Bom, bom... só mesmo os 3 pontos!

Liga Bwin 2007/08, 15ª jornada
06 de Janeiro de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 33.209 espectadores

FC Porto: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel «cap.» e Cech; Paulo Assunção, Lucho González e Raul Meireles (Mariano, 84m); Sektioui (Adriano, 60m), Lisandro Lopez e Quaresma (Lino, 92m).
Não utilizados: Nuno, João Paulo, Farias e Kazmierczak.
Treinador: Prof. Jesualdo Ferreira.

Naval: Taborda; Mário Sérgio, Paulão, Diego e China; Delfim, Gilmar «cap.» (Godemeche, 45m), João Ribeiro, Saulo (Marinho, 76m) e Davide; Marcelinho (Elivelton, 67m).
Não utilizados: Wilson Júnior, Lopes, Bruno Lazaroni e Dudu.
Treinador: Ulisses Morais.

Disciplina: Cartão amarelo para Marcelinho (35m), Sektioui (51m) e Delfim (80m).

Golos: Raul Meireles (59m).

De regresso após a paragem natalicia, e já conhecedores de antemão dos resultados normalissimos (!!!) dos mais directos adversários, o FC Porto voltou a entrar no Estádio do Dragão desta vez para a 15ª jornada da bwin, onde iria defrontar os figueirenses da Naval 1º Maio, pensava eu, com toda a vontade em apagar a má imagem deixada na Madeira há 15 dias atrás. Afinal, o que ali se viu durante 90 minutos, foi uma coisa qualquer parecida com futebol, onde a espaços, mas a espaços muito largos, se via uma jogada com principio, meio e fim.

O FC Porto subiu ao relvado com o seu onze base, excepção feita ao lugar de defesa esquerdo que foi ocupado por Marek Cech que subsituiu Fucile, ao que parece, apenas por mera opção técnica. Pensava-se até na possibilidade de Mariano ocupar desde já o lugar de Tarik que se irá ausentar por um largo período, por motivos da sua presença na CAN, em representação da selecção de Marrocos, mas que não se veio a confirmar.

Iniciado o jogo, e apesar de um nítido domínio da posse de bola, muito cedo pressenti que este iria ser mais um daqueles jogos jogados a passo lento, devagar e devagarinho. Não me terei enganado muito. O jogo era mastigado, com passes errados a surgirem a um ritmo anormal, pouca pressão sobre o jogador adversário, e até mesmo uma lenta mecanização na transição da bola. Como dizia, era tudo muito devagar e devagarinho.

Oportunidades de golo, assemelhavam-se quase a um ZERO… e com isso, muito cedo se começaram a ouvir os primeiros assobios nas bancadas (e com razão, diga-se de passagem). Pelo meio, lá começavam a surgir os naturais individualismos, muitas vezes em excesso, como que tentando mostrar que quando o colectivo não funciona, ‘pego eu na bola e resolvo sozinho’. Puro engano, mais uma vez!

O que é certo é que o apito para o final da 1ª parte chegou muito rapidamente, tendo os jogadores saído de campo ao ritmo do ‘assobio’ (mais uma vez, assino por baixo).

Para os segundos 45 minutos, o FC Porto entrou em campo com o mesmo onze titular, mas notando-se logo ali algumas alterações na atitude em campo, mesmo que ainda em dose mínima, que começaram a provocar alguns sobressaltos na defensiva adversária. Por esta altura, era Quaresma (quase sempre ele!) que tentava pegar no jogo, o que a espaços, foi conseguindo.

Quando passavam já cerca de 15 minutos da 2ª parte, Quaresma conseguiu fugir ao adversário directo e flectindo para o centro, desferiu um forte remate colocado junto ao poste, que o guarda-redes adversário sentiu muitas dificuldades em desviar, já que esta levava selo de golo.

Logo a seguir, estavam decorridos 59 minutos de jogo, numa bola aparentemente sem qualquer perigo, o inevitável Lisandro «persegue» o guarda-redes adversário já dentro da grande área adversária, conseguindo no último instante antecipar-se e roubar a bola, que mesmo desviada para a lateral, colocou de imediato no pés de Paulo Assunção já no interior da área, que se limitou a endossar a bola para o remate seco de Raúl Meireles que vindo de trás, se limitou a fuzilar a baliza deserta e inaugurando o marcador a 1-0 para o FC Porto.

Ali, e quando se esperava uma cavalgada em busca do 2º golo, o golo da tranquilidade, o que se assistiu foi exactamente a mais do mesmo até ali visto, ou seja, em ritmo de jogo devagar e devagarinho, muito por culpa dos da casa, que pareciam já ter o jogo ganho.

O que é certo, é que a Naval conseguiu libertar-se um pouco mais, espalhando melhor as suas unidades em campo, e com isso, começar a aproximar-se com mais perigo da baliza defendida por Hélton, que quando chamado a intervir, e fê-lo por 2 ocasiões, respondeu alto e em bom som: «presente».

Sinceramente, não era de todo aceitável este final de jogo, em que pouco ou nada se fazia em busca do 2º golo, com insistentes e sistemáticos atrasos de bola para a defensiva, procurando deixar o tempo esfumar-se até ao apito final… ganhamos, com justiça, diga-se de passagem, mas este, não é o FC Porto a que estamos habituados, e espera-se apenas que este 1º jogo realizado no mês de Janeiro, não venha a ser uma antevisão de um «déja-vu» já da época passada. Esperemos bem que não!

Indesmentível, é o facto de o jogo ter chegado ao seu final com o objectivo principal conquistado, os 3 pontos da vitória, e com isso, um novo aumentar da vantagem para o 2º e 3º classificado, que passa a ser agora no final da 15ª jornada da liga bwin, de 9 e 12 pontos respectivamente.

azul + : Paulo Assunção (VIPortista), Lisandro, Raul Meireles e Quaresma (a espaços).

azul - : colectivamente, para o jogo enfadonho protagonizado pelos da casa; individualmente, Marek Cech, Bruno Alves, Tarik… e desculpem a insistência que até já pode parecer doentio da minha parte, mas Mariano ao que parece, continua com gravíssimos problemas de estrutura mental, ou então, não se percebe como continua a mostrar-nos que a bola lhe queima os pés (e de que maneira), conseguindo inclusive, manter uma média impressionante de 1 a 2 quedas por jogo, quando com a bola dominada, mas sem que nenhum adversário esteja sequer por perto ou a pressionar, o que chega a ser irritante. Alguém lhe empresta umas chuteiras com pitons para jogar?

arbitragem: Paulo Pereira (Viana do Castelo), uma arbitragem normal e sem qualquer caso de relevo.