Com a segunda semana consecutiva sem futebol, começo a sentir-me como um daqueles viciados em substâncias tóxicas, com os efeitos da ausência do que me colmata o vício a provocar-me efeitos secundários. Ele é a ansiedade, a irritabilidade, a exasperação, tudo porque o Porto meteu férias. Literalmente. E, como se de um golpe do destino se tratasse, meteu férias após uma derrota. Quase que aposto que foi de propósito. Irritaram-me. Estragaram-me as festividades. Levaram-me a praguejar sempre que via um Pai Natal, deambulando pelas zonas comerciais. O golo de Lipatin, o novo herói de Portugal, assolou-me o sono. Assombrou-me aquelas horas em que o doce torpor nos leva para um descanso do quotidiano. E a minha mente, em vez de sonhar com a Eva Longoria em lingerie, passava com regularidade o mais horroroso dos pesadelos. A rede azul e branca, à guarda de Helton, a ser violada…
Posto isto, anseio pelo apito inicial do próximo jogo. Aquele som algo irritante. Agudo. Mas agora aceite como algo sublime. Ele dará início a novo período de hostilidades. Contra a Naval, terá início um novo ciclo, depois da pausa retemperadora. O pesadelo da derrota terá que ser deixado para trás.
Aposto que, seja nas bancadas do Dragão, ou em casa, alcandorados num sofá, nenhum adepto do Porto estará completamente confiante. Não que o poderio dos homens da Figueira seja motivo de preocupações, mas porque as lembranças do descalabro da época anterior, iniciado após a prolongada pausa de Dezembro, assaltarão as mentes dos apaniguados portistas. Aquela sensação latente, incomodativa, que nos acompanhou durante a 2ª volta toda, quase como um prenúncio de tragédia. Uma vitória, de preferência categórica, contra a Naval, servirá para afastar os demónios interiores, espantando os fantasmas que alguns teimam em abanar.
Como se esperava, a derrota azul e branca no feudo de Alberto João Jardim foi motivo para o ressuscitar da esperança, precocemente abandonada após a categórica vitória na Luz. O golo madeirense veio provar que este Porto, de Jesualdo, não é imbatível, pese as sucessivas demonstrações de classe. E aquele fosso, com uma vantagem pontual de 10 pontos, que antes parecia inalcançável, encurtou significativamente, na opinião de alguns. E “eles”, cabisbaixos até então, agarraram-se a essa tábua frágil, como náufragos desesperados. Encheram-se páginas e capas de jornais, com o novo desiderato nacional em destaque: NÓS ACREDITAMOS! Pelo menos, desta feita, pouparam-se ao descrédito de acharem que são “apenas” 7 pontos de atraso. São uns tolos…
Não será caso para desesperos prematuros, nas hostes do Dragão. A derrota na Madeira, já escalpelizada no blog, deveu-se a uma conjugação de factores cuja repetição dificilmente acontecerá. A má exibição portista, aliada a uma finalização desastrada, acontecem ciclicamente, estando a próxima vez apontada, segundo opinião da taróloga Maya, para Fevereiro de 2014. Quanto ao facto de grandes penalidades clamorosas serem transformadas cirurgicamente em livres é que não haverá mesmo nada a fazer, prevendo-se a repetição regular do fenómeno. Na Madeira foi Pedro Henriques, travestido de Pai Natal, a ofertar a prenda esperada, num ataque massivo de miopia. Daqui para a frente, nas longas 16 jornadas que nos separam do final do campeonato, muitos mais “equívocos” teremos que suportar…
Para consumo interno, contudo, este Porto chegará para arrebatar o ambicionado TRI, o 2º da história gloriosa. Com mais ou menos penaltys sonegados, com ou sem castigos injustos a Quaresma, a nau azul e branca velejará num mar turbulento, mas chegará intacta, atracando em segurança.
Lá fora é que será necessário algo mais, para que em Maio o sorriso na face de cada adepto portista seja genuíno e imutável. O plantel, já se viu, padece de alguns desequilíbrios que terão que ser colmatados agora, na abertura do mercado.
Com excesso de goleadores, mas com todos à míngua de golos, excepção feita ao menos rotinado na função, Lisandro de seu nome, convinha a contratação de alguém que, pelo chorudo salário auferido, cumprisse a função: marcar golos, de forma incontinente. Com as competições europeias a surgirem como entrave, já se sabe que, caso o Porto contrate um goleador, ele virá do mercado sul-americano ou, em alternativa, de alguma equipa que este ano esteja ausente das provas uefeiras.
