28 fevereiro, 2008

Pagar a factura!!

Tornou-se um lugar-comum dizê-lo, pelo menos após a intempestiva passagem de Mourinho pelo Porto, que após uma derrota dos azuis e brancos, o adversário seguinte “pagaria a factura”. O Paços de Ferreira comprovou, para infelicidade própria, a veracidade da tese. O Porto de fim-de-semana “lambeu” as feridas abertas na derrota dolorosa em Gelsenkirchen, exibindo-se em bom plano, perante uns “castores” desinibidos, com carácter e empenho, dificultando ao máximo a vitória portista.

Esta, sem a mínima contestação, foi alicerçada ao ritmo do tango, algo que se torna habitual, esta temporada, no Dragão. Os ritmos argentinos teimam em contagiar toda a equipa, tornando o futebol dos azuis e brancos frenético e jogado em alta rotação.

Numa boa partida de futebol, já devidamente escalpelizada pelo Blue no seu artigo, o Porto deu mais um passo de gigante rumo ao título. O segundo TRI da história avizinha-se, lá no fim desta maratona futebolística, começando a criar alguma ansiedade nos adeptos.

Pela segunda vez consecutiva, o Porto vence inapelavelmente por margem robusta mas, mesmo assim, não se livra dos remoques dos técnicos adversários. Na Madeira, foi um ressabiado Lazaroni que deixou cair a máscara de “gentleman”, mostrando a verdadeira face no final do jogo. Apopléctico, bradou contra o bode expiatório ideal para camuflar insuficiências e erros próprios: a arbitragem. Fazendo tábua rasa do que de verdade se tinha passado, o treinador brasileiro procurou justificar… o injustificável, num estilo próprio de personagens azedas e mesquinhas, incapazes de valorizarem o poderio do opositor.

No Dragão, apesar do “atropelamento” que o Paços sofreu, na 2ª metade, incapaz de resistir ao rolo compressor em que se transformou o jogo portista, a conferência de imprensa pós jogo serviu para apimentar a discussão. Um pacóvio de chapéu ridículo na cabeça, armado em grilo falante, aproveitou os parcos minutos de visibilidade mediática para gritar a sua indignação contra… a arbitragem. Foram eles, esses maléficos juízes de apito na boca que, na opinião douta da personagem, sonegaram a hipótese de o Paços, esse colosso nacional, de conquistar pontos no Dragão.

Ressalvando o ridículo do conteúdo do discurso, enjoativo e feito de lugares-comuns, começa a fartar. A fartar mesmo a sério. Já era tempo de o Porto ter alguém para, de forma clara e directa, responder aos remoques que visam apenas enlamear o nome do clube. Com contundência.

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Pese o segredo de Justiça vigente, mas que este cantinho à beira-mar plantado não sabe o que significa, Pinto da Costa deu uma entrevista, abordando o tema “Apito Dourado”, focando algumas questões interessantes. Para começar, colocou o dedo na ferida, não se importando de ferir susceptibilidades. Luís Filipe Vieira é um inimigo. Assim mesmo, com o tom bélico que a circunstância exige. Não é um adversário. Não é um rival. Mas um inimigo figadal. Quem procura, de qualquer forma e não olhando a meios, a nossa destruição, merece um epíteto destes. Para que não se esqueça. Inimigo!

O desmascarar despudorado de quem se encontra por detrás do polémico dossier foi uma variação interessante, após meses de silêncios comprometidos ou de estratégias concertadas, onde nada era afiançado. Sejamos honestos. Nada do que foi dito, na referida entrevista, constituiu novidade. Mas a forma como, desta feita, o nosso presidente apontou o dedo aos que, na sombra, têm conjurado para a sua destruição, foi um tónico revigorante para a sua imensa legião de admiradores. Onde eu me incluo. Houve quem, após o final da entrevista, tenha ficado com as orelhas a arder. O fiscalista que o diga…

Sem rede, em directo, perante perguntas incómodas, Pinto da Costa foi igual a ele próprio. Polémico, irreverente e contundente. “"A Carolina diz que o fez. Assume que contratou mas o processo é arquivado porque o depoimento de Carolina é insuficiente para sustentar a acusação. Mas ou é verdade, e não pode passar impune, ou é mentira, e que credibilidade é que ela tem?".

Basta isto para se afirmar, com toda a propriedade, que o estereotipo da Justiça, que se diz cega, vai neste caso em não conformidade. A Justiça tuga é, quando muito, zarolha. Quando os processos que visam o nosso presidente, atempadamente arquivados por manifesta falta de provas, são reabertos apenas e só pelo testemunho de uma viperina alternadeira, valorizando-se a forma em detrimento do conteúdo, está tudo dito. Por momentos, parece que fomos transladados para um País bolchevique. Só faltam mesmo os gulags...

3 comentários:

  1. Paulo:

    Sempre q se fala em Mourinho (pagar a factura) fico com um sentimento nostálgico (ai q saudades) procurando em poucos segundos reviver aqueles anos de glória intensa. Mas pronto, adiante.

    Também concordo com esse teu ataque ao adjunto do Paços de boné :) O departamento de comunicação do clube Portista não deveria reagir? Eu acho q sim também. o FCPorto é demasiado passivo com estas situações...

    Quanto à entrevista com 70 anos o homem ainda é um senhor carago:)

    A Cornelina é o último dado jogado pela máfia centralista. E não o querem perder, está visto. Mas tudo isto irá terminar 1 dia e até quem sabe com contornos bem diferentes dos existentes actualmente.

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  2. Viva !

    Por isso me parece importante a existencia dos blogs Estes tem cada vez mais peso frente à imprensa. Recorde -se que a vitoria do nao frances em 2007 no referendo sobre a constituiçao euro partiu dum simples blog.

    E viva o Porto !

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  3. Caríssimo Paulo Pereira, é caso para dizer (em relação ao paços) que "os cães ladraram e a goleada aconteceu" ;)

    quanto à entrevista do Sr. Presidente, já lhe vi melhores registos, mas mesmo não fazendo uso das suas famosas tiradas mordazes, foi uma boa entrevista onde comprovou "que o rei vai nu" ou rainha, ou lá que seja. Ele está bem documentado e aconselhado, e vai vencer mais esta batalha que tem pela frente, mais uma vez contra tudo e contra todos!! força Presidente

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