07 abril, 2014

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FC Porto-Académica, 3-1

Liga 2013/14, 26.ª jornada
06 de Abril de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 29.309


Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e Jorge Oliveira
4º Árbitro: Ricardo Coimbra

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro, Fernando, Herrera, Quintero, Varela, Ghilas, Jackson Martínez.
Substituições: Danilo por Alex Sandro (60m), Quaresma por Varela (60m), Josué por Ghilas (68m).
Não utilizados: Kadú, Carlos Eduardo, Kelvin, Licá.
Treinador: Luis Castro.

NACIONAL: Ricardo, Marcelo, Halliche, João Real, Grilo, Makelele, Fernando Alexandre, Marcos Paulo, Ivanildo, Salvador Agra, Rafael Lopes.
Substituições: Marinho por Grilo (64m), Ogu por Marcos Paulo (71m), Diogo Valente por Salvador Agra (83m).
Não utilizados: Peiser, Aníbal Capela, Manoel, Nuno Piloto.
Treinador: Sérgio Conceição.

Ao intervalo: 3-0.
Marcadores: Jackson Martínez (4m), Ghilas (24m), Jackson Martínez (40, pen), Marcos Paulo (52m).
Cartões amarelos: Abdoulaye (45m+2'), Marcelo (80m), Ogu (88m).

A pensar em Sevilha, com Luís Castro claramente com a gestão do grupo na cabeça, foram algumas as mexidas e as surpresas para o jogo de hoje relativamente aos últimos jogos.

Entradas directas para o 11 inicial de Ricardo, Herrera, Quintero e Ghilas, para os lugares de Danilo, Defour, Carlos Eduardo e Quaresma. Apanhando uma Académica consistente, segura e tranquila na classificação, com um bom treinador, seria importante conquistar 3 pontos antes da decisão no Sul de Espanha para a Liga Europa – injecção de confiança, dinâmica de vitória e para a Liga regresso às vitórias.

Sinceramente partilho um pouco da opinião de Sérgio Conceição, alguma da diferença do jogo esteve na finalização e concretização das oportunidades. A entrada do Dragão foi óptima, e logo aos 4 minutos Jackson a corresponder de cabeça a um cruzamento de Ghilas na direita e abriu o marcador, numa boa acção ofensiva da equipa. A sorte que não tivemos na 5ª Feira hoje funcionou para o nosso lado. Em poucos minutos e por duas vezes, a bola bateu na trave e no poste da baliza de Fabiano, em ambas as situações graças a desvios oportunos do guarda-redes brasileiro (Fabiano foi em muito boa parte grande responsável pela vitória e não só neste jogo, provando que a sucessão de Hélton estava, há muito assegurada).

Quem não marca, sofre e assim sucedeu, felizmente para as nossas cores. Combinação de Ghilas com Jackson, novamente, desta feita invertendo os papéis e o argelino a desviar com qualidade na saída de Ricardo, aumento para 2-0 à passagem dos 24 minutos. Ghilas foi um quebra-cabeças para Grilo no corredor direito. Confiante, agressivo, veloz, fez o que quis e a equipa percebeu isso mesmo, intensificando a circulação de bola nesse corredor. Mérito de Luís Castro que percebeu alguma capacidade em Ghilas para, em recurso, jogar junto à linha, e dando voto de confiança para o jogo Europeu que aí vem e no qual será titular.

Novamente a equipa forasteira a tentar e conseguir incomodar a nossa baliza, sem sucesso e com Fabiano novamente em bom plano. Aos 40’ Quintero sofre falta dentro da área e Jackson, aumentou com sucesso para 3-0. Resultado pesado e injusto ao intervalo para a equipa de Coimbra.

Para a 2ª parte seria expectável por força da diferença no marcador e do sucessivo acumular de jogos uma gestão de esforço. Mas essa mesma gestão não foi feita com sucesso. A gestão dos jogos pode e deve ser feita com bola, com poucas oportunidades para o adversário, com a equipa bem organizada, boa gestão dos ritmos e o mesmo não sucedeu. Dando por momentos o controlo ao adversário, sofremos o 3-1 ainda cedo no último período. Remate de fora da área em zona central.

