Em nome do futebol negócio...

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E porque não em nome de futebol espectáculo? Porque, meus amigos, hoje em dia, infelizmente, não se pensa nos adeptos que se esforçam para acompanhar a sua equipa para todo o lado, e que são os grandes responsáveis, na maioria das vezes, pela grande vivacidade e alegria que o desporto atinge.

É pena, mas é assim. Outros interesses se sobrepõem. É mais uma vez a conclusão que se tira, depois de se perceber em que condições se disputará a primeira final da taça da Liga do nosso historial, amanhã, contra o clube do regime.

Dia 21 de Março, domingo, no estádio do Algarve, pelas 19h15. O que me parece isto? Muito bem premeditado. Vejamos, inicialmente o jogo estava marcado para dia 20 de Março, hoje, mas uma vez que o clube do regime jogou na quinta-feira anterior para a Liga Europa, o jogo foi alterado para domingo. Até aqui tudo bem. Estádio do Algarve, um sítio que fica mais ou menos à mesma distância da cidade dos dois clubes, a 300 km de Lisboa, e a 600 km do Porto!! O dobro! E uma vez que o jogo foi alterado para domingo, porque não jogar-se às 15h? Às 16h? Ou até às 17h, como a final da taça de Portugal no Jamor, o único jogo da temporada que não está condenado?

Porque tal como comecei por afirmar, no futebol de hoje em dia, pensa-se em tudo (comércio, transmissões televisivas em horário nobre, etc), menos em nós, adeptos.

O jogo será às 19h15. Ou seja, no mínimo termina por volta das 21h. Nunca antes das 22h os portistas sairão do Algarve rumo à Invicta. Contarão aproximadamente com mais seis horas de viajem pela frente, na melhor das hipóteses, e no dia a seguir de manhã têm de se apresentar ao trabalho!! Lamentável.

E eu vou ser um dos portistas que vai lá estar! Eu e os que me acompanham sempre, nos bons e nos maus momentos. Faremos 1200 km em menos de 24h em prol do nosso clube do coração.

Obviamente que o dia e o horário do jogo, assim como o facto de termos de atravessar o país de ponta a ponta para apoiarmos o nosso clube, supostamente num terreno neutro, afasta logo à partida muitos espectadores. E favorece outros automaticamente. Veremos se será possível ter um terço do estádio do Algarve de azul e branco.

Mas, confesso que, sempre fui defensor da qualidade e não da quantidade. Sempre. Não sei se serão muitos ou serão poucos, mas sei que os que lá vão estar a representar e a puxar pelo FC Porto são bons, e que vão fazer muito barulho! Um clássico é um clássico e só por isso não falta motivação. Ainda para mais depois daquilo a que temos assistido este ano, quero mesmo muito ganhar o jogo no domingo. Contra tudo e contra todos! Espera-nos um dia bem longo, onde demonstraremos a nossa raça, o nosso empenho, a nossa dedicação e amor ao Porto. Vou chegar de madrugada à cidade Invicta, mas acredito que com a taça na bagagem…

Vou só ali buscar uma taça e já venho...

Mais um fim-de-semana de apoio ao mágico...

Sábado à tarde jogo de andebol no Dragão Caixa contra o São Bernardo. Os mesmos de sempre lá estavam. Mais uma grande vitória dos nossos campeões.

À noite houve futebol em Coimbra e praticamente à mesma hora, hóquei em patins em Viana do Castelo. Cerca de uma dezena de portistas, onde eu me incluía, seguiu para o Minho. Não se pode estar em mais do que um sítio, ao mesmo tempo.

Na cidade dos estudantes, foi o regresso às vitórias depois do descalabro de Londres. Em termos de número de Ultras, a deslocação é negativa. Foi a pior assistência de portistas em Coimbra dos últimos anos. A imagem da nossa Curva no jogo de Sábado passado, comprova isso mesmo. Mas os que nunca abandonam a equipa, os que estão lá sempre, mais uma vez marcaram a sua presença e foram bem audíveis durante o jogo. Prova de que não é preciso ter um sector cheio para o apoio ser bom e constante. É preferível ter três dezenas com mentalidade, do que três milhares sem saber muito bem o que estão lá a fazer. Destaque para a coreografia apresentada pela histórica claque da Académica, a "Mancha Negr"a, alusiva aos 25 anos de existência que este ano comemoram.

Em Viana do Castelo, tal como nos diz a história recente, saímos de lá com mais uma alegria. Festival azul e branco! À chegada, cerca das 19h30, falámos com os nossos jogadores à porta do pavilhão. De seguida fomos para um restaurante, carregar a energia para a dura batalha que se aproximava.

Entrámos no pavilhão de Monserrate faltava meia hora o começo. Durante a partida cantámos, saltámos, gritámos e festejamos com os jogadores! Mais uma vitória rumo ao tão desejado “Enea”! Missão cumprida. Saímos do pavilhão e invasão ao café do lado. 77 minutos em Coimbra e 1-1. Olhos sofredores colados na televisão, na ânsia de um golo que nos desse aquela vitória. Golo esse, que chegou aos 86 minutos! Cebola fez-nos explodir de contentamento num local onde o “anti-Porto” reinava. Foi a loucura!

Consumada a terceira vitória do dia, hora de rumar a casa, com um sorriso de orelha a orelha.

No Domingo, 17h e o grupo que sofre e vive o FC Porto todos os dias da semana já estava junto outra vez. Os basquetebolistas levaram a melhor sobre o Vagos, num jogo que serviu para exibir aos adeptos, a taça da Liga e a taça de Portugal, troféus já conquistados este ano. Dragão Caixa, no máximo, com meia casa (o adversário não era o slm). Os jogadores sabem quem está com eles.

ULTRA - UM MODO DE VIDA

Um abraço Ultra.