A maior lacuna está, no entanto, nos extremos, paradoxalmente os principais responsáveis pelos momentos de brilho e alegria vividos em 2007. Com Tarik a viver com sofreguidão a sua segunda oportunidade, mas de malas aviadas para a maior competição africana, a CAN, e Quaresma a ser presenteado assiduamente com amarelos, o Porto tem que encontrar uma solução, não permitindo que a equipa fique manca num dos flancos. Com Alan, Vieirinha, Diogo Valente e Helder Barbosa descartados, ostracizados bem longe da Invicta, será a Direcção a definir o rumo internacional deste plantel. Abre os cordões à bolsa e vamos buscar um craque, ou continuamos no joguinho de sempre, lestos a ouvir opiniões alheias e interesseiras, ingénuos ao ponto de permitir contratações em quantidade, de qualidade duvidosa? Fica uma sugestão, inteiramente de graça: Luka Modric, croata de enormíssima qualidade, capaz de jogar em ambos os flancos e ainda de assegurar a posição de médio centro. A qualidade não engana. Está ali, estou certo, a "next big thing" do futebol europeu.
Posto isto, anseio pelo apito inicial do próximo jogo. Aquele som algo irritante. Agudo. Mas agora aceite como algo sublime. Ele dará início a novo período de hostilidades. Contra a Naval, terá início um novo ciclo, depois da pausa retemperadora. O pesadelo da derrota terá que ser deixado para trás.
Aposto que, seja nas bancadas do Dragão, ou em casa, alcandorados num sofá, nenhum adepto do Porto estará completamente confiante. Não que o poderio dos homens da Figueira seja motivo de preocupações, mas porque as lembranças do descalabro da época anterior, iniciado após a prolongada pausa de Dezembro, assaltarão as mentes dos apaniguados portistas. Aquela sensação latente, incomodativa, que nos acompanhou durante a 2ª volta toda, quase como um prenúncio de tragédia. Uma vitória, de preferência categórica, contra a Naval, servirá para afastar os demónios interiores, espantando os fantasmas que alguns teimam em abanar.
Como se esperava, a derrota azul e branca no feudo de Alberto João Jardim foi motivo para o ressuscitar da esperança, precocemente abandonada após a categórica vitória na Luz. O golo madeirense veio provar que este Porto, de Jesualdo, não é imbatível, pese as sucessivas demonstrações de classe. E aquele fosso, com uma vantagem pontual de 10 pontos, que antes parecia inalcançável, encurtou significativamente, na opinião de alguns. E “eles”, cabisbaixos até então, agarraram-se a essa tábua frágil, como náufragos desesperados. Encheram-se páginas e capas de jornais, com o novo desiderato nacional em destaque: NÓS ACREDITAMOS! Pelo menos, desta feita, pouparam-se ao descrédito de acharem que são “apenas” 7 pontos de atraso. São uns tolos…
Não será caso para desesperos prematuros, nas hostes do Dragão. A derrota na Madeira, já escalpelizada no blog, deveu-se a uma conjugação de factores cuja repetição dificilmente acontecerá. A má exibição portista, aliada a uma finalização desastrada, acontecem ciclicamente, estando a próxima vez apontada, segundo opinião da taróloga Maya, para Fevereiro de 2014. Quanto ao facto de grandes penalidades clamorosas serem transformadas cirurgicamente em livres é que não haverá mesmo nada a fazer, prevendo-se a repetição regular do fenómeno. Na Madeira foi Pedro Henriques, travestido de Pai Natal, a ofertar a prenda esperada, num ataque massivo de miopia. Daqui para a frente, nas longas 16 jornadas que nos separam do final do campeonato, muitos mais “equívocos” teremos que suportar…
Para consumo interno, contudo, este Porto chegará para arrebatar o ambicionado TRI, o 2º da história gloriosa. Com mais ou menos penaltys sonegados, com ou sem castigos injustos a Quaresma, a nau azul e branca velejará num mar turbulento, mas chegará intacta, atracando em segurança.
Lá fora é que será necessário algo mais, para que em Maio o sorriso na face de cada adepto portista seja genuíno e imutável. O plantel, já se viu, padece de alguns desequilíbrios que terão que ser colmatados agora, na abertura do mercado.
