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O primeiro grande sinal da emancipação internacional do FC Porto deu-se em 1984. O FC Porto disputou a sua primeira final europeia em 1984, defrontando a poderosa Juventus de Itália, na final da Taças das Taças. O FC Porto teve um percurso brilhante e cheio de "espinhos", ultrapassando algumas equipas de nomeada, como a seguir aqui deixo em nota de destaque:
1ª eliminatória
Dinamo Zagreb (Jugoslávia)-FC Porto 2-1
Dinamo Zagreb (Jugoslávia)-FC Porto 2-1
(Kranjcar 25m e 75m - Gomes 65m)
FC Porto-Dinamo Zagreb 1-0
FC Porto-Dinamo Zagreb 1-0
(Gomes 86m)
2ª eliminatória
Glasgow Rangers (Escócia)-FC Porto 2-1
2ª eliminatória
Glasgow Rangers (Escócia)-FC Porto 2-1
(Clarke 35m, Mitchell 85m - Jacques 89m)
FC Porto-Glasgow Rangers 1-0
FC Porto-Glasgow Rangers 1-0
(Gomes 53m)
1/4 final
FC Porto-Shakhtyor Donetsk (União Soviética) 3-2
1/4 final
FC Porto-Shakhtyor Donetsk (União Soviética) 3-2
(Pacheco 41m, Frasco 47m e Jacques 70m - Morozov 7m, Sokolovski 38m)
Shakhtyor Donetsk-FC Porto 1-1
Shakhtyor Donetsk-FC Porto 1-1
(Grachev 63m - Walsh 72m)
1/2 final
FC Porto-FC Aberdeen (Escóssia) 1-0
1/2 final
FC Porto-FC Aberdeen (Escóssia) 1-0
(Gomes 14m)
FC Aberdeen-FC Porto 0-1
FC Aberdeen-FC Porto 0-1
(Vermelhinho 76m)
Ultrapassados os obstáculos um a um, nessa altura, com uma equipe de «tostões», era então chegado o grande momento: a final da Taça das Taças na época de 1984 que se iria realizar no dia 16 de Maio de 1984, no Estádio St. Jackob, em Basileia (Suíça) e arbitrada pelo Sr. Adolf Prokop (ex-RDA) de tão má memória para as nossas cores.
Lembro-me como se fosse hoje ainda deste jogo, até porque na altura, lá em casa, tv´s, só mesmo a preto e branco e teve que ser um vizinho mais abastado financeiramente, que já nessa altura tinha televisão a cores, que nos permitiu ver ao vivo e a cores este nosso primeiro assomo na Europa do futebol.
Aliás, ainda hoje guardo religiosamente, entretanto já gravado para DVD o jogo original, com os relatos na hora… e acreditem, quando me dá assim uns apertos de saudade, vejo o jogo e mato-me a rir com aquela forma já rudimentar de jogar, aqueles calções do mais bárbaro possível… o resultado não me faz rir, é verdade, mas acreditem que toda a outra envolvência para além do resultado, me dá grande gozo voltar a televisionar.
Entretanto, nesta sua primeira final, o FC Porto não era favorito, porque do outro lado estava a melhor equipa italiana, recheada de grandes vedetas como Platini e Boniek, e dispondo ainda no seu plantel de vários internacionais italianos que tinham sido campeões no mundial de Espanha, em 1982.
Na ausência do Grande Mestre Pedroto, que nesta altura, dava já sinais preocupantes de uma saúde demasiado fragilizada, motivo pelo qual não se deslocou a Basileia, foi António Morais quem «comandou os dragões» contra os «bambinos italianos».
Os onzes foram escalonados pelos técnicos António Morais, pelo FC Porto, e Giovanni Trappatoni, pela Juventus, da seguinte forma:
F.C. PORTO - Zé Beto; João Pinto, Eduardo Luís (Costa), Lima Pereira e Eurico; Jaime Magalhães (Walsh), Frasco, Pacheco, Sousa; Gomes e Vermelhinho.
Treinador: António Morais / José Maria Pedroto.
JUVENTUS - Tacconi; Gentile, Brio, Scirea, Cabrini; Tardelli, Bonini, Vignola (Caricola), Platini; Rossi e Boniek.
Treinador: Giovanni Trappatoni.
Após um começo nervoso, que culminou com um golo fortuito dos italianos apontado por Vignola logo aos 12 min, o FC Porto equilibrou os acontecimentos e chegou com alguma naturalidade ao empate, com um golo de raiva de António Sousa, estavam decorridos apenas 29 min da primeira parte. No entanto, e ainda antes do intervalo, aos 41 min, Boniek desempataria para a Juventus, em jogada precedida de falta… que mais tarde, e já na saída para o túnel de acesso aos balneários no final do jogo, o «famoso loco» Zé Beto, tratou de vingar e logo com juros, na altura, com a bandeirinha dos chamados 'leininhas'.
