13 janeiro, 2008

20 anos… até parece que foi «ontem»!

Ajax 0-1 FC Porto

Supertaça Europeia 1987 [1ª mão]
24 de Novembro de 1987
Estádio De Meer, em Amsterdão (Holanda)

árbitro: Robert Valentine (Escócia)

Ajax: Menzo; Blind, Verlaat, Winter, Rob Witschge; Van 't Schip, Bergkamp, Wouters; Bosman, Muhren e Dick.
jogaram ainda: Wouters por De Boer, Muhren por Richard Witschge.
treinador: Barry Hullshof.

FC Porto: Mlynarczyk; João Pinto, Inácio, Geraldão, Lima Pereira; Frasco, Jaime Magalhães, Rui Barros; Gomes, Sousa e André.
jogaram ainda: Frasco por Quim.
treinador: Tomislav Ivic.

marcadores: 0-1, Rui Barros (5m).

FC Porto 1-0 Ajax

Supertaça Europeia 1987 [2ª mão]
13 de Janeiro de 1988
Estádio das Antas, no Porto

árbitro: Lucien Van Nuffel (Bélgica)

FC Porto: Mlynarczyk; João Pinto, Lima Pereira, Geraldão, Inácio; Bandeirinha, Jaime Magalhães, Rui Barros; Sousa, André e Gomes.
jogaram ainda: Bandeirinha por Semedo, Gomes por Jorge Plácido.
treinador: Tomislav Ivic.

Ajax: Menzo; Blind, Larsson, Wouters, Hesp; Van 't Schip, Muhren, Winter; Bergkamp, Bosman e Rob Witschge.
jogaram ainda: Bergkamp por Meijer, Rob Witschge por Roy.
treinador: Barry Hullshof.

marcadores: 0-1, Sousa (70m).

Por esta altura, já o FC Porto tinha ganho a Taça dos Campeões e também a Taça Intercontinental, que lhe atribuía automáticamente o título justíssimo de Campeão Mundial de Clubes. Faltava a Supertaça Europeia para completar um ciclo de grandes conquistas internacionais! E os Dragões não falharam, conseguindo um feito único até hoje na história do futebol português! Aliás, ainda hoje, contam-se pelos dedos de uma mão os clubes Europeus que conseguiram esta "tripla".

Só de olhar para o palmarés actual, qualquer adversário fica com medo dos portistas, mas houve uma altura em que não era assim. Como em 1988, quando a equipa treinada por Ivic venceu por duas vezes o Ajax (detentores da Taça das Taças).

O frio que fazia no dia 13 de Janeiro de 1988 na cidade do Porto não devia ser muito diferente daquele que hoje se sente. Afinal, em 20 anos nem tanta coisa mudou nas condições meteorológicas. Mas esse dia foi diferente para os adeptos portistas, que acordaram com a expectativa de aumentarem o palmarés do clube. Quando a noite caiu, o FC Porto tinha ganho a primeira, e única, Supertaça Europeia da sua história. Um feito marcante, que hoje comemora o 20º aniversário.

Depois de ter espantado a Europa ao vencer o Bayern de Munique na final da Taça dos Campeões Europeus, em Viena, o FC Porto foi jogar com o Ajax, a Amesterdão, para a primeira mão da Supertaça Europeia, realizada em 24 de Novembro de 1987. Rui Barros marcou um golo aos cinco minutos e o resultado não se alterou mais.

"Não havia favoritos, mas fizemos um jogo especial na Holanda e vencemos. O Ajax, que era uma potência mundial, pressionou-nos bastante, pelo que optámos pelo contra-ataque, aproveitando a velocidade do Rui Barros", conta Jaime Magalhães, extremo-direito que actuou nas duas partidas.

Antes da segunda mão, o FC Porto teve tempo de ir a Tóquio vencer a Taça Intercontinental, como recorda Fernando Gomes. "Estávamos na senda dos êxitos. Em Amesterdão fizemos um jogo extraordinário e um golo até foi escasso para o que jogámos".

A explicação tem-na Jaime Magalhães. "Falhei um golo que até a minha filha marcava. Inclinei o corpo para trás e a bola subiu muito".

No Porto, no tal dia 13 de Janeiro de 1988, os holandeses foram despachados com o mesmo resultado de Amesterdão, desta vez com um golo de Sousa, aos 70 minutos, e o troféu ficou nas Antas. "Estava a chover e o relvado ficou todo empapado. Tínhamos uma equipa boa, mas acima de tudo tínhamos jogadores que queriam fazer história. Era uma equipa forte e solidária", lembra Fernando Gomes.

Após o jogo houve festa no balneário e nas ruas. "É verdade que a festa não foi tão grande como quando vencemos em Viena, mas foi uma celebração bonita", recorda Jaime Magalhães.


4 comentários:

  1. Detesto estes artigos. A sério. Fazem-me lembrar da marcha inexorável do tempo. 20 anos????? Meu Deus, é um lugar comum dizer-se k o tempo passa, mas acho k tem passado mesmo com uma velocidade incrível. Vivia-se na altura um sentimento diferente. De único portista na escola, a campeão europeu, ficando eu rejubilante e a transbordar de orgulho.

    Recordo o festival Rui Barros na 1ª mão, várias oportunidades desperdiçadas, poupando o Ajax a uma humilhação. Depois, nas Antas, nova vitória e o pleno nas Taças, comprovando k a hegemonia interna tinha eco também lá fora...

    Pena k nesse ano, com uma fantástica equipa, tenhamos apanhado um habitual suplente do Real, k fez o jogo da vida dele. Llorente, se não me flha a memória, com a reviavolta no Dragão k permitiu à equipa da capital espanhola seguir em frente, depoi de 2 bons jogos portistas. Mágoas k nunca cictrizam devidamente...

    O que tu me fizste lembrar, Blue...

    Abraço,

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  2. É verdade recordo tb esses 2 Porto-Real dessa época da TCE. Primeiro lá com Madjer a marcar e nos últimos minutos o Real a fazer 2 golos, um deles com o peito ou mão de Hugo Sanchez??

    Depois nas Antas a ouvir pela rádio, era um miúdo e até chorei... Sousa marcou de livre MAS esse Lorente esteve em grande e na 2ª parte deram a volta... E lá fomos da TCE depois de a ganharmos na época anterior...

    Qt a essa supertaça 2 grandes jogos, até bem mais interessante a 1ª mão com grandes exibiç~es de Barros e Gomes...

    O PORTO de Ivic nessa época ganhou o campeonato com larga margem sobre os encornados, a taça portugal, a intercontinental e a supertaça europeia...

    20 anos... e continuamos iguais, sempre a ganhar!

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  3. Lembro desta noite de 13 de Janeiro de 1988, como se fosse hoje... tal como hoje, de 'ontem', é só boas recordações, carago!

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  4. E foi a noite em que um treinador do FC Porto - T Ivic - deve ter ouvido a maior assobiadela naquele mitíco e saudoso estádio das Antas do seu próprio público. Substituír o o bi-bota e capitão F Gomes naquele jogo foi uma crueldade que ainda hoje não lhe perdoo.
    Mas é justo dizer que ironicamente uns 5m após a substituição, Sousa fez o golo da vitória e selou a conquista do caneco.

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