Com excesso de goleadores, mas com todos à míngua de golos, excepção feita ao menos rotinado na função, Lisandro de seu nome, convinha a contratação de alguém que, pelo chorudo salário auferido, cumprisse a função: marcar golos, de forma incontinente. Com as competições europeias a surgirem como entrave, já se sabe que, caso o Porto contrate um goleador, ele virá do mercado sul-americano ou, em alternativa, de alguma equipa que este ano esteja ausente das provas uefeiras.
A maior lacuna está, no entanto, nos extremos, paradoxalmente os principais responsáveis pelos momentos de brilho e alegria vividos em 2007. Com Tarik a viver com sofreguidão a sua segunda oportunidade, mas de malas aviadas para a maior competição africana, a CAN, e Quaresma a ser presenteado assiduamente com amarelos, o Porto tem que encontrar uma solução, não permitindo que a equipa fique manca num dos flancos. Com Alan, Vieirinha, Diogo Valente e Helder Barbosa descartados, ostracizados bem longe da Invicta, será a Direcção a definir o rumo internacional deste plantel. Abre os cordões à bolsa e vamos buscar um craque, ou continuamos no joguinho de sempre, lestos a ouvir opiniões alheias e interesseiras, ingénuos ao ponto de permitir contratações em quantidade, de qualidade duvidosa? Fica uma sugestão, inteiramente de graça: Luka Modric, croata de enormíssima qualidade, capaz de jogar em ambos os flancos e ainda de assegurar a posição de médio centro. A qualidade não engana. Está ali, estou certo, a "next big thing" do futebol europeu.
A resposta será dada em breve. Dela dependerá, em parte, o sucesso europeu do Porto. Limitamo-nos a amealhar alguns milhões, ficando felizes por passar a fase de grupos [o que em Portugal, pelo que se vê, somos os únicos aptos a conseguir], ou entramos na fase decisiva da competição com a sofreguidão e avidez necessárias para sonhar com o sucesso?
2008 dará a resposta. Seja ela qual for, serão uns meses intensos de árduas batalhas, de ansiedade crescente, sempre repletos de magia. Aquele frémito que nos atinge, quando vemos as camisolas azuis e brancas a surgirem no túnel, prestes a entrarem no relvado. Let the games begin!
«Aquele frémito que nos atinge, quando vemos as camisolas azuis e brancas a surgirem no túnel, prestes a entrarem no relvado»
ResponderEliminarPaulo, mais uma crónica excelente. Esta tua penúltima frase é bem verdade. Desde a 1ª vez que fui às Antas (já lá vão 21 anos) que esse é para mim um momento especial. Quando os meus heróis entram em campo!!! Que começe então o jogo. E o tri é a nossa fé.
Ps- Não conheço Modric. Mas se o PPereira o diz, há q abrir os cordões à bolsa. Qt custa?
Boas Lucho,
ResponderEliminarO Modric, se comprado no início de 2007, era relativamente barato. Agora, sinceramente, não sei. Alguns dos colossos financeiros já começaram a olhar com agrado para o rapazinho em questão.
No Croácia Zagreb, para beneficiarmos de um termo de comparação, a outra vedeta da equipa, o brasileiro naturalizado croata Eduardo, foi vendido no Verão ao Arsenal por...25 milhões!!!
Duvido k nesta altura o Porto consiga aliciar financeiramente o jogador, mas nunca era demais tentar...
ps: E antes k alguém pergunte, não, não sigo assiduamente o campeonato croata. Calhou ver um jogo, no ano passado, com Modric em grande. Coisa k ele, recentemente, fez no decisivo Inglaterra-Croácia, exibindo-se em grande estilo em Wembley. Seja ele ou não, o Porto necessita, com urgência, de um extremo. Tarik já está de malas feitas e os jogos decisivos aproximam-se...
Só mais um coisa. És tu q vais apitar o jogo? É que o árbitro do porto-naval chama-se Paulo Pereira mas q eu saiba tu não és de Viana do Castelo:) Mas lá q ficava mais descansado isso ficava:)
ResponderEliminarEhehehehe,
ResponderEliminarNão sou eu, mas caso fosse a minha postura seria eticamente correcta e isenta. Claro k o facto de a Naval terminar reduzida a 7 elementos dever-se-ia ao jogo duro dos figueirenses:)
Abraço,
ps: Mas antes o Paulo Pereira do k o Lucilio "Calabote" Baptista ou o Joºao "pode ser"!
O Modric era pretendido pelo Chelsea( ofereceu 25 milhões de euros),mas,o Croácia Zagreb não vende, além disso ganha 3 milhões de euros ano.Quem se fala para o F.C.Porto é o Rukavina do Partizan de Belgrado, lateral-direito,internacional sérvio.Já estamos a acautelar a possível saída do Bosingwa.