Durante o resto do encontro, o FC Porto chegou em muitos momentos a vulgarizar a Juventus, tentando a todo o custo furar a muralha defensiva da Juve, mas a defesa italiana, repleta de campeões do Mundo de 1982 era liderada pelo malogrado Scirea, que viria a falecer num acidente de viação, anos depois, não permitiu mais nenhumas veleidades ao nosso sector atacante.
É verdade que dessa vez, não deu para vencer, no entanto, a partir daquele momento, a Europa do futebol passava a fixar o nome de um novo grande do futebol Europeu: o FC Porto.
Lembro-me como se fosse hoje ainda deste jogo, até porque na altura, lá em casa, tv´s, só mesmo a preto e branco e teve que ser um vizinho mais abastado financeiramente, que já nessa altura tinha televisão a cores, que nos permitiu ver ao vivo e a cores este nosso primeiro assomo na Europa do futebol.
Aliás, ainda hoje guardo religiosamente, entretanto já gravado para DVD o jogo original, com os relatos na hora… e acreditem, quando me dá assim uns apertos de saudade, vejo o jogo e mato-me a rir com aquela forma já rudimentar de jogar, aqueles calções do mais bárbaro possível… o resultado não me faz rir, é verdade, mas acreditem que toda a outra envolvência para além do resultado, me dá grande gozo voltar a televisionar.
Entretanto, nesta sua primeira final, o FC Porto não era favorito, porque do outro lado estava a melhor equipa italiana, recheada de grandes vedetas como Platini e Boniek, e dispondo ainda no seu plantel de vários internacionais italianos que tinham sido campeões no mundial de Espanha, em 1982.
Na ausência do Grande Mestre Pedroto, que nesta altura, dava já sinais preocupantes de uma saúde demasiado fragilizada, motivo pelo qual não se deslocou a Basileia, foi António Morais quem «comandou os dragões» contra os «bambinos italianos».
Os onzes foram escalonados pelos técnicos António Morais, pelo FC Porto, e Giovanni Trappatoni, pela Juventus, da seguinte forma:
F.C. PORTO - Zé Beto; João Pinto, Eduardo Luís (Costa), Lima Pereira e Eurico; Jaime Magalhães (Walsh), Frasco, Pacheco, Sousa; Gomes e Vermelhinho.
Treinador: António Morais / José Maria Pedroto.
JUVENTUS - Tacconi; Gentile, Brio, Scirea, Cabrini; Tardelli, Bonini, Vignola (Caricola), Platini; Rossi e Boniek.
Treinador: Giovanni Trappatoni.
Após um começo nervoso, que culminou com um golo fortuito dos italianos apontado por Vignola logo aos 12 min, o FC Porto equilibrou os acontecimentos e chegou com alguma naturalidade ao empate, com um golo de raiva de António Sousa, estavam decorridos apenas 29 min da primeira parte. No entanto, e ainda antes do intervalo, aos 41 min, Boniek desempataria para a Juventus, em jogada precedida de falta… que mais tarde, e já na saída para o túnel de acesso aos balneários no final do jogo, o «famoso loco» Zé Beto, tratou de vingar e logo com juros, na altura, com a bandeirinha dos chamados 'leininhas'.
Durante o resto do encontro, o FC Porto chegou em muitos momentos a vulgarizar a Juventus, tentando a todo o custo furar a muralha defensiva da Juve, mas a defesa italiana, repleta de campeões do Mundo de 1982 era liderada pelo malogrado Scirea, que viria a falecer num acidente de viação, anos depois, não permitiu mais nenhumas veleidades ao nosso sector atacante.
É verdade que dessa vez, não deu para vencer, no entanto, a partir daquele momento, a Europa do futebol passava a fixar o nome de um novo grande do futebol Europeu: o FC Porto.
Em jeito de recordação, deixo-vos aqui em vídeo os golos desse jogo.
ResponderEliminar@ Blue
cresci para o futebol com este jogo.
anuí com o golo madrugador, exultei com o golaço do Sousa, desesperei com o segundo golo, roí unhas, sofri em silêncio até ao apito final, chorei baba e ranho com o desfecho final. até perdi o apetite para o jantar - logo eu que não gosto nada de pôr os pés debaixo da mesa :D
tudo com uns tenrinhos nove anitos.
não mais esqueci essa noite - de tão dolorosa que foi, e por todo o doce sabor que viria a trazer (três singelos anos depois, e até ao Presente).
foret abr@ço
(e até dia 24 :D)
Miguel | Tomo II