição dos seus símbolos.
Já dizia o calceteiro cá da praça, na hora da despedida, fiquem por ai...
mas depois não venham dizer que não avisei!
Significativo, ainda, é o facto de cronicamente se apresentar como principal representante de uma identidade marcada por uma auto-imagem baseada em representações sociais que afirmam a injustiça e a discriminação de que a mesma se sente vítima, provocando uma situação de confronto regionalista de que o clube é o mais importante símbolo. A isto não será estranho, com certeza, a situação histórica do Porto como segunda cidade do país.
O caso do FC Porto, e dos seus adeptos, no qual me incluo, é particularmente feliz no que toca à relação entre a identidade local e a paixão pelo clube, motivo privilegiado para afirmar os principais valores do colectivo e a sua identidade própria.
Não deixa de ser habitual a referência, mesmo nos meios jornalísticos, ao denominado jogador «à Porto», deixa essa que aproveito naturalmente para lançar a discussão sobre algo que me tem vindo a preocupar nos últimos anos… e ainda mais, muito recentemente, num suposto caso (?!) que é já falado e comentado à boca cheia, cada vez com maior intensidade, ali para os lados do Dragão Caixa, mas que já lá chegarei.
Um jogador «à Porto», tem que obrigatoriamente personificar a luta, a garra, a determinação, a força, a vontade de vencer que foram, são e serão uma eterna bandeira do FC Porto.
Se entre os adeptos do FC Porto existe uma afeição especial pelos jogadores que se entregam corajosa e totalmente ao jogo, na defesa das cores do clube, principalmente aqueles que foram formados nas suas escolas, isto acontece provavelmente porque estes são vistos como os que melhor podem prolongar o estilo de jogo da equipa, por um lado, e assumir também para si os significados e sentidos atribuídos ao jogo e ao clube pelo adepto. Isto está possivelmente ligado à muito divulgada «mística» do FC Porto, criada nas últimas décadas, e que se reporta directamente à oposição, desportivamente conseguida, aos clubes de Lisboa.
Por tudo o que ele representa, quase que vivendo o clube de forma ímpar, que sue a camisola como mais nenhum outro, que faça correr os outros nos momentos essenciais, que dê força e moral, o tal jogador «à Porto» tem que ser preservado, quase como um “património humano” (nunca como um favor), pois é ele, e nenhum outro, não se iludam portanto, que já hoje, ensina aos outros o que é o clube, o que é o espírito de sacrifício e o que é a ambição de vitória... elevando-se então a símbolos vivos do clube.
Eis então que passo os olhos pelas 4 modalidades mais expressivas, e vejo… ou o que não vejo:
- futebol: não encontro um único (último foi Pedro Emanuel);
- basquetebol: Nuno Marçal (último foi Fernando Sá);
- andebol: não encontro um único (último foi Manuel Arezes);
- hóquei em patins: Filipe Santos e Reinaldo Ventura (último foi Tó Neves).
Eis então chegados ao momento cruel do post... pronuncia-se cada vez com maior insistência, que algum, poderá estar eventualmente de saída.
Não deixa de ser intrigante pensar-se que a única equipa com «quase» 9 títulos consecutivos (aproximado, só mesmo no tempo dos grandiosos Vítor Hugo, Vítor Bruno, Franklin, se não me atraiçoa a memória, com 5 títulos consecutivos), está a pouco mais de 2/3 meses do término da época e vê quase a totalidade da sua equipa:
- sem saber como se vão ‘alimentar’ na próxima época?!
- sem saber como se vão assegurar os compromissos no final do mês, igual a cada um de nós, comum dos mortais?!
- se chegará unicamente o AMOR à camisola, que sabemos existir, para que se ignore que por volta de Julho próximo, a possibilidade de não haver ordenado é bem real?!
- se será normal ainda não terem existido sequer propostas de renovação contratual, desconhecendo-se para além de Pedro Gil, e Gonçalo Suíssas, da existência de mais algum outro com contrato?!
Por tudo isso, e muito mais, tiro-lhes o chapéu... com um enorme PARABÉNS!!!