De LC continuou a gestão do grupo, entrando Danilo, Quaresma e mais tarde Josué, para as saídas de Alex Sandro, Varela e Ghilas. Se a 1ª nada de novo alterou a não ser o posicionamento de Ricardo, a 2ª trouxe velocidade mas ao mesmo tempo o complicómetro e excessivo individualismo para dentro do jogo. Nada que não tenha acontecido nos últimos jogos. Quaresma não tem que provar nada a ninguém! Quaresma tem de jogar para a equipa e não para si próprio e quase sempre tem sido ao contrário. Exagerado nos lances individuais, muito raramente decide bem o que fazer à bola e um potencial lance perigoso acaba perdido numa bola dividida. Alguém que o faça perceber, definitivamente que não é o caminho certo!

Até final mais um par de defesas de Fabiano a evitar a tremideira habitual do Dragão. 2ª parte fraca, dos piores jogos em termos de situações de perigo (remates, cantos) da nossa equipa.

Exigência máxima para a semana europeia. Esperamos o melhor Porto, o mais rigoroso e ambicioso, com vontade de lutar por mais uma final europeia, que depois de 5ª Feira poderá ficar ali tão perto! Sem campeonato, façam das tripas coração e lutem até à última gota de suor, lutem porque o símbolo que trazem no peito assim vos exige. Sejam Porto, SOMOS PORTO!

Melhor em campo: Ghilas.



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

O plano de jogo implicava uma entrada forte na partida e isso foi feito, mas Luís Castro admite que, na segunda parte, os Dragões tiraram o pé do acelerador e começaram a pensar na segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa, em Sevilha. No rescaldo do triunfo sobre a Académica (3-1), o técnico elogiou a exibição no primeiro tempo, os três pontos conquistados e garantiu que o plantel está motivado para "escalar a montanha" e atacar os títulos em disputa.

​"Por muito que queiramos tirar o foco do jogo seguinte, com o resultado em 3-0 é sempre muito difícil tirá-lo da cabeça dos jogadores. O jogo em Sevilha é demasiado importante para nós. Não deveria ter acontecido, mas agora passamos à frente. Pensámos em Sevilha 45 minutos antes do que devíamos", admitiu Luís Castro no Auditório José Maria Pedroto, em conferência de imprensa.

Porém, o técnico não deixou de destacar a primeira parte dos Dragões: "Tivemos grande volume ofensivo e várias situações de golo, sendo que a Académica também teve duas, mas aí o Fabiano, tal como o Helton, demonstrou grande qualidade. A segunda parte foi menos bem conseguida e mais repartido em termos de posse, sem ter existido um domínio avassalador da Académica". Ainda em relação aos primeiros 45 minutos, o treinador revelou que existia o objectivo de marcar cedo, o que, tendo sido conseguido, "deu confiança" à equipa, que geriu o 3-0 na segunda parte, mesmo não tendo isso sido feito nas "zonas do terreno" que o técnico pretendia.

Luís Castro confessou igualmente que as substituições que efectuou na segunda parte tiveram em conta uma gestão do esforço para o encontro de quinta-feira na Liga Europa, "sem faltar ao respeito à Académica e tendo em consideração o que estava a acontecer no jogo". Conseguida mais uma vitória, é tempo de olhar em frente: "Estamos motivados para tudo o que falta no campeonato e para as três outras competições. Os jogadores estão entusiasmados e vamos continuar a escalar a montanha".



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Marcar cedo, insistir e gerir o resultado. Perante uma Académica que troca bem a bola e é bem orientada, o FC Porto ganhou porque teve um ataque muito activo. Ghilas foi excelente, é um jogador brilhante, utilíssimo. Fabiano, o gigante, continua… a agigantar-se! Reyes demonstrou, mais uma vez, que tem categoria e um radioso futuro – que fantástico “toque de bola”! Herrera – repiso – tem uns excelentes pés; precisa de mais consistência física. Luís Castro: activo, atento, oportuno. Que grande treinador se revela! “O algodão não engana”!
    Vamos a Sevilha com o orgulho de Dragão intacto. Vamos fazer valer o nosso valor, a garra e querer de Dragão! VAMOS, PORTO!

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