ResponderEliminarBoas Dragão de Vila Pouca,
ResponderEliminarO Rukavina é um dos novos valores do futebol croata. 23 anos, já internacional A, possui uma velocidade assinalável, estando também já referenciado por meia Europa. Seria, sem dúvida, uma boa contratação, mas é do lado esquerdo da defesa k está o "buraco". O Porto precisa, finalmente, de um defesa esquerdo com classe e categoria, coisa k anda arredada do Lino e do Marek. Em relação ao Modric está tudo dito. Não passará de um sonho a sua inclusão na equipa azul e branca. Mas é pena...
Ahhh Ganda Paulo, carago... um dia destes, ainda me vais explicar o porquê de querer alterar o teu dia de publicação... é que eu não percebo qual a dúvida... afinal, esta é só mais uma GANDA POSTAGEM, mai'nada!
ResponderEliminarUm tipo começa a ler isto, relê e volta a ler... e chega ao fim, com vontade de voltar a ler, por isso, deixa-te mas é de 'música', carago :D
Subscrevo na íntegra tudo o que aqui nos deixas... sem tirar, nem pôr!
Com uma pequena excepção... sinceramente, nunca ouvi falar desse Modric, provavelmente, pq não 'pesco' nada de FM :D, mas se o dizes, acredito piamente nos teus 'sábios conhecimentos'.
Se de facto queremos encarar os 1/8 da Champions com outra garra (e não diga que a não tenhamos já, mas pontualmente, há coisas a melhorar), teremos que ir ao mercado comprar ou talvez até não, alguém que de facto marque a diferença para muito melhor e não apenas para melhor... agora, comprar por comprar, e mais um para encostar, não, deixemos estar como está e 'seja o que Deus quiser'... e se assim acontecer, Moscovo espera por nós.
Eu acredito...
aKeLe aBrAçO,
ps - duvido que sim, mas se tal vier a acontecer com a saída de Bosingwa por números estratosféricos (a ser verdade o que vem na imprensa), mais não resta que seguir a linha de pensamento aqui deixada pelo Dragão Vila Pouca, com esse tal Rukavina (que admito, tb não faço a mínima quem é), mas como acima já o disse, para melhor não basta... tem de ser para muito melhor, caso contrário, penso haver soluções no plantel que colmatem alguma tentação de despesismo de conteúdo inócuo para o futuro.
Pessoal não é dragao de Vila Pouca mas, Dragao Vila Pouca. Dragao de portista, Vila Pouca de nome.É nome de terra... ainda não consegui saber porquê.
ResponderEliminarJá agora acrescentem no 1,2,3 açôm,carago, o canal LiveFooty:permite ver jogos no computador do campeonato inglês, espanhol, holandês, francês, nba, etc., na liga intercalar até está a meter dó. Ao intervalo Varzim- Porto 0.
Até me esqueci do 1 para o Varzim.
ResponderEliminarDragão Vila Pouca, manda lá o link do LiveFooty para ser adicionado.
ResponderEliminarEstá a meter dó na intercalar? pois, espero bem é que o síndroma de Janeiro 2007 apenas tome de arrasto o «team intercalar», espero bem :D
http://livefooty.doctor-serv.com/
ResponderEliminarVarzim 2-F.C.Porto 0.Espero bem que sim, que aquilo na Póvoa foi mau demais.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarPara ser franco não acredito que o Porto se vá reforçar com um ponta de lança.
ResponderEliminarDe resto, em minha opinião, os que dariam garantias de sucesso não estão ao alcance financeiro do nosso clube.
Ficaria satisfeito se a Sad conseguísse contratar um bom ala, de qualidade superior aos que temos emprestados para tomar o lugar de TariK. É que Mariano não parece ser o que diziam que era. Um bom defesa esquerdo é também uma prioridade.
Vencer os adversários com inteligência, classe, empenho e em alguns casos coragem é o que espero para a caminhada que falta, quer para o Tri quer para a final da CL, sempre conscientes que continuaremos a ter de ultrapassar um adversário muito poderoso chamado arbitragem.
Um abraço!
No Manager costumo ir buscar sempre o Modric :p mas penso que vão ser necessários ainda mais alguns reforços no fim de época, até o Fucile já está com "fogo no cu" para sair, enfim.
ResponderEliminarUm abraço e grande crónica.