Em face de tudo aqui descrito, será «estúpido» especularmos que não poderá vir a ser uma (triste) realidade, adversários estarem já a movimentar-se no terreno, sabendo obviamente da instabilidade financeira existente, para dar a machada final, acabando de vez com a presenças de símbolos do nosso clube no hóquei Portista???
Já na época passada, a justificativa foi o "não sabia"...
desta vez, Sr. Presidente, não venha dizer que não avisamos!!!
Como nota final, digo-o com toda a sinceridade, acho muito bem que se queira o futebol de salão como nova modalidade no clube… mas NUNCA em substituição ou às custas do Hóquei em Patins, nem tão pouco da rejeição dos seus símbolos.
Já dizia o calceteiro cá da praça, na hora da despedida, fiquem por ai...
mas depois não venham dizer que não avisei!
Blue, de acordo. O hóquei é uma modalidade rainha no FC Porto. Tem história brilhante e conquistou muitos adeptos para o nosso Clube. Seria infame secundariza-la ou bani-la. Eu atrevo-me a dizer que rasgaria o "cartão". Além disso não esqueçamos que é a única modalidade colectiva que, vestida de azul-e-branco, é (será) eneacampeã no País! É obra!
ResponderEliminarMeu caro Blue, não sei quem são as tuas fontes, mas isso para mim é uma grande surpresa e o único jogador que me dizem que pode sair é o Emanuel Garcia, não por questões financeiras, mas tem a ver com negócios - importação de vinhos da Argentina e Chile, com muito mercado em Espanha -, que ele tem. Faz algum sentido, investir no Pedro Gil, no Suissas e depois deixar sair os outros?
ResponderEliminarSeria uma grande surpresa e uma tremenda machadada nas modalidades, se isso acontecesse e Ilídio Pinto não merece uma coisa dessas.
Um abraço
Aceitam troca de links?
ResponderEliminarAbraço
Fábio Silva, http://mosaico-futebolistico.blogspot.com/
Que o hóquei está cada vez a ter menos apoios €€ em Portugal,apesar de ser uma modalidade muito querida,já se sabe.
ResponderEliminarMas aqui?Nesta casa??!
Não!O Hóquei não por favor!Uma fonte insaciável de poder e brio azul,esses senhores merecem tudo,mas mesmo tudo dos responsáveis máximos e dos adeptos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaro Futebol de salao não se aplica...existe sim o FUTSAL!!!!Modalida em franca expansao,mas que tende a perder a espetacularidade em face de estar tudo inventado!!!Posto isto resta-me dizer que nao troco a existencia do hoquei pelo Futsal..mas gostava de ver uma equipa de Dragoes no FUTSAL...Ate sei de quem nao se importava de os treinar!!!
ResponderEliminarEnquanto o SENHOR Ilídio Pinto lá andar não acredito que isso possa acontecer ao hóquei. Aliás, não me parece lógico investir em pavilhão e não termos equipas à altura para jogarmos lá.
ResponderEliminarQuanto ao futsal, gostava que o Porto entrasse até porque é a modalidade com maior espaço de expansão em Portugal mas, para isso, o Porto precisava de se aliar a outra equipa da 1ª divisão e não estou a ver isso, para já.
Ó Bruno, és um oferecido! Tens de começar a aparecer lá pelo Caixa para te conhecerem e começares a escrever aqui umas crónicas sobre o futsal. Pelo menos já tens um dos requisitos mais importantes: ser portista e ver pelos teus olhos.
Agora falar dos equipamentos dá lugar à eliminação de comentário. É regime aqui tb?
ResponderEliminarEis uma notícia que me deixa estupefacto e preocupado...
ResponderEliminarEspero que, a ser assim alguém possa conter isso.
Seria muito mau e muito grave.
A seguir com atenção.
Mas é um facto que o Hóquei, a nível do País está num enorme declínio o que é uma pena não só pelo passado da modalidade mas porque é um desporto belíssimo.
Quanto ao futsal não me aquenta nem arrefenta...
