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Quando se fala no Porto nas grandes vitórias do Porto dos anos 80, um dos jogadores que rapidamente me vem à memória é Jaime Magalhães. Pessoa simples e humilde era um jogador que punha o colectivo acima do pessoal e que deixava sempre tudo dentro de campo. Foi um jogador a quem, quanto a mim, não foi dado o devido destaque durante a sua carreira mas que foi peça fundamental nas grandes conquista do Porto dos anos 80 e princípios de 90.
Jaime Fernandes Magalhães nasceu no Porto a 10 de Julho de 1962 e foi um produto genuíno das escolas de formação do Futebol Clube do Porto onde ingressou aos 14 anos na época 1976/77. Disputou o primeiro jogo pela equipa principal do Porto com 18 anos, em 21 de Setembro de 1980, contra o Boavista no
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Estádio do Bessa vencendo por 1-0. Durante 15 anos consecutivos envergou a mítica camisola azul e branca conquistando todos os títulos nacionais e internacionais de clubes que havia para conquistar.
Jaime Magalhães foi um médio ala direito poderoso dotado de uma técnica invulgar e de uma raça extraordinária e que conseguia cruzamentos fantásticos, quase teleguiados para a cabeça de Gomes, Madjer, Domingos e companhia. Aliava a estas qualidades individuais uma cultura táctica excelente o que o tornava num jogador fundamental para qualquer treinador. Era um verdadeiro jogador à Porto. Com o "Grande Capitão" João Pinto formou uma ala direita temível e responsável por muitos dos grandes êxitos do Porto de então. Curiosamente, Jaime Magalhães foi titular em todas as finais europeias dos anos 80 e só por uma vez foi substituído: precisamente a primeira final europeia do Porto perdida para a Juventus em Basileia em 1984. Em todas as outras finais disputou os jogos do princípio ao fim contribuindo para algumas das mais bonitas páginas da história do Porto.
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Durante as 15 épocas consecutivas em que participou pelo Porto (1980/81 a 1994/1995) marcou 38 golos venceu 7 campeonatos, 4 Taças de Portugal, 8 Supertaças Nacionais, 1 Taça dos Campeões Europeus, 1 Supertaça Europeia e 1 Supertaça Intercontinental tornando-se um dos jogadores com mais títulos na história do Futebol Clube do Porto. Na época 87/88 marcou um dos golos mais importantes da sua carreira. Na final da Taça de Portugal, no Jamor, contra o Vitória de Guimarães (onde estive ao vivo) o Porto fez um jogo fraquinho, muito táctico como Tomislav Ivic gostava, sem grandes rasgos, até que aos 83 minutos Magalhães marca um belo golo, sentencia o jogo e proporciona a conquista da "dobradinha" pela 2ª vez no historial do Porto 32 anos depois da 1ª. Os adeptos agradecem a Magalhães mas não perdoam a Ivic o seu futebol calculista e "chato" fazendo com que o croata não se mantenha na época seguinte.
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Depois da sua saída do Porto com 33 anos no fim da época 1994/95, Jaime Magalhães joga apenas mais uma época no Leça F.C. onde faz poucos jogos devido a uma grave lesão. Foi internacional nos escalões de formação e internacional "A" por 20 vezes com destaque para a presença no Mundial do México em 1986.
Jogadores como Jaime Magalhães houve poucos e fico sempre com a sensação que não teve o destaque que merecia quer pela sua qualidade futebolística quer pela sua dedicação ao clube. Foi, para mim, o melhor ala direito que eu vi actuar vestido de azul e branco e ainda hoje é possível vê-lo no Dragão. Um grande obrigado ao Jaime Magalhães por tudo o que deu ao clube e por todos os títulos que ajudou a conquistar e que tantas alegrias deram aos adeptos portistas.
O meu amigo 66 não fica por meias-medidas e apresenta logo uma autêntica bomba.
ResponderEliminarCostumo dizer que nasci para o Futebol admirar homens como este, este tinha ADN Portista por todo lado, até na forma como se entregava ao jogo, qual cansaço qual quê!
66 Um grande abraço e obrigado por esta homenagem a um jogador que sempre admirei.
Realmente o jaime era um jogador de recorte tecnico fino e muito laborioso, sera sempre um dos melhores que cresceram no nosso clube. Obrigado por tudo.
ResponderEliminarTinha 11/12 anos e começei a ficar doente pelo Porto. Nessa altura a ala direita do Porto tinha em Magalhães um grande extremo com os seus centros teleguiados para a cabeça de FERNANDO GOMES.
ResponderEliminarJAIME MAGALHÃES esteve nas grandes conquistas do FC PORTO na década de 80 e era, de facto, um grande ala.
Um craque dentro e fora dos relvados!
ResponderEliminarUm verdadeiro Dragão! Daqueles marcantes!
ResponderEliminarJaime Magalhães, é daqueles a quem como eu, que teve a felicidade de o apanhar na fase alta, não se pode esquecer dele... se este aqui, fosse a rúbrica do 'fino que nem rato', era sem dúvida um (super) DRAGÃO!!!
ResponderEliminaraquela ala direita, com o João Pinto e o Jaime Magalhães, era de um entendimento 7 estrelas... que saudades!
Jaime, um muito obrigado por cada gota de suor que transpiraste em favor do nosso mágico clube!!!
ps - off-topic: OffShore, sorry, mas fui eu que apaguei o teu comentário sobre o RM... porque esse já morava no post logo abaixo, o das capas dos jornais, como já é norma desta casa. Espero que não leves a mal...
Um senhor do nosso Clube. Respect
ResponderEliminarGrande jogador, e como pessoa uma simplicidade e um sorriso constante.
ResponderEliminarHoje ainda poderia ensinar a alguns, o seu posicionamento à entrada da área para aplicar o seu remate de ressaca após os cortes das defesas contrárias, nos cantos a favor do FCP.
Grandes golos assim marcou.
Quem o ve por vezes nas instalações do Dragon Force, não imagina que aquele homem foi um dia um expoente das grandes equipas do FCP.
Jaime
Obrigado por tudo o que fizeste ao serviço do FCP.
Mereces um DRAGÃO.
Mais um que foi uma delicia ver jogar no nosso club!:)
ResponderEliminarBIBÓ PORTO
Guardo enormes recordações do Jaime: o golo frente ao Guimarães que nos deu uma final da taça em 87; um outro golo dele na luz em que empatamos a 1; os cruzamentos com "conta, peso e medida" que fazia como niguém e que quase sempre encontravam alguém disponível...
ResponderEliminarRecordo também uma tarde dramática na Antas em que num jogo contra o Chaves ele chocou "cabeça com cabeça" com um avançado chamado Saavedra, em que me recordo que saiu ensanguentado e que se temeu bastante pela sua via.
Recordo-me ainda do desconforto que senti ao ve-lo envergar a camisola do Leça.
E muitas, muitas outras recordações incapazes de serem traduzidas em palavras.
Jaime Magalhães será para sempre uma figura do Futebol Clube do Porto, para sempre uma figura que marcou a renovação e revolução na nossa história.
Um muito obrigado ao Jaime!
Vi-o no outro dia. Está careca! Porque será?
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