Esta vida de Dragão, só dá campeão!

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NÓS VAMOS A DUBLIN!!!

O nosso mágico Porto atingiu anteontem a final da Liga Europa, eliminando novamente uma equipa espanhola, desta vez o Villareal. Época extraordinária da equipa comandada por André Villas-Boas, o nosso grande treinador, com vitórias atrás de vitórias e alegrias como só o nosso clube nos sabe dar. Já não há palavras para descrever este conjunto, que jogo após jogo brilha nos relvados por onde passa, e mostra toda a sua superioridade, a quem quer que seja. Comprometidos com a vitória desde o Verão passado, vamos fazendo história e o sonho de marcar presença no Aviva Stadium no próximo dia 18 de Maio concretizou-se. E as finais não são para se jogar, são para se ganhar!!

Tal como até aqui temos que manter uma postura de raça, orgulho e muita humildade, pois foi dessa forma que ultrapassámos todos os adversários até este ponto. Nós vamos lá estar, para gáudio de todos os que sentem e amam o FC Porto e para desespero, raiva e revolta de todos aqueles que nos odeiam. Ouviram bem, nós vamos lá estar!! E defrontaremos a segunda melhor equipa a jogar futebol em Portugal, pela qual, aviso, não nutro qualquer simpatia. Nem me aquece nem me arrefece, é-me indiferente. Está lá quem merece estar e vamos fazer de tudo para ver o Helton a levantar a taça… como Jorge Costa em 2003! Nós que os acompanhámos para todo o lado ao longo do ano, com mais ou menos sacrifícios, merecemos viver estes momentos únicos.

E começo a descrever a actuação das nossas grandes claques no jogo do passado Domingo, no Bonfim. Já com o título consumado, (embora na TVI digam “o ainda campeão benfica joga este Domingo”) o FC Porto deslocou-se à margem sul do país e espetou 0-4 nos sadinos, provando que nem a feijões deixamos de querer a vitória. A vantagem para os apagados é agora de 21 (!!!) pontos. Está-se mesmo a ver que fomos levados ao colo e foi por isso que fomos campeões. O maior cego é aquele que não quer ver. Excelente presença dos nossos ultras numa cidade a 350 km do Porto, num Domingo à noite. Futebol moderno no seu esplendor. O único topo do estádio do Bonfim foi preenchido pelos Super Dragões e pelo Colectivo, que apoiaram a equipa ao longo dos 90 minutos do encontro. O “hit” do momento é o “Mágico Porto”, mais uma vez bem audível, mesmo a quem só teve oportunidade de assistir pela TV. O material do costume presente, as tradicionais bandeiras gigantes espalhadas pela curva portista deram um bom efeito. Uma nota negativa para o facto da muita publicidade existente impedir a normal colocação das faixas, tanto das claques, como dos seus núcleos. Mais uma batalha ganha e ao final de 28 jogos, contamos 26 vitórias e 2 empates. Sem palavras!

Quatro dias depois, segunda mão da meia-final da Liga Europa, no El Madrigal. Depois da goleada aos espanhóis por 5-1 no estádio do Dragão, já avistávamos Dublin, mas como deve ser encarámos o jogo de forma seria e os justos festejos chegaram no final. E eliminar uma equipa espanhola tem sempre um sabor especial. Eles que desta vez vieram com insinuações acerca da arbitragem do jogo em nossa casa. Estou à espera de uma crónica no jornal madrileno ”Marca”, acerca da arbitragem agora neste segundo jogo. Golo de Cani precedido de claro fora-de-jogo e golo de Rossi marcado depois de uma “paradinha”. Escusado será dizer que a “Marca” é o “Pravda” espanhol.

O FC Porto perdeu 3-2 e carimbou a passagem à final da Liga Europa, sob o olhar atento de cerca de 1500 Dragões, que invadiram Espanha! Horas antes do jogo começar já se sentia a presença dos nossos adeptos nas redondezas do estádio. Infelizmente não me pude lá deslocar, mas ao olhar para as imagens que cá iam chegando, apercebi-me que estávamos bem entregues. A minha saudação aos que lá foram, os que admiro, eles sabem que são. O sector visitante no El Madrigal é um descalabro, parece uma jaula no topo de uma das bancadas atrás da baliza. Bons momentos de apoio da nossa gente, principalmente a partir do momento em que Hulk empatou o jogo. Boa prestação também dos adeptos do submarino amarelo, que nunca deixaram de apoiar a sua equipa, mesmo próximo do final. Achei admirável, já no tempo de compensação e com o Villareal a precisar de marcar mais quatro golos para nos eliminar, o estádio não se calava em redor dos seus jogadores.

Explosão azul e branca com o terminar da partida, voltamos a marcar presença numa final europeia, 7 anos depois! Festejos um pouco por todo o lado, desde o El Madrigal ao aeroporto Francisco Sá Carneiro (eu estive lá), onde de madrugada vários adeptos esperaram os jogadores.

Bate bate coração… que nunca mais é dia 18!! Vamos continuar a apoiar os nossos, que a época ainda não acabou.

Excelentíssimo subintendente Costa Ramos, e as claques aí no sul, são pródigas em quê?!

Temos assistido nos últimos tempos a casos de desordem provocados pelos grupos organizados dos nossos principais rivais. E como ninguém fala achei pertinente intervir. Quando alguém na antevisão de um clássico, estando a representar a Polícia de Segurança Pública, diz em alto e bom som “sabemos que a claque lá mais a Norte é pródiga na utilização de bolas de golfe” e depois dos recentes acontecimentos não lhe sai nem um pio, é de estranhar. Ou se calhar até não.

Quais acontecimentos? Sporting – Benfica em Alvalade, pancadaria no sector da JuveLeo com a polícia. Eleições para o novo presidente do Sporting, pancadaria depois de se saber os resultados, não só com a polícia mas também entre adeptos. Duas deslocações dos ultras do FC Porto ao estádio sem luz, precedidas de graves confrontos entre lampiões e a polícia. Na quinta-feira, desobediência dos apagados, que ao que parece se recusaram a sair do estádio AXA, deu em nova pancadaria com a autoridade.



Caro Costa Ramos e ministro da administração interna, têm alguma coisa a dizer sobre isto?

Aí se fossem os Dragões…