Amigos, segundo o que me foi confidenciado na última AG, e o amigo Vila Pouca estava a meu lado embora não tenha ouvido toda a conversa, é que realmente as renovações ainda não aconteceram mas que as "coisas" estavam controladas. O que se passa é estar a acontecer o normal nestas situações, ou seja, um certo "jogo" psicológico entre as partes, no sentido de cada um levar a melhor, mas que os jogadores sabem perfeitamente que ninguém em Portugal poderá pagar mais do que nós. No entanto, referiu que a única situação menos certa é a do Emanuel Garcia, pelos motivos já falados pelo Vila Pouca e pelo facto de ele realmente ter algumas propostas de Espanha, mas que nada estava ainda decidido da parte dele.
ResponderEliminarQuantos aos símbolos e no futebol... qualquer jogador de top, seja da casa ou não, ao fim de dois ou três anos terá uma proposta irrecusável tanto para ele como para o clube, sendo por isso impossível que eles permaneçam 6, 7 ou 10 anos como antigamente. Isso não existe mais. Mas mesmo assim temos conseguido ter alguns bons representantes da mística no nosso Clube, inclusivé estrangeiros...
No Andebol, tivemos as saídas de Eduardo Filipe e Manuel Arezes que abandonaram a prática da modalidade... mas temos 4 jogadores da casa (Laurentino, Filipe Mota, Tiago Rocha e Ricardo Moreira) que fazem parte da base titular... diria que estamos muito bem representados.
No Hóquei temos estado sempre bem representados ao longo dos tempos. Os próprios estrangeiros que vamos tendo acabam por permanecerem várias e várias épocas e considero-os também símbolos da casa.
No Basket é que realmente parece um pouco mais difícil, até porque tivemos um certo desinvestimento nos últimos anos, só retomado agora em força.
Um abraço
Imaginem o seguinte: Jogo da 24ª jornada entre FC Porto e SC Braga...entrada de Bruno Alves sobre Mossoró, com consequente fractura de perónio e saída imediata do jogador...No dia a seguir, a noticia de que o brasileiro vai estar afastado dos relvados por 6 meses (180 dias ou 4320 horas se preferirem)...Quais seriam as reacções da generalidade das pessoas, incluindo muitos ilustres portistas:
ResponderEliminara) O Bruno Alves não teve culpa, foi um lance normal sem qualquer intenção. Nem se quer se fala mais no assunto;
b) O Bruno Alves é uma besta sem qualquer desculpa...devia ter sido substituido logo pelo Jesualdo ou expulso pelo arbitro da partida. Os 556 programas televisivos de debate desportivo fazem reportagens direcionadas a todos os lances em que B.Alves esteve envolvido, inclusivamente à cor das botas do jogador, que segundo muitos ilustres comentadores é uma cor violenta, ou seja, em B.Alves é tudo violento e ofensivo, até a cor das botas...é mesmo...
Qual seria a hipotese correcta?!?! Pensem, reflictam e decidam qual aquela que melhor se adequaria...Ou o tempo que passam a pensar na crise do FC Porto os impede de pensar no que os rodeia?!?!Pensem nisso...
Não sabia, e acho inacreditável essa situação dos jogadores de hóquei!
ResponderEliminarQuanto ao futsal, acho muito bem que se entre na modalidade, sem dúvida espectacular, e que iria levar muita gente ao pavilhão... maaaaaas, se a questão se colocar entre acabar com o hóquei (ou outra modalidade já existente) e o futasl, nem penso duas vezes, manter o que está! Haja respeito!
Saudações!
Eu confio na Direcção e sei que não me vão desiludir.
ResponderEliminarQuanto a modalidades o q eu quero é continuação de fortes investimentos nas 3 (andebol, basket e hóquei).
Futsal? Mais uma gerida pela corrupta fpf...Não, obrigado.
A vir uma nova venha o voley.
Futsal: "NÂO, OBRIGADO".
ResponderEliminarConcordo inteiramente com o Lucho.
Entrarmos num antro dominado pela mouraria, não. Já nos bastam os Ricardos Bostas e os outros que tais. Não vamos dar oportunidade ao Orelhas de nos f**** mais. Que metam o FutSol ou lá o que é no c*.
Muito bem visto o desejado regresso do voleibol, modalidade espectacular que seria delicioso ver no nosso lindo Dragão Caixa. E investir nas outras 3 modalidades é, em nome do ecletismo do Clube, fundamental. Será uma medida que agrada a adeptos e sócios.
Um abraço.
F. Moreira